terça-feira, 3 de agosto de 2021

Lição 6 – O Profeta Elias e Eliseu, seu Sucessor - Subsídio para EBD


 

A vida e o ministério de Elias deixam muitas lições para os cristãos deste tempo. Ele foi um homem de Deus que foi relevante para a sua época. Apesar da crise estatal, e das suas próprias limitações humanas, foi uma voz profética para aquela geração. Nesta lição trataremos a respeito do seu legado, sua sucessão por Eliseu, e as qualidades que fazem com que ele seja digno de ser lembrado.


A SUCESSÃO DE ELIAS
Elias tinha consciência da sua transitoriedade, mais que isso, reconhecia a necessidade de um sucessor. Por isso, próximo de ser tomado pelo Senhor em um redemoinho, partiu de Gilgal, mas em companhia de Eliseu (II Rs. 2.1). Essa é uma característica fundamental de todo homem ou mulher que exerce função de liderança na igreja. 

Jesus deu o exemplo preparando Seus discípulos ao longo do ministério. Paulo formou filhos na fé que foram capazes de conduzir o rebanho de Deus. O movimento evangélico no Brasil está em crise. Muitos pastores não vislumbram mais o futuro da obra, muito menos os valores do Reino. 

Eles querem se eternizar em seus cargos, têm receio de perderem “a benção” terrena. A maioria deles não prepara sucessores para assumir a obra quando partirem. E quando o fazem, escolhem não com base na orientação de Deus, mas nas conveniências pessoais. Aqueles que estavam próximos a Elias sabiam que Eliseu seria o sucessor, e o próprio Eliseu também (II Rs. 2.2-6).

A CHAMADA E A FORMAÇÃO PASTORAL
A Escola de Profetas foi criada pelo profeta Samuel e Eliseu deu muita atenção a ela, sendo seu mentor em sua época. Em algumas ocasiões chegou a utilizar alguns alunos para realizar algum ofício profético. Porém, ele próprio, assim como Amós “não era filho de profetas, mas sim boiadeiro” (Amós 7:14). Em I Reis capítulo 19, diz que quando Elias foi sob a ordem de Deus ungir a Eliseu como profeta, ele estava no campo lavrando com doze juntas de bois. 

A história da chamada de Eliseu e como se deu o seu discipulado deveria servir de padrão para os ministros hodiernos! Infelizmente a qualidade dos ministros evangélicos da atualidade tem caído muito e a fragmentação das Convenções e Concílios tem uma boa parcela de contribuição nesse processo. Geralmente o processo acontece pela disputa de domínio de determinado espaço ou território entre as lideranças, que não chegando a um consenso sobre as suas esferas de atuação, resolvem dividir de forma litigiosa determinado campo pastoral. Feito isso, a parte menor passa a consagrar ministros para que uma nova Convenção ou Concílio seja formado. É exatamente aí que as qualificações exigidas para a apresentação de um Ministro da Palavra costumam ser esquecidas. O alvo agora não é mais a qualidade, mas a quantidade, visto que se procura quórum para a nova Convenção formada! Já vi e ouvi por esse Brasil afora de Convenções consagrando ao ministério: sodomitas, pedófilos, estelionatários, etc., para oficiarem como ministros do Senhor! A consequência de tudo isso é refletida nas igrejas, que passam a atuar simplesmente como meros clubes sociais e não como o verdadeiro Corpo de Cristo.” (p. 98)

O texto acima foi retirado do novo livro do pastor José Gonçalves, Porção Dobrada: Uma análise bíblica, teológica e devocional sobre os ministérios proféticos de Elias e Eliseu, lançado pela CPAD para dar subsídio às Lições Bíblicas do 1º Trimestre de 2013.

BIBLIOGRAFIA

GETZ. G. Elias: um modelo de coragem e fé. São Paulo: Mundo Cristão, 2003.
SWINDOLL, C. R. Elias: um homem de heroísmo e humildade. São Paulo: Mundo Cristão, 2001.
GONÇALVES, José Gonçalves: Porção Dobrada, CPAD, 2012

 




Nenhum comentário:

Postar um comentário