sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Cinco nomes que mais se destacaram na música gospel em 2019. É quase impossível você não os conhecer ou ter ouvido ao menos uma única música interpretada por algum deles


Cantores destaques em 2019 (Imagem da internet)

Nos últimos anos o segmento evangélico tem revelado grandes nomes, que atualmente representam a nova geração da música gospel. É quase impossível você não os conhecer ou ter ouvido ao menos uma única música interpretada por algum deles. Confira a lista abaixo dos mais badalados de 2019:
PRETO NO BRANCO
Formado em Belo Horizonte em 2015, o grupo que se define como de “black music, soul music e música cristã contemporânea” hoje em dia é um duo formado por Clóvis Pinho e Jean Michel. Seu maior sucesso é a canção ‘Ninguém explica Deus’, em gravação ao vivo com Gabriela Rocha, com mais de 33 milhões de execuções no Spotify e um vídeo com mais de 400 milhões de visualizações no YouTube.
Preto no Branco (Reprodução)
Preto no Branco (Reprodução)
GABRIELA ROCHA
Paulistana, 25 anos, foi revelada no programa Raul Gil. Em 2018, estourou no YouTube com ‘Lugar secreto’, que já ultrapassa os 300 milhões de views e mais de 30 milhões de audições no Spotify. A cantora lançou recentemente seu novo projeto EP, intitulado ‘Hosana’. Com 5 canções, os vídeos de cada faixa somados chegam a quase 20 milhões views. Nas redes sociais, tem dez milhões de seguidores.

Gabriela Rocha (Reprodução)
CASA WORSHIP
Fundado no ano passado na igreja Casa de Goiânia, o grupo criado pelo pastor Davi Passamani teve um sucesso viral com a música ‘A casa é Sua’, que liderou por várias semanas o ranking da playlist “As 50 virais do Brasil” do Spotify e foi a primeira música do segmento cristão entre as 50 mais ouvidas do Deezer. O vídeo da canção no YouTube passou dos 70 milhões de views. Seu único lançamento, até agora, é um DVD ao vivo com nove faixas.

Casa Worship (Reprodução)
Casa Worship (Reprodução)
PRISCILLA ALCANTARA
Ex-apresentadora infantil no SBT (do programa “Bom dia & cia”), entre milhares de hits da cantora, tem um que chama atenção, a canção ‘Me refez’ (do álbum “Gente”, do ano passado), que se tornou a primeira canção gospel brasileira a entrar no Top 200 do Spotify Global.

Cantora gospel Priscilla Alcantara
Cantora gospel Priscilla Alcantara
TON CARFI
Paulista, ex-backing do Trazendo a Arca, se lançou solo em 2006. De estilo romântico, seu hit, ‘Minha vez’, com o MC Livinho, chega a 10 milhões de execuções no Spotify e mais de 50 milhões de views no YouTube. Também fez música com Buchecha.

Ton Carfi (Reprodução Internet)
Outros artistas como Eli Soares, Midian Lima, Sarah Farias, Kemuel, também se destacaram no ano de 2019.
Fonte: www.ofuxicogospel.com.br/

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Subsídio para EBD - O reinado de Davi


||O pujante reinado Davi não foi circunstancial, aleatório ou por causa de habilidades natas para guerra. No próprio texto bíblico, é dito que suas vitórias e fortalecimento se originavam em Deus (2 Sm 8.6). Os 33 anos que ele reinou em Jerusalém e os sete anos e seis meses que reinou em Hebrom revelam um rei protótipo do Messias que viria. Por isso, Davi é considerado um tipo do Messias. Isso está confirmado pela profecia de Miqueias (5.2), mencionada pelos escribas nos dias de Herodes, pelo texto de 2 Samuel 5.2 e pela profecia de Gênesis 49.10 em relação a Jesus Cristo||[Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 9, 1º Dezembro, 2019]

- O texto de Atos 13.36 na versão atualizada traz a seguinte redação: "Porque, na verdade, tendo Davi servido à sua própria geração, conforme o desígnio de Deus, adormeceu, foi para junto de seus pais e viu corrupção". Paulo faz uma importante afirmação sobre Davi quando diz que ele viveu para servir. O modelo bíblico de liderança é aquele centralizado no caráter, ao contrário do que ensinava Maquiavel que era preferível ao rei ser temido do que ser amado. Elementos do caráter cristão como o temor de Deus, a coragem, a virtude, o altruísmo, a honestidade, etc., são postos em relevo. As técnicas mudam, mas os princípios do caráter não.

O sucesso da admirável liderança de Davi veio dos princípios bíblicos observados por ele. Um dos primeiros passos para que possamos entender a questão da liderança cristã é adotarmos a perspectiva correta sobre Deus, Sua Palavra e Sua Obra. O segundo monarca de Israel foi um ajudador do povo, e não o contrário. O modelo de Jesus para a liderança é justamente esse: "servir". Servir foi a missão do filho de Deus (Mt 20.28) e também a de seu ancestral humano, Davi. Há outro fato sobre Davi registrado no texto de Atos 13.22 que merece a nossa reflexão: "Achei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que fará toda a minha vontade". Essa frase pode ser interpretada como 'um homem de sua própria escolha' ressaltando a escolha soberana da parte de Deus bem como, à guisa de textos bíblicos tais como 1Sm 2.35; 16.7, entendemos que Davi, o escolhido do Senhor, 'era segundo o coração de Deus' no sentido de estar dedicado à sua vontade e aos seus propósitos. Davi viveu para o Eterno e, consequentemente, viveu também para os outros.

