sexta-feira, 22 de junho de 2012

Caio Fábio e a polêmica sobre a inerrância da Bíblia

Depois do “apedrejamento” do Pr. Ricardo Gondim, chegou a vez do Pr. Caio Fábio receber a placa de “herege”. Apesar de discordar de alguns posicionamentos teológicos do Gondim, sempre disse aqui no blog que não o considerava herege, no máximo alguém que está confuso passando por uma “crise existencial de Asafe”.

Agora, mais uma declaração do reverendo Caio Fábio tem dividido opiniões. O debate sobre a Bíblia e sua coerência literária, cronológica e doutrinária foi acirrado com declarações do reverendo Caio Fábio, que numa entrevista, afirmou que “o cristianismo nunca leu a Bíblia tendo Jesus como chave hermenêutica”.

Em sua opinião, a Bíblia deve ser lida a partir da perspectiva de Jesus, e todo o restante, interpretado sob esse ponto de vista. O vídeo com as declarações do reverendo Caio Fábio está fazendo sucesso nas redes sociais, após a divulgação por parte de alguns blogueiros.

Questionado sobre quais seriam os motivos de os concílios que decidiram o tamanho, formato e conteúdo da Bíblia não terem corrigido ou extraído questões do Velho Testamento que foram anuladas por Jesus após seu sacrifício, Caio Fábio afirmou que “o que prevaleceu foi a hermenêutica ‘Constantiniana’”, fazendo referência à tentativa de moldar a Bíblia de forma linear e coerente.

Sobre a Bíblia, Caio Fábio disse que no livro, foi aplicada uma “hermenêutica que tenta sistematizar a Bíblia inteira, para fazê-la ser um livro coerente consigo mesmo tempo todo, em cada página, em cada verso, em cada letra”, e emenda dizendo que “é impossível, e quem diz que ela consegue [ser coerente] está mentindo”.

O reverendo frisa em sua argumentação sobre a incoerência da Bíblia e afirma que “ela não é inerrante”, e aponta as falhas que enxerga no livro: “Ela tem erros literários, tem erros cronológicos, dá saltos generacionais e só fica em cima das figuras pivotais mais importantes para marcar a história”.

Caio Fábio é incisivo ao falar que a Bíblia foi um livro feito por homens: “[A Bíblia] não quer ser um livro de ciência para saber como o mundo começou. Ela é um livro do homem. Ela não é nem o livro de Deus, porque sinceramente, Deus tem livros infinitamente melhores do que a Bíblia para escrever, só que a gente não compreende”.

Complementando sua declaração a respeito da Bíblia, Caio Fábio afirma que ela “é o livro possível para minha compreensão. Não só a minha de hoje, mas a compreensão da humanidade nos últimos quatro mil anos. É o livro possível. O grande milagre da Bíblia é carregar esse conteúdo divino, na relatividade de um livro, preso ao tempo, espaço, escrito por homens”.

Meu Comentário:
Em nome da Apologia cristã, alguns blogueiros acusaram Caio Fábio de: atacar as bases da fé cristã, além de ser herege e um fraco teólogo liberal e até mesmo ser a boca da serpente do Éden, aliado de Satã, e outros “elogios” mais.

O erro do Caio foi chamar as coisas pelo nome. Se em vez de ter dito que havia erros na Bíblia, ele usasse termos politicamente e evangelicamente corretos como o fez o Pr. Augustus Nicodemus, não haveria problema algum. O Pr. Nicodemus num vídeo do youtube (URL: http://www.youtube.com/embed/N0x5fYaHShU) que está na postagem "A Heresia Biblicista" no blog, O Tempora, o Mores, diz o seguinte sobre a inerrância da Bíblia: “há pontos difíceis e algumas contradições na Bíblia que ainda não entendemos, mas que um dia arqueologia vai explicar”.

