sexta-feira, 17 de maio de 2019

Profecia alerta para novo atentado contra a vida do Presidente Bolsonaro

O blog Point Rhema do meu caro Pr. Carlos Roberto publicou um vídeo de uma pessoa dizendo que teve uma revelação profética envolvendo mais atentado contra o Presidente Bolsonaro. Abaixo está a matéria e depois ao final do vídeo eu estarei fazendo meu comentário.

"Revelação Profética alerta para novo atentado contra a vida do Presidente Jair Bolsonaro - ASSISTA AQUI


O Pastor Sandro Rocha de Guaratuba, da Igreja Porto de Cristo, teve uma "Revelação Profética", segundo ele, sôbre um novo atentado contra o Presidente Jair Messias Bolsonaro, que desenrolará uma convulsão política e social no Brasil, a partir de Brasília, inclusive com intervenção militar e derramamento de sangue.

O Pastor Sandro Rocha, através de publicação no Facebook, alerta e orienta o povo de Deus a orar pelo governo e pela nação".

ASSISTA AQUI

quinta-feira, 16 de maio de 2019

Teologia liberal infiltrada na Assembleia de Deus? É o que afirma colunista do Gospel Prime


"O que o prezado leitor diria de um livro supostamente pentecostal que defendesse, por exemplo, que o relato de Atos 2 é uma “ficção historicizada” cuja redação domesticou tradições judaicas? O que pensaria se descobrisse que o mesmo livro propõe uma hermenêutica baseada na experiência pentecostal comunitária, identificada fundamentalmente com o êxtase?
Que avaliação desse mesmo livro o estimado leitor faria se soubesse que ele defende, para a interpretação bíblica, a substituição do consagrado método histórico-gramatical, resgatado pela Reforma Protestante, por um saber intuitivo, afetivo, performático, poético, pneumático e extático? O que pensaria ao ler nesse livro sobre a impossibilidade de o leitor da Bíblia acessar a intenção do autor original?
O que se poderia dizer da afirmação de que a revelação continua em nossos dias, num encontro entre o leitor e a Bíblia, mediado pelo Espírito? E que resposta mereceria a proposição de que o fiel pentecostal, em sua leitura bíblica, tem preferência pela via sensorial, e não pela via cognitiva?
Diante desse arsenal de teorias, o cristão vinculado a uma confissão de fé histórica – como é a fé pentecostal – poderia dizer, com acerto, que se trata de ideias próprias do liberalismo ou modernismo teológico. E seu espanto não seria pequeno ao descobrir que tudo isso consta do livro Experiência e hermenêutica pentecostal: reflexões e propostas para a construção de uma identidade teológica, lançado em 2018 pela Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD), editora oficial da maior denominação evangélica do nosso país.
Como cristão pentecostal e ministro do Evangelho na Assembleia de Deus, sinto-me constrangido por ter de enunciar estas considerações, mas ao mesmo tempo compelido à tarefa, tendo em vista cuidar-se de pontos fundamentais da fé cristã, cuja preservação cabe a cada um dos servos do Senhor, mas principalmente aos líderes eclesiásticos. Dito isso, prossigamos:
Referida obra, escrita pelos pastores David Mesquiati de Oliveira e Kenner R. C. Terra, destoa da tradição editoral da CPAD, algo que os próprios autores reconhecem implicitamente, por imaginarem não haver, em solo brasileiro, teologia tipicamente pentecostal antes de sua proposta (cf. Introdução, p. 17).
Basicamente, a obra escrita por Mesquiati e Kenner defende a experiência como “lugar central da tradição teológica pentecostal” (p. 17), e para isso recorre a contribuições teóricas das ciências humanas e de teólogos pentecostais estrangeiros.
Para ser bem franco, devo dizer que Experiência e hermenêutica pentecostal é um livro embebido em referenciais teóricos correspondentes a uma visão criticista da Bíblia, da teologia e da realidade, que emprega ferramentas metodológicas cujos pressupostos não são os do Cristianismo histórico e ortodoxo.
Pode-se mesmo afirmar que, em vez de ser exatamente um livro de hermenêutica bíblica, Experiência e hermenêutica pentecostal chega a ser uma obra dedicada a uma nova epistemologia cristã, por ser uma teoria do conhecimento que propõe, para o mundo pentecostal, uma forma alternativa de acesso à verdade – sua hipótese é que esse meio alternativo seria o êxtase.