A vontade de Deus aparece aqui como "o que se tem determinado e que será feito". Este homem, com seu coração de servo, realizou aquilo que o Senhor esperava. Davi viveu para o Eterno e, consequentemente, viveu também para os outros. Bom estudo e crescimento maduro na fé cristã!
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I – DAVI É CONSTITUÍDO REI
||1. Três motivos para sua escolha. Ninguém é colocado em uma posição apenas por acaso; tem de haver algum mérito para isso. Davi foi aclamado por toda a tribo de Israel (norte) e ungido rei por três razões. Primeiramente, ele preenchia todas as condições da realeza, o que prontamente excluía a possibilidade de uma liderança estrangeira (Dt 17.15), pois era irmão da nação (1 Cr 11.1). O segundo motivo para escolher Davi foi devido à sua liderança militar (1 Sm 18.16). O terceiro motivo estava pautado em uma promessa da parte de Deus, de que o trono entregue a Davi seria levantado tanto sobre Israel quanto sobre Judá (2 Sm 3.10)||.[Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 9, 1º Dezembro, 2019]

- O rei foi escolhido e provido por Deus (Dt 17.1 S), que ordena todas as coisas de acordo com o conselho do sua própria vontade (Is 40.14), e não de acordo com o desejo dos homens (8.5-6; 2Sm 2.8-9). Assim, não é correto afirmar que por três motivos Davi foi aclamado rei. Então, por que Deus escolheu Davi para ser rei? Porque viu algo no seu coração. Deus diz a Samuel: “É em Davi que está o coração que eu procuro”. Aos olhos humanos, saltava essas qualidades listadas em Davi; Davi lutou em nome do Senhor e para a glória do Senhor, cujo nome e glória se estenderão até os confins da terra, em todas as nações, Davi sabia que do SENHOR é a guerra (Dt 31.6; jz 7.18). Davi entendia totalmente a questão principal, ou seja, ao desafiar o povo do Senhor, os filisteus na verdade estavam desafiando o Senhor. Parte do reinado de Saul já havia sido transferida para Davi; a saber, Judá; entretanto, Abner jurou que completaria o processo ajudando Davi a obter o restante do reinado - desde Dã até Berseba - essa era uma expressão que representava todo o país (Jz 20.1), ou seja, de Dã, no norte, até Berseba, no sul.

Davi tinha algumas qualidades e características que fizeram com que fosse escolhido por Deus para liderar o Seu povo.
    Demonstrava respeito pela autoridade estabelecida por Deus, pois mesmo quando teve oportunidade de matar Saul (que era seu inimigo e estava determinado a matá-lo), não o fez.
    Tinha desejo de aprender e se sujeitava à vontade de Deus;
    Era um verdadeiro adorador e tinha um coração grato;
    Possuía uma fé absoluta em Deus;
    Era responsável;
    Tinha um profundo amor pela Lei de Deus;
    Revelava coragem e valentia, e não tinha medo de enfrentar gigantes e participar em guerras;
    Era um homem de integridade;
    Tinha temor a Deus.” (respostas)

||2. Davi como pastor e chefe. Na Bíblia, a figura do pastor de ovelhas serve para descrever os governantes de Israel. Está escrito que Davi deveria agir como chefe e pastor do rebanho. Na qualidade de chefe (heb. nagid), ele seria um capitão, príncipe, líder; como pastor (heb. ro`eh), ele cuidaria, apascentaria; ele se revelaria um amigo especial (do heb piel). Assim, Deus zelava pelo seu povo (Sl 23; 77.20). Estava claro que para Davi ter um reinado consolidado bastava apenas ser um líder, um pastor amoroso, não um déspota ou um tirano. O apóstolo Pedro diz que o pastor deve pastorear o rebanho sem qualquer exibição de domínio, mas sendo o exemplo do rebanho (1 Pe 5.3). Paulo disse que não queria dominar a fé de ninguém, antes, desejava ser cooperador da alegria de cada cristão (2 Co 1.24).||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 9, 1º Dezembro, 2019]

- “Quando lemos a Bíblia, encontramos Davi primeiramente como pastor. Ele era o mais novo de seus irmãos e não foi incluído no sacrifício especial organizado por Samuel. No entanto, era ele que Deus havia escolhido, o homem segundo o coração de Deus, e assim ele foi convocado do campo onde estava cuidando do rebanho para ser ungido rei. Deus o chamou para pastorear um rebanho diferente, seu povo de Israel (1Sm 16.1-13; 2Sm 5.2, Sl 78.70-71). O pastorear é uma das ocupações mais antigas. Assim, não é de surpreender que o cuidado de um pastor e seu relacionamento com seu rebanho fosse uma metáfora comum, no antigo Oriente Próximo, para a liderança de pessoas, especialmente a realeza. Além disso, vários deuses das nações eram ocasionalmente mencionados como pastores. Na Bíblia, os líderes civis e religiosos são chamados de pastores, e as imagens estão ligadas à realeza (por exemplo, 1Rs 22.17), especialmente com Davi. Deus é chamado de pastor (por exemplo: Gn 48.15; Sl 23.1; 80.1), e elementos da vida de um pastor ocorrem várias vezes para descrever a atividade de Deus (por exemplo: Sl 31.3; Is 40.11; Mq 7.14). Mesmo depois de deixar as pastagens Davi continuou, em sua vida, a desempenhar a função de pastor. Muito do que ele aprendeu conduzindo ovelhas ele aplicou como líder de homens. É famosa a forma como ele apelou para suas façanhas em guardar o rebanho, e em como ele dependia de Deus, para demonstrar sua capacidade de lutar contra Golias (1Sm 17. 34-37). As experiências de Davi como pastor também são vistas na forma de suas poesias, fornecendo imagens ricas para muitos de seus mais queridos salmos, incluindo o Salmo 23. Davi conhecia o constante cuidado necessário para ser um bom pastor e o aplicou como uma rica metáfora para o constante cuidado de Deus por ele no Salmo 23.” (voltemosaoevangelho)

||3. Entrando em aliança com o povo. Ninguém consegue fazer alguma coisa sozinho. Tendo qualidades de bom guerreiro e de bom líder, Davi não poderia governar sem o povo, portanto precisava fazer aliança com todos para ter um reino bem fortalecido. Observe que a aliança que ele firma tem características pastorais, não monárquicas; por isso, foi ungido rei sobre Israel e todos prometeram lealdade ao novo rei (2 Sm 8.10-18; 2 Rs 11.17; 1 Cr 11.3)||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 9, 1º Dezembro, 2019]

- Davi governou o seu reino de maneira justa, e no futuro o "Messias" irá governar de maneira semelhante (Is 9.7; Jr 23.3; 33.15). Ao testemunhar as bênçãos de Deus em sua vida, Davi reconheceu o papel do Senhor no estabelecimento do seu reinado. Davi se comprometeu formalmente a cumprir certas obrigações perante os israelitas, inclusive fazer cumprir seus direitos e responsabilidades, tanto de uns para com os outros como para com o Senhor (2Rs 1-1.17). Independentemente da excelência dessa aliança, ela não acabou com o sentimento básico de uma identidade separada sentida por Israel e Judá como a sedição de Seba (2Sm 20.1) e a dissolução do reino unido sob Roboão (1Rs 12.16) demonstrariam mais tarde.

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II - A CONSOLIDAÇÃO DO REINO DE DAVI
||1. A edificação de Jerusalém. Tão logo é ungido rei, Davi se lança ao trabalho. O primeiro intento é tornar sua capital forte e bela. Sua corte e família tornaram-se grandes e notáveis (2 Sm 3.2,5; 5.13-16). Davi trouxe grandes mudanças ao povo israelita. Quanto a Jerusalém, ele a considerava algo particularmente seu, pois fora conquistada sob a sua liderança. Nesse caso, ela era vista como um espólio próprio. Davi entra logo em luta contra os filisteus para expulsá-los. Sendo ele um líder bem preparado, conhecedor das táticas dos seus opositores, busca a orientação divina e parte para a batalha, ferindo por duas vezes os filisteus. Com a presença de Deus na vida, Davi consegue derrotar seus inimigos e controlar suas fronteiras, mantendo-os sob seu poder||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 9, 1º Dezembro, 2019]

- Na Bíblia, Jerusalém é citada mais do que qualquer outra (de Gn 14.18 a Ap 21.10). A cidade ficava no território de Benjamim, perto da fronteira norte de Judá e era muito bem fortificada por causa de sua altitude e dos vales profundos que a cercavam, que a tornavam naturalmente defensável em três lados. Além disso, possuía uma reserva de água abundante, a fonte de Giom, além de ficar perto das rotas comerciais. A cidade havia sido conquistada anteriormente por Judá (Jz 1.8), mas nem Judá nem Benjamim tinham tido sucesso em desalojar permanentemente os habitantes jebuseus (Jz 1.21). Ao tomar Jerusalém, Davi conseguiu eliminar essa cunha estrangeira entre as tribos do norte e as tribos do sul e estabelecer a sua capital. Tanto a cidade de Belém, o local de nascimento de Davi (Lc 2.4), como Jerusalém, o local do governo de Davi, receberam o título de ‘Cidade de Davi’.

||2. As reformas religiosas. O capítulo 6 de 2 Samuel trata da ação de Davi em busca da Arca para Jerusalém. O sentimento que o envolve revela grande respeito pelas coisas de Deus, enquanto o rei Saul era insensível para com o sacerdócio. Dentre outras coisas, Davi valorizava tudo aquilo que estava relacionado às ordenanças divinas. Ele respeitava o sacerdócio, a Arca, e procurava preservar toda essa herança espiritual, inclusive elevá-la. É bom levar em consideração que Davi não tencionava apenas fazer de Jerusalém uma capital religiosa para manter o povo leal a si; não se tratava de estratégia política. Davi era um homem que amava as coisas de Deus. Nas cerimônias religiosas, ele se entregava para adorar ao Senhor, o que por vezes, para alguns, causava escândalo, como o foi para Mical (2 Sm 6.20). Mas procedia assim porque desejava exaltar o seu Deus||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 9, 1º Dezembro, 2019]

- A arca não havia apenas sido roubada e profanada pelos filisteus (1Sm 5-6), mas quando foi revolvida, Saul se recusou a seguir a orientação de Deus quanto ela. A Escritura registra uma única ocasião em que Saul buscou a arca do Senhor depois do seu retorno: 1Sm 14.18. Uma das diferenças básicas entre Davi e Saul é que este não demonstrava muita preocupação com o culto ao Senhor e com os ministros do culto, enquanto aquele comprova um zelo especial pela adoração a Deus (Leia os capítulos 6 e 7 de 2 Samuel). Não se pode governar, reinar ou fazer qualquer outra coisa com êxito se há negligência no culto a Deus. Quando Saul lembrou-se de levantar um altar a Deus, já estava todo complicado por causa de suas transgressões às ordens do Senhor. Não esqueçamos esse fato, pois o Eterno considera primeiramente, e antes de qualquer coisa, a obediência (1 Sm 15.22). Davi foi coroado rei de todo o Israel pelos próprios anciãos do povo que reconheceram a unção real sobre sua vida, que zelava pela adoração a Deus acima de tudo. Veja como age um homem que tem seu coração voltado para Deus: Davi, mediante a sua aliança com Hirão e a ajuda deste (1Cr 18.1), pôde construir um palácio para si e casas separadas para as suas esposas e seus filhos. Enquanto a arca permaneceu perto de Jerusalém, na casa de Obede-Edom, durante três meses (1Cr 13.13-14), Davi construiu um novo tabernáculo em Jerusalém a fim do cumprir a palavra do Senhor em Deuteronômio 12.5-7 de uma habitação permanente para esta. Depois deste intervalo de três meses, Davi seguiu as orientações mosaicas para movimentar a arca (Nm 4.1-49; Dt 10.8; 18.5). Essas orientações tinham sido violadas quando a arca foi transportada de Quiriate-Jearim até Obede-Edom, tendo custado a vida de Uzá (1Cr 13.6-11).

- Quanto ao fato de Davi vir à frente do cortejo, dançando despido das vestes reais, demonstra que os hebreus, como outros povos antigos e modernos, possuíam suas maneiras físicas de expressar a alegria religiosa enquanto louvavam à Deus. O desprezo de Mical por Davi é explicado pelo seu comentário sarcástico no versículo 20; Ela considerou a dança alegre e desenfreada de Davi como conduta inadequada com a dignidade e seriedade de um rei, pois o expunha de muitas maneiras.

||3. A suprema aliança davídica. Quem profetizou sobre a aliança davídica foi Natã. Assim como Deus falara que abençoaria a família de Abraão, não seria diferente com Davi; ele e sua família teriam um grande nome (2 Sm 7.1-15). Podemos ver que três coisas importantes iriam caracterizar a aliança davídica:
a) a firmeza da sua família na terra;
b) seus sucessores teriam a presença de Deus; e
c) uma dinastia eterna (2 Sm 7.11-16)||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 9, 1º Dezembro, 2019]

