sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Subsídio para EBD - A verdadeira fé não faz acepção de pessoas

 
Algumas definições da expressão “acepção de pessoas” em algumas versões bíblicas: “Meus irmãos, vocês que creem no nosso glorioso Senhor Jesus Cristo, nunca tratem as pessoas de modo diferente por causa da aparência delas” (NTLH); “Meus irmãos, como crentes em nosso glorioso Senhor Jesus Cristo, não façam diferença entre as pessoas, tratando-as com parcialidade” (NVI); “Meus irmãos, como tendes fé em nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, não façais discriminação de pessoas” (A21); “Queridos irmãos, como vocês podem alegar que pertencem ao Senhor Jesus Cristo, o Senhor da glória, se mostrarem preferência por gente rica e desprezarem os pobres?” (BV, 1981). O Dicionário Houaiss da língua portuguesa assim define a locução: “escolha, predileção por alguém; inclinação, tendência em favor de pessoa(s) por sua classe social, privilégios, títulos etc.”.
A fé não pode fazer acepção de pessoas (Tg 2.1-4)
Este comentário de A. McNab ajudará você a entender os sentimentos da época de Tiago com relação ao tema:
[No v. 1] devemos adotar a redação “Tendes a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas?”, sendo a inferência que, se assim fazemos, não somos realmente cristãos. Uma outra interpretação é que os crentes não devem permitir seja entravado seu progresso na vida cristã com uma indevida deferência aos ricos, e ao mesmo tempo uma falta de reconhecimento aos pobres. Tiago figura um cidadão rico, muito bem vestido, cujas jóias e vestes deslumbrantes são indício de sua opulência, a penetrar numa assembleia cristã, não necessariamente uma sinagoga judaica, se bem que muitos ainda frequentassem aqueles centros onde Moisés era lido e se davam instruções nas Escrituras. Ao mesmo tempo entra lá um pobre, com vestes amarrotadas, desbotadas e sujas. Era fácil os crentes mostrarem consideração indevida ao rico, convidando-o a ocupar lugar de honra, enquanto o irmão andrajoso era deixado de pé, ou lhe ofereciam um lugar no soalho para se sentar. Procedendo assim mostravam que faziam distinções antipáticas (“divididos em vossa mente”), e julgavam as pessoas com parcialidade, “Julgavam com maus pensamentos” baseados no princípio de que as vestes custosas de uma pessoa indicavam-na como “companheira desejável” [Century Bible]. Os juízes orientais caracterizavam-se por seu favoritismo. Perdia-se com isto todo senso de irmandade cristã, ignorando-se o exemplo do Senhor Jesus, visto como todos, ricos e pobres por igual são preciosos para Deus. Na sua presença em nada importam vestes magníficas ou esfarrapadas. Considerar as pessoas por essa forma era infringir diretamente a lei de Moisés [cf. Dt 1.17].
Deus escolheu os pobres aos olhos do mundo (Tg 2.5-7)
Russell Norman Champlin sobre Tiago 2.6:
Aos ricos é demonstrada uma acolhida respeitosa, mas os pobres são ignorados e humilhados. No entanto, as classes abastadas são as que oprimem socialmente os crentes. [...] “… vos arrastam para tribunais…” Essa é uma das instâncias da opressão exercida pelos ricos. Talvez com direito legal, mas com atitude desprezível e sem paciência, exigiam seu dinheiro; e, se porventura não o recebessem, punham os ofensores na prisão e lhes confiscavam as propriedades. Ou com frequência, mesmo sem quaisquer direitos legais, mas através da manipulação de poder político, que o dinheiro lhes conferia, furtavam propriedades e perseguiam seus concidadãos menos afortunados. Isso pode ser confrontado com a queixa de Jesus contra os fariseus, aos quais o Senhor acusou de “roubar as casas das viúvas”, o que faziam apossando-se ilegalmente de suas heranças e propriedades [Mt 23.14].
A lei real, a Lei mosaica e a lei da liberdade (Tg 2.8-13)
Considere esta explicação de T. Carson sobre a lei “real” ou “régia”:
A expressão lei do Reino (v. 8) tem sido interpretada de diversas maneiras: (a) como descrevendo a lei do amor como soberana sobre todas as outras (cf. Mt 22.36-40; Rm 13.8,9; Gl 5.14); (b) como destinada a reis, e não a servos e escravos (cf. v. 5,12); (c) como dada pelo Rei. A primeira é a explicação mais comum, mas Tiago pode ter tido mais de uma ideia em mente. A palavra “lei” não é usada em relação a um único mandamento, mas talvez tenha sido usada assim aqui em vir­tude da natureza abrangente do mandamento, ou pode ser uma referência aqui também a toda a lei da qual o mandamento é uma parte. encontrada na Escritura: Deve ser compreendido em conjunto com o que segue, e não com “obedecerem”. estarão agindo corretamente: Cf. At 15.29. Se vocês de fato obede­cerem: A ARC traz “Todavia, se cumprirdes”, e o significado aparentemente é que Tiago não faz objeção se a atitude deles para com os ricos for de amor, mas, se for esnobe e interesseira, é pecaminosa.
BIBLIOGRAFIA. Carson, T. Tiago. In: Bruce, F. F. (Org.). Comentário bíblico NVI: Antigo e Novo Testamento. Tradução de Valdemar Kroker. Reimpr. São Paulo: Vida, 2009. * Champlin, Russell Norman. O Novo Testamento interpretado:versículo por versículo. 4. impr. São Paulo: Milenium, 1983, v. 3. * McNab,A. A epístola geral de Tiago. In: Davidson, F. (Org.). O novo comentário daBíblia. 3. ed. reimpr. São Paulo: Vida Nova, 1997.
Fonte: O BALIDO