A obra, contendo 224 páginas, está distribuída em dez capítulos, além de Introdução e Conclusão:
  1. A Experiência Pentecostal como Lugar Hermenêutico;
  2. Leitura Semiótica para uma Hermenêutica Pentecostal;
  3. A Leitura Bíblica Pentecostal e a Experiência do Espírito;
  4. O Espírito Santo na Reforma e no Pentecostalismo;
  5. Espírito, Hermenêutica e Reforma Radical;
  6. Afinidades entre a Reforma Radical e o Pentecostalismo;
  7. A Reforma e o Pentecostalismo como Respostas ao seu Tempo;
  8. Poimênica Pentecostal: A Vida Pastoral da Igreja;
  9. Missão e Pentecostalismo a partir da Pentecostalidade;
  10. Hermenêutica do Espírito: Atos 2 e o Empoderamento para a Ação Pentecostal.
Apesar do autoproclamado ineditismo, o livro se aproxima da obra Pentecostalismo e pós-modernidade: quando a experiência sobrepõe-se à teologia, editado pela própria CPAD e escrito por César Moisés Carvalho, então responsável pelo setor de educação cristã da Casa Publicadora. Esse livro já representara uma exceção no catálogo da editora, em razão de uma perspectiva criticista, demasiado influenciada por teorias importadas das ciências humanas e vocalizadora de uma percepção ressentida e negativa quanto à teologia herdeira da Reforma Protestante.
De fato, o pastor César Moisés compartilha percepções muito similares a Mesquiati e Kenner em relação a áreas como hermenêutica, pentecostalismo, cosmovisão e pós-modernidade, e, depois de se tornar responsável pelo setor de livros da CPAD, lhes concedeu espaço para publicação do livro de que ora se cuida.
Os marcos teóricos deixam evidências importantes, não somente sobre a formação intelectual dos autores, mas também sobre sua filiação ideológica, aproximando-os perigosamente do liberalismo teológico e do progressismo, o que permite supor sua identificação com aquilo que se pode chamar de “esquerda teológica” e, mais particularmente, com aquilo que neste artigo se propõe denominar “pentecostalismo liberal-esquerdista”.
Cabe destacar que a refutação dos autores ao método histórico-gramatical – por eles considerado excessivamente adstrito à intenção do autor original – contradita a Declaração de Fé das Assembleias de Deus no Brasil (Cap. 1Sobre as Sagradas EscriturasItem 6: Mensagem) e constitui um risco muito grande às bases de fé.
Os autores dizem expressamente que sua proposta teológica passa pela releitura de “conceitos caros da teologia” (Introdução, p. 18), e que a teologia pentecostal, em sua concepção, deve discutir “desde as questões mais básicas da fé cristã até as metodologias teológicas” (Introdução, p. 18). Há de se ter fundado receio diante de afirmações como estas, notadamente quando se tem ciência do conjunto da obra, que consiste num libelo contra os fundamentos da tradição protestante.
A título ilustrativo do caráter do livro, algumas passagens merecem registro:
  • “Nós entendemos que as demais propostas teológicas produzidas na literatura brasileira, mesmo aquelas escritas por pentecostais, ainda devem, em vários níveis, a caminhos metodológicos e referenciais teóricos tipicamente modernos, o que ainda não permitia afirmarmos ser teologia pentecostal. Podemos chamá-las de teologias produzidas por pentecostais, mas ainda dependentes das hermenêuticas e propostas dogmáticas que não levam às últimas consequências a importância da experiência” (Introdução, p. 17).
  • “Ainda preocupados com procedimentos metodológicos, é importante enfrentarmos a noção de centralidade da Bíblia, mas considerando as diferenças desse lema em relação ao Protestantismo brasileiro. No mundo pentecostal, essa noção e trato com a Bíblia não ocorre preferencialmente pela via cognitiva (sistematização), mas sim pela via da experiência (sensorial), encenando as Escrituras como palavra viva, em que os textos bíblicos são performatizados, recriando novas realidades” (Introdução, p. 20).