- 2 Samuel 7.1-17, assim como 1Cr 17.1-15, registram o estabelecimento da aliança davídica, a promessa incondicional do Senhor a Davi e sua posteridade. Embora não seja chamada de aliança aqui, mas somente em 2Sm 23.5. Essa promessa é de vital importância para o entendimento da promessa irrevogável de Deus em que um rei da linhagem de Davi governará para sempre. É estimado que mais de 40 passagens bíblicas individuais estejam diretamente relacionadas a esses versículos (SI 89; 110; 132); portanto, essa passagem é de especial importância no Antigo Testamento. Seu cumprimento definitivo acontecerá na segunda vinda de Cristo, quando ele estabelecer o reino do milênio na terra (Ez 37; Zc 14; Ap 19). Essa é a quarta das cinco alianças irrevogáveis e incondicionais feitas por Deus. As primeiras três são:
   1) A aliança noaica (Gn 9.8-17);
   2) A aliança abraâmica (Gn 15.12-21) e
   3) a aliança levítica ou sacerdotal (Nm 3.1-18; 18.1-20; 25.10-13).
A nova aliança, que realmente proveu a redenção, foi revelada mais tarde por intermédio de Jeremias (Jr 31.31-34) e foi cumprida pela morte e ressurreição de Jesus Cristo (Mt 26.28) - “tua casa... teu reino... teu trono” (2Sm 7.16) - esses 3 termos foram cumpridos em Jesus (Lc 1.32b-33).
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III - A GRANDEZA POLÍTICA DO REINADO DE DAVI
||1. As realizações militares. Nas Escrituras, há registros das diversas ações militares de Davi (2 Sm 8.1-14). Muitos denominam esse texto de “o Davi que ataca”. Note que a tônica dos versículos é sobre os verbos “feriu”, “sujeitou”, “matou”, “tomou”. Sua ação começa com o desbaratamento dos filisteus, mas vai se alastrando até fazer fronteira com outros povos, já nos limites de Israel. A lista de povos vencidos inclui: filisteus, moabitas, sírios, edomitas. Não demorou para que importantes possessões gentílicas estivessem sob o controle de Davi. Como é maravilhoso ter um líder cujo coração e força são dominados pelo Senhor! Deus deseja levantar líderes segundo o seu coração!||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 9, 1º Dezembro, 2019]

- 2Sm 8.1 -14 esboçam a expansão do reino de Davi sob a mão do Senhor – “e o Senhor dava vitórias a Davi, por onde quer que ia” (v.6 e 14). Os maiores inimigos de Israel foram todos derrotados à medida que o reino de Davi foi se expandindo ao norte, sul, leste e oeste (1Cr 18.1-13). É interessante notar que essas conquistas ocorreram antes do acontecimento narrados no capítulo 7. Um dos pontos fortes de Davi era sua convicção de que a ajuda e a direção de Deus eram absolutamente essenciais para o sucesso na batalha. Por isso, sua prática regular era consultar ao Senhor. Para cumprirmos o propósito de Deus para nossa vida também devemos buscar a direção de Deus, por meio da oração e do Espírito Santo que em nós habita (Rm 8.1-17). Era preocupação de Davi retirar de Israel toda idolatria, tudo o que não fosse da aceitação de Deus. Era preciso destruir os inimigos, os povos pagãos deveriam ser extinguidos do meio de Israel e as Terras dadas pelo Senhor a Israel deveriam ser possuídas e levadas a serem santificadas a Deus” (Lição 07 - A Expansão do Reino - Lições Bíblicas Jovens e Adultos - 4º trimestre de 2009; Davi - As vitórias e as derrotas de um homem de Deus)

||2. As administrações de Davi. Foram muitas as mudanças realizadas por Davi, que o fizeram destacar-se no campo militar, político, administrativo e religioso. Lendo o capítulo 8.15-18 e 20.23-26, observamos como Davi fez importantes mudanças na área administrativa. No comando de suas tropas, estava à frente Joabe; havia uma guarda real, um superintendente da corveia, que lidava com os estrangeiros. No campo religioso, Davi tinha dois sacerdotes: Zadoque e Aimeleque (2 Sm 8.17); um cronista, um escrivão (1 Cr 24.3), os quais eram responsáveis pelos registros e documentos do Estado, dentre outras nuanças administrativas. Esse corpo administrativo não era autônomo; todos agiam com a permissão do rei e, por ele, eram supervisionados; cada setor só poderia agir ou fazer algo com a anuência dele. Davi procurou montar um setor administrativo que o pudesse auxiliar no seu reinado. O sucesso de um obreiro depende de oração, pregação, ensino, mas também de saber administrar com eficiência as coisas de Deus; para isso são chamados (Tt 1.5). Paulo diz que dois tipos de obreiro precisam ser bem remunerados: os que se afadigam na Palavra e os que administram bem (1 Tm 5.17)||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 9, 1º Dezembro, 2019]

- Davi governou o seu reino de maneira justa, e não poderia ser de outra forma, já que ele é um tipo do Messias que viria; No futuro o "Messias" irá governar de maneira semelhante {Is 9.7; Jr 23.3; 33.15). Joabe era o Capitão do exército de Davi, era seu ‘ministro da Defesa’ e ‘Comandante das Forças Armadas’ do reino; Josafá era o cronista, o responsável por manter os registros do Estado e era possivelmente o mensageiro real (1 Rs 4.3). Zadoque, filho de Aitube, era um sacerdote levita descendente de Arão por meio de Eleazar (1 Cr 6.3-8.50-53) que, junto com a sua casa, foi o cumprimento do oráculo do homem de Deus em 1Sm 2.35. Mais tarde, ele se tornou o único sumo sacerdote do reino de Salomão, cumprindo a promessa de Deus a Fineias (Nm 25.10-13). Abiatar foi sacerdote de Davi junto com Zadoque, traçava sua linhagem de Eli {1Rs 2.27) até Itamar (1Cr 24.3). Com a remoção de Abiatar (1Rs 2.26-27), a maldição de Deus sobre Eli foi concluída (1Sm 2.33), e a promessa de Deus a Fineias, da linhagem de Eleazar, foi cumprida (Nm 25.10-13; 1Sm 2.35). Seraías servia como escrivão oficial de Davi. Benaia serviu como comandante da guarda pessoal de Davi. No reinado de Salomão ele foi elevado ao posto de Comandante do Exército (1Rs 2.34-35; 4.4), depois de ter matado Joabe. comandante de Davi. Esta guarda real era um grupo formado por mercenários (1Sm 30.14). Embora o texto hebraico fizesse referência aos filhos de Davi como sacerdotes, a Septuaginta refere-se a eles como "príncipes da corte". Esta última interpretação é sustentada por 1Cr 18.17, que se refere aos filhos de Davi como "primeiros ao lado do rei", eram então, os ministros do rei.

