sábado, 13 de agosto de 2011

ENTREVISTA COM BILLY GRAHAM



Trechos de entrevista de Billy Graham a Larry King (junho/06) e a Robert Shuller (maio/97).

Fonte: Infinita highway

Esta entrevista quando foi divulgada, gerou polêmica. Billy Graham ao falar da grandeza da misericórdia de Deus, responde a pergunta sobre os mórmons e os muçulmanos. Para alguns, ele negou a Sagrada Escritura em sua resposta, já para outros, ele estava vivendo-a.

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quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Teólogos tradicionais questionam a existência de Adão e Eva e pedem uma fé para o século 21

Pesquisas do Instituto Gallup e do Pew Research Center afirmam que quatro em cada 10 americanos acreditam na existência literal de Adão e Eva. Esta é uma das crenças centrais de grande parte do cristianismo conservador, e dos evangélicos em particular.
No entanto, recentemente alguns estudiosos conservadores passaram a afirmar em público que já não conseguem acreditar no relato de Gênesis como antes. Perguntado sobre o fato de sermos todos descendentes de Adão e Eva, Dennis Venema, biólogo cristão da Trinity Western University, respondeu: “Isso vai contra todas as evidências genômicas que reunimos ao longo dos últimos 20 anos, então não é algo provável”.
A pesquisa do Genoma Humano
Venema diz que não há maneira de rastrear a humanidade até um único casal. Ele diz que com o mapeamento do genoma humano, está claro que os humanos modernos surgiram a partir de outros primatas – muito antes do período literal de Gênesis, que seria apenas alguns milhares de anos atrás. Dada a variação genética da população atual, ele diz que os cientistas não conseguem conceber uma população abaixo de 10.000 pessoas, em qualquer momento em nossa história evolutiva.
Para reduzir tudo a apenas dois antepassados, Venema explica: “Você teria que postular que houve uma taxa de mutação absolutamente astronômica que produziu todas estas novas variantes, em um período de tempo incrivelmente curto. Esses tipos de taxas de mutação não são possíveis”.
Venema é membro da BioLogos Foundation, um grupo cristão que tenta reconciliar fé e ciência. Esse grupo foi fundado por Francis Collins, um evangélico que atualmente lidera o Instituto Nacional de Saúde.
Venema faz parte de um grupo crescente de estudiosos cristãos que dizem desejar ver sua fé entrar no século 21. Outro é John Schneider, que até recentemente ensinou teologia no Calvin College, em Michigan. Ele diz que é hora de encarar os fatos: “Não houve Adão e Eva históricos, nem serpente, nem maçã, nem queda que derrubou o homem de um estado de inocência”.
“A evolução torna bastante claro que na natureza e na experiência moral dos humanos, nunca houve qualquer paraíso perdido”, diz Schneider. ”Acho que os cristãos têm um desafio, um trabalho grande em suas mãos para reformular algumas das suas tradições em relação os primórdios da humanidade.”
Dennis Venema indica o caminho que reconciliaria as posições: “Se ler a Bíblia como poesia e alegoria, assim como tem partes históricas, você poderá ver a mão de Deus agindo na natureza – e na evolução. Não há nada a temer fazendo isso. Não há com o que se preocupar É realmente uma boa oportunidade para termos uma compreensão cada vez mais precisa do mundo. A partir de nossa perspectiva cristã, esse é um entendimento cada vez mais preciso de como Deus nos trouxe à existência”.
Este debate sobre um Adão e Eva históricos não é apenas mais uma disputa, pois parece estar dividindo a intelectualidade evangélica norte-americana.
“O evangelicalismo tem uma tendência a matar seus jovens talentos”, diz Daniel Harlow, professor de religião no Calvin College, uma escola cristã reformada que tem a queda literal de Adão e Eva como parte central de sua fé.
O Calvin College não aceitou ele ter escrito um artigo questionando o Adão histórico. Seu colega, o teólogo John Schneider, escreveu um artigo semelhante e foi pressionado a demitir-se após 25 anos trabalhando na faculdade. Schneider está vivendo agora de uma bolsa de pesquisa da Universidade Católica Notre Dame.
Vários outros teólogos bem conhecidos de universidades cristãs têm sido forçados a se demitir por causa desse debate. Alguns veem um paralelo com um momento histórico anterior, quando a ciência entrou em conflito com a doutrina religiosa.
“A controvérsia da evolução hoje é um momento tão crucial quando o julgamento de Galileu”, diz Karl Giberson, autor de vários livros que tentam conciliar cristianismo e evolução, incluindo A Linguagem da C iência e da Fé, escrito em parceria com Francis Collins.
Giberson – que ensinava física no Eastern Nazarene College, entende que esse ponto de vista tornou-se muito desconfortável na academia cristã – e o questionamento de Adão e Eva é semelhantes ao que experimentou Galileu no século 17, quando desafiou a doutrina católica que afirmava que a Terra girava em torno do sol e não o contrário. Galileu foi condenado pela igreja e levou mais de três séculos para o Vaticano para expressar arrependimento por seu erro.
“Quando você ignora a ciência, acaba pagando caro”, diz Giberson. ”A Igreja Católica pagou um alto preço durante séculos por causa de Galileu. Os protestantes fariam muito bem se olhassem para esse fato e aprendessem com ele.”
Outros teólogos dizem que os cristãos não podem mais se dar ao luxo de ignorar as evidências do genoma humano e dos fósseis apenas para manter uma visão literal de Gênesis. ”Este assunto é inevitável”, diz Dan Harlow do Calvin College. ”Os evangélicos precisarão enfrentá-lo ou apenas enfiar a cabeça na areia. Se fizerem isso, perderão qualquer respeitabilidade intelectual que possuem.”
Albert Mohler, do tradicional Seminário Batista do Sul, explica: “No momento em que você diz ‘temos que abandonar nossa teologia para ter o respeito do mundo’, acaba ficando sem a ortodoxia bíblica e sem o respeito do mundo”.
Mohler e outros dizem que, se outros protestantes querem acomodar-se à ciência, não devem se surpreender se isso os fizer negar a fé.