  • “Estudando o texto [de At 2.1-4], alguns alguns estudiosos dizem perceber que havia uma tradição intimamente ligada a expressões de êxtase que acabou recebendo tratamento redacional ficando ‘domesticada’. Nessa perspectiva, o narrador [Lucas] então teria transformado o fenômeno de êxtase e línguas, com auxílio das tradições judaicas, em anúncio. O contexto histórico da festa de Pentecostes seria uma estratégia literária. Tal intuição se dá pelo fato de que, no livro de Jubileus (Jub. 6), importante obra judaica do séc. II a.C., é possível encontrar uma conexão dessa festa com a renovação da aliança de Noé e Moisés. Nessa narrativa, Fílon, ao falar da entrega da Lei, diz que ‘uma voz soou do fogo que descia do céu, uma voz muito maravilhosa e terrível. A chama foi dotada de linguagem familiar para seus ouvintes’. Na tradição rabínica (b. Shab. 88b), séc. II d.C., com origens mais antigas, encontramos a crença na inicial proclamação da Lei a setenta nações. Há, por isso, estudiosos que defendem a tese de que Lucas, então, talvez tenha ‘domesticado’ o fenômeno de êxtase usando a tradição da proclamação da Lei às nações, que, em Atos, são os judeus da Diáspora, ocultando o caráter extático da experiência da narrativa mais antiga, fazendo, do texto, uma midrash para proclamação às nações” (Cap. 10, p. 187,188). 
Os trechos acima transcritos são exemplificativos, e justificariam a reação indignada por parte de qualquer crente devidamente informado das doutrinas bíblicas.
Há, ainda, um componente que demanda atenção cuidadosa: Mesquiati e Kenner tentam contrapor a hermenêutica pentecostal à hermenêutica calvinista, mas com argumentos equivocados. O problema reside numa caracterização deturpada do calvinismo, o que, todavia, pode passar despercebido a pentecostais que estejam ansiosos por reunir argumentos em defesa de sua confissão.
Para que não haja dúvida: pentecostais e calvinistas diferem em muitos aspectos, especialmente nas searas da soteriologia, da pneumatologia e da escatologia, mas compartilham as mesmas bases de fé no que concerne à Bíblia Sagrada como sendo a Palavra de Deus inspirada, inerrante, infalível, autoritativa, suficiente e imutável, além de adotarem o método gramático-histórico na interpretação das Escrituras. Bem por isso, os mesmos argumentos que os autores utilizam para criticar a fé reformada serviriam para combater a fé pentecostal, porque o que eles têm em mira é o próprio alicerce da revelação bíblica.
Buscando um liame histórico que sustente a pentecostalidade e que ao mesmo tempo se afaste dos reformadores “magisteriais”, os autores defendem que os espiritualistas da Reforma Radical seriam predecessores importantes do pentecostalismo.
De modo explícito, Mesquiati e Kenner dão crédito à distinção entre “Palavra exterior” e “Palavra interior”, a primeira correspondente ao texto bíblico, ao Jesus histórico, aos sermões e aos sacramentos, e a segunda, a uma suposta Palavra que estaria no coração dos salvos. Citando um dos reformadores radicais, os autores chegam a concordar com a ideia de que “o Espírito vem a ser um modo da Palavra” (Cap. 5, p. 129).
Mais ao final do livro, Mesquiati e Kenner incluem considerações sobre poimênica (ação pastoral) e missiologia, em capítulos que tornam ainda mais nítida sua inclinação a uma visão de mundo “progressista”.
A proposta teológica constante do livro é deveras arriscada e adentra ao campo dos pressupostos da interpretação bíblica, o qual naturalmente precede os terrenos próprios dos métodos e das regras de hermenêutica. Trata-se de algo absolutamente grave.
O emprego de diretrizes forjadas nas ciências humanas serve como instrumento de premissas teologicamente equivocadas, como se a Bíblia não fosse a revelação definitiva de Deus, como se não houvesse na Escritura o caráter celestial, sobrenatural e sagrado, como se os princípios e regras de interpretação não estivessem nela esboçados, podendo, assim, ser objeto da volatilidade das especulações acadêmicas.
O teste de ouro dessa nova abordagem de hermenêutica pentecostal seria pedir aos autores que aplicassem seu método à exegese de textos bíblicos, especialmente daqueles que tratam de temas como a criação do homem e da mulher, o papel da mulher no casamento, pecados sexuais, aborto, sujeição às autoridades civis e eclesiásticas, direito de propriedade, laicidade do Estado. Não é possível que a adoção de pressupostos tão diferentes dos que adotamos até hoje produzam as mesmas consequências no trabalho de interpretação.
É bastante curioso e digno de toda preocupação que os responsáveis pela elaboração e edição da obra tenham se sentido tão fortemente encorajados a oferecer ao público da CPAD uma obra de tamanho desapego aos lastros do Cristianismo histórico, ortodoxo, protestante, evangélico e pentecostal.
Causa verdadeira estupefação que alguém tenha tomado fôlego para uma empreitada dessa natureza, conhecedores que são (os autores e o editor) da tradição da igreja, das crenças do povo, dos costumes ministeriais e eclesiásticos, do acervo bibliográfico precedente (no pentecostalismo assembleiano) e, enfim, daquilo que vai registrado na Declaração de Fé das Assembleias de Deus, que elege o método histórico-gramatical como forma destinada à compreensão das Escrituras, em sintonia com a Reforma.
É certo que a liberdade de expressão abriga e protege quaisquer manifestações de pensamento, e existe uma farta literatura criticista em livrarias e bibliotecas pelo mundo. Contudo, devemos indagar se é admissível a uma editora confessional conservadora publicar livros de cunho liberal.
Em termos práticos, surge a questão da formação de obreiros, que, uma vez submetidos a professores assembleianos e livros da CPAD que ostentem uma linha teológica dessa espécie, estarão na mira de seduções intelectuais de qualidade comprovadamente prejudicial à fé pessoal e coletiva, pensando tratar-se de algo positivo, porque chancelado por instâncias oficiais da denominação.
Referência da obra analisada:
OLIVEIRA, David Mesquiati; TERRA, Kenner R. C. Experiência e hermenêutica pentecostal: reflexões e propostas para a construção de uma identidade teológica. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, 224p".
Meu Comentário: Olha pelo que já li dos dois autores do livro como também do Pr. César Moisés, cujo livro comprei na última vez que ele esteve ministrando em nossa igreja aqui em Uberlândia, achei a crítica injusta. No meu modo de ver as duas obras contribuem para a construção do pensamento pentecostal no Brasil e não o contrário. A crítica foi na minha opinião muito exagerada.
O alvo principal da crítica do colunista é a editora CPAD. Não é o primeiro nem a primeira vez. A editora vem recebendo pedradas desde o episódio da publicação da Bíblia Dake, de livros de autores calvinistas e cessacionistas e depois quando houve divulgação e  cancelamento de evento como Megastore em lojas.
Já vi nas redes sociais críticas até mais pesadas contra a editora, dizendo que a mesma tem mantido uma política editorial aberta às mais diversas vertentes teológicas sem fidelidade à Declaração de Fé da CGADB. Foi dito ainda que havia sido tomado um rumo comercial e mercadológico sem pesar os danos doutrinários e teológicos.
Quer saber minha opinião sincera, do que realmente eu sinto quando leio esse tipo de críticas? Vou dizer porque criei esse blog há 11 anos atrás justamente para isso, expor minha opinião de tudo à luz da Palavra:
1 - A CPAD se abriu as outras vertentes de pensamentos e não quer ficar na redoma de autores pentecostais e quer publicar outras obras? E daí? Que publique! Compra quem quiser, lê quem quiser gente! Acredito que pelo menos não vão publicar obras com heresias aos fundamentos da fé cristã, quanto a linhas de pensamento que mesmo divergindo da nossa não afeta os balizamentos mais básicos da fé cristã não vejo porque não conhecer.
2 - Querer comparar a CPAD com outras editoras ditas confessionais que só publicam autores da sua denominação. Não critico a editora por isso, mostra uma abertura de pensamento e digo mais: deveriam se abrir mais ainda publicar obras de outras linhas de pensamento escatológico.