Pois é, não é de hoje que os evangélicos gostam de disfarçar as palavras. Me lembro quando os cantores evangélicos passaram a cobrar ingressos em suas apresentações, mas não podia usar a expressão “show”, que soava mundano. Então diziam: “olha vai haver uma noite de louvor”. Depois mudaram o nome para “louvorzão”, e agora ou porque perderam a vergonha ou são mais sinceros que antigamente, usam o termo que realmente descreve o evento: “show gospel”.

A Escritura é fundamento de fé para todos os cristãos que acreditam que suas páginas foram inspiradas por Deus. É preciso considerar que ainda que Deus a tenha inspirado (e não estamos discutindo o conceito de inspiração), a Bíblia é um livro escrito por mãos humanas, com todas as implicações que esse fato carrega.

Acreditar que há erros na Bíblia não significa ser um liberal teológico, mas simplesmente se encantar mais com a Palavra de Deus. Primeiramente, é preciso esclarecer o que é uma pessoa que adotou o liberalismo teológico. Apesar de se denominar cristão, um liberal é alguém que nega que eventos sobrenaturais podem acontecer. São “cristãos” que negam que Jesus ressuscitou, negam os milagres, negam que Deus seja Todo-poderoso, entre outras coisas. Essa é uma explicação simplista e generalizada, mas que pode ser útil.

A Bíblia não caiu do céu pronta e acabada, mas homens inspirados por Deus, impressionados por Seu Espírito, escreveram sobre a história de salvação e vida eterna. Se nela há erros e pequenas contradições, que não comprometem sua história central e as crenças cristãs fundamentais, é porque Deus decidiu tornar o ser humano participante de algo muito grande, indescritível e inimaginável. O processo de composição deste livro milenar também mostra que essa história não foi fabricada e combinada. Pelo contrário, foi contada e recontada várias vezes pelas pessoas que presenciaram os eventos daqueles dias.

Os erros que estão na Bíblia não comprometem nenhuma doutrina basilar do cristianismo. São encontrados em detalhes periféricos. Os autores da Bíblia eram humanos, e errar ocorre com qualquer um. Portanto, a pequena contradição entre se as mulheres foram ao túmulo de Jesus quando era noite ou ao pôr-do-sol não é sinal de que elas não foram lá. Se havia um ou dois anjos na tumba, não compromete o fato de que Aquele que morreu, reviveu.

Chamo a atenção aqui para ter cuidado em ir de pronto, e taxando com facilidade as pessoas como herege. Ao consultar a história, vemos que Calvino em nome “da defesa da fé”, um dia condenou a fogueira, Miguel de Cerveto, por conta de debates sobre a Santíssima Trindade. O dia em que Caio, ou seja lá quem for, disser que Jesus não veio em carne, que Ele não é o Filho de Deus, nem é o caminho, a verdade e a vida, aí sim, concordarei que se trata de uma heresia inspirada pelo espírito do anticristo. Caio não é teólogo liberal, nem herege, no máximo alguém próximo da neo-ortodoxia, adepto da escola teológica de Karl Barth, de quem provavelmente ele copiou algumas idéias, mas não citou a fonte, antes diz que descobriu sozinho lendo a Bíblia.











segunda-feira, 18 de junho de 2012

O desafio do Pastor Silas Malafaia




O texto abaixo não foi escrito por mim e sim pelo editor do blog UM ASNO QUE SÓ LÊ, "ASNALISA" que, mesmo dizendo não ser evangélico, decide aceitar o desafio proposto pelo Pr. Silas Malafaia, e responde o televangelista no tocante ao tema TEOLOGIA DA PROSPERIDADE. Para quem se diz não evangélico, devo dizer que ele respondeu muito bem o desafio, tanto que eu assino em baixo, por isso vou postá-lo. Quem quiser conhecer seu blog é só clicar  aqui 

