quinta-feira, 6 de maio de 2021

Malafaia faz lobby no Supremo contra Humberto Martins

Malafaia faz lobby no Supremo contra Humberto Martins

Foto: Isac Nóbrega/PR

Depois de pedir diretamente a Jair Bolsonaro, o pastor Silas Malafaia agora tenta convencer ministros do Supremo de que Humberto Martins não é um bom nome para ocupar a cadeira que será deixada por Marco Aurélio em 5 de julho.

O pastor tem dito em conversas reservadas que não quer um “evangélico herege” como ministro do STF, em referência aos adventistas.

Humberto Martins, atual presidente do STJ, é adventista e tem seu nome cotado para a vaga que será deixada por Marco Aurélio Mello a partir de 6 de julho.

Malafaia já disse a O Antagonista que o presidente do STJ não tem aprovação do mundo evangélico para ocupar uma vaga no STF.

Como já informou O AntagonistaJair Bolsonaro tem sido aconselhado a nomear o presidente do STJ para o Supremo. O filho 01 do presidente, Flávio Bolsonaro, confirmou publicamente que os nomes preferidos do pai são os de André Mendonça e Humberto Martins. O AGU, porém, é rejeitado por Gilmar Mendes.

Martins também não é unanimidade e sua campanha aberta para o Supremo tem constrangido os colegas de STJ. Dias atrás, o ministro autorizou a construção em Brasília do Museu da Bíblia, para tentar angariar apoio no meio evangélico.

Malafaia, que também foi contra a nomeação de Nunes Marques, não revela quem está apoiando. Ele já conseguiu emplacar William Douglas como desembargador no TRF-2.

Fonte: https://www.oantagonista.com/brasil/malafaia-faz-lobby-no-supremo-contra-humberto-martins/

Em derrota do governo e de Bia Kicis, deputados rejeitam projeto de impeachment de ministros do STF

 Deputada que votou contra a proposta lembrou a proteção das minorias, enquanto relatora criticou ativismo judicial do STF

05/05/2021 - 17:45  Will Shutter/Câmara dos Deputados

Reunião Extraordinária
A CCJ rejeitou por maioria apertada o projeto de lei

Por 33 votos a 32, a maioria dos deputados da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara decidiu rejeitar proposta que estabelecia a possibilidade de impeachment de ministros do Supremo Federal Tribunal (STF) que usurpassem competência do Congresso Nacional.

O parecer derrotado foi apresentado pela deputada Chris Tonietto (PSL-RJ) ao Projeto de Lei 4754/16  de autoria do deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) e outros. O texto era um substitutivo ao original, e estabelecia, na lei que define os crimes de responsabilidade (Lei 1.079/50), que “usurpar competência do Congresso Nacional” seria crime de responsabilidade dos ministros do Supremo. O texto original também previa como crime a usurpação de competência do Executivo.

Em seu parecer, Tonietto afirma que o Estado brasileiro sofre um sério problema com o que ela considera uma “hipertrofia” do STF, que estaria “esvaziando completamente o sentido objetivo das palavras da Constituição, substituindo-o pelo programa ideológico de seus onze ministros”.

Entre os exemplos citados pela deputada, estão a decisão do Supremo que descriminalizou o aborto no caso de fetos anencéfalos; a que liberou pesquisas com células-tronco; e a que reconheceu a união estável homoafetiva.

Gustavo Sales/Câmara dos Deputados
Reunião Deliberativa. Dep. Chris Tonietto (PSL - RJ)
A relatora Chris Tonietto criticou o "ativismo judicial" do STF

Segundo Chris Tonietto, nos dois primeiros casos, a decisão do Supremo violaria cláusulas expressas da Constituição que garantem a inviolabilidade do direito à vida. No caso da união homoafetiva, a parlamentar afirma que as palavras “homem e mulher” foram colocadas na Constituição “com o objetivo deliberado de impedir o reconhecimento dos mesmos direitos às uniões homossexuais”.