3 - Tem hora que eu noto uma certa frustração nas redes sociais por pessoas que não tem material publicado pela CPAD e por não fazer parte da equipe de comentadores das revistas de escola dominical. Aí eu fico perguntando: será que se estivessem no time de lá, estariam criticando?

Pronto falei!

terça-feira, 14 de maio de 2019

Missão Portas Abertas lança quarta edição do livro "O Contrabandista de Deus"


Livro conta a história do homem que ousou levar Bíblias para países fechados ao Evangelho.

A Portas Abertas lança a quarta edição do best-seller “O Contrabandista de Deus”, livro que conta a história do seu fundador, Irmão André, que completou 91 anos em 11 de maio.
Lançado originalmente em inglês em 1967, o livro conta as aventuras do Irmão André que contrabandeava Bíblias, em um fusca, para os países que estavam atrás da Cortina de Ferro.
O livro, traduzido para vários idiomas, já vendeu mais de 12 milhões de exemplares em todo o mundo.
A primeira edição do livro lançada no Brasil foi publicada em 1970, em 2003 e 2008 outras duas edições foram publicadas.
A edição de 2019 trará alguns diferenciais: a tradução foi refeita, trazendo uma linguagem mais atual; o livro também terá uma entrevista exclusiva com Irmão André onde fala dos bastidores dos muitos milagres que ele experimentou ao longo do seu ministério como missionário.
Comentário: Anne van der Bijl (Sint Pancras, Países Baixos, 11 de maio de 1928), conhecido nos países lusófonos como Irmão André (em inglês: Brother Andrew), é um missionário cristão famoso por realizar o contrabando de bíblias para os países comunistas no auge da Guerra Fria, cujo feito o rendeu o apelido de "Contrabandista de Deus".
Irmão André estudou no WEC Missionary Training College em GlasgowEscócia. Irmão André nasceu em Sint Pancras, nos Países Baixos, sendo o quarto filho de uma família pobre, cujo pai era um ferreiro que sofria de surdez e a mãe era uma notável cristã[2]..
Conversão ao Cristianismo
André conta no livro O Contrabandista de Deus como, no pós-guerra, ele se alistou no exército colonial das Índias Orientais Neerlandesas durante a rebelião que eventualmente ocorreria na Indonésia. Ele enfrentou um período de grave estresse emocional enquanto servia como soldado. Ele foi ferido em um tornozelo e durante sua reabilitação leu a bíblia obsessivamente, de modo que se converteu ao Cristianismo e tendo seu tornozelo curado.

Visitas aos países comunistas

Em julho de  1955 ele visitou a Polônia comunista, "para ver como meus irmãos estavam", se referindo à igreja subterrânea. Ele se juntou a um grupo jovem comunista, que era a única maneira legal de permanecer no país. Naquela tempo ele se sentiu chamado a cumprir a exortação bíblica "Esteja atento, fortaleça o que resta e que estava para morrer"(Apocalipse 3:2a). Este era o começo de uma missão que o levaria a diversos países comunistas onde os cristãos eram perseguidos - aqueles sob a "Cortina de Ferro".


Em 1957 Van der Bijl viajou à Moscou, então capital da União Soviética, em um Volkswagen Fusca, que mais tarde se tornou o símbolo do Portas Abertas, organização que ele fundou. Uma dupla mais experiente que o orientara foi quem lhe deu o novo carro, pois ele poderia armazenar várias bíblias e literatura espiritual. Apesar de que Van der Bijl estivesse a violar as leis de alguns países que ele visitava levando literatura religiosa, muitas vezes ele deixava o material à vista quando parado pelos postos de controle dos governos, como gesto de confiança na proteção de Deus[3]

Irmão André visitou a China na década de 1960[4], após a Revolução Cultural Chinesa haver criado uma política hostil em relação ao Cristianismo e outras religiões. Tal movimento seria chamado de Cortina de bambu. Ele chegou à Tchecoslováquia, quando a supressão das tropas sovietes da Primavera de Praga colocaram fim à liberdade religiosa então presente no país. Ele incentivou os fiéis locais e deu bíblias às forças de ocupação russas. Durante aquela década ele também fez sua primeira visita à Cuba após a revolução no país.
Em 1976 alguns países africanos ficaram sob governo ateísta[5]. Ele escreveu um livro sobre a luta espiritual neste continente e era chamado por líderes cristãos locais para fortalecer suas comunidades.

O Contrabandista de Deus

Em 1967 ele publicou sua primeira edição de God's Smuggler (em português"O Contrabandista de Deus"), escrito em parceria com John e Elizabeth Sherrill. God's Smugglerconta a história de Irmão André desde sua infância, conversão ao Cristianismo, e aventuras como contrabandista de bíblias pela Cortina de Ferro. O livro vendeu mais de 10 milhões de cópias em trinta e cinco idiomas.[6]

Oriente Médio

Após a queda do Comunismo na Europa, irmão André se focou no Oriente Médio e trabalhou para fortalecer a igreja no mundo Islâmico. Na década de 1970 ele visitou diversas vezes o Líbano devastado pela guerra, afirmando que "o conflito global no fim dos tempos se focará em Israel e em seus países vizinhos".

