sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Os líderes evangélicos e a política, ontem e hoje

Esse ano, muitos escandalizaram com a politicagem praticada nos templos das igrejas. Realmente é terrível mesmo. Mas isso não é novidade, nem começou por agora. Na eleição presidencial de 1989, portanto, há 21 anos atrás, isso já ocorria.
Os grandes veículos da imprensa do Rio e São Paulo, registraram em 1989, manifestações dos líderes da Igreja Quadrangular, Assembléia de Deus e Igreja Universal, em favor da eleição de Fernando Collor. Freston( 1994), reproduziu as declarações:
“Votem em Collor, homem culto, honrado, patriota, estadista e de princípios cristãos”. (Daniel Martins, deputado estadual da Igreja do Evangelho Quadrangular, em O Estado de S. Paulo, 03/12/1989).
“Seu governo será marcado pela seriedade que o acompanha”. (Pr. José Wellington, presidente da CGADB, no Jornal do Brasil em 16/10/1989).
“Collor fará um excelente governo”. (Bispo Edir Macedo, Igreja Universal, na Revista Veja de 06/12/1989).
Enquanto não contavam com um candidato em suas fileiras, muitos evangélicos apoiavam aquele que se colocava como inimigo das esquerdas, ou dos “comunistas”.
Não obstante, nutriam esperanças em contar com a candidatura do então ministro da agricultura, do governo Sarney, Ìris Rezende, originário da Igreja Cristã Evangélica de Goiás.
O Pr. Manoel Ferreira da Assembléia de Deus, presidente da Assembleia de Deus, Madureira, em um congresso nacional da denominação, registrado pelo Jornal Folha de São Paulo (17/04/1989, p. A-5), profetizou na mesma época que o Brasil teria um presidente evangélico.
No primeiro turno, a AD no Belenzinho estava dividida entre Collor, Maluf, Covas e Afif. No Rio de Janeiro, o pr. Silas Malafaia, chegou a participar de um comitê evangélico pró-Brizola. Robinson Cavalcanti, apareceu no horário eleitoral em favor de Lula. No segundo turno, Manoel Ferreira, José Wellington e Macedo estiveram apoiando Collor.
E hoje, com quem os citados acima andam?

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

"Tive medo de ser torturado", diz brasileiro preso no Egito





Ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em Cumbica, na região metropolitana de São Paulo, na madrugada desta sexta-feira (27/08), o guia de turismo brasileiro detido no Cairo, capital do Egito, disse que teve medo de ser torturado. Ele foi deportado para o Brasil na quinta-feira (26/08).

Dagnaldo Pinheiro Gomes foi detido depois de ser acusado de promover atividades religiosas.“Tive medo de sair dali e ir para um lugar de tortura. Estava com prisioneiros que já tinham sido torturados. Eles sempre falavam: você pode ser torturado se a sua embaixada não lhe encontrar rápido”, afirmou Dagnaldo.


Ele disse que comia uma vez por dia, mas negou ter sido vítima de maus tratos. “Tinha direito a um pouco de comida uma vez por dia. Às vezes pedia água e eles não me davam, mas isso eu até entendo porque esse é o mês de jejum deles”, declarou referindo-se ao Ramadã.


Dagnaldo afirmou ainda que o material religioso que foi encontrado no seu carro estava em árabe. Porém, ele negou que fazia promoção de sua religião, o que é proibido no Egito. “No meu carro tinha um material cristão. Essa foi a acusação (para me prender). É um material que qualquer cristão pode ter”, disse o guia, que morou por mais de sete anos no país.


Ele foi informado por autoridades locais de que ele não pode voltar ao Egito. Na terça-feira (24/08), o Itamaraty informou que o brasileiro havia sido detido com outras duas brasileiras, que já foram liberadas.
Fonte: O Verbo via SDG - Soli Deo Gloria