Para a deputada esses são exemplos de “ativismo judicial”. “O papel de legislar é do parlamento brasileiro, a quem cabe discutir matérias e realizar o debate democrático. Não é o Supremo Tribunal Federal o ambiente propício para discutir temas tão sensíveis ao povo brasileiro. Na medida em que o STF se agiganta e invade a esfera legislativa, usurpando a nossa competência, aí nós temos o famigerado ativismo judicial”, acredita Tonietto.

Minorias
Por outro lado, segundo a deputada Margarete Coelho (PP-PI), cabe ao Supremo exercer seu papel contra majoritário para garantir direitos das minorias. “A nossa Constituição não se descuidou da proteção dos direitos das minorias. E é esse papel que nós não podemos aqui mitigar, porque não estaremos mitigando garantias do Supremo, nós estaremos mitigando garantias das minorias, ganhos sociais. Seria um retrocesso”, defendeu.

A presidente da CCJ, deputada Bia Kicis (PSL-DF), autora de projeto de teor semelhante anexado à proposta principal, argumentou que o Supremo também usurpa suas atribuições ao abrir determinados inquéritos contra deputados. “Aqui temos ouvido certos absurdos que nos chocam ouvir de parlamentares, que queremos fazer isso porque somos investigados. Deveríamos ter, sim, a solidariedade dos parlamentares quando veem colegas sendo injustamente investigados em inquéritos que não têm fundamento jurídico e que afrontam todos os direitos e garantias individuais e do devido processo legal”, afirmou Kicis.

Will Shutter/Câmara dos Deputados
Reunião Extraordinária. Dep. Pompeo de Mattos(PDT - RS)
Pompeo de Mattos foi escolhido para apresentar um novo parecer sobre o projeto

Para o deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS), o que se queria, com a proposta, era amordaçar o tribunal. “Da forma que está esse projeto, a impressão que passa, de forma muito transparente, é que ele tem cabeça de jacaré, rabo de jacaré, couro de jacaré, dente de jacaré, boca de jacaré, que bicho que é? É jacaré. Ou seja, ele vem para amordaçar o Poder Judiciário, amordaçar o STF. Nós precisamos é de independência e harmonia. Se a Câmara não faz, o STF, demandado, responde”, argumentou.

Pompeo de Mattos foi designado, pelo deputado Darci de Matos (PSD-SC), que presidia a reunião, como novo relator da proposta. Ele deverá, na próxima reunião da CCJ, apresentar o parecer vencedor.

Reportagem - Paula Bittar
Edição - Roberto Seabra

Fonte: Agência Câmara de Notícias

MINHA OPINIÃO: Parabéns aos deputados que votaram contra essa proposta. E parabéns também ao Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco e ao ministro Kássio Nunes Marques que até agora tem arqui-vado as tentativas de impeachment de Ministros do STF. 

quarta-feira, 5 de maio de 2021

Subsídio para EBD - O ministério de Apóstolo

 


Uma pergunta enviada foi a seguinte: "Amado, eu gostaria de saber do irmão—sem espírito de crítica e zombaria—sobre o "Ministério Apostólico" que está se desenvolvendo nestes últimos anos; pois o grande problema é que não há muita informação bíblico-exegético-teológica sobre o assunto. E até os próprios apóstolos do Brasil não sabem explicar, biblicamente, a razão de seus apostolados. Em Cristo". 

Resposta: Meu amado irmão: Graça e Paz! Você é um apóstolo, se você é um enviado para pregar a Palavra onde ela não foi ouvida! Nesse sentido, você pode ser apóstolo de sua casa, de seu bairro e de sua vizinhança, mas apenas neste sentido; e nunca usando disso como um “título”, mas exclusivamente andando no espírito do apostolado. 

Na língua grega “apóstolo” quer dizer, simplesmente, “enviado”. Ou seja, qualquer pessoa enviada para qualquer tarefa, é um “apóstolo” no sentido normal da palavra grega. Porém, na linguagem do Novo Testamento a palavra “apóstolo” é usada para designar apenas o grupo de discípulos que Jesus enviou: os Doze; tendo havido, de modo tácito, o acréscimo posterior de Paulo, “como...um nascido fora de tempo.” 

Assim, além dos Doze apóstolos, esta palavra é também aplicada a Paulo, e foi reconhecida, