quinta-feira, 20 de agosto de 2020

O novo modo de viver?

 São Paulo para crianças - Home Office: pais e mães procuram ...

Em meio uma pandemia, as pessoas vivem falando do “novo”. Porém, acho que devemos refletir sobre o velho. Como assim? As pessoas estavam vivendo em uma rotina de correria, de trabalho, de estudo, de um modo freneticamente, “não tenho tempo”, “vida com família é algo de se ver para tirar fotos”, “ter uma refeição em casa é algo de luxo para poucos”. Assim, estávamos nesta vida, vivendo nestes padrões, e pensando que estivéssemos corretos diante da sociedade, da comunidade em que estamos inseridos. Era comum para maioria de nós, sair cedo para o trabalho e só chegar no final da tarde ou até mesmo já noite.

A criança, também teve uma rotina sobrecarregada, ida e vindas para aulas, seja usando transporte escolar ou não.  Esteve ansioso por algum motivo, sentiu tristeza ou até mesmo alegria de algo, porém você, pai, mãe não via. A criança estava sendo acompanhado por outro, seja uma professora, ou moço da van escolar e até mesmo um desconhecido para você.

A pandemia chegou, e “ tudo virou de pernas para o ar”.  O que as pessoas não percebem é que as crianças são mais fortes, na questão de se reinventarem, são curiosas por natureza, e se adaptam mais rápidos. Exemplo disto, quando uma criança tem que mudar para outro país, devido, a profissão de seus pais, são eles que aprendem mais rápido o idioma local e não os adultos. Quando inevitavelmente há separação do cônjuge, quem silenciosamente tem que se adaptar a nova realidade são os filhos, pois os pais se separaram, agora ele, terá duas casas, dois modos de se comportar dentro de um lar... e assim por diante.

Agora, eu me pergunto: Por que as pessoas vivem falando, que são as crianças que estão estressadas? Que está sendo difícil para as crianças ficarem em casa neste isolamento social?

Será que não somos nós, país/adultos, que estamos querendo colocar a culpa de nossas desculpas nas crianças? Será que não somos nós é que estamos estressados? Pois, não sabemos ligar com nossos filhos, estávamos acostumados de ter um profissional que os acompanhava nas atividades educacionais. Não sabemos educar, amar, respeitar, conviver. Com certeza, teve dia em, que seu filho chegou na escola triste, até chorando, ali não estava você, que agora têm que estar devido o distanciamento  social. Estava a professora, um amiguinho para ser compartilhado tais sentimentos. Em outro momento, seu filho chegou transbordando de alegria, porém este sentimento foi retribuído com outra pessoa, que certamente não foi com você  pai, mãe. São sentimentos que nesta correria antes  da pandemia, não era percebido por você.        

  Para muitos, ter uma família é algo como um bibelô, se possível longe dele, estou trabalhando para o sustento, já é o suficiente. É triste pensar assim, mais temos muitas famílias sofrendo  este isolamento social, devido ao modo de pensar e viver e agora são obrigados a repensar em um novo estilo de família.  O que falam que é o novo, eu vejo como o velho estilo de viver, onde os ensinamentos eram passados de pais para filhos, a preocupação de repassar os ensinamentos era algo de grande importância para os hebreus (Dt 4:9).

O filho amado de Jacó, quando foi vendido como escravo ao Egito, ele não foi um simples escravo, pois José sabia ler e escrever. Quem o ensinou à escrita, a leitura foi pai.  A palavra de Deus mostra este cuidado, este zelo para com a família. Amar o teu próximo...; ensina a criança no caminho que deve andar.... 

Quando se estuda a infância de Jesus, nota-se que Maria tinha está preocupação de mostrar a cultura, de sua época para Jesus nas festas religiosas, sua apresentação no templo (Lc 2:22,39),  e em outros momentos, pois isto era normal, a família cuidar do seus, no sentido particular de cada família. Agora, terceirizamos para outros educar nossos filhos e com o distanciamento social devemos voltar a práticas antigas, nós, enquanto pais, educar da melhor maneira nossos filhos com amor.

O texto é da minha esposa: Ana Cristina Noronha Gonçalves, é professora, pedagoga e mãe de trigêmeos, hoje com 10 anos. Somos casados há quase 27 anos.    


terça-feira, 18 de agosto de 2020

Será que Jesus concordaria quando falamos em nome de Deus?

