quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

ENTREVISTA COM O COMPOSITOR DO FENÔMENO MUSICAL "FAZ UM MILAGRE EM MIM"

O milagre da multiplicação de CDs
‘Faz um milagre em mim’, o maior fenômeno musical evangélico do momento, repercute nas rádios seculares.

Cantor e compositor, Régis Danese acha que o hit ‘Faz um milagre em mim’ pode abrir mercados para a música gospel.
O cantor e compositor mineiro Régis Danese conseguiu mais do que pede a Deus na letra de seu maior sucesso musical, Faz um milagre em mim. Desde que lançou seu último trabalho, o CD Compromisso, puxado pela canção cujo primeiro verso diz “Como Zaqueu, eu quero subir o mais alto que eu puder”, em outubro do ano passado, Danese está saboreando bem mais que quinze minutos de fama. A música é um fenômeno, gruda na cabeça como chiclete e toca em todas as rádios evangélicas, seja qual for a igreja ou empresa que a controle – o que, por si só, já pode ser considerado um milagre, dada a acirrada concorrência, para dizer o mínimo, que caracteriza o setor. Faz um milagre em mim também é pedida pelos ouvintes de rádios seculares que tocam em geral funk e pagode, como a popular Nativa FM 96,5, uma das mais ouvidas do Rio de Janeiro.
Além de emissoras de rádio católicas, Faz um milagre em mim já foi executada até em centro espírita e em programas de TV como o do apresentador Raul Gil, da Rede Bandeirantes, e o TV Xuxa, da Globo. Tamanho sucesso – um milhão de cópias vendidas, segundo dados da gravadora Line Records – contrasta com a situação do cantor há alguns poucos meses. “Não digo que passei fome, mas para quem andava de carrão importado de repente não ter mais dinheiro para nada, com família para sustentar, é muito complicado. Mas, graças a Deus, isso mudou.”

Natural de Passos (MG), Danese iniciou sua carreira em 1989, integrando a dupla sertaneja Régis & Raí, mais tarde, em 1991, foi convidado pelo pagodeiro Alexandre Pires para participar do grupo Só Pra Contrariar. Durante cinco anos, suas composições fizeram sucesso, como Te amar sem medo, O samba não tem fronteiras e Amor verdadeiro. São dele também várias canções interpretadas por artistas como Daniel, Gian e Giovani, Cristyan e Ralph, Belo, Vavá, Elimar Santos e Alcione.

Porém, há quatro anos, Danese se converteu ao Evangelho por intermédio de um amigo. A partir dali, Danese abandonou a carreira secular e passou a conviver com diversos problemas financeiros, até o milagre da multiplicação de CDs acontecer.
Consciente da realidade do mercado fonográfico brasileiro, ele não tem ilusões: “Não dá para viver com o dinheiro dos direitos autorais”, resigna-se. Danese hoje frequenta com a mulher Kelly e o filho Bruno a Assembléia de Deus de Uberlândia. Nesta entrevista a CRISTIANISMO HOJE, o artista fala sobre música evangélica, mercado gospel, direitos autorais e a sempre controversa questão da cobrança de cachês:

CRISTIANISMO HOJE – A quê você atribui o estrondoso sucesso de Faz um milagre em mim?
RÉGIS DANESE – Na verdade, essa música não foi composta por mim. A letra é da minha mulher, Kelly, e do compositor Joselito, amigo nosso. Curiosamente, eu pretendia guardar Faz um milagre em mim para o próximo CD, mas várias pessoas que a ouviram antes de ser gravada me disseram para não esperar mais. Alguns desses irmãos profetizaram para mim, dizendo que a música iria abrir as portas do Brasil para o meu ministério. Eu sempre escuto essas pessoas, pois através delas Deus pode falar. E eu tenho um certo dom para reconhecer uma canção que promete. Eu sabia que essa música tinha algo que iria pegar. No início, achei que só estava tocando no eixo Rio-São Paulo, mas vejo que está por todo lado, graças a Deus. Tem uma letra muito forte, que fala com qualquer ser humano, seja crente ou não; o pessoal se identifica com o verso “mexe com minha estrutura”. Essa palavra é a que toca as pessoas, pois vai ao encontro do que há no coração de todo mundo. Todos temos essa necessidade de que Deus vá tão fundo em nossa vida que altere toda a nossa estrutura.

Como é o processo de criação de suas composições?
Como compositor, posso dizer que a fórmula é a inspiração natural. Você está andando no carro e sente uma inspiração; então, deve parar e escrever. Mas não dá para forçar a barra e tentar repetir fórmulas ou receitas – ainda mais com as coisas de Deus.

