A primeira vez que votei foi no
ano de 1986. Foi a primeira vez que votei. Em outubro daquele ano completei 18
anos, tirei meu título e fui votar. As opções para governador de Minas Gerais
eram Newton Cardoso-PMDB, Itamar Franco-PL e Murilo Badaró-PDS. Como não
entendia nada de política e ainda com medo do comunismo em plena Guerra Fria,
votei no candidato do PDS, antiga ARENA.
Em 1989, foi quando comecei minha
politização mais à esquerda, como a maioria dos jovens da época. Éramos os
chamados “filhos da ditadura”, nascidos nos anos 60 e 70, em busca de
liberdade, fim da censura, etc. O Lula me assustava, pois eu via o PT como uma
extrema esquerda, mas o Brizola já me atraia, pois para mim era um
representante do Getúlio Vargas, que eu admirava pelos livros de história.
Era a primeira eleição direta
para presidente desde 1960, e seria também a primeira a ser realizada em dois
turnos. Quando chegou o primeiro turno, acabei votando num candidato que
representava para mim uma posição mais moderada, uma centro-esquerda e que
defendia a social democracia que estava em voga na Europa. O nome do candidato
era do então senador Mário Covas.
No segundo turno entre Lula e
Collor, quase votei no Lula, mas na semana da eleição acabei votando no
“caçador de marajás” de araque. Logo me arrependi daquele voto e torci pelo seu
impeachment em 1992.
Gostava do Itamar Franco, o
mineiro de Juiz de Fora. Era considerado um político tradicional porém ficha
limpa. Nesse interim houve um Plebiscito para escolher entre Monarquia ou República,
Parlamentarismo ou Presidencialismo. Escolhi República e Presidencialismo.
Em 1994 foi lançado o Plano Real
e na eleição daquele ano o ex-ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso,
também conhecido pelas iniciais FHC, foi eleito no primeiro turno. Eleição em
que também disputaram Lula (segundo lugar), Enéias Carneiro (terceiro lugar),
Brizola (minha escolha na eleição), Enéias, Orestes Quércia e Espiridião Amim.
Nas eleições de 1998, novamente
FHC foi vitorioso no primeiro turno, sendo os outros postulantes mais votados
respectivamente, Lula e Ciro Gomes (escolhido para ter meu voto).
Em 2002 na eleição que teve mais
candidatos competitivos desde a de 1989, foi vencida por Lula no segundo turno
contra José Serra. No primeiro turno também participaram Antony Garotinho (um
candidato que se apresentava como evangélico) e Ciro Gomes. De início eu
pensava em repetir o voto da eleição anterior e votar no Ciro, mas acabei de
última hora votando no Garotinho no primeiro turno e no segundo turno em Serra.
Já em 2006, a eleição foi
disputada entre Lula, Geraldo Alckmin, Heloísa Helena e Cristovam Buarque. No
segundo turno, ficou entre Lula e Alckmin, sendo novamente vencida por Lula.
Nessa eleição votei no primeiro e segundo turno no mesmo candidato: Alckmin.
Em 2010, depois de 21 anos o nome
de Lula, não estava nas cédulas, mas estaria representado pela sua Ministra
Chefe de Governo, Dilma Rousseff, vencedora do pleito. Além dela disputaram a
eleição José Serra, Marina Silva e Plinio de Arruda Sampaio. Havia outros, mas
esses foram os mais votados. No primeiro turno fui de Marina e no segundo turno
entre Dilma e Serra, pela segunda vez votei no Serra como segunda opção.
Na última eleição presidencial,
os candidatos foram Dilma, Aécio Neves, Marina, Eduardo Jorge, Levy Fidelix,
Luciana Genro, Pastor Everaldo e o sempre presente em quase todas eleições José
Eymael. No primeiro turno, votei novamente na Marina e no segundo turno entre
Dilma e Aécio, fui de Aécio. Resultado da eleição, Dilma reeleita em 2014 e depois
a semelhança de Collor, sofreu o impeachment em 2016, consequência, o vice que
custava ganhar para deputado federal se torna o presidente que terminaria o
mandato: Michael Temer.
Convém destacar que eu já quis
ser candidato a cargo político. Em 1989, empolgado com a eleição e me
politizando fiz um plano de que em 1992, nas eleições municipais, eu sairia
candidato a vereador. Só minha família e algumas pessoas bem próximas sabiam do
meu plano. Quando o ano de 1992 chegou tudo deu errado: fiquei desempregado quase
o ano inteiro e naquele ano fui separado a presbítero na igreja. Esses dois
fatos, aliados a uma disputa entre uns quatro candidatos já posicionados dentro
da minha igreja, me fizeram desistir da ideia. Nessa época eu ainda era
solteiro.
No ano de 1995, já sendo casado, passei
num concurso público municipal e me tornei servidor público de carreira,
passando a ver como é o serviço público por dentro. Nesses últimos 23 anos já
exerci alguns cargos comissionados ou como são chamados, cargos de confiança,
em áreas que me fizeram entender um pouco a administração pública, como de ser
responsável durante 08 anos pela elaboração e o acompanhamento da execução
orçamentária do órgão que trabalho.
Fiz vários cursos na área de
administração pública, sendo os que mais me marcaram foram os três realizados
no IBAM (Instituto Brasileiro de Administração) no Rio de Janeiro, tive
oportunidade de conhecer também o Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais.
No ano 2000, foi quando pela
última vez pensei em me candidatar a vereador, mas logo desisti da ideia. Nunca participei de sindicato.
Partido político, cheguei a me filiar uma vez, mas não ia em reunião do
partido. Assim sendo, me desfiliei depois de cinco anos da filiação entre 1999
a 2004. Para não dizer que não fui em nada do partido eu me lembro de ter ido
no lançamento das candidaturas a prefeito e vereador em 2000. O nome do
partido? Prefiro não mencionar, só posso dizer que era um partido de centro.
As eleições deste ano? Isso eu
vou deixar para comentar na próxima postagem.
Prepare-se para ser massacrado, pastor, pois é isto que esta acontecendo com os pastores sábios e que não apoiam o Bolsonaro.Mas mesmo que ele perca essas eleições, acredito que a semente do mal tenha sido plantada e que o ódio prevaleça em nossa nação. Temo inclusive, por uma guerra civil. Oremos pela misericórdia de Deus.
ResponderExcluirExcelente texto, pastor Juber. A história de cada um de nós, de alguma forma, contribuí para a historia do mundo.
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