quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Aliança “profética” de Rússia, Irã e Turquia se fortalece após morte de embaixador

Um dia após assassinato de embaixador russo em Ancara, ministros de Defesa e de Relações Exteriores de Rússia, Turquia e Irã se reuniram em Moscou nesta terça (20). Ao contrário de uma declaração de guerra, alardeado por muitos jornais, decidiram dar “passos imediatos” para obterem uma resolução pacífica do conflito na Síria.

Sergei Shoigu, ministro da Defesa russo, e o ministro da Defesa do Irã, Hussein Dehgan, também deixaram claro que “todas as anteriores tentativas de pactuar ações conjuntas empreendidas pelos EUA e seus parceiros estavam condenadas ao fracasso. Nenhum deles tinha influência real sobre a situação no terreno”.

Segundo o documento divulgado, os três países esperam “serem fiadores e solucionar conjuntamente os assuntos relacionados com a situação na Síria”. A medida causará impacto em todo o Oriente Médio, pois Rússia e Irã sempre estiveram do mesmo lado na guerra da Síria, apoiando o governo de Bashar al-Assad. Contudo, até aqui a Turquia estava ao lado dos Estados Unidos e da coalização internacional que tentam derrubar Assad e apoia os chamados “rebeldes moderados”. Russos e turcos vinham se aproximando nas últimas semanas, por causa dos acordos de cessar-fogo e de evacuação de civis da cidade de Aleppo.

Recentemente, a revista francesa Atlantico mostrou que havia muitos interesses comuns que uniam países tão diferentes. Alain Rodier, diretor do Centro francês de Pesquisa e Inteligência, lembra que os três países compartilham a intenção de ultrapassar Washington que, segundo eles, quer impor as suas regras na política internacional.

Ezequiel 37 a 39

O Doutor Mark Hitchcock, autor de dezenas de livros sobre profecias bíblicas afirma que as notícias que estampam os jornais de hoje revelam a existência de uma nova aliança de nações que repetem os tempos bíblicos, e seu inimigo comum seria Israel.

Ele aponta especificamente para uma profecia encontrada em Ezequiel 38, que parece estar cada vez mais próxima de se cumprir. Conhecida como a guerra de Gogue e Magogue, o texto fala sobre uma aliança de nações que se unem para irem contra Israel.

O que torna este último século diferente dos outros, disse Hitchcock, é que Israel foi novamente reconstituído, conforme descrito em Ezequiel 37, na profecia dos “ossos secos”.

“Todas as nações de Ezequiel 38 são identificáveis hoje e estão fazendo alianças umas com as outras”, disse Hitchcock. Haverá grandes poderes mundiais unidos nessa batalha, lembra o especialista:


1 – a federação de 10 reinos, que constitui a forma final do quarto grande Império Mundial (uma União Europeia modificada, que está perdendo membros);
2 – a federação do Norte, (pode ser a Rússia);
3 – Meseque, Tubal e Togarma (regiões da Turquia);
4 – Pérsia, povos além do Eufrates (atual Irã);
4 – os reis do Sul, ou coligação de poderes do Norte da África (Líbia e Sudão).

Fonte: https://noticias.gospelprime.com.br/

Meu Comentário: Acredito que a gente tem que ter cuidado com a chamada "escatologia de reportagem", que a cada notícia no campo internacional, já associa com as profecias do Apocalipse. O autor citado na postagem Mark Hitchcock é um dispensacionalista. Já disse aqui no blog que eu não sigo esse linha de pensamento escatológico. 

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Fernanda Brum diz que papel da igreja é receber os homossexuais e ouvi-los

 
A homossexualidade é um dos temas mais espinhosos do nosso tempo e a postura cristã diante dessa questão é, geralmente, pautada pelos princípios bíblicos, que condenam as relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo. No entanto, segundo a cantora e pastora Fernanda Brum, há coisas a se fazer para que o relacionamento da igreja com os homossexuais seja mais cortês.
 