||3. O culto público. Davi fez consideráveis mudanças no culto público. Os sacerdotes eram Zadoque e Aimeleque (2 Sm 8.17). Crê-se que Abiatar já estivesse aposentado (2 Sm 15.24). Historicamente, pode-se entender que, no aspecto religioso, as cerimônias desenvolveram-se com a família sacerdotal de Arão. Davi faz tais mudança, porque tinha interesse pelo culto; ele o faz com todo cuidado, amor e reverência, tendo sempre como objetivo a maior glória de Deus. Veja o relato completo das realizações litúrgicas de Davi em 1 Crônicas 23.1-30. A organização do culto é algo que deve ser pensado com todo cuidado, pois os que o fazem de qualquer jeito, por vontade própria, sem a prescrição das normas divinas, poderão sofrer consequências da parte de Deus. Foi o que aconteceu com Nadabe e Abiú, que, querendo fazer culto por conta própria, foram fulminados pelo fogo do Senhor (Lv 10.1,2)||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 9, 1º Dezembro, 2019]

- Davi trouxe a Arca para Jerusalém, estando ainda, o tabernáculo em Gibeon (ou Gabaon; ou Gibeão), com o intuito de reunir tanto a Arca quanto o Tabernáculo em um único templo na novisssíma capital do reino e em breve, o centro cultual de Israel. Não coube a Davi a honra de construir uma casa para o Senhor, e nesse intervalo, Israel contou com dois lugares de adoração e dois sumo-sacerdotes, um em Gibeon e outro na capital (1Cr 15.11). O cronista toma em consideração essa situação e justifica dizendo que a Tenda do Deserto tinha ficado erguida lá (21.29; 2Cr 1.3), em consequencia, ele reparte o efetivo levitico entre o santuário de Gibeon e o novo santuário da Arca, em Jerusalém. O traslado foi marcado pela beleza ritual, pela separação (santificação) de um efetivo de 862 sacerdotes e levitas. Davi revigora nesse ato o que a nação esqueceu ou desprezou. É com Davi que observamos os primeiros passos rumo ao retorno da verdadeira adoração a Jeová. A liturgia judaica era complexa e inflexível. O que é liturgia? A história do termo começa com uma palavra composta: ‘Leitourgia’ de ‘ergón’ (obra) e ‘leitos’ (adjetivo derivado de ‘leos’ ou ‘laos’ - povo). Este termo significava ou indicava nas democracias gregas (segundo o grego clássico e helênico): ‘a prestação de um serviço por parte dos cidadãos de classe média no benefício da coletividade’. A Septuaginta emprega o termo ‘leitourgía’ e seus derivados para designar o serviço do templo por parte dos sacerdotes e levitas, enquanto que os termos correspondentes em hebraico são usados também para serviços que não sejam de culto. Segundo um enfoque puramente semântico, literalmente pode significar festa, celebração, e ainda culto (Latreia). No Antigo Testamento, o equivalente para liturgia é festa (‘Hag’: dança e ‘Saret’: serviço) e ‘Aboda’ (obra, serviço) que também se usa para atos litúrgicos. Na maioria dos casos a liturgia se interpreta como “forma de culto” e é obvio que a forma em si não assegura a realidade espiritual do culto, mas a falta de forma tampouco. A forma deveria servir como ajuda aos fiéis na adoração a Deus. De forma geral, quando pensamos em nossa relação com o culto, fazemo-lo em termos de receber, de obter algo. Mas da perspectiva da liturgia, o culto tem muito mais a ver com dar e oferecer do que com receber ou obter. Liturgia é o que podemos oferecer a Deus no culto aceitável, genuinamente autêntico e que expressa nossa submissão, dependência e serviço a Ele.

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CONCLUSÃO
||O reinado de Davi, e de seu filho, Salomão, ficou conhecido como a era de ouro de Israel. Mas na verdade, o rei Davi sabia que a fonte verdadeira de toda a grandeza do reino vinha de Deus: “Porque quem sou eu, e quem é o meu povo para que pudéssemos dar voluntariamente estas coisas? Porque tudo vem de ti, e das tuas mãos to damos” (1 Cr 29.14)||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 9, 1º Dezembro, 2019]
- Davi responde à oferta fenomenal registrada em 1 Crônicas 29.6-9 expressando sacrifícios surpreendentes de riqueza com louvores em que ele reconhece que todas as coisas pertencem a Deus e dele vêm. Ele concluiu que Deus é tudo e que o homem é nada, como está no Sl 8. Essa oração magnífica de agradecimento dá a Deus todo o crédito, até mesmo pela generosidade do povo.





quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Bolsonaro diz que indicará, em breve, ministro evangélico para o STF


Falou na Assembleia de Deus
Discursou para 8.000 pessoas
Coletou assinaturas para nova sigla
1ª cadeira que será preenchida deverá ser a do atual ministro Celso de Mello, que irá se aposentar em novembro de 2020, ao completar 75 anosSérgio Lima/Poder360

27.nov.2019 (quarta-feira) - 7h50

O presidente Bolsonaro afirmou, nessa 3ª feira (26.nov.2019), que vai indicar em breve 1 ministro evangélico para o STF (Supremo Tribunal Federal). Bolsonaro disse que, como ele, o indicado “lutará pela manutenção da família”.
As declarações foram feitas em discurso para cerca de 8.000 pessoas durante culto na Assembleia de Deus de Manaus (AM).
O presidente disse que, apesar de não ser evangélico, é cristão. “Eu tenho duas vagas para os Supremo Tribunal Federal. Uma será de 1 evangélico. Se somos laicos, eu sou cristão. No Supremo Tribunal Federal, não é porque é evangélico apenas, vai ter que ter conhecimento jurídico, obviamente. Mas vai ao lado desse indicado 1 fato a oferecer: ser cristão, ou melhor dizendo, evangélico.”
Depois da realização do culto, aliados do governo coletaram assinaturas para a criação do partido Aliança pelo Brasil, comandado por Bolsonaro e pelo filho e senador da República, Flávio Bolsonaro (RJ).
Eis o discurso de Bolsonaro na Assembleia de Deus, registrado pelo canal no YouTube BNC Play

sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Subsídio para EBD - Lição 6: A REBELDIA DE SAUL E A REJEIÇÃO DE DEUS

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Nesta lição trataremos sobre a rebeldia de Saul e de sua rejeição por parte de Deus. Figuradamente, Israel foi comparado a uma vaca rebelde que se rebelou contra Deus (Os 4.16). A Bíblia mostra que há castigo divino para quem trilha o caminho da rebeldia (Nm 17.10; 20.24; Rm 10.21; 1 Tm 1.9). É isso o que estudaremos aqui, tomando como exemplo Saul, o primeiro rei de Israel||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 6, 10 Novembro, 2019]

- Sobre a rebeldia de Saul, veremos que ele “escolhia o que obedecer” das ordens de Deus emanadas através de Samuel. Depois de repetir o erro, Samuel reprova Saul e rompe totalmente com o rei (1Sm 15.35). “Saul tinha tudo para ser um homem de sucesso e foi um fracasso. Começou bem e terminou mal. Suas decisões foram desastradas. Ele tropeçou nas suas próprias pernas. Foi derrotado não pelos inimigos nem pelas circunstâncias, mas por si mesmo.

