Durante um culto recente num templo da Assembleia de Deus em São Paulo,
o pastor José Wellington Bezerra da Costa fez um comunicado que considera
importante: “Há um interesse político muito grande daquela turma que destruiu o
Brasil, que levou o Brasil ao estado que nós estamos, de chapéu na mão,
trabalhando para votar ao poder”.
Embora não tenha mencionado nominalmente, fazia uma referência ao
Partido dos Trabalhadores. Ele defendeu diante da Igreja por que os pastores da
Assembleia de Deus que são deputados federais ficaram ao lado do presidente
Michel Temer na votação que impedia a investigação sobre as acusações de
corrupção e que poderia resultar em um novo impeachment no país.
Respondendo a um membro da igreja que questionou a decisão dos
pastores-deputados, José Welligton – que foi presidente da CGADB por muitos e
continua muito influente na denominação – repetiu o discurso feito por vários
políticos ao justificarem seus votos pró-Temer.
Admitindo que influenciou o voto de vários deles, sua justificativa é
que “se votarem contra o Temer, estará contribuindo para a volta daquele grupo
que quer destruir o Brasil”. Voltando a fazer referência velada ao PT, afirmou
que: “desejo daquela gente era levar o Brasil para a situação que está a
Venezuela”.
Confessou ainda aos fiéis que estavam no culto que não tem convicções da
honestidade do presidente, mas considera Temer “o homem certo, para o lugar
certo, no momento certo”. Ainda segundo o pastor, o atual mandatário estaria
tomando as medidas amargas, mas necessárias para o país.
“Não vou citar aqui nome de partidos por que não tenho nada a ver com
esse negócio”, insistiu José Wellington, ressaltando que “nosso negócio é outro:
é a Bíblia”. Mas logo em seguida deixou claro que possui envolvimento direto
nas decisões dos representantes políticos ligados à Assembleia de Deus.
“Eu assumo a responsabilidade de ter mandado os nossos deputados
federais de ter votado no Temer. Fui eu quem mandou”, sentenciou. Antes de
encerrar sua fala, fez questão de lembrar que “nós [da AD] nunca recebemos nada
dessa gente” e “não temos compromisso com nenhuma dessas gentes”.
O vídeo, com cerca de oito minutos, mostrando a manifestação de José Wellington
foi divulgado pelo deputado Marco Feliciano (PSC/SP), um dos que votou a favor
de Temer.
Fonte:https://www.gospelprime.com.br/
Meu Comentário: Essa semana, o Site Gospel Prime divulgou quatro matérias envolvendo pastores e política. Essa acima e mais três abaixo:
*Bancada evangélica aposta em distritão para crescer. https://noticias.gospelprime.com.br/bancada-evangelica-aposta-em-distritao-para-crescer/
*Malafaia diz em evento com Alckmin e Doria que valores evangélicos são inegociáveis. https://noticias.gospelprime.com.br/valores-evangelicos-sao-inegociaveis-diz-malafaia-alckmin-e-doria/
*https://noticias.gospelprime.com.br/alckmin-se-aproxima-de-evangelicos-precisamos-nos-inspirar-na-igreja/
Fica claro o apoio dos líderes evangélicos a Temer e numa candidatura presidencial ou do governador de São Paulo ou do prefeito da capital paulista. Aí vem o Frei Betto e escreve um artigo intitulado "Vote Brasil 2018", onde ele critica justamente os pastores chamando-os de "novos coronéis:
Meu Comentário: Essa semana, o Site Gospel Prime divulgou quatro matérias envolvendo pastores e política. Essa acima e mais três abaixo:
*Bancada evangélica aposta em distritão para crescer. https://noticias.gospelprime.com.br/bancada-evangelica-aposta-em-distritao-para-crescer/
*Malafaia diz em evento com Alckmin e Doria que valores evangélicos são inegociáveis. https://noticias.gospelprime.com.br/valores-evangelicos-sao-inegociaveis-diz-malafaia-alckmin-e-doria/
*https://noticias.gospelprime.com.br/alckmin-se-aproxima-de-evangelicos-precisamos-nos-inspirar-na-igreja/
Fica claro o apoio dos líderes evangélicos a Temer e numa candidatura presidencial ou do governador de São Paulo ou do prefeito da capital paulista. Aí vem o Frei Betto e escreve um artigo intitulado "Vote Brasil 2018", onde ele critica justamente os pastores chamando-os de "novos coronéis:
"Já que tudo indica que Temer permanece à frente do governo até dezembro de 2018, dado que a sua base aliada no Congresso decidiu obstruir a Justiça, fica a pergunta: a quem eleger para sucedê-lo?
Pesquisas eleitorais que já tiveram início destacam uma dúzia de prováveis candidatos. E os eleitores reagem de diferentes formas. Há os que já decidiram não votar. É a turma do Partido Ninguém Presta. Atitude meramente emocional. Quem tem nojo de política é governado por quem não tem. E tudo que os maus políticos querem é que viremos as costas à política para dar a eles carta branca
Há os que votarão no próprio umbigo em defesa de
seus interesses corporativos, como os eleitores da bancada do B: boi, bala,
bola, bancos e Bíblia. Esses escolherão candidatos afinados com o latifúndio, o
desmatamento da Amazônia, o extermínio dos indígenas, o mercado financeiro, a
homofobia, a privatização do patrimônio público e o Estado mínimo.
Um contingente de eleitores votará em quem seu
mestre mandar. É o rebanho eleitoral, versão pós-moderna do coronelismo, agora
substituído por padres e pastores, figuras midiáticas e chefes de organizações
criminosas.
Há ainda o eleitor que se deixará levar pela
propaganda eleitoral. Votará em quem lhe parecer mais simpático, sem sequer
conhecer os projetos políticos do candidato. É aquela empatia olho no olho que
não vê mente, coração e bolsos…
E há os que votarão em candidatos progressistas, ou
naqueles que assim se apresentarão nos palanques, na esperança de resgatar os
direitos cassados pela atual reforma trabalhista e corrigir os desmandos do
governo Temer, para que o país volte a crescer e ampliar seus programas
sociais".
Fonte: https://leonardoboff.wordpress.com/