EU ACEITO O DESAFIO DO PASTOR SILAS MALAFAIA

Sabe que eu até gosto de algumas coisas que ele diz... Se bem que combinam mais com um ativista político do que com um representante de Deus! O homem tem muitos fãs e corro o risco de ser escrachado sem direito a fiança, mas não custa recorrer ao bom senso. Dias depois de ter transmitido em seu programa a segunda parte da mensagem que desafiaria seus críticos, o pastor Silas Malafaia escreveu um artigo no site Verdade Gospel dizendo que ninguém conseguiu provar que ele está errado ao pregar sobre prosperidade financeira. Primeiro vamos a algumas peças que vagam nos blogs evangélicos, do próprio Malafaia e do site Aspecto Gospel:

"Sobre os blogueiros que aceitaram o desafio ele diz que são invejosos que usam a internet para caluniar e difamar aqueles que conquistam espaços e ainda os classificou de 'ilustres desconhecidos'. 'São pessoas frustradas, recalcadas, invejosas, onde o sucesso dos outros incomoda muito mais do que seu fracasso ou mediocridade', completa o pastor. Para ele o interesse de quem tentou mostrar que suas pregações são incoerentes são pessoas sem 'nenhuma notabilidade' que tem como objetivo 'crescer a custa da história dos outros'.

Malafaia ainda usa o espaço para reafirmar o desafio. 'Continuo desafiando quem vai me contraditar na palavra de Deus! Se você não acredita em prosperidade é problema seu. Em síntese, prosperidade é obedecer as leis de Deus'.

Muitos escritores cristãos usam a internet para pregar contra pastores, que assim como Malafaia, falam de bênçãos materiais em suas pregações e estimulam a doação de ofertas para alcançá-las. Para tentar provar para essas pessoas que ele não está errado, o pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo desafiou os blogueiros a provarem que há incoerência bíblica em suas pregações".

“Os desafiei a contraditar na Bíblia, e até agora não apareceu um, a não ser bravatas, calúnias, argumentações filosóficas, e pasmem: montagem de vídeos com minhas falas, se utilizando de parte de mensagem, igualzinho aos ímpios inescrupulosos fazem quando querem difamar alguém”, disse.

"Quem critica não faz nada. Você conhece alguma coisa que algum crítico construiu? Crítico é um recalcado que tem sucesso da obra alheia”, finalizou.

“Filho, instrumento de satanás para perturbar a fé e a igreja. Te cuida malandro. Te cuida meu chapa, porque Deus é juiz”.

Primeiro vamos aquela passagem em 1 Pedro 3.15: "Antes santificai a Cristo, como Senhor, em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós”, que os próprios pastores o lembraram e a que Malafaia responde - “Primeiro quem fala isto é um idiota! Desculpe a expressão, mas comigo não tem colher de chá! Por que quando é membro eu quebro um galho, mas pastor não: é um idiota. Deveria até mesmo entregar a credencial e voltar a ser membro e aprender. Para começar não sabe nada de teologia, muito menos de prosperidade. Existe uma confusão e um radicalismo, e todo radicalismo não presta”.

Novamente os pastores o recordam quanto ao que vem em 2 Timóteo 2.24,25 onde está escrito: “E ao servo do Senhor não convém contender, mas sim ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor; instruindo com mansidão os que resistem”.

"O próprio Silas Malafaia, durante muitos anos, foi um ferrenho oponente da teologia da prosperidade. Há, inclusive, vídeos no YouTube que apresentam sua verberação contra essa heresia. Mas ele não entregou a sua credencial de pastor nem voltou a ser membro para aprender. Pelo que tudo indica, a sua mudança de crítico da aludida heresia para propagador dela ocorreu por influência do telemilionário Murdock e outros.

O reverendo Caio Fábio concedeu uma entrevista ao blogueiro Danilo Fernandes, do blog Genizah Virtual e falou sobre temas que envolvem o presente e o passado da igreja evangélica brasileira.