Força da Luz e Cristãos Secretos

Na década de 1990 ele vai à região diversas outras vezes. No livro "Força da Luz" (em inglêsLight Force) Van der Bijl fala sobre as igrejas palestinas e libanesas no LíbanoIsraelterritórios palestinianos que demonstram grande alegria pela mera visita de um companheiro cristão do exterior, que se sentiam então geralmente ignorados pela igreja do mundo ocidental. Ele também visitou alguns palestinos que foram obrigados por Israel a deixar sua terra natal para viverem em montanhas isoladas, e para eles pregou o evangelho. Da mesma maneira, ele e seu companheiro Al Janssen visitaram o Hamas e líderes da OLP incluindo Ahmed Yassin e Yasser Arafat, distribuindo bíblias. Mais adiante, está a imagem do futuro projeto chamado "Musalaha" (uma palavra árabe que significa "reconciliação"), que visa a aproximação de israelenses e palestinos, movimento fundado pelo líder evangélico palestino Salim Munayer.
O sétimo livro de Irmão André, chamado "Cristãos Secretos: O Que Acontece Quando Os Muçulmanos Se Convertem A Cristo" (em inglêsSecret Believers: What Happens When Muslims Believe in Christ) foi lançado em 1º de julho de 2007.

segunda-feira, 13 de maio de 2019

Bolsonaro, os evangélicos e Israel


Bolsonaro no Muro das Lamentações, nesta segunda-feira

O Presidente Jair Bolsonaro entre suas primeiras viagens internacionais incluiu no seu roteiro, países como Chile, EUA, também Israel.

Segundo o exemplo do presidente norte-americano Donald Trump de quem se diz admirador, também havia anunciado que mudaria a embaixada do Brasil de Telaviv para Jerusalém.

 Agora uma coisa são os EUA comprar essa briga, outra é o Brasil! Mas aí, vai pressão daqui e dali, Bolsonaro recua e diz na visita a Israel que no momento ia somente abrir um escritório em Jerusalém, que a embaixada ficava para outro momento.

 A cobrança para transferir a embaixada vinha dos parlamentares e líderes evangélicos como Silas Malafaia, Marco Feliciano e do guru ideológico tanto do Bolsonaro como de seus filhos e alguns aliados, Olavo de Carvalho.

 Não há dúvidas que o voto dos evangélicos foi majoritariamente para Bolsonaro nas eleições de 2018.

 Agora, para advogar a construção de um templo judeu, justamente onde estão a Mesquita de Al-Aqsa e o Domo da Rocha é querer que ali inicie a Terceira Guerra Mundial.

monte do Templo (em hebraico: הר הבית, transl. Har Ha-Bayit), em alusão ao antigo templo, conforme é conhecido pelos judeus e cristãos, também chamado Nobre Santuário (الحرم الشريف, transl. al-Ḥaram al-Šarīf) pelos muçulmanos, é um lugar sagrado para judeuscristãos e muçulmanos, sendo também um dos locais mais disputados do mundo. Lá se encontram a Mesquita de Al-Aqsa e o Domo da Rocha, construídos no século VII e que estão entre as mais antigas estruturas do mundo muçulmano. Por essa razão, o lugar é também referido pela imprensa como Esplanada das Mesquitas.

Trata-se do local mais sagrado do judaísmo, já que é no monte Moriá que se situa a história bíblica do sacrifício de Isaac. Para os muçulmanos, lá teria ocorrido o sacrifício de Ismael. O lugar da "pedra do sacrifício" (a Sagrada Pedra de Abraão) foi eleito pelo rei David para construir um santuário que albergasse o objeto mais sagrado do judaísmo, a Arca da Aliança. As obras foram terminadas por Salomão no que se conhece como Primeiro Templo ou Templo de Salomão e cuja descrição só conhecemos através da Bíblia, já que foi profanado e destruído por Nabucodonosor II em 587 a.C., dando início ao exílio judaico na Babilónia.

Anos depois foi construído o Segundo Templo, que voltou a ser destruído em 70 d.C. pelos romanos, com a exceção do muro ocidental, conhecido como Muro das Lamentações, que ainda se conserva e que constitui o lugar de peregrinação mais importante para os judeus. Segundo a tradição judaica, é o sítio onde deverá construir-se o terceiro e último templo nos tempos do Messias.

É o terceiro lugar mais sagrado do islamismo, por se referir à jornada de Maomé de Meca a Jerusalém e sua ascensão ao paraíso . O local é também associado a vários outros profetas - assim considerados tanto por judeus quanto por muçulmanos.

A maioria dos evangélicos no Brasil são oriundos das igrejas pentecostais e neopentecostais. As assim chamadas históricas ou reformadas estão em menor número. Como os pentecostais abraçaram o ensino dispensacionalismo/pré-milenista e pré-tribulacionista, creem que Israel tem um papel central a desempenhar na escatologia.

