sábado, 1 de agosto de 2015

Subsídio para EBD - Apostasia, fidelidade e diligência no ministério

Paulo começa este capítulo falando de uma revelação que o Espírito Santo tinha dado a igreja, que nos últimos tempos alguns deixariam a fé em Cristo Jesus por dar ouvidos e obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios.

A intenção deles era usar pessoas fracas, soberbas e hipócritas e que tinham suas mentes fechadas para o verdadeiro evangelho,  para que com seus ensinos pudessem diluir o verdadeiro evangelho, ensinando falsos ensinos, que vão contra a palavra de Deus, para que muitos deixem a verdadeira fé em Cristo e sigam falsas crenças.

Éfeso foi atingida pelas contracorrentes de muitas religiões e filosofias do Leste e do Oeste. Como a cidade se localizasse na estrada Pan-asiática, os diversos mestres que por ali passavam achavam-na um lugar conveniente de parada. Como resultado, os efésios ficaram expostos a uma miscelânea de cultos extravagantes e de diferentes doutrinas.

Na sua Epístola aos Efésios, Paulo havia prevenido a igreja do perigo de serem “agitados de um lado para outro, e levados ao redor por todo vento de doutrina” (Efésios 4.14)

Foi esta a razão pela qual Paulo deixou Timóteo em Éfeso. Paulo refere-se ao problema dos efésios como “loquacidade frívola”, “fábulas” e “sabedoria falsa”, e menciona genealogias como se os cristãos de Éfeso estivessem interessados em descobrir suas origens.

Através do Judaísmo daquela época, elaboradas interpretações fantasiosas do Antigo Testamento estavam-se espalhando com rapidez. E como os efésios estivessem numa posição que permitia o conhecimento de tudo o que surgia, os cristãos estavam sempre contando novidades e especulando como poderiam encaixar a última novidade em sua teologia eclética.

O apóstolo passa a tratar dos falsos ensinos que vinham infestando a igreja em Éfeso, cuja dificuldade ele alude no capítulo 1. O erro sempre se opõe à verdade do evangelho, conflito ao qual Deus prepara a sua igreja: Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé (1).
Paulo está se referindo ao Espírito Santo, que é o espírito de profecia. E impossível determinar que profecia em particular o escritor tinha em mente. Às vezes, o apóstolo era movido pelo Espírito para profetizar. Um dos numerosos exemplos dessa inspiração envolvia esta igreja em Éfeso, onde Timóteo servia: "Porque eu sei isto: que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não perdoarão o rebanho. E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si" (At 20.29,30). Este desdobramento, tão claramente previsto poucos anos antes, está próximo; na verdade, já começou. 

Esses falsos mestres, não estão longe, estão no meio do rebanho, são cabritos, mas, agem como se ovelhas fossem, ganham a confiança da igreja, e por serem conduzidos por espíritos satânicos, logo armam o seu bote, e começam de uma forma sutil, demoníaca a contaminarem o alimento sólido servido as ovelhas, e se não for pela misericórdia do Deus Jeová, que alerta os pastores, e a liderança local, o rebanho se contamina, enfraquece, para de comer e morre. 
Se desvia.

II Pedro 2:1 – “Mas houve também entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá falsos mestres, os quais introduzirão encobertamente heresias destruidoras, negando até o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição”.

 Falsos mestres ensinam doutrinas diferentes

A palavra usada por Paulo para “diferente” é “heteros” que significa radicalmente diferente, de outro tipo. Isso significa que estavam ensinando algo completamente estranho à Palavra de Deus

Afastai-vos deles.

Romanos 16:17-18: "Rogo-vos, irmãos, que noteis bem aqueles que provocam divisões e escândalos, em desacordo com a doutrina que aprendestes; afastai-vos deles, porque esses tais não servem a Cristo nosso Senhor, e, sim, a seu próprio ventre e com suaves palavras e lisonjas enganam os corações dos incautos."

Espíritos enganadores.

Elienai Cabral, comentando sobre o tema diz: “Precisamos entender que existem dois mistérios sobrenaturais propagados por agentes humanos: o de Deus e o do Diabo. O mistério de Deus é propagado pela Igreja e o mistério do Diabo é propagado por “espíritos enganadores” influenciados por demônios. O Espírito Santo vive na Igreja de Cristo para torná-la apta a refutar as sutilezas do Diabo”. 

A expressão espíritos enganadores pode ter uma referência dupla, tanto a demônios literalmente como a homens que se tornam agentes de demônios. A Bíblia os identifica como homens maus e enganadores... enganando e sendo enganados” (2Tm 3.13; 2Jo 7 e 2Pe 2.1). 