Fernanda e o marido, Emerson Pinheiro – também pastor e cantor – concederam uma entrevista à TV Teresópolis, no programa Espalha pra Geral, e opinaram sobre como a igreja deve lidar com essa questão.
“Existem vários motivos que geram a oportunidade de um jovem tomar a decisão por uma opção sexual diferente. Mas, a nossa postura como igreja é sempre receber e ouvir. O primeiro passo é ouvir e receber. Eu não posso aqui em cinco minutos te levar os motivos para salvar o mundo. Mas, eu posso dizer para você que, se você não recebe um jovem que precisa conversar e se não ouvem esse jovem, e se não faz perguntas para esse jovem, se não faz ele pensar… se não tem um ombro, se não tem ninguém para chorar com ele, se não tem um lugar para ele vir, ele nunca virá”, disse a cantora.
 
Fernanda ressaltou, porém, que existem casos que se mostram mais difíceis: “Por outro lado você vai encontrar, em extremos, jovens que chegam confusos com relação a sua orientação sexual porque sofreram abusos. Você vai encontrar jovens confusos segundo a sua orientação sexual por causa de uma idolatria que tem pelo pai ou pela mãe. Muito jovem quer ser a mãe ou quer ser o pai”, pontuou.
 
Na entrevista, a cantora disse que a influência do ambiente ao redor pode se tornar um fator de complicação nesse assunto: “Crianças que foram configuradas sexualmente em seu primeiro tempo de libido e sensualidade, configuradas com o mesmo sexo. E ai ela foi configurada na sua primeira sensação assim. Tudo isso são caminhos”, comentou.
 
Emerson Pinheiro destacou que o sexo é vendido na mídia como o sentido da existência e chamou atenção para o fato de que a expectativa exacerbada pode se tornar opressora e influenciadora na orientação sexual.
 
“Você quer saber o que eu já ouvi como pastor? Uma menina que criou tanta expectativa em cima do sexo, tanta… que quando ela teve relação sexual com um homem, não era aquilo que ela esperava. Ela esperava mais e se frustrou. Foi querer buscar o outro lado para ver se tinha isso tudo pra ela. A propaganda do sexo, a pessoa cria tanta expectativa que se frustrou com o sexo oposto”, contextualizou.
 
Fazendo um mea-culpa do meio evangélico, Fernanda destacou que “o discurso radical, imediato, não é um discurso que sara imediatamente” e apontou o caminho: “O que sara é o amor e o diálogo. É andar a milha. Não é repudiar”, disse.
 
O pensamento foi complementado por seu esposo: “Você amar a pessoa não significa que eu aprovo aquela prática. Mas, eu acho que você tem que estar aberto para amar e para ouvir, principalmente. As pessoas precisam ser ouvidas”.
 
 
Para quem quiser ver o vídeo, acesse: https://www.youtube.com/watch?v=W9ErwHX2A2Y
 

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Os novos comentaristas das revistas de escola dominical da CPAD


*Osiel Gomes da Silva: é Teólogo, Filósofo, Bacharel em Direito, Psicanalista, Pedagogo, Pós-graduado em Docência do Ensino Superior, Professor de Grego e Hebraico, Presidente da Missão Evangélica Doksa, Conferencista de Simpósios, Congressos e Convenções. Gravou o Cd da Banda Doksa e lançou quatro livros: Tesouros em Timóteo; Mais palavras, Menos Movimentos; Crescendo através da Evangelização, O Melhor do Amor, Tesouro nas cartas da prisão, e Igreja Multiplicadora.
É o comentarista da revista de adultos da CPAD no 1º trimestre de 2017. O tema das lições será "As obras da carne e o  fruto do Espírito".