• A vida de Saul é uma trombeta a alertar-nos para o perigo de começar bem a carreira e perder-se na caminhada. O perigo de transigir-se com os absolutos de Deus e praticar o que um dia se condenou.

• A vida de Saul nos ensina que podemos desperdiçar as oportunidades da vida. Ela nos ensina o que não devemos fazer. Ela nos aponta para o perigo de receber em si mesmo a merecida punição do seu erro.” (hernandesdiaslopes). Bom estudo e crescimento maduro na fé cristã!
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I – DEFINIÇÃO DE REBELDIA
||1. Conceito. A rebeldia é caracterizada como um ato de resistência; é opor-se a uma autoridade; por vezes se trata de uma obstinação em excesso. Na Bíblia, há exigências constantes para que o servo de Deus evite a rebelião, quer seja contra Deus, quer seja contra os pais, os líderes e as autoridades||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 6, 10 Novembro, 2019]

- “Característica de rebelde; qualidade da pessoa que não obedece ou que se opõe a uma autoridade: foi demitido por rebeldia.Resistência; força, convicção, vontade contrária ou oposta a: a rebeldia dos manifestantes.Teimosia; excesso de obstinação ou birra” (dicio.com)

Rebelde é um adjetivo para qualificar alguém que não obedece ninguém e nem escuta conselhos, que acredita que possui uma autoridade legítima. Também pode ser usado para qualificar uma pessoa que se rebela, que se revolta.” (significados)

Definição de Rebelião - de rebellione - insurreição; acto de se rebelar; revolta; rebeldia, indisciplina. "Pesha" - Palavra hebraica que significa "rebelião deliberada e premeditada contra DEUS (Ez 21.24 Portanto, assim diz o Senhor Jeová: Visto que me fazeis lembrar da vossa maldade, descobrindo-se as vossas prevaricações, aparecendo os vossos pecados em todos os vossos atos, e visto que viestes em memória, sereis apanhados na mão)” (apazdosenhor)
- 1 Samuel 15.23 afirma que rebeldia é pecado, é pecar contra Deus de propósito, com a intenção de desobedecer. A rebeldia afasta de Deus e causa muitos problemas. A rebeldia é escolher o pecado, conhecendo o que é certo.

||2. O aspecto bíblico. Algumas passagens do Antigo Testamento, como por exemplo, Jeremias 3.23 e 31.22, apontam a nação de Israel como filhos e filhas rebeldes, que escolheram o mal para desenvolver uma vida de pecado. No livro de Oseias, Israel é comparado a uma vaca rebelde (Os 4.16), uma linguagem campestre em que o fazendeiro realça a rebeldia do animal. Portanto, o real significado de rebeldia no Antigo Testamento é uma ênfase ao retorno de um “servo de Deus” às mais horríveis práticas pecaminosas, incluindo também a adoração aos ídolos. O cristão não pode viver na prática da rebeldia, visto que no seu ser há uma nova natureza implantada por Cristo Jesus (2 Co 5.17; 1 Pe 1.23); praticá-la é o mesmo que chamar a natureza velha para que reine outra vez − e a ordem de Paulo é que ela não reine (Rm 6.12).||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 6, 10 Novembro, 2019]

- Como definido no ponto anterior, rebelião é ação ou procedimento para seguir o que se quer em vez do que Deus quer. Rebeldia é insolência, desobediência ou oposição aberta à autoridade ou controle por parte de Deus.  Em Oséias 4.16, como Israel era como um bezerro teimoso, Deus não tentaria mais mantê-lo no curral, mas o abandonaria como uma ovelha no vasto deserto. Alguns pecados são cometidos em ignorância mas o rebelde sabe que está agindo contra a vontade de Deus. A rebeldia é uma afronta direta a Deus, rejeitando Sua autoridade (At 7.51). A maior forma de rebeldia é conhecer a verdade do Evangelho mas rejeitar Jesus como salvador.

- Em Romanos 6.12 Paulo não fala em Rebeldia mas em ‘corpo mortal’ - o único depósito restante onde o pecado encontra o cristão vulnerável. A mente e seus processos do pensamento são parte do corpo, e assim, tentam a nossa alma com seus desejos pecaminosos (Rm 8.22-23; 1 Co 15.53; 1 Pe 2.9-11). Seremos tentados sempre a ceder ao pecado. Enquanto vivermos nesse mundo, a natureza pecaminosa que há em nós sempre tentará se alimentar. No entanto, O salvo por Cristo Jesus não tem mais como hábito mentir, cobiçar, roubar, fofocas e nem cometer qualquer outro pecado (Rm 6.14,15).

||3. O cristão e a rebelião. A Bíblia ensina ao cristão respeitar todas as autoridades, inclusive os líderes da igreja; jamais ser insubmisso, rebelar-se (Rm 13.1), mas tendo como dever orar por elas (1 Tm 2.1,2). Entretanto, segundo as Escrituras, o cristão não deve sujeitar-se a uma autoridade quando a prioridade da justiça está em risco e quando há violação aos princípios bíblicos (At 5.29); mesmo assim, o ato de não submeter-se ao erro não significa liberdade para usar de ataques com palavras indecorosas, motins e exposições em redes sociais. O Antigo Testamento mostra os três amigos de Daniel que não se sujeitaram à ordem do rei, sendo preparados para serem lançados no fogo; entretanto, ainda assim, demonstraram respeito para com o monarca, não pronunciando palavras ofensivas (Dn 3.16,17). O verdadeiro cristão mede bem as palavras, pois sabe que disso depende também a sua vida espiritual (Mt 12.37).||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 6, 10 Novembro, 2019]
- “Rebeldia também é desobedecer e se opor a uma autoridade legítima. Não é o mesmo que se opor por motivos de consciência a alguma coisa que você acha errado. Isso pode ser feito de maneira respeitosa e justa. Rebeldia é querer fazer as coisas do seu jeito, mesmo quando a autoridade tem razão. O rebelde não tem bons motivos para se opor à autoridade. Ele acha que sua vontade é mais importante. O rebelde não tem respeito pela autoridade nem tenta ter. Sua atitude é acusatória e fala mal da autoridade, em vez de tentar negociar e entender as outras opiniões (Jeremias 6:28).” (RESPOSTAS)

