quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Subsídio para EBD - Oséias: A fidelidade no relacionamento com Deus

Oséias ou Oseias (em hebraico: הוֹשֵׁעַ, transl. Hošeaʿ, tib. Hôšēăʿ, "Salvação do/é o Senhor"; em grego: σηέ, transl. Ōsēe) foi um personagem bíblico, e um profeta em Israel no século VIII a.C., filho de Beeri[1]. É um dos Doze Profetas da Bíblia hebraica judaica, também conhecidos como profetas secundários no Antigo Testamento cristão.

Viveu no Reino do Norte durante os reinados de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá, e de Jeroboão, filho de Joás, rei de Israel, entre 780 e 725 a.C.. Em Oséias 5:8 existe uma referência às guerras que levaram à captura do reino pelos assírios, ocorrida em torno de 734-732 a.C.; não se sabe ao certo se Oséias teria também vivido a destruição de Samária, que é prevista em Oséias 13:1.

A vida familiar de Oséias refletia a relação "adúltera" que Israel havia construído com os deuses politeístas. Os nomes de seus filhos lhes transformaram em profecias ambulantes da queda da dinastia dominante e do pacto rompido com Deus - de maneira muito semelhante ao profeta Isaías uma geração mais tarde. Oséias frequentemente é visto como um "profeta do destino", porém sob sua mensagem de destruição está uma promessa de restauração. O Talmude (Pesachim 87a) alega que ele teria sido o maior profeta de sua geração (que incluiu o mais notório Isaías).

O nome de sua esposa é Gomer, uma adultera contumaz, e que aproveita as horas do trabalho do marido para se entregar a todos os prazeres...com outros, muitos outros, especialmente com os inimigos dele. Depois de um tempo Oséias já não era poupado pela esposa. Ela fazia as coisas de modo aberto, sem nenhum pudor.

Gomer não tinha pudor, nem discrição! Ela era capaz de deixar o marido em casa e ir para um motel, recebendo, pela ordem, homens a noite inteira. A paga eles supostamente deveriam deixar na saída, numa caixa. Mas como quase todo homem que busca tais mulheres sonha com a possibilidade de que ele seja tão especial, e melhor do que todos os anteriores, que adoraria ouvi-la dizer: “Esta foi por conta da casa”—; nada ouvindo como cobrança, nada deixavam na caixa, à saída.

Oséias era padeiro. Saía para trabalhar e fazer pão para todos, até para a clientela de sua mulher... Quando ia passando, via a caixa quase vazia. Então, vinha e enchia a caixa de Gomer por ordem do Senhor. Pela manhã ela se gabava de que os seus dotes femininos haviam conquistado todas aquelas coisas... E acrescentava: Só você é que não me dá nada. Se eu dependesse dessa sua honestidade estaria morta de fome.

Oséias nada dizia. Ele apenas ouvia a voz de Deus, que lhe dizia: Sei como tu te sentes, pois é assim que me sinto. Podes tu agora entender a minha dor? Eu amo o meu povo, dou a ele, graciosamente, todas as coisas; mas eles preferem pensar que foram os seus próprios poderes espirituais que os prosperaram. Eu os abençôo apesar deles mesmos, mas eles atribuem a minha benção às suas próprias magias espirituais, inclusive aquelas que eles dizem praticar em meu nome. Sim! eu sou o Deus da Graça e da misericórdia, e demoro imensamente a me irar-me, mas eles me provocam a ira, enganando também aos mais ignorantes do que eles, e em meu nome cobrando remuneração para mim, e por dádivas que eu, o Senhor, dou apenas por minha Graça.

O Deus de Oséias é o marido traído, e que não tem outra saída a não ser continuar amando a sua própria esposa, visto amá-la para além de sua própria dor. O Deus de Oséias é um Deus ferido. Marcado pela tristeza de não se ver reconhecido e percebido, e por amar de tal maneira...mais que tudo. E mesmo assim, não conseguir seduzir aqueles que dizem ter com Ele uma aliança...pois esses tais, amam apenas aquilo que lhes cai na “caixa”.

O Deus de Oséias é amor. Ele não descarta jamais as Suas promessas e nem esquece de ser misericordioso. O Deus de Oséias espera o dia em que Gomer se converta a Ele, e que deixe de lado as suas fantasias, e corra arrependida para os braços Daquele que foi fiel às Suas próprias misericórdias e promessas.



terça-feira, 9 de outubro de 2012

Protestantes perdem maioria pela primeira vez nos EUA


Atualmente não há sequer um juiz protestante na Suprema Corte dos Estados Unidos, e o Partido Republicano enfrenta suas primeiras eleições presidenciais sem ter contado com um único pré-candidato da religião. Os indícios de uma mudança na sociedade americana já se faziam notar. E foram comprovados por uma pesquisa do Instituto Pew: apenas 48% dos americanos se identificam com a religião. Ou seja, o protestantismo perdeu sua hegemonia pela primeira vez na História dos EUA.
A principal razão para o declínio é o crescimento acentuado de um outro grupo - o dos agnósticos. Os números mostram que 20% dos americanos, hoje, dizem não ter qualquer filiação religiosa, um aumento de cinco pontos percentuais em relação à última checagem, feita há cinco anos.
O resultado foi obtido por uma série de enquetes que ouviram mais de 17 mil pessoas, e a margem de erro é de apenas 0,9 ponto percentual. Não faltam, porém, sombras entre a frieza das estatísticas e a subjetividade de temas como religião e espiritualidade. Pesquisadores têm debatido calorosamente para decidir se as pessoas que dizem não pertencer mais a um grupo religioso podem ser consideradas laicas. A categoria “agnóstico”, segundo o Pew, optou por abrigar quem apenas diz “acreditar em Deus” e a minoria que se considera “espiritual, mas não religiosa”.
Os números têm um aspecto político: 24% dos americanos que se descrevem como sem religião votam majoritariamente no Partido Democrata, apoiam a legalização do aborto e o casamento gay.
O fenômeno desafia os pesquisadores. Na Europa, o crescimento do secularismo sempre esteve atrelado à riqueza crescente do continente. Resta explicar como um país industrializado, como os EUA, conseguiram manter por tanto tempo profundas raízes religiosas, apesar de sua riqueza.
- Parte do que ocorre é que diminuiu o estigma de não se estar associado a uma comunidade religiosa - arrisca John Green, da Universidade de Akron, que assessorou a pesquisa.



Meu Comentário: A pesquisa norte-americana, assim como a do IBGE no Brasil, mostra o crescimento do grupo que não tem qualquer filiação religiosa. De acordo com a matéria, os pesquisadores incluiram na categoria "agnóstico", tanto os ateus como aqueles que "acreditam em Deus", mas não ligados a uma instituição religiosa. Melhor dizendo: não significa que todos os que não tem filiação religiosa são ateus, pois alguns desse grupo, não deixaram de crer em Deus e sim nas instituições religiosas. O fenômeno sócio/religioso que está ocorrendo na outra América, se repete aqui também nas terras tupiniquins. Mas se ele é considerado novo por aqui, não se pode dizer o mesmo nos Estados Unidos. Em 1965 quando escreveu o livro "O mundo em Chamas", Billy Graham, já alertava sobre muita gente que estava deixando de frequentar os templos e as igrejas instituicionais para se reunirem em casas, para orarem e lerem a Bíblia. Ela cita no livro inclusive que, uma de suas filhas, estava dando estudos bíblicos em casa. Ou seja, há quase cinquenta anos atrás nos "States", os "desigrejados", já estavam em pleno vapor por lá.