Você acha que o sucesso dessa canção pode aumentar a aceitação das músicas evangélicas no mercado secular?
Olha, por volta de 1991, quando eu comecei a cantar sertanejo com o Raí, nenhuma rádio tocava esse tipo de música. Depois, com o sucesso de algumas duplas, o sertanejo virou febre em todo o país. O mesmo aconteceu com outros ritmos que só tinham algum espaço em rádios segmentadas, como funk e pagode, mas que venceram o preconceito e se disseminaram. O sucesso de canções gospel como Faz um milagre em mim tende a abrir mercado para a música evangélica. Ela foi cantada até no programa do padre Marcelo Rossi, na Rede Globo, e tem sido chamada de hit gospel.

Como foi sua carreira evangélica até aqui?
Meu primeiro CD, O meu Deus é forte, ninguém queria pegar. Aí, eu fui indicado como revelação masculina e melhor CD independente num concurso nacional, e só então a Line Records começou a distribuí-lo. O segundo álbum já foi distribuído pela Line. Agora, o Compromisso já chegou à marca de 1 milhão de cópias vendidas.

Foi o suficiente para você se estabilizar financeiramente?
Tenho participação nas vendas e minha vida financeira mudou da água para o vinho. Volto a dizer que, quando abandonei a música secular, perdi tudo, menos a casa onde moro. Alguém já tinha me dito que Deus iria restaurar meu patrimônio, o que está acontecendo agora.

Como é sua relação profissional com o segmento evangélico? Você cobra cachê para se apresentar nas igrejas?
No início, quando me converti, eu não precisava, pois vim do mundão com o bolso cheio. Nem aceitava oferta para cantar em igreja. Mas o dinheiro acabou e vieram as dificuldades. Minha banda é formada por nove pessoas, incluindo eu e um auxiliar. Todos os músicos são do Rio de Janeiro e são todos evangélicos. Se sou convidado para ir a um evento com cobrança de entrada, estabeleço um cachê. Mas, quando vou às igrejas, é diferente. Quando elas têm condição de nos abençoar com uma boa oferta, a gente aceita. Mas, quando é uma igreja pequena e sem recursos, cantamos de graça mesmo. Às vezes, nem levo CDs.

Muitos cantores evangélicos cobram cachê até para cantar em cultos, e não cobram pouco. O que acha disso?
Não fico à vontade para julgar isso. É o mesmo caso daqueles cantores que se convertem, cantam nas igrejas e depois voltam para o mercado secular. Como posso criticá-los, se minha conversão é fruto desse vai e vem?

Fonte: Revista Cristianismo Hoje - www.cristianismohoje.com.br

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

MAIS UM PRÊMIO - SELO "OLHA QUE BLOG MANEIRO"

Quero agradecer por mais um prêmio recebido, o selo "Olha que Blog Maneiro", indicado pelo amado irmão Allen Sarlo, do blog Assembleia de Deus - Assu/RN. Agradeço ao irmão Allen de coração pelo carinho e pela lembrança. Criei este blog em 31/03/2008, já vai para quase 1 ano e como tem sido refrigerador conhecer tanta gente boa na blogosfera. Meu abraço a todos que nos acompanham, tirando um pouco do seu tempo para ler o blog Cristianismo Radical.

1. Exiba a imagem do selo “Olha Que Blog Maneiro” que você acabou de ganhar!
2. Poste o link do blog que te indicou.
3. Indique 10 blogs de sua preferência.
4. Avise seus indicados.
5. Publique as regras.
6. Confira se os blogs indicados repassaram o selo e as regras.

7. Aqui minha indicação de alguns blogs parceiros, pena que é só 10 que pode indicar, porque eu gostaria de indicar a todos os parceiros do blog Cristianismo Radical:

1 - Alice no País do Pensamento
2 - Práxis Cristã
3 - Blog do JP
4 - Blog da Maya
5 - Point Rhema
6 - Mamanunes Koinonia
7 - Roberas
8 - Cinco Solas
9 - Marcelo Hagah
10 -Blog do Edcleyton Souza

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

JABES, A DOR, A ESPERANÇA E O DEUS DE TODA GRAÇA

Leia: I Cr 4: 9-10

Jabes foi mais ilustre do que seus irmãos.

Sua mãe lhe pusera o nome de Jabes, dizendo: Porquanto com dores o dei à luz...
Jabes invocou o Deus de Israel, dizendo: Oxalá que me abençoes, e estendas as minhas fronteiras; que a tua mão seja comigo e me preserves do mal, de modo que não me sobrevenha a aflição.
E Deus concedeu a Jabes o pedido que lhe havia feito. Jabes descende de Judá.
Ele vive num período profundamente inseguro e incerto.