Existem pessoas que se colocam a serviço de Satanás para propagar e disseminar doutrinas falsas e negar as verdades divinas. Essas pessoas tornam-se, indubitavelmente, “espíritos enganadores”. 

Entre o falso e o verdadeiro

É Jesus quem dá a primeira dica em Mateus 7.22-23. Ele fala sobre os que se apresentarão diante dele com afirmativas como: “Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade”.

Don Bashan, escritor e pastor já falecido afirma: “Não é coincidência que o alerta de Jesus sobre os falsos profetas venha precedido do alerta sobre o caminho largo e o estreito. 

Obviamente, porque muitos que pensam que o caminho em que estão seja o caminho da vida, mas estão sendo enganados pelos falsos profetas ou porque que estão sob o ministério dos falsos profetas!”. 

Este espírito enganador é um espírito sedutor, que usa a palavra de Deus destorcendo e criando as suas doutrinas, as doutrinas de satanás. Note como este espírito sedutor e enganador tentaram contra o Cristo. Mateus 4:3-11.

Quando será o inicio de tudo isso?

Esta Levedura de erro está em ação hoje. Alguns já se desviaram da fé, seduzidos pelos "estratagemas de Satanás e seus aliados". Paulo denomina essas forças sobrenaturais de "principados, [...] potestades, [...] príncipes das trevas deste século, [...] hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais" (Ef 6.12). A palavra grega traduzida por espíritos enganadores significa, de fato, "curandeiros ambulantes" ou "vagabundos, errantes" (Simpson), indicando o poder de iludir e enganar. Esses espíritos malignos empregam suas vítimas sucessivamente como agentes dos seus propósitos abomináveis. 

Prosseguindo na descrição destes agentes do erro, diz o apóstolo: “Pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência”.
O termo ‘hipocrisia’ fala do esforço consciente e deliberado em enganar, o conhecimento moral de que os ensinos que eles propagam são mentiras. Esses indivíduos estão tão cegos pela incredulidade e são tão endurecidos de coração que a consciência não é mais capaz de exercer suas funções designadas. Ela está cauterizada. Em Efésios 4.19, o apóstolo descreve a pessoa nesta condição moral: "havendo perdido todo o sentimento".

Asceticismo Sem Sentido (4.3-5)

Paulo define dois detalhes do ensino que ele está denunciando: “Proibindo o casamento e ordenando a abstinência dos manjares que Deus criou para os fiéis e para os que conhecem a verdade, a fim de usarem deles com ações de graças”. Esta proibição de casar-se e comer certos alimentos mostra que o erro que ganhara posição segura na igreja em Éfeso era um tipo inicial de gnosticismo. Todas as formas de gnosticismo defendiam em comum a idéia de um dualismo fundamental entre matéria e espírito. Isto significava que tudo que pertencesse ao corpo era intrinsecamente mau. Estes mestres mal orientados promoviam um asceticismo rígido e essencialmente falso. Seus adeptos tinham de evitar o casamento e praticar a abstinência de certos alimentos.

A APOSTASIA E INDIFERENÇA GENERALIZADA.

O Espírito diz claramente que nos últimos tempos alguns apostataram da fé e seguirão  espíritos enganadores e doutrinas de demônios. Tais ensinamentos vêm de homens hipócritas e mentirosos, que têm a consciência cauterizada e proíbem o casamento e o consumo de alimentos que Deus criou para serem recebidos com ação de graças pelos que crêem e conhecem a verdade.” Tm. 4.1-3.

O termo apostatar-se significa desviar-se ou afastar-se. Esse sinal já está acontecendo nos dias de hoje. Muitas autoridades das igrejas têm distorcido o verdadeiro evangelho, dando lugar ao orgulho, à ganância, posição social e cada vez menos à seriedade do evangelho.

A apostasia e a indiferença espiritual generalizada, bem como o espírito de desobediência e anarquia, fazem parte da preparação final do mundo pelo Diabo, para o reino do Anticristo, também chamado de a Besta. 

Assim como Deus preparou  todas as coisas para a vinda de Jesus, o Diabo prepara  todas as coisas para o reino do Anticristo, quando a igreja sair daqui. 

Isso porque esse preparo não pode ser feito de improviso, nem na última hora. Já começou há muito tempo e de diferentes maneiras. Isso podemos observar no espírito de desobediência, rebelião, ateísmo, corrupção, materialismo, baixo nível moral e imoralidade generalizada, e tudo isso está a serviço do maligno executando sua obra destruidora a passos gigantescos. 