*Alexandre Coelho: Pastor na Assembléia de Deus no Recreio dos Bandeirantes (Ministério de Petrópolis). Formado em Teologia e Letras, é professor de Grego e Novo Testamento na FAECAD, articulista, editor de Obras Nacionais e Internacionais e chefe do Setor de Livros da CPAD. É acadêmico de Direito, casado com Marcela e pai de Vinícius e Luíza.
Comentarista da lição de Jovens do 1º trimestre de 2017 da CPAD: "A Igreja de Jesus Cristo - Sua origem, doutrina, ordenanças e destino eterno".


*Thiago Brazil é ministro do Evangelho filiado a Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) e da Convenção das Assembleias de Deus do Estado do Ceará (CONADEC). Membro da Assembleia de Deus Templo Central em Fortaleza (IEADTC) e Pastor local da Congregação no bairro de Monte Castelo. Graduado, Mestre e Doutorando em Filosofia pela Universidade Federal do Ceará - UFC. Educador, atuando na área de ensino de Filosofia e Sociologia, na Educação Básica, Nível Superior e em Seminários Teológicos. 
É o comentarista da lição de Jovens do 4º trimestre de 2016 da CPAD: "Em espírito e em verdade".

Meu comentário: A CPAD deu uma renovada em alguns comentaristas das revistas da EBD. A crítica feita a editora era justamente de não renovar os comentaristas, sendo sempre os mesmos. Na minha opinião como um professor de escola dominical, os comentários das revistas andaram melhorando, mesmo os feitos pelos comentaristas mais antigos da casa. Agora renovação sempre é bem vinda. Gostaria de salientar que gostei muito do comentário do Pr. Thiago Brazil na revista de jovens deste trimestre. Muito bom mesmo!

Parabéns CPAD!   








A evolução dos templos nas Assembleias de Deus

O sociólogo Gedeon Alencar em seu livro Matriz Pentecostal Brasileira trabalha a evolução funcional dos templos assembleianos. Ele divide as construções eclesiásticas em três modelos: o templo-casa que é a marca dos primórdios do pentecostalismo, o templo-pensão fruto da institucionalização da igreja, e por fim o templo-shopping, o qual representa a ascensão social dos crentes.

Mas é bom destacar: todos os três modelos ainda convivem no tempo e espaço em diversas regiões do país. Assim como ainda estão presentes os rituais, louvores e o ethos dos crentes que frequentam essas igrejas.

Para maior reflexão, deixo aos leitores fotos e fragmentos do texto da obra de Alencar sobre os templos que marcaram não só a história das ADs, mas também, as memórias de muitos crentes.

Templo-casa
Templo-casa: A igreja - não custa lembrar: nos primeiros anos não há templos - é uma extensão da casa e vice-versa. E os primeiros templos, quando construídos , não se diferiam muito das casas do membros. Os templos assembleianos não têm energia elétrica, som eletrônico, estacionamento, sanitários públicos, secretarias, tesouraria, salas de aula, luxo e não estão nas avenidas importantes da cidade; são apenas espaços carismáticos das reuniões. Ademais, construídos e mantidos pelos próprios membros. (p.144)

Templo-pensão
Templo-pensão: Então, a igreja-sede é uma grande pensão, onde se tem hospedagem e alimentação. Simples, porém gratuitas. São nos templos-sede que se realizam as EBs, as convenções, tanto nacionais quanto regionais, daí por que eles foram construídos com hospedagem. (p.200)

Templo-shopping
Os templos-shopping se distinguem dos demais em três aspectos: a nova membresia assembleiana em ascensão social exige o mínimo de (1) conforto, com seu aumento de renda tem mais possibilidades de (2) compras e, em processo de racionalização, a (3) celebração litúrgica se profissionalizou. (p.255)

Referência:

ALENCAR, Gedeon Freire de. Matriz Pentecostal Brasileira: Assembleias de Deus 1911-2011. Novos Diálogos: Rio de Janeiro, 2013.

