sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O menino que morreu, foi ao céu e voltou para contar a história




Experiências de quase morte são controversas. Já foram analisadas e estudadas exaustivamente, sem que haja uma palavra final sobre o assunto. Para alguns não passa de alucinação, para outros é algo profundamente espiritual.

Nos últimos dias tem se debatido muito, nos Estados Unidos, a história de Colton Burpo. Quando este filho de um pastor metodista do Nebraska tinha quatro anos (em 2003), teve uma apendicite que foi diagnosticada errada. Assim que os médicos descobriram o que havia ocorrido, ele foi submetido a uma operação de emergência. Ele não resistiu, disseram os médicos, e ele foi dado como morto. (A foto acima é de Colton e seu pai Todd Burpo).
Deitado na cama de um hospital, o menino narra que pode ver sua alma subindo até o céu. Ele descreve que viu e ouviu o que seu pai orava e o que sua mãe fazia nos corredores do hospital. Chegando ao céu, encontrou seu bisavô e conversou com a irmã mais velha que nunca conheceu, pois sua mãe teve um aborto espontâneo, assuntos que ele desconhecia até então.
Ele narra que viu e conversou com Jesus, que andava em um cavalo que somente ele podia montar. Descreveu ainda uma visão de Deus “muito grande”, sentado em uma cadeira muito alta. Depois de algum tempo no céu, tendo visões que se assemelham em muitos aspectos ao que diz o livro de Apocalipse e conversar com personagens bíblicos como João Batista, o menino voltou à Terra.
Ele reviveu e relatou tudo que experimentou ao pai, Todd, que decidiu registrar em um livro chamado “Heaven is for real” [O Céu é de verdade], lançado pela Thomas Nelson AQUI. O livro tem o prefácio de Don Piper, que também escreveu uma obra narrando como foi sua experiência no céu AQUI e que endossa o testemunho de Colton.
Este não é o primeiro livro escrito por pessoas que alegam ter visitado o céu. O que chama atenção é o fato de ser narrado por uma criança de quatro anos de idade. Segundo seu pai, muitas das coisas que ele narra não seriam possíveis para ele conhecer. Desde a história da perda da irmã no ventre materno até detalhes sobre a visão celestial que corroboram com a narrativa do apóstolo João no livro de Apocalipse.
No início desta semana o menino e o pai foram entrevistado pela rede americana Fox, no programa Fox & Friends (vídeo abaixo). O que era para ser uma simples promoção de seu livro (qua acaba de ser lançado) se transformou quase imediatamente em uma controvérsia nacional. Centenas de sites e blogs reproduziram a entrevista, muitos elogiaram a emissora enquanto um outro grupo fazia pesadas críticas ao que consideram uma tentativa da direita cristã de impor sua agenda e usar o menino para isso. Os detalhes fornecidos pelo jovem Burpo de que todos são jovens no céu e que os olhos de Jesus são azuis criaram controvérsia também no meio religioso. O livro já tinha passado das 100.000 cópias vendidas antes de toda essa exposição de mídia e agora certamente irá ter uma procura ainda maior.
Não há previsão do lançamento do livro no Brasil, mas Quem quiser pode acessar o site promocioanl AQUI e ler um trecho (em inglês).
Fonte: Agência Pavanews, com informações de Foxnews e Imperial

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Mackenzie publica em site texto que ataca lei anti-homofobia