Falando sobre Silas Malafaia, o reverendo Caio Fábio afirma que o pastor líder da Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo é um “menino” e conta que viu o surgimento e crescimento dele, e também acusa o pastor de ter recebido dinheiro de Edir Macedo durante um tempo:

“Silas é ‘H’, é garganta. Bota o Silas sentado aqui comigo e vê como ele não vira um garotinho bonitinho, legalzinho, quietinho, educadinho, todo fofinho. Ele tira essa onda toda lá, aqui comigo, é outra história. O Silas sabe que não aguenta uma olhada dentro dos meus olhos. E tem mais: me respeita mais do que se sonha que ele me respeita. Ele sabe que aqui não tem brincadeira de Deus, e ele sabe de uma outra coisa também: tudo que eu digo a respeito dele tem a ver com a traição que ele faz ao evangelho, com a venalidade que ele praticou a vida inteira, vendendo a alma em qualquer direção, e vinha me pedir perdão, como no tempo que o Macedo pagou a ele durante anos US$ 40 mil por mês. Ele sabe, o Jabes Alencar sabe, o Macedo sabe, todo mundo sabia”.

Caio Fábio afirma ainda que hoje não se faz 10% do trabalho social que era feito antes do surgimento da Teologia da Prosperidade: “Quem é que vai fazer obra social quando o negócio da Teologia da Prosperidade é que cresçam os miseráveis? Porque a Teologia da Prosperidade vive do paradoxo de que quanto mais miseráveis, ignorantes, deseducados, analfabetos, carentes, existam no país, melhor para o negócio dela, porque ela vende magia, feitiço”.

Caio discorre sobre o surgimento da vertente ligada à Teologia da Prosperidade e remete ao bispo Robert Mcallister, que organizou cruzadas por todo o Brasil, adaptando a mensagem de prosperidade, pregada nos Estados Unidos, à cena social e cultural brasileira. E afirma que Edir Macedo resolveu fundar a Igreja Universal depois de aprender com Mcallister a estratégia de reunir todas as vertentes do movimento evangélico pentecostal.

Minha Vez...

Obviamente não sou evangélico e deveria passar longe desse tipo de discussão, mas, com minha imparcialidade sobre o tema, posso, a luz da palavra que Malafaia cita, contraditá-lo e ir além: desafio-o a orientar seus seguidores a permanecerem por um ano inteiro reservando os valores que seriam remetidos a igreja em uma poupança própria mantendo a mesma convicção da prosperidade para aferir, ao final do período, como prosperaram realmente.

Malafaia, que disse aos seus seguidores que pagou uma bagatela por seu jatinho de 12 milhões de dólares, se apega a um trecho onde Paulo (Saulo de Tarso) prega o princípio da generosidade em 2 Cor 9.1-15. O Pastor Abner Ferreira nos esclarece algumas coisas nos remetendo ao contexto da época:

"No governo do imperador romano Cláudio, houve um período de grande fome, o que motivou Paulo a recolher uma “oferta especial” aos cristãos necessitados da Judéia. Nesse tempo, os judeus que moravam em Roma foram expulsos (At 18.2), e uma pobreza assoladora atingiu os cristãos daquela região. Além da assistência material aos pobres, Paulo tinha outra bênção em mente. Desejava que essa oferta fortalecesse a unidade da Igreja pela partilha de recursos dos gentios com as congregações de judeus do outro lado do mar. Para o apóstolo, os gentios eram “devedores” dos judeus (Rm 15.25-28). O apóstolo Paulo, ao ser enviado aos gentios, assumiu o compromisso de não se esquecer dos pobres, o que efetivamente esforçou-se por cumprir (Gl 2.9,10). Durante suas viagens missionárias nas províncias da Macedônia, Acaia e Ásia Menor, Paulo esforçou-se para levantar uma oferta especial destinada aos pobres da Judéia (I Co 16.1-4; II Co 8.1-24; II Co 9.1-15). Paulo não só levantou esta oferta entre as igrejas gentílicas, mas a entregou com fidelidade (At 24.16-18).

O apóstolo ensinou à igreja que contribuir é um ato de graça. Ele usou nove palavras diferentes para referir-se a oferta, mas a que emprega com mais freqüência é graça. (...)