As bases do direito, da ética e dos bons princípios estão desmoronando-se na sociedade, nos lares, nas organizações civis, militares, comerciais, estudantis, científicas e culturais, em todas as classes sociais, em todos os países, na cidade e no campo. É o contrario do que determina as Escrituras.

Nunca antes presenciamos a angustia das nações como nos dias de hoje  (Luc.21.25). Os interesses do mundo estão voltados unicamente para as coisas materiais (Mat. 24.38), dentro de todos os prismas políticos, não há quem busque a Deus (Rom. 3.11), e não se interessam pela pregação do Evangelho (Os. 53.1). Na própria igreja, o amor está desaparecendo (Mat. 24.12), apesar da boa e agradável advertência do Senhor (Mat.24.13; Luc. 21.34-36).

Paulo fala que o Espírito lhe disse claramente sobre a apostasia nos últimos dias, fala sobre homens que se entregaram a mentiras, tendo suas mentes cauterizadas entregues a espíritos enganadores, estes espíritos são o próprio homem enquanto humanidade destituída da glória de Deus.  Paulo diz ainda que os ensinos dos falsos mestres são doutrinas de demônios, onde influências sobrenaturais malignas direciona o agir deles.  

A mente cauterizada se relaciona com o fato de usar ferro em brasa para queimar, marcando escravos ou animais. Entende-se que o contato do ferro em brasas com o corpo, torna o tecido queimado insensível e morto, podendo não mais perceber as diferentes sensações de contato. 

Assim seria a mente cauterizada, insensível, morta para a verdade libertadora do evangelho.

Fábulas substituindo a sã doutrina.

Que é uma fábula? Fábula é um apólogo, e apólogo é uma verdade moral, expressa sob forma de fábula ou alegoria, ou sob o véu da ficção. Fábula é lenda, conto popular, mito. A mitologia contém os deuses fabulosos. O monte Olimpo dos Gregos era o lugar onde viviam os deuses gregos. Fábula é, finalmente, um conto, lenda, ou mito, que não tem existência real. 

É uma mentira.

Na Igreja nascente proliferavam as fábulas, isto é, lendas ou contos fabulosos que atrapalhavam a edificação da Igreja e do reino de Deus. Na mesma carta a Timóteo, mais à frente, Paulo declara que as tais fábulas, eram profanas. Ora, profanar é violar a santidade do Evangelho. Profanar é violar uma coisa sagrada.

Lendo o texto de I Timóteo 4.1-7, vemos que, neste texto, Paulo revela que as fábulas profanas são doutrinas de demônios, e espíritos enganadores, próprias para os hipócritas. 

Paulo ainda adverte a Igreja que as fábulas que tanto perturbavam e minavam a Igreja do seu tempo, eram coisas do Velho Testamento. “Este testemunho é verdadeiro. Portanto repreende-os severamente, para que sejam sãos na fé, não dando ouvido às fábulas Judaicas, nem aos mandamentos de homens que se desviam da verdade” (Tt. 1:13-14).

Quando os crentes não são orientados a lerem a Bíblia, nem tampouco a estudarem, quase sempre se portam como meninos espirituais. Daí porque há tanto emocionalismo e modismos nos cultos. Tais pessoas, por não conhecerem a Palavra e não estarem firmados nela, acabam sendo levadas por todo vento de doutrinas e engano dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente (Ef 4.14).

Pedro, o apóstolo, na sua segunda carta, diz: “Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda do nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas; mas nós mesmos vimos a sua majestade” (II Pd. 1:16). É claro que Pedro, assim como Paulo, fez referência às fábulas judaicas.

EXERCITA-TE A TI MESMO NA PIEDADE

"O cristão deve se exercitar? O que a Bíblia diz sobre a saúde?"

1 Timóteo 4:8 nos informa: “Pois o exercício físico para pouco é proveitoso, mas a piedade para tudo é proveitosa, porque tem a promessa da vida que agora é e da que há de ser”. 

Note que este versículo não diz que o exercício não tem valor! Ele diz que o exercício tem algum valor, mas mantém as prioridades corretamente ao dizer que a piedade é de maior valor. O apóstolo Paulo também menciona o treinamento físico ao ilustrar a verdade espiritual. 1 Coríntios 9:24-27: “Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. Todo atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível. Assim corro também eu, não sem meta; assim luto, não como desferindo golpes no ar. Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado”. 2 Timóteo 2:5: “Igualmente, o atleta não é coroado se não lutar segundo as normas.” 2 Timóteo 4:7: “Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé.”