- Em Daniel 3.16,17, os três homens não tinham intenção de desrespeitar o rei. Eles não tinham qualquer defesa não tinham a necessidade de reconsiderar o seu comprometimento, urna vez que se apegaram firmemente ao seu Deus como o único e verdadeiro Deus. A vida deles estava nas mãos dele, como indicado nos vs. 17-18 (Is 43.1-2).
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II - A REBELDIA DE SAUL
||1. Não cumpria com a ordem divina. Por ordem expressa de Deus, Samuel ordenou a Saul que matasse os amalequitas porque a medida dos seus pecados estava completa (Êx 17.8-13; Dt 25.17,18). Tudo deveria ser destruído e banido, pois os amalequitas estavam sob o julgamento divino. Essa ação divina era para evitar que o mal deles se espalhasse cada vez mais. Entretanto, nada dos amalequitas deveria ser saqueado ou roubado, pois não tratava-se de uma guerra qualquer. O que não poderiam ser queimado, como o ouro, a prata e o ferro, seriam objetos solenes de consagração a Deus||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 6, 10 Novembro, 2019]

- Os amalequitas eram um povo nômade do deserto, descendentes de Esaú (Gn 36.12), tornaram-se um povo marcado quando atacaram Israel no deserto depois de este ter saído do Egito (Êx 17.8-16; Nm 24.20; Dt 25.17-19; Is 6.3-3). Deus deu uma oportunidade a Saul para se redimir mediante a obediência. O castigo deveria ser a destruição completa e total de qualquer ser que respirasse. O castigo de Deus era rigoroso para aqueles que destruíam o seu povo. Era igualmente rigoroso para aqueles que desobedeciam a ele (Js 7.10-26). Motivados pela cobiça, Saul e o povo gananciosamente pouparam o melhor do despojo da terra, desobedecendo à palavra de Deus, demonstrando sua infidelidade.

||2. Deus se “arrependeu” em relação a Saul. Foram duas as razões para isso: Saul deixou de seguir e de executar a vontade de Deus. A Palavra “arrepender-se”, oriunda do hebraico nacham, significa “sentir profundamente, lamentar”. Referindo à pessoa de Deus, essa expressão pode ser compreendida como mudança em relação à pessoa de Saul. Deus não tolera o pecado e, dessa forma, não poderia deixar que Saul continuasse dirigindo o Seu povo. Por isso, por meio de Samuel, Ele o rejeitou. A desobediência, a teimosia e a rebelião do primeiro rei de Israel atraíram a ira de Deus. O prazer de Deus não está em sacrifícios, mas na obediência do ser humano à sua Palavra. Mais do que um belo sermão, ou de grandiosas construções, Deus requer de seu povo a obediência (Sl 50.13-14).||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 6, 10 Novembro, 2019]
- “Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele dito, não o fará? ou, havendo falado, não o cumprirá?”. (Nm 23.19 “Nacham” não pode ser entendido como arrependimento ou reconhecimento de erro da parte de Deus.

A palavra “naham” (arrepender) tem o significado básico de “ter compaixão” ou “lamentar”. Por isso, o estudioso judeu Martin Buber traduziu o versículo desta forma: “Lamentou-se ele de ter feito o homem sobre a terra, e angustiou-se em seu coração”. O sentido geral é que Deus sofre junto conosco quando precisa nos castigar. O Todo-Poderoso não gosta de punir, isto o angustia, Ele o lamenta, mas precisa agir assim por causa de Sua santidade e justiça. Por isso, o arrependimento de Deus deve ser entendido como misericórdia, como indicação da impossibilidade de suportar a situação pecaminosa gerada pelo homem, que exige a retirada do Seu favor. Portanto, o texto não expressa que Deus esteja descrevendo sua ação como um erro, pois Ele continua tendo razão em tudo o que faz (Jr 12.1). Na verdade, Ele lamenta que o homem se feche ao propósito do Seu amor. É dessa forma que esse “arrependimento de Deus” nos permite ver o que passa em seu coração. (Norbert Lieth)” (chamada)

- Saul demonstrou-se igual aos reis das outras nações, ou seja, egoísta, voluntarioso e totalmente desobediente no que dizia respeito às coisas de Deus. Ele precisava entender que o culto verdadeiro era indicado pelo seu comportamento e não pelos seus sacrifícios. Ele demonstrou ser um idólatra cujo ídolo era ele mesmo. Saul havia falhado no cumprimento das condições que teriam abençoado a nação (1Sm 12.13-15). ‘Visto que rejeitaste... ele também te rejeitou’ – aqui temos um princípio universal, em que aqueles que rejeitam a Deus continuamente um dia serão também rejeitados por ele. Os pecados de Saul levaram Deus a imediatamente destituí-lo e a seus descendentes do trono de Israel para sempre. O que levou Saul a ser recusado por Deus foi sua arrogância e rebeldia. A desobediência era apenas a manifestação do mal que se escondia no interior do coração de Saul: “Samuel, porém, respondeu: Acaso tem o Senhor tanto prazer em holocaustos e em sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? A obediência é melhor do que o sacrifício, e a submissão é melhor do que a gordura de carneiros. Pois a rebeldia é como o pecado da feitiçaria, e a arrogância como o mal da idolatria. Assim como você rejeitou a palavra do Senhor, ele o rejeitou como rei”. (NVI)

||3. “A rebelião como pecado de feitiçaria”. Essa expressão traz a ideia de “uma decisão por meio de adivinhação ou de lançamento de sorte”, uma atitude obstinada e teimosa. E a expressão “porfiar é como iniquidade e idolatria” refere-se ao engano de um ídolo, demonstrado na arrogância de quem pratica a idolatria. No texto está claro que as expressões falam de apostasias. A primeira, a respeito da negação da autoridade divina; a segunda, a de reconhecer outros poderes acima de Deus. Nesse contexto, o profeta Samuel afirma que não há valor em sacrifícios a Deus quando se quebra um de seus mandamentos por desobediência deliberada. Quem age assim coloca a sua vontade no lugar da de Deus. Por isso a rebelião é tão maléfica quanto à adivinhação, pois ela rouba o lugar da glória de Deus. A insolência e a arrogância de Saul revalam a tentativa de ele se impor no lugar de Deus. Era como se as regras da guerra fossem dele, esquecendo-se de que Deus não dá a sua glória a ninguém (Is 42.8). De fato, Lutero estava certo quando disse: “diante da Palavra eu é que tenho que me render; nenhum de nós jamais pode e deve querer impor nossa vontade perante as ordens do Senhor”.||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 6, 10 Novembro, 2019]