A alma generosa engordará (Pv 11.25). A graça nos evangelhos jamais era mencionada como um favor monetário oferecido por Deus em troca da sua generosidade. Paulo, sabiamente, recorreu ao antigo testamento para reavivar nos cristãos a sabedoria por traz da gratidão. Em instante algum as ofertas serviram a igreja, e sim, para os que estavam em miséria profunda! E mais... para Paulo, era justo que os que tinham pouco (mas eram gentios) dessem até o que lhes era escasso para os cristãos da Judéia.

“Pedindo-nos, com muitos rogos, a graça de participarem da assistência aos santos”. Paulo usa, nesse versículo três palavras magníficas: charis (graça), koinonia (participarem) e diakonia (assistência). A contribuição financeira passou a ser entendida como um ministério cristão. Digno de nota, é que os macedônios não contribuíram em resposta aos apelos humanos, mas como resultado da graça de Deus concedida a eles. Não foi iniciativa de Paulo pedir dinheiro aos macedônios para os pobres da Judéia, foi iniciativa dos macedônios oferecerem dinheiro a Paulo para assistir os santos da Judéia. Os cristãos macedônios seguiam as palavras de Jesus: “Mais bem aventurado é dar que receber” (At 20.35).

Infelizmente, por desprezarem o contexto, muitas igrejas têm se transformado num mercado, o púlpito num balcão, o evangelho num produto e os crentes em consumidores. Já há quem diga: “pequenas igrejas, grandes negócios”. Muitas igrejas evangelizam para ganhar dinheiro, em vez de usarem o dinheiro para evangelizar.

Se fossem os preceitos difundidos por Jesus, em primeiro lugar, a contribuição deveria ser motivada pelo amor ao próximo. Foi por isso que Paulo disse que poderíamos dar todos os nossos bens aos pobres, mas se isso não fosse feito [motivado] pelo amor, não teria nenhum valor (I Co 13.1) (vejam que o próprio Paulo restringe a oferta ao amor, jamais como moeda de troca por bênçãos). A graça prometida por Paulo estava mais para a satisfação espiritual (mais próximo do nosso entendimento) do que um retorno de realizações como erroneamente se crê nos dias atuais.

Além do mais, prosperitas (prosperitate), é um termo latino (romano). o judeu queria se referir a algo mais sutil do que a abundância material. Referia-se, naquele contexto, a um estado virtuoso, ditoso, feliz (mas de graça espiritual, não financeiro). As escrituras sempre celebravam algo mais sublime do que o mundano.

Jatos de milhões, carros importados, mansões faustuosas, fazendas, entre outras posses dos modernos sacerdotes poderiam, há muito, saciar a fome de milhões, abrigar milhares de famílias e vestir muitos desamparados. Já tratei neste blog sobre a questão do dízimo e das ofertas com linhas amparadas pelas próprias escrituras e que contradizem as atitudes de pastores como Malafaia, Valdemiro, Macedo e tantos outros que abusam da preguiça humana que nos impede de simplesmente consultar suas fragmentadas afirmações em nome de Jesus, o Cristo.

Não faltam testemunhos de pessoas, bem intencionadas, que foram "abençoadas" por que tiveram a atitude de doar às igrejas, o que falta (e nunca é mostrado) são as numerosas fileiras de pessoas que acabaram em desgraça por essa atitude. É fato comprovado que a convicção por uma realização (ainda que sem uma barganha) é tão possível quanto a permutada nos púlpitos com doações, ofertas, propósitos, etc.

Malafaia tem um discurso ímpar e debocha da inteligência de seus seguidores quando afirma que sua fortuna advém da venda de seus muitos livros, CDs e DVDs. Bom... ele teria de ser mais lido do que a autora de Harry Potter, mais ouvido do que Michael Jackson e mais assistido do que Two and a half men.

Haverá um dia, e isso não é profecia, em que as palavras serão plenamente compreendidas e esses homens conhecerão as entranhas de sua própria teologia. Todos construímos nossa própria Torre de Babel.