O dispensacionalismo diga-se de passagem é algo relativamente novo na história do cristianismo, algo em torno de 200 anos. Já a idéia de construir em Jerusalém o terceiro templo, é mais recente ainda, vem sendo difundida depois da fundação do moderno Estado de Israel em 1948.

 Assim, na linha dispensacionalista ensinam que Israel construirá o terceiro templo onde está hoje o Domo da Rocha dos muçulmanos, que o Anticristo se assentará nesse templo durante a Grande Tribulação e que no Milênio, Israel voltará a ter sacrifícios de animais, ministério levítico e o falecido Rei Davi ressurgirá e será o regente. Nesta forma de pensar, seria como dizer que para Jesus voltar novamente, esse templo o tem que estar pronto ou pelo menos em construção.

 Essa interpretação não encontra respaldo no Novo Testamento, pois quando Jesus conversa com a mulher samaritana em João capítulo 4, e em vez de enfatizar a vinda do Messias relacionada ao templo ele diz que ” a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem”. João 4:21,23.

 No mesmo livro de João no capítulo sete, fala que Jesus vai a Jerusalém e era o último dia da festa dos Tabernáculos. A Festa dos Tabernáculos tinha dois aspectos distintos na época do Templo. Uma parte da festa era consagrada ao louvor e ações de graça. Era um cortejo glorioso de sacerdotes vestidos de branco, instrumentos musicais, corais. Os levitas se faziam acompanhar por músicos em instrumentos de corda, sopro e percussão durante a recitação dos Salmos 113 a 118.

 O toque das trombetas convocava o povo, que se postava nas ruas para assistir à marcha dos sacerdotes que iam ao tanque de Siloé, enchiam uma vasilha de prata de água e depois rumavam para o templo e a derramavam no altar.

 E no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre. E isto disse ele do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado. João 7:37-39.

 A Festa dos Tabernáculos tem um significado profético. O profeta Amós, antevendo a vinda do Messias, escreveu: “Naquele dia levantarei o tabernáculo caído de Davi, repararei as suas brechas, e, levantando-o das suas ruínas restaurá-lo-ei como fora nos dias da antiguidade”. (Amós 9.11). Quanto a regência de Davi no milênio, deve-se lembrar que quando o apóstolo Tiago fez menção da profecia de Amos 9:11 onde está escrito que o Tabernáculo caído de Davi seria levantado, ele faz uma aplicação da passagem direto para a igreja ao falar da inclusão dos gentios dentro da comunidade cristã (Atos 15:13-21).

Paulo vai na mesma linha ao falar das bençãos de Abraão, dizendo que as mesma chegaram aos gentios através de Cristo, (Gálatas 3:16,28,29). Ou seja, assim como em Efésios, novamente em Gálatas noção de um só povo - Igreja, não mais judeu nem gentio.

 O povo judeu ainda hoje aguarda a vinda do Messias. A preservação misteriosa de Israel pode ser para o cumprimento do propósito de Deus de Israel se tornar o “tabernáculo de Davi, seu Rei”. A Festa dos Tabernáculos fala da alegria do Messias tabernaculando em nosso meio. É época de regozijo, de plenitude.

 Ali estava em pessoa Aquele de quem os profetas haviam falado. Ele era o cumprimento de todas as promessas. O Messias veio e tabernaculou entre nós. (João 1.14). Ali estava se cumprindo Isaias 12:3;, 44:3; 55:1-3.

Israelitas havia, com seriedade de pensamento, que reconheciam que no Tem­plo, apesar de todo o seu esplendor e do aparatoso equi­pamento para os sacrifícios, não havia fonte para alivi­ar-lhes a sede - falta esta simbolizada pelo fato de os sacerdotes terem de sair do Templo a fim de trazer a água. Queriam saber quando se cumpririam as palavras dos profetas, tais como: “Sairá uma fonte da casa do Senhor” (Jl 3.18); e que um grande e profundo rio sairia debaixo do limiar do templo (Ez 47.1-5). Decepciona­dos com a mera forma exterior, tinham sede da realida­de.

 Ezequiel 40 a 43: 17 O contexto histórico é o do exílio de Israel em Babilônia, na geografia do atual Iraque, quinhentos anos antes de Cristo (40:1). A experiência é espiritual, portanto, de natureza subjetiva (40: 2; 43: 1-6).