Paz era um bem para ser conquistado freqüentemente com as próprias mãos. Jabes, entretanto, já chegara ao mundo em dores. Sua mãe não tinha as contrações normais de uma parturiente; ou, talvez, a “passagem” não fosse ampla o suficiente para que o menino passasse. O fato é que doeu tanto, que a mãe, ao ver o filho vivo e fora de seu ventre, pega a criança e lhe dá o nome que ela julgou retratar bem o que ambos haviam experimentado.

Dá-lhe um nome que carregava a lembrança constante de que ele nascera de dores, e que as dores quase haviam matado a sua mãe. O fato é que Jabes já nasceu sofrendo e fazendo sua mãe sofrer.
Por isto, pede a Deus que sua vida seja livre do mal e da aflição que dele procede. Além disso, Jabes também pede ao Senhor um crescimento que não lhe custe angustias. E Deus concedeu o que ele pedira, além de afirmar que Jabes se tornara mais sobre-excelente que seus irmãos.

Um homem nascido em dores.
Um homem que sabe que sua vida quase custou a vida de sua própria mãe.
Um homem que carrega um nome memorial acerca do significado de seu nascimento.
Um homem que se destaca dos demais pela serenidade e pela dignidade.

Um homem com uma singela oração: Pai, livra-me da aflição. Pai, livra-me do dia mal. Pai, ajuda-me a crescer. Pai, faz-me crescer sem que tal crescimento me tire a paz. Amém.
E Deus lhe ouviu a oração... Jabes teve o que pediu, e cresceu sem se fazer mal e sem ter que pagar com o preço da aflição a conquista de novas fronteiras.
Um homem marcado pela dor, mas que não quer ser acompanhado por ela. Um homem marcado pela dor, mas que não quer ser paralisado por ela. Um homem marcado pela dor, mas que quer conquistas para a sua vida, mas não deseja oferecer ao sucesso o capital das angustias como troca. Um homem franco a Deus quanto a declarar que deseja crescer, mas que não desejaria fazê-lo entre as aflições decorrentes das conquistas.

Jabes... Um homem com ambições.... Um homem em busca de mais espaço... Um homem com elevado instinto de auto-preservação... Um homem que não quer que sua vida se transforme num parto permanente... Um homem que sabe que somente Deus pode conceder que, na terra, alguém conquiste sem aflições, que alargue suas fronteiras sem guerra, que viva no meio de tanta maldade, livre do mal.

Deus... Um Deus que vê a dor de uma mãe... Um Deus que vê a marca traumática de um menino que nasceu de dores... Um Deus que usou tais marcas a fim de polir e ilustrar um menino que viraria homem amante da paz... Um Deus que sabia quem era aquele menino, depois homem: um ser digno, marcado pelo trauma do sofrimento, que não deseja ficar tímido ante a vida, mas que se reconhece como alguém que não suportaria pagar o preço da aflição a fim de realizar a conquista.

Um Deus bom e misericordioso, e que atendeu a oração de Jabes.
Jabes... Uma oração que pedia grandeza, sem a baixeza das conquistas.
Uma oração que reconhecia a possibilidade da visita do mal, mas que pede para não ser visitado por ele.
Uma oração corajosa, pois, para se pedir e crer que se terá paz, prosperidade e livramento frente aos possíveis encontros com as forças da hostilidade, é necessário mais coragem do que para enfrentar exércitos.

Jabes, sua mãe e Deus...
A mãe de Jabes deu-lhe um nome lembrança de como a dor, dói. Jabes deseja viver com largueza, mas não quer que a aflição seja o preço da conquista.
Deus viu mais dignidade em Jabes que nos demais, conheceu a franqueza de seus limites, os desejos de seu coração, e deu-lhe o que pediu, e, fez prosperar-lhe a alma e o caminho de realizações.

Jabes, um homem gente boa de Deus. Deus, um Deus que não precisa que seus heróis tenham que carregar sangue nas mãos. A mãe de Jabes, uma mulher que fez da dor a promessa de que a vida do filho não seria um parto.
Jabes pariu, na bondade de Deus, a segurança e a prosperidade como bens da Graça. Pois quem confessa que não agüenta a guerra, faz de Deus seu parceiro nas conquistas que podem ser apropriadas com os instrumentos da paz.
Jabes, simples encarnação de uma promessa: A benção de Deus enriquece e com ela não vem o desgosto!

Haja paz!
Haja prosperidade!
Haja Jabes!
Haja Graça, e Graça houve para Jabes!


Que haja Graça e Paz para você hoje!
E que haja para mim também!
Hoje e sempre!


Fonte: www.caiofabio.com.br