Então, claramente não há nada de errado no fato de um cristão se exercitar. Na verdade, a Bíblia é clara ao dizer que nós devemos cuidar bem dos nossos corpos (1 Coríntios 6:19-20). 

Efésios 5:29 nos diz: “Porque ninguém jamais odiou a própria carne; antes, a alimenta e dela cuida...” A Bíblia também nos adverte contra a gula (Deuteronômio 21:20; Provérbios 23:2; 2 Pedro 1:5-7; 2 Timóteo 3:1-9; 2 Coríntios 10:5). Ao mesmo tempo, a Bíblia nos adverte contra a vaidade (1 Samuel 16:7; Provérbios 31:30; 1 Pedro 3:3-4). O que a Bíblia diz sobre a saúde? Seja saudável! Como alcançamos este objetivo? Ao fazermos exercícios não muito pesados e comendo moderadamente. Este é o padrão Bíblico para a saúde e para o exercício físico.

No versículo 8 Paulo diz que “o exercício físico para pouco é  proveitoso”, mas não diz que para nada é proveitoso. Esse proveito não é pessoal, mas para servir o Senhor. Se tivermos boa saúde, poderemos servir melhor. Quando o Senhor nos envia para a obra, nas cidades, nos lugares, às vezes sofremos muito. Pessoas com saúde fraca não aguentam. Por isso, precisamos exercitar também o lado físico.

UM BOM MINISTRO DE CRISTO JESUS

v.6. Timóteo deveria dar instruções ao rebanho do Senhor, agindo como um “bom ministro de Cristo”. Segundo o Comentário Bíblico Beacon, “a palavra grega traduzida por ministro (diakonos) é a mesma palavra traduzida por ‘diáconos’ em 3.8”. O bom ministro é aquele que serve a Igreja, exortando, ensinando e discipulando suas ovelhas. Pois todo o crente precisa estar firmado na fé e na doutrina cristã (v.6b). O bom ministro zela pela vida espiritual do rebanho do Senhor. O pastor precisa ser um estudioso da Bíblia a fim de “conhecer a sabedoria e a instrução” para entender as palavras da prudência (Pv 1.2). O estudo das Escrituras conduz o pastor e as ovelhas à sabedoria, em todos os aspectos da vida.

O MINISTRO VERDADEIRO – 1. 12 -20

Esta passagem é um forte contraste entre o ministro verdadeiro do evangelho e os falsos mestres. Eles são um testemunho de Paulo que era um verdadeiro ministro.

Ser considerado fiel

O primeiro princípio dos ministros da palavra é ser considerado fiel. Em 1 Timóteo 1:12, Paulo mostra-nos a sua experiência: "Sou grato para com aquele que me fortaleceu,Cristo Jesus,nosso Senhor, que me considerou fiel, designando-me para o ministério". É bom percebermos que primeiramente Paulo foi considerado fiel pelo Senhor e somente depois foi designado para o ministério. Portanto a base para sermos ministros é sermos fieis.

O ministério da Palavra

A palavra "ministros" é "huperetes" que traduz-se como "remador de baixo" e é uma alusão aos escravos que remavam "em fila" no porão do navio, como no romance "Ben-Hur". 

Portanto, Paulo diz que o importante é que os homens vejam os ministros como servos deste tipo. Ora, o "doulos" era um escravo até de elite em comparação aos "huperetes" (v.1).

Mas, Paulo também, considera os obreiros como "oikonomos" (despenseiro), que na verdade era um mordomo que devia prestar contas ao seu senhor. Oikos (casa), nemo (distribuir, determinar), portanto, alguém que controla uma casa distribuindo tarefas e recursos e que deve prestar contas. O ministro é um mordomo (despenseiro) e distribui "os mistérios de Deus", ou seja, as verdades bíblicas (v.1). A fidelidade do despenseiro está em entregar o que recebeu (Lc 12.42). O despenseiro deverá prestar contas a respeito de suas atitudes para com as pessoas. Todos somos despenseiros (1 Pe 4.10, 5.1-3).

O CUIDADO DO MINISTRO

Há três responsabilidades fundamentais na vida do obreiro do Senhor:

1-O cuidado consigo mesmo;
2-O cuidado com a doutrina;
3- O cuidado com o rebanho.

Todas as demais responsabilidades do obreiro derivam destas três.

"Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina: persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem” (1Timóteo 4:16)

“Tem cuidado de ti mesmo”. Consideremos este solene mandamento: “Tem cuidado de ti mesmo”. Seria difícil expressar todo o alcance moral destas palavras. É importante que todo crente as observe, mas principalmente um obreiro do Senhor, pois a este se dirigem em particular. Este, mais do que tudo, necessita de cuidar de si mesmo. Deve cuidar do estado do seu coração, da sua consciência, dos seus afetos, do seu espírito, do seu caráter, da sua linguagem - tudo deve manter-se sob o santo controlo do Espírito e da Palavra de Deus. É necessário que esteja instruído com a verdade e vestido com a couraça da justiça. A sua condição moral e a sua marcha prática devem concordar com a verdade que ministra; de contrário, o inimigo, com certeza, ganhará vantagem sobre ele.

O OBREIRO DEVE TER CUIDADO COM A DOUTRINA – (I Tm 4.16)

Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina”. (Tt 2.1).

O QUE É DOUTRINA BÍBLICA

A palavra doutrina se origina do grego: “didache”, que significa ensino ou instrução dos apóstolos. Entendemos que a sã doutrina é a revelação do Eterno Deus por meio das sagradas escrituras e representa o alicerce e o sustentáculo da verdadeira fé cristã.  

Ainda podemos dizer que a doutrina é um conjunto de princípios que, tendo como base as Sagradas Escrituras, orienta o nosso relacionamento com Deus, com a Igreja e com os nossos semelhantes.

Ao contrário da filosofia, a doutrina cristã não se perde em especulações. Se por um lado, conduz-no a conhecer mais intimamente a Deus; por outro, constrange-nos a ter uma vida santa e irrepreensível.

"Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina: persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem” (1Timóteo 4:16)

As palavras do texto citado são muito solenes e devem ser examinadas por todos aqueles que têm que apresentar às almas a Palavra de Deus e a doutrina. O inspirado apóstolo dirige estas palavras ao seu amado filho Timóteo, as quais contêm a mais preciosa instrução para cada um dos que são chamados por Deus para ministrar na assembleia ou para pregar o Evangelho. 

Tomar parte em tal ministério é, seguramente, um santo privilégio; mas ao mesmo tempo, o que o exerce tem uma enorme responsabilidade.

O OBREIRO DEVE TER CUIDADO COM O REBANHO (At 20.28, I Pe 5.2, Jo 21.15-17).

Um homem que governe bem a igreja de Deus. Só o homem que governa bem a si próprio e governa bem a sua casa, terá autoridade para cuidar da igreja de Deus.

A Bíblia compara a igreja com um rebanho de ovelhas.  O povo escolhido é formado por ovelhas e Deus é o seu pastor. Jesus declara:  “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas” (Jo 10.11). Para esse rebanho Jesus constituiu pastores para cuidá-lo, (Ef. 4:11). O pastor deve saber que ele não é dono do rebanho, mas foi constituído para cuidar do mesmo de acordo com as ordens Bíblicas sem querer domina-lo veja o que diz em (1 Pedro 5:3). “Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho”.

Nunca li na Bíblia que Jesus tenha constituído mercenários para cuidar de Seu rebanho, porém, mercenários aparecem na área como se fossem pastores. A Palavra de Deus  (Ezequiel 34: 2 a 4) “Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel; profetiza e dize aos pastores: Assim diz o Senhor JEOVÁ: Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não apascentarão os pastores as ovelhas?” Veja o que diz em Jeremias 5.6: “meu povo tem sido ovelhas perdidas; seus pastores as fizeram errar e as deixaram desviar para os montes; do monte passaram ao outeiro, esqueceram-se do seu redil.

Jesus fez um alerta contra o mercenário que vem para matar, roubar e destruir. Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas. O mercenário, que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, vê vir o lobo, abandona as ovelhas e foge. Então, o lobo as arrebata e dispersa. (Jo 10:11 e 12).

Que sejamos preservados contra a apostasia, sejamos encontrados fiel e que sejamos diligentes no servir ao nosso Senhor Jesus Cristo.

Fonte: www.adayltonalm.spaceblog.com.br, via http://www.pointrhema.com.br/

BIBLIOGRAFIA

Adaylton de Almeida Conceição – Introdução à Escatologia Bíblica
Pastor João – Espíritos Enganadores
Gustavo Buriti. – Exercita-te na Piedade
Olavo S. Pereira – Fábulas
Pércio Coutinho Pereira – O Bom Ministro e Sua Doutrina
Dong Yu Lan – O Exercício da piedade e o exercício físico.