 Pedofilia, estupro, assassinato, revelam alguns pontos de como a ser humano caiu. Teologiamente, isso é a "Queda". Mas mesmo com a queda ainda sobrou alguns resquícios do "Imago Dei" (imagem de Deus) no homem. Isso é visto nos que praticam a bondade, amor, misericórdia, justiça.

Jesus é chamado de segundo Adão, não é a toa. Ele demonstrou aqui na terra, como seria o homem vivendo sem pecado, vivendo a vontade de Deus.

Depois de 400 anos do chamado "silêncio profético", a religião havia dado um jeito de interpretar Deus, através de sua interpretação do Velho Testamento (a Bíblia disponível nos dias de Cristo) e dos ensino dos rabinos. Com isso pensavam que podiam falar em nome de Deus.

O que a gente vê ao ler Mateus, Marcos, Lucas e João é que constantemente Jesus repreendia os escribas, fariseus, saduceus, herodianos e dizia que eles estavam não estavam falando em nome de Deus, mas sim em nome de seus caprichos, vontades, ódios, desejo de matar, olhos adúlteros. Disse que eles nem podiam se dizer filhos de Deus ou de Abraão, porque como seu desejo era homicida mesmo que usando o nome do Todo Poderoso em vão, seu verdadeiro pai, era o diabo.

Disse também que eles não aprenderam que o amor é o maior mandamento, que misericórdia Deus queria e não sacrifícios. Que a vida vale mais do que mandamento.

Pergunto: será que não estamos correndo o mesmo risco hoje?

Cineasta cristã iraniana ganha prêmio ao retratar a falta de liberdade religiosa em seu país

 Maral Karaee, 38, ganhou o grande prêmio de melhor curta de animação

Karaee atualmente mora no Canadá, onde produziu a maior parte da animação de 3 minutos intitulada “Distrito 18” enquanto estava no confinamento do coronavírus.

A história é sobre uma jovem que vive em uma sociedade intolerante onde pessoas de diferentes origens e crenças (representadas por cores) não têm permissão para interagir. Em seu desejo de ver mudanças, ela descobre um mundo chamado ‘Distrito 18’, onde os direitos humanos e a liberdade religiosa são celebrados.

O título faz referência ao Artigo 18 da Declaração Universal dos Direitos Humanos. As inscrições para o concurso foram para abordar este tópico e como a sociedade floresce onde há liberdade de pensamento, consciência e religião.

Karaee disse que tinha seu país natal, o Irã, em mente ao fazer o filme, embora tenha dito que há muitos outros lugares no Oriente Médio que enfrentam as mesmas limitações de direitos.

A produtora de cinema se tornou cristã quando esteve na Holanda, antes de se mudar para o Canadá. “Eu me sinto muito privilegiada por ter vivido em [tais] sociedades livres, países democráticos, onde não tenho medo de perseguição, mas sei que muitos de meus irmãos e irmãs não têm esse privilégio, e sempre me lembro eles. Eu sei que há muitos que estão agora na prisão por causa de sua fé”, disse ela, se referindo há centenas de líderes cristãos que estão presos por seguirem a Jesus.

“Pessoalmente, não sofri perseguição, embora uma coisa que tenha acontecido comigo é que não posso mais voltar para o meu país. E isso é resultado da minha fé ”, disse ela.

A animação mostra uma garota, e Karaee disse que as mulheres enfrentam desafios específicos quando se trata de liberdade religiosa. “As mulheres estão mais sob pressão. Quando eu olho para o meu país de origem, em nível de cristianismo por exemplo, hoje em dia temos muitas mulheres líderes. Essas mulheres se convertem secretamente e quando a família descobre, as rejeitam e passam a ser os principais perseguidores da mulher cristã”, explica.

Além da pressão da família, também há “perseguição sistemática do Estado” aos convertidos cristãos e outras minorias religiosas. “As meninas são consideradas o segundo gênero no Irã e, portanto, enfrentam dupla vulnerabilidade”, disse Karaee. “E talvez as mulheres estejam vindo a Cristo porque estão mais sob pressão, em geral, e veem na Palavra de Jesus a libertação dessa opressão”, conclui.

O Irã é o 9º país na Lista Mundial da Perseguição 2020, que classifica os 50 países que mais perseguem cristãos no mundo, e há anos vem oprimindo, perseguindo e expulsando os cristãos do país.

Uma organização cristã internacional que atua em mais de 60 países apoiando os cristãos perseguidos por sua fé em Jesus, site Gospel Prime