Fonte: Agência Pavanews, com informações de NPR e BioLogos

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Sucesso eleitoral da Assembleia de Deus é maior do que PT

A Assembleia de Deus, maior denominação evangélica pentecostal no Brasil, comemora seu centenário em 2011, e sua bancada, que lidera a Frente Parlamentar Evangélica na Câmara, representa 22,5 milhões de brasileiros.
Antes das eleições de 2010, o deputado federal Ronaldo Fonseca (PR-DF) reuniu-se com José Wellington Bezerra, presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus, para escolher pastores e lideranças da igreja com bom potencial eleitoral. Fecharam a lista em 30 nomes. Conseguiram eleger 22 deles, um percentual assombroso de 73,3% de sucesso.
Não há partido político no Brasil com tamanho êxito: o PT, por exemplo, dono da maior bancada da Câmara, lançou 334 candidatos a deputado federal e elegeu 88 deles (26,3%). Dos 73 deputados que compõem a bancada evangélica, os assembleianos são um terço. Seu presidente, o deputado federal João Campos, é seguidor da igreja.
Com seu eleitorado cativo, os parlamentares ligados à Assembleia de Deus podem se dar ao direito de contrariar a orientação partidária quando convém ao seu grupo. Segundo Fonseca, presidente subdivisão ligada à igreja na Câmara, "temos um acordo com nossos partidos: se o que está em pauta na Casa atentar para alguma questão moral, temos independência. Foi assim que derrubamos o kit gay".
O deputado se refere à suspensão da produção e distribuição do kit anti-homofobia, produzido pelo Ministério da Educação para distribuição nas escolas. À época, os parlamentares chegaram a ameaçar adesão à CPI, movida pela oposição, contra o ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci, acusado de súbito enriquecimento.
Quase toda a bancada evangélica, 63 parlamentares, faz parte de partidos da base do governo da presidente Dilma Rousseff (PT). "Os partidos sabem que não tem como segurar esses deputados. Falou em aborto, descriminalização da maconha ou casamento gay, os evangélicos votam contra. O PSC é base do governo Dilma, mas nem adianta pedir apoio nessas questões", afirmou o vice-presidente do PSC, pastor Everaldo Pereira.
Para o segundo semestre, os evangélicos devem, novamente na esteira de atuação dos adeptos da Assembleia de Deus, encampar duas pautas. Uma é a elaboração de versão "alternativa" ao projeto de Lei 122, sob relatoria da senadora Marta Suplicy (PT -SP), que criminaliza a homofobia.
"Queremos que o empregador possa estabelecer critérios para não contratar alguém. Inclusive por diferenças de religião ou opção sexual", disse Fonseca. "Se você não quiser me contratar por eu ser pastor, tudo bem. Mas quero ter o direito de, caso eu tenha uma empresa só com homens, não contratar gay."
A outra é promover um plebiscito nacional que substitua a aprovação do STF (Supremo Tribunal Federal), que julgou constitucional a união civil entre pessoas do mesmo sexo. A reivindicação dos deputados evangélicos ganhou fôlego e substância após a divulgação, na semana passada, de pesquisa do instituto Ibope Inteligência, que revelou que 55% dos brasileiros são contra a união estável para casais homossexuais. O percentual de contrários sobe para 77% entre evangélicos.
Por ora, os assembleianos se dizem satisfeitos com a presidente Dilma: "Ela não nos 'peitou' quando fomos pra cima, no caso do kit gay. Então está bom", disse Fonseca. "Agora, precisa nos receber. Passaram-se seis meses e a gente só conversa com o Gilberto Carvalho [ministro da Secretaria-Geral da Presidência]", destacou o pastor Everaldo.
Rondônia é o Estado que abriga mais parlamentares ligados à Assembleia de Deus, em termos absolutos e proporcionais: três de seus oito deputados federais pertencem à igreja. O PSC, com oito deputados, é o partido preferencial. Na sequência, aparece o PR, com quatro deputados --a sigla tem em suas fileiras muitos evangélicos, mas a maioria é de presbiterianos, como o deputado federal Anthony Garotinho (RJ).
Essencialmente, os parlamentares da Assembleia de Deus recorrem a três estratégias na hora de arrecadar fundos para a campanha eleitoral: doações em quantias menores, vindas de simpatizantes; empenho de recursos próprios; ou doações dos próprios partidos, um recurso para escamotear recursos vindos de empresas.
Um dirigente partidário, sob a condição do anonimato, explicou: "Tem muito preconceito contra o evangélico. Então, as empresas ajudam, mas preferem não serem vinculadas diretamente ao candidato. Doam para o partido e a gente repassa".
Destaca-se entre os recebedores de pequenas quantias o deputado federal Paulo Freire (PR-SP), filho do pastor José Wellington: das 350 doações que recebeu na campanha de 2010, 304 eram em valores de até R$ 400, segundo sua prestação de contas ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Zé Vieira (PR-MA) foi quem mais empenhou dinheiro do próprio bolso, nada menos que R$ 310 mil dos R$ 333 mil de sua receita. O campeão em recebimento de repasses partidários foi o deputado federal Filipe Pereira (PSC-RJ).
Dos R$ 3,2 milhões que recebeu, R$ 9.000 foram doados pelo presidente regional do PMDB no Rio, Jorge Picciani. O resto veio do PSC. Foi também o maior arrecadador do grupo, cuja média de receita nas eleições foi de R$ 575,2 mil.