A Universidade Presbiteriana Mackenzie publicou ontem em seu site um artigo em que o líder religioso da instituição se posiciona contra a aprovação do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 122/2006, que propõe a criminalização da homofobia. No texto, retirado do ar minutos depois, o chanceler Augustus Nicodemus Gomes Lopes diz que "ensinar e pregar contra a prática do homossexualismo não é homofobia" e que "tal lei interfere diretamente na liberdade e na missão das igrejas de todas orientações de falarem, pregarem e ensinarem sobre a conduta e o comportamento ético de todos, inclusive dos homossexuais".
Para protestar contra o Manifesto Presbiteriano sobre a Lei da Homofobia, grupos do movimento LGBT convocaram um ato para a próxima quarta-feira, 24, em frente ao câmpus do Mackenzie na região central de São Paulo. O Diretório Central dos Estudantes (DCE) da universidade também se diz contrário à carta do chanceler.
A chancelaria representa a entidade mantenedora - Instituto Presbiteriano Mackenzie - junto à universidade em questões de natureza acadêmica e confessional. Doutor em Hermenêutica e Estudos Bíblicos pelo Seminário Teológico de Westminster, na Filadélfia, Estados Unidos, Gomes Lopes é pastor auxiliar da Igreja Presbiteriana de Santo Amaro, na zona sul da capital paulista.
O manifesto se propõe a "servir de orientação à comunidade acadêmica" usando como base o Salmo 1, que, "juntamente com outras passagens da Bíblia, mostra que a ética da tradição judaico-cristã distingue entre comportamentos aceitáveis e não aceitáveis para o cristão".
Em nota, a universidade diz que o pronunciamento sobre o PLC 122 foi escrito em 2007 e é da Igreja Presbiteriana do Brasil, Associada Vitalícia do Mackenzie. "O Mackenzie se posiciona contra qualquer tipo de violência e descriminação (sic) feitas ao ser humano, como também se posiciona contra qualquer tentativa de se tolher a liberdade de consciência e de expressão garantidas pela Constituição", afirma o texto do comunicado à imprensa.
Leia alguns trechos da carta do chanceler do Mackenzie:
"Manifesto Presbiteriano sobre a Lei da Homofobia
Leitura: Salmo

O Salmo 1, juntamente com outras passagens da Bíblia, mostra que a ética da tradição judaico-cristã distingue entre comportamentos aceitáveis e não aceitáveis para o cristão. A nossa cultura está mais e mais permeada pelo relativismo moral e cada vez mais distante de referenciais que mostram o certo e o errado. Todavia, os cristãos se guiam pelos referenciais morais da Bíblia e não pelas mudanças de valores que ocorrem em todas as culturas.

Uma das questões que tem chamado a atenção do povo brasileiro é o projeto de lei em tramitação na Câmara que pretende tornar crime manifestações contrárias à homossexualidade. A Igreja Presbiteriana do Brasil, a Associada Vitalícia do Mackenzie, pronunciou-se recentemente sobre esse assunto. O pronunciamento afirma por um lado o respeito devido a todas as pessoas, independentemente de suas escolhas sexuais; por outro, afirma o direito da livre expressão, garantido pela Constituição, direito esse que será tolhido caso a chamada lei da homofobia seja aprovada.

A Universidade Presbiteriana Mackenzie, sendo de natureza confessional, cristã e reformada, guia-se em sua ética pelos valores presbiterianos. O manifesto presbiteriano sobre a homofobia, reproduzido abaixo, serve de orientação à comunidade acadêmica, quanto ao que pensa a Associada Vitalícia sobre esse assunto.

"Quanto à chamada LEI DA HOMOFOBIA, que parte do princípio que toda manifestação contrária ao homossexualismo é homofóbica, e que caracteriza como crime todas essas manifestações, a Igreja Presbiteriana do Brasil repudia a caracterização da expressão do ensino bíblico sobre o homossexualismo como sendo homofobia, ao mesmo tempo em que repudia qualquer forma de violência contra o ser humano criado à imagem de Deus, o que inclui homossexuais e quaisquer outros cidadãos.

A Igreja Presbiteriana do Brasil MANIFESTA-SE contra a aprovação da chamada lei da homofobia, por entender que ensinar e pregar contra a prática do homossexualismo não é homofobia, por entender que uma lei dessa natureza maximiza direitos a um determinado grupo de cidadãos, ao mesmo tempo em que minimiza, atrofia e falece direitos e princípios já determinados principalmente pela Carta Magna e pela Declaração Universal de Direitos Humanos; e por entender que tal lei interfere diretamente na liberdade e na missão das igrejas de todas orientações de falarem, pregarem e ensinarem sobre a conduta e o comportamento ético de todos, inclusive dos homossexuais.

Portanto, a Igreja Presbiteriana do Brasil reafirma seu direito de expressar-se, em público e em privado, sobre todo e qualquer comportamento humano, no cumprimento de sua missão de anunciar o Evangelho, conclamando a todos ao arrependimento e à fé em Jesus Cristo".