A primeira visão é do Templo construído por mãos humanas, onde as vaidades dos construtores, dos sacerdotes, dos ricos e dos reis ganhava sua simbolização; e emprestava à esses personagens da vaidade um sentimento de importância: valia a pena até mesmo ser enterrado nas imediações (43: 7-9). O Templo dos Homens era lugar de ideologia, política e auto-afirmação!

Então vem Deus e diz: “Tu, pois, ó filho do homem, mostra à casa de Israel este templo, para que ela se envergonhe de suas iniqüidades; e meça o modelo” (43:10). A questão é: que Templo? Ora, Deus havia mostrado antes o modelo a Ezequiel (40: 6 a 42:20). Tratava-se de um edifício impossível de caber nos padrões de matemática, física e arquitetura da Terra! Talvez à partir da Física Quântica se pudesse ter um vislumbre melhor do projeto. E por quê? Porque na Física Quântica tempo e espaço perdem sua significação linear!

 As razões são simples: 1. As medidas são anti-físicas: o lugar começa mínimo (40: 5-6) e, à medida em que se entra por essa Porta Estreita e nesse Lugar Pequeno, tudo começa a crescer. A seqüência da leitura mostra que as dimensões vão ficando cada vez maiores quando se entra por essa pequena porta. 2. O crescimento é para dentro: do verso 7 ao 41:5 esse é um fato inescusável. Quanto mais se entra, mas o lugar aumenta em suas dimensões e espaços. 3. O lugar não apenas cresce para dentro, mas também para cima (41: 6-7). Portanto, não se está falando de um templo construível por mãos humanas. Ele não é desta ordem de coisas!

 Se você se imaginar entrando no templo descrito por Ezequiel, vai se sentir a semelhança de quem já viu filmes ou desenhos, baseados no famoso livro escrito no século XIX, de Lewis Carrol, “Alice no País das Maravilhas”. Atualmente críticos da história e físicos veem nesse livro elementos da física quântica.

A conclusão divina dada a Ezequiel é dupla: 1. Estou mostrando o meu Lugar Santo para que eles “se envergonhem e meçam o modelo” (43: 10). 2. “Esta é a lei do Templo” (43: 12). Nos nossos templos a vaidade dá lugar a monumentos ao Ego (43:7c). Nossos templos são obras do homem! Já nesse lugar da habitação de Deus, as matemáticas humanas cessam e as medidas do homem são todas elas extrapoladas (Ef 3:14-19).

 “Então aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundices e de todos os vossos ídolos vos purificarei. Dar-vos-ei coração novo, e porei dentro em voz espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne” (Ez 36:25-26, ver 11:19-20).

Este era o sonho dos profetas! Este é o Templo que Jesus disse que em sendo destruído Ele o reconstruiria em três dias! E nós nos tornamos esse templo em Cristo! Afinal, eu estou Nele, por isto Ele vive em mim! Assim, fica-se sabendo que o único lugar onde o caminho de Deus se realiza é o coração. Isto porque “os céus dos céus” não podem conter a Deus. Ele, no entanto, habita com o quebrantado e com o contrito de coração!

Que referência do Antigo Testamento Jesus tem em mente aqui? Jesus é retratado no Evangelho de João como o tabernáculo (João 1:11) e templo (João 2:13-25). Devemos nos interessar especialmente por textos que ligam o Templo com a Festa dos Tabernáculos, onde essa discussão está ocorrendo.

O texto de Ezequiel descreve o futuro templo do qual flui um rio de água viva (Ez. 47:1). O anjo que acompanhava Ezequiel mediu as águas, que se tornavam cada vez mais profundas (Ez.47 :3-6). Uma passagem paralela a esta do texto de Ezequiel é encontrada em Zacarias 14:14-20. Lemos sobre uma batalha, depois que os rios de água viva começam a fluir em duas direções (oeste e leste) do Templo de Jerusalém.

Aí no contexto da festa dos Tabernáculos com toda aquela simbolização presente Jesus clama: “Quem crê em mim, como diz a Escritura, “do seu interior fluirão rios de água viva”. João 7:38.

Rejeitar essa interpretação e querer a de linha dispensacionalista que parece em alguns pontos com a dos rabinos judaicos é praticamente ignorar o Novo Testamento e ficar só com o VT. Uma solução mais simples para quem quer tanto um templo de Salomão seria se contentar com que o Edir Macedo construiu em São Paulo, pelo menos evitaria uma guerra.