- Sua desobediência estava no mesmo patamar que a feitiçaria e a idolatria, pecados esses passíveis da pena de morte. Desde que era o próprio Deus falando através do profeta, a desobediência à Samuel era desobediência à Deus, Saul rejeitou o próprio Deus quando se rebela contra Samuel, na verdade, rebelou-se contra Deus em sua palavra manifesta por meio de Samuel. Referente à feitiçaria, o mal está no resultado da ação: o coração se endurece. Como no caso dos feiticeiros de Faraó quando Moisés se apresentou diante desta e aqueles imitaram os milagres operados por meio de Moisés; A palavra foi transmitida a Faraó, no entanto, seus feiticeiros com suas artes mágicas endureceram o coração do monarca em relação `palavra de Deus através de Moisés. Saul se fez como os feiticeiros de faraó, tirou o valor da Palavra de Deus.
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III - SAUL: UM LÍDER SEM CRITÉRIOS
||1. Não sabia esperar. Uma das provas de que Saul não tinha critérios para a liderança era a sua impaciência. Ele não sabia esperar. Samuel já havia dito para Saul esperar até a sua chegada (1 Sm 10.8). Infelizmente, o rei de Israel não o fez (1 Sm 13.8-13). Essa ordem era para que Saul esperasse, antes de começar qualquer invasão, pois ele deveria colocar tudo diante de Deus, apresentando sacrifícios, como havia feito antes (1 Sm 7). A falha principal de Saul não foi ter oferecido sacrifício, mesmo ele não sendo sacerdote, mas foi não esperar o profeta Samuel para receber a bênção de Deus. Na obra de Deus é preciso capacidade para esperar. O salmista esperou com paciência (Sl 40.1). Deus age no momento certo em nosso favor. Esperemos no Senhor!||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 6, 10 Novembro, 2019]

- Fora ordenado a Saul que esperasse sete dias para ir ter com Samuel em Gilgal. É preciso destacar aqui que o pecado de Saul não foi especificamente ter feito um sacrifício (2Sm 24.25; TRs 8.62-64), mas não ter esperado pela assislência sacerdolal de Samuel (1Sm 10.8). Ele queria governar como um autocrata, que possuísse poder absoluto em questões civis e sagradas. Samuel havia pedido que esperasse sete dias para testar o caráter e a obediência de Saul a Deus, mas Saul falhou no teste ao se apossar do ofício sacerdotal.

||2. Saul: o rei rejeitado. Destacamos a rejeição de Saul por causa do pecado de não atentar à voz de Deus (1 Sm 13.13). Foram muitas as características que marcaram a rebelião de Saul: irreverência com a ordem de Deus, voto tolo, infidelidade na guerra contra osamalequitas e desobediência às palavras do Senhor. Assim, Deus rejeitou a Saul! Essa história nos mostra que devemos, irrestritamente, obedecer aos desígnios de Deus e servi-lo de todo o coração. O Pai deseja que andemos todos num só propósito!||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 6, 10 Novembro, 2019]

- A desobediência de Saul era uma violação direta da ordem de Samuel em 10.8. Saul reagiu com desobediência baseado naquilo que via e não na fé. Com o passar dos dias de espera, o povo que estava com Saul para a batalha, o abandonaram por causa da ansiedade e do medo da batalha iminente. Ele temia perder seus homens e não considerou adequadamente o que Deus queria que ele fizesse. Essa falta de visão espiritual levou o primeiro monarca de Israel à desobediência e em conseqüência, sua rejeição por Deus.

Não há coisa pior para o crente do que deixar de obedecer a Palavra de Deus. Vejam a advertência de Samuel a Saul, Vs. 19-23, "19 Por que, pois, não deste ouvidos à voz do SENHOR, antes te lançaste ao despojo, e fizeste o que parecia mau aos olhos do SENHOR? 20 Então disse Saul a Samuel: Antes dei ouvidos à voz do SENHOR, e caminhei no caminho pelo qual o SENHOR me enviou; e trouxe a Agague, rei de Amaleque, e os amalequitas destruí totalmente; 21 Mas o povo tomou do despojo ovelhas e vacas, o melhor do interdito, para oferecer ao SENHOR teu Deus em Gilgal. 22 Porém Samuel disse: Tem porventura o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à palavra do SENHOR? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros. 23 Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniqüidade e idolatria. Porquanto tu rejeitaste a palavra do SENHOR, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei":

a) A desobediência nos leva a tropeçar na Palavra, 1 Pe 2.8, "E uma pedra de tropeço e rocha de escândalo, para aqueles que tropeçam na palavra, sendo desobedientes; para o que também foram destinados".
b) A desobediência atrai sobre nós a ira de Deus, Ef 5.6, "Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por estas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência".
c) A desobediência é uma característica do ímpio e não do filho de Deus, Tt 1.16, "Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, e desobedientes, e reprovados para toda a boa obra".” (ibvir)
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CONCLUSÃO
O que é ter sucesso no ministério? É ter agenda concorrida? Um estilo de vida confortável? Não. O sucesso do ministério não está somente em ser separado para um cargo, mas sim na obediência completa ao Deus da Palavra. Assim, Salomão escreveu: “é melhor o fim das coisas, do que seu princípio” (Ec 7.8). Que Deus nos ajude a obedecer e a viver para sua glória!||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 6, 10 Novembro, 2019]
- Notemos três erros cometido por Sal que o levaram à rejeição por Deus:
(1) deixou de cumprir a palavra de deus (1Sm 15.1-9);
(2) lançou sobre os outros a sua responsabilidade (1Sm 15.14-21), e
(3) faltou sinceridade para um verdadeiro arrependimento (1Sm 15.24-31).
Com Saul notamos que tão rápida quanto sua subida, foi a sua descida e sua queda; menosprezou a Palavra do Senhor. Se quisermos manter a nossa posição e galgar novos degraus, devemos estar atentos à Palavra de Deus ((Js 1.7-8). Nas palavras do Rev. Hernandes Dias Lopes: “O que distinguiu Saul de seu sucessor Davi, não foi o pecado. Ambos pecaram contra Deus. A diferença é que Davi quando foi confrontado, arrependeu-se; Saul tornou-se mais endurecido”.