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Igreja e Política


Vem aí mais uma eleição. Nos últimos anos, o segmento da sociedade brasileira que mais se adensou politicamente, foi a igreja evangélica. Em razão de seu grande crescimento numérico e de demonstrações claras, por parte de alguns líderes, de uma imensa volúpia por alcançar posições de comando na vida nacional, a igreja evangélica tem sido objeto de várias investidas de todos os lados.
 
Primeiro, de dentro, surgem os que nem sempre tem compromisso com a fé ou com o preparo para o exercício político, mas que tem acesso às multidões de crentes que enchem os nossos templos. E aí, nessa hora, para alguns deles, vale tudo. O esperançosismo evangélico, algumas vezes simplista, é usado ao extremo por esses que vendem à igreja, a idéia de que os males da nação só serão resolvidos, quando pessoas que se digam evangélicas estiverem em todos os lugares-chaves do país.
 
Além desses, há também os de fora, que chegam, geralmente por duas vias: a convite de alguns líderes inescrupulosos que negociam, pretensamente, o voto de toda a comunidade em troca de favores ou de mera sensação de proximidade ao “poder”. Ou ainda, mediante a investida objetiva e sedutora daqueles que vêm trazendo a proposta do “tudo isso te darei, se engajado me apoiares”. E alguns, seja por ingenuidade ou por maligno pragmatismo, cedem à tentação e aceitam fazer o que Jesus não fez; pois ao ser confrontado com algo semelhante, manifestou-se com um forte brado: “Arreda-te!”
 
É um ótimo negócio ser evangélico quando se pleiteia um cargo eletivo. Afinal, no Brasil de hoje, nós somos uma enorme minoria, com perspectivas concretas, nos próximos anos, tornarmo-nos maioria. Pela maneira como centenas de “pastores” – alguns incautos e despreparados – lançam-se a um lugar na política, dá-se a impressão de que se quer transformar no futuro, o Palácio do Planalto numa espécie de Vaticano: Estado religioso, dirigido por pastores e despachantes de igrejas. Pode ser o filme Constantiniano em versão nacional.
 
Deus nos livre!
Pode haver militância política, mas que sejam representantes genuínos, legítimos e conscientes. Porque se não a igreja, torna-se “massa de manobra” nas mãos dos “espertos de fora” que marionetam os “bonecos de dentro”, a troco de carros equipados para evangelização, bancos para templos, terrenos para para a comunidade, ou empregos para parentes dos líderes. A maioria dos nossos candidatos são “bonecos de ventrílogos”: sem voz própria, sem o mínimo de consciência ideológica, sem plataforma e sem programa. Tudo o que eles sabem é dizer: “Esta é a hora do povo de Deus”.
Hora de quem e para o quê? – pergunto eu.
Aqueles cujas únicas propostas são a criação de praças da Bíblia, título de cidadão honorário a pastores e lutas por querelas religiosos, não terão o meu voto.
 
Na minha opinião, pastor ou quem deseja candidatar que o faça. Mas, quem desejar pleitear um cargo desses, deve fazê-lo em nome de sua própria consciência como cidadão, e nunca como pastor, em nome da igreja e muito menos em nome de Deus. Fazer isto é ideologizar a Deus e a igreja. O fim é sempre blasfemo e corrompido.Portanto, não sou contra cristãos na política, porém sou veementemente contrário à utilização da igreja para essa finalidade. Hoje tudo não passa de um grande nojo. Já pensou se o ministério terreno de Jesus, estivesse acontecendo agora e ele entrasse, nas igrejas em ano de eleição. Faria com azorrague e de lá expulsaria os cambistas da corrupção. Foi Ele quem disse que o “reino de Deus não é deste mundo e não está entre nós com visível aparência, visto que está em nós”.

domingo, 3 de agosto de 2014

CGADB - Escola Bíblica Nacional de Obreiros em Uberlândia, dias 02 a 04 de setembro/2014



Escola Bíblica Nacional de Obreiros - Uberlândia - MG

Data: 02 a 04.09.2014

Igreja Assembleia de Deus - Missão aos Povos

Endereço: Av. Rondon Pacheco, 4094 - B. Saraiva - Uberlândia - MG

Inscrições: www.aduberlândia.com.br