Fonte: Folha Online




Meu Comentário: Essa matéria publicada há uma semana atrás, não me alegra, antes me intristesse pois a Assembleia de Deus que comemora seu centenário esse ano, era uma igreja apolítica no seus primórdios, e hoje ela vemos a liderança, abraçar com muito entusiasmo o poder político. Me lembro nos anos 80 e 90, a desculpa de que a igreja precisa de políticos evangélicos porque "nós precisamos da presença-sal e da presença-luz da igreja no cenário político". Mas o que temos percebido nos últimos anos foi o que os evangélicos podem fazer na política, e o que temos visto é feio, é muito feio, é horrível mesmo. Portanto, não dá nem mais para se ter o auto-engano de que a presença evangélica em qualquer coisa possa significar um salto de qualidade. Ao contrário, na maioria dos casos, os evangélicos já provaram que são tão ou mais corrompidos que os demais, sem falar que muitas vezes o que se vê são pessoas oportunistas, despachantes de pequenos ou grandes interesses, moralistas, e sem qualquer qualidade ética e de consciência. No atual quadro político não nos faltam evangélicos em todas as instancias do poder, e a presença deles nada significou além de vergonha, despreparo, ufania, e incapacidade de se enxergarem e oferecerem um mínimo de lucidez a qualquer coisa. Com exceção de alguns é claro, pois toda regra tem sua exceção. Na minha opinião nenhum pastor deve se candidatar como pastor, e muito menos em nome de Deus. Quem desejar pleitear um cargo desses, deve fazê-lo em nome de sua própria consciência como indivíduo, e nunca em nome da igreja e muito menos em nome de Deus. Fazer isto é ideologizar a Deus e a igreja, e o fim é sempre blasfemo e corrompido. Não sou contra cristãos na política, porém sou veementemente contrário à utilização da igreja para essa finalidade. Para mim votar num crente, não o faço apenas por ele se ele não se apresentar como crente, mas como um cidadão, e isto vai depender das boas idéias e da capacidade dele (a) em mostrar coerência como parte de sua decisão de ingressar na carreira política. Hoje tudo não passa de um grande nojo. Se Jesus entrasse nas igrejas, o faria com azorrague e de lá expulsaria os cambistas da corrupção, afinal o conforme o ensino do Mestre, o reino de Deus não é deste mundo, e não está entre nós com visível aparência, visto que está em nós.