Rev. Dr. Augustus Nicodemus Gomes Lopes
Chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie"
Para a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), a publicação do texto é "lamentável". "No Brasil, só conseguimos resolver a questão da discriminação racial quando se aprovou uma lei criminalizando o racismo. O que queremos com a lei é a possibilidade de punir quem cometer violência contra um GLBT (gay, lésbica, bissexual e travesti). E violência também pode ser verbal", afirmou Márcio Marins, secretário da ABGLT.
O texto também desagradou ao Diretório Central dos Estudantes (DCE) do Mackenzie. Segundo o secretário-geral, Gustavo Di Lorenzo, de 20 anos, o DCE considera "um erro" do chanceler "colocar sua opinião como sendo a da universidade". "O manifesto é contrário ao que pensam os alunos e professores do Mackenzie. O ambiente universitário tem de ser aberto à diversidade", afirmou.
Alunos e pessoas de movimentos pelos direitos dos homossexuais prometem fazer um protesto em frente ao câmpus central do Mackenzie na quarta-feira.
Fonte: Estadão.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

E agora? Está tudo errado? Vamos por abaixo e começar de novo?

Recentemente li dois livros de Frank Viola: “Cristianismo Pagão” e “Conversa com os Pastores”, ambos podem ser baixados pela internet. A leitura desses livros dão uma visão crítica dos 1700 anos de história do Cristianismo, ou seja, de Constantino pra cá. E, ele não está sozinho com esse pensamento, pois já li inclusive livros de história da igreja, que consideram o seguinte: Primeiro houve a igreja primitiva, que vai até cerca de 313, quando o Imperador Constantito decreta o fim das perseguições aos cristãos.
Segundo essa linha de pensamento, a igreja cristão se desviou, deturpou depois disso, vindo a se tornar a igreja romana. Com exceção de alguns pontos isolados, como os valdenses, a história cristã só volta a girar em 1517, com a Reforma Protestante. Ou seja, segundo essa interpretação, houve um hiato de 1200 anos na história da igreja. No entanto, deve-se lembrar que o Cristianismo tem 2.000 anos de história. Não começou com os neopentecostais de 30 anos para cá, nem com o movimento pentecostal de 100 anos para cá, nem com a Reforma Protestante há 500 anos. Não. Nesses dois milênios, ocorreu muita coisa, seja negativa ou positiva. Na Idade Média, apesar de alguns a chamarem de “Idade das Trevas”, não significa que Deus estava de férias. Apesar dos erros e abusos que aconteceram no período, houve pessoas sinceras e que queriam servir a Deus mesmo. Naquele período conhecido como Idade Média, Deus não estava sem agir, nem ficou sem ter quem fosse sua testemunha.
Eu concordo que estamos vivendo um momento difícil na história da igreja cristã. Há muita perversão do sentido original da igreja encontrado nos Evangelhos e, no livro de Atos dos Apóstolos. Mas aí já vem gente que sai com umas idéias, como se estivesse inventando a roda. Ficam dizendo que antes estava tudo errado, agora vão voltar ao ano 313 depois de Cristo, ou seja vão ignorar até a própria Reforma Protestante. Esquecem que até mesmo, o reconhecimento da lista que compõe os livros da Bíblia, aconteceu após esse período (ano 397). Houve um processo histórico para chegarmos até onde chegamos, apesar das diferenças de interpretação, com nossos hinos, eclesiologia, forma de batismo, os conceitos teológicos das doutrinas bíblicas fundamentais e tantas outras coisas. Querendo ou não, aceitando ou não, somos filhos desse processo histórico.
Não é a primeira vez na história do cristianismo que a igreja enfrenta problemas. Assim como ela sobreviveu antes, sobreviverá agora e depois. A igreja está aí, com seus problemas, e realizações, defeitos e virtudes. Esta aí no mundo, inclusive com suas divisões, mas ela não acabou. E tem outra coisa: eu posso ser evangélico/protestante, você pode ser católico ou de outra religião, mas Deus não é católico nem evangélico: Deus é DEUS. Jesus é Sumo-sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque e não de Arão. O Cordeiro foi morto antes da fundação do mundo. Creia nisso, não desanime, olhe para Jesus, não deixe que as circunstâncias da vida te abalem, pois “aquele que começou a boa obra em vós, a aperfeiçoará até o dia de Cristo Jesus” (Filipenses 1:6).