Fonte: http://mariosergiohistoria.blogspot.com.br/

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

O caso Malafaia - quem é Michael Aboud? - Reinaldo Azevedo diz que conduçã coercitiva foi ilegal

 
O pastor Silas Malafaia divulgou seu extrato bancário de julho de 2013 em vídeo para mostrar que usou os R$ 100 mil recebidos em sua conta pessoal por oferta do advogado Jader Alberto Pazinato, preso na Operação Timóteo, para assinar dois cheques: um de R$ 70 mil para pagar pelo programa de TV Vitória em Cristo, apresentado semanalmente por Malafaia há mais de 25 anos; outro de R$ 30 mil à Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, presidida pelo pastor.
 
A Operação Timóteo prendeu 16 pessoas em 11 estados por envolvimento em um esquema de corrupção baseado em cobranças judiciais de royalties da exploração mineral, mas o maior destaque na imprensa foi para o notório Malafaia, conduzido coercitivamente a depor em razão da suspeita da Polícia Federal de que o pastor poderia ter “emprestado” contas para lavar os R$ 100 mil oriundos do esquema que nos últimos oito anos desviou R$ 66 milhões.
 
No vídeo, Malafaia se diz mais calmo do que no primeiro, quando manifestou aos gritos sua indignação, e reitera que não é “laranja” de esquema algum, argumentando que, se fosse, não teria depositado o cheque em sua conta pessoal nem pagado imposto de renda.
 
“Eu depositaria o cheque na igreja e, como a igreja tem volume de dinheiro, eu pegaria o dinheiro por fora”, alega o pastor.
 
Malafaia disse que apenas aceitou uma oferta de R$ 100 mil de um membro da igreja de Aboud, em Balneário Camboriú (SC).  Hoje, ao se defender das acusações de que teria “emprestado” uma conta de sua igreja para ocultar valores desviados em um esquema de corrupção, chama a atenção o fato de alguém aceitar uma doação em dinheiro de valores tão voluptuosos sem questionar sua origem, mas não é apenas isso.
 
Quem é Michael Aboud?
Michael Aboud é um teólogo da prosperidade e a quem Silas Malafaia trata como amigo. Hoje, ao se defender das acusações de que teria “emprestado” uma conta de sua igreja para ocultar valores desviados em um esquema de corrupção,
Chama a atenção o fato de alguém aceitar uma doação em dinheiro de valores tão voluptuosos sem questionar sua origem, mas não é apenas isso.
 
Em sua igreja, Aboud fez uma série de pregações no fim do mês passado cujo título era “Os Segredos do Homem Mais Rico do Mundo”. Nela, esmiuçou aos fiéis a história do Rei Salomão sob o viés da prosperidade – para o pastor, a origem da riqueza é a sabedoria, que é algo que deve ser “comprado”.
“Os homens que estiveram este final de semana no congresso, ao valor de 30 reais, que não é nada, compraram sabedoria”, disse.
 
Ele ainda usou como exemplo o sonho hipotético que um fiel teria de construir um prédio de 50 andares e como fazê-lo. Dada a versão de Malafaia, de que teria recebido a generosa oferta de um membro, a igreja de Aboud coleciona “homens ricos” e “sábios”.
 
Já no Instagram, compartilha momentos do amigo. Desde matéria que diz que Malafaia é uma das personalidades “mais admiradas pelo brasileiro” até vídeo do pastor em uma das muitas manifestações pelo impeachment.
 
Reinaldo Azevedo em sua coluna também na revista Veja diz o seguinte sobre o episódio envolvendo Malafaia:
"Se Malafaia cometeu crime ou não, que isso fique, na esfera jurídica, para a… Justiça. Ele certamente saberá apresentar os elementos de sua defesa.
Mas uma coisa é inequívoca: a condução coercitiva foi escancaradamente ilegal.
O espírito do tempo não é muito bom. Homens de estado, operadores da lei e analistas da imprensa estão mais preocupados, hoje em dia, com a reação da plateia do que com a Justiça.
E isso conduz a um desastre político, econômico, cultural e moral.
Eu acredito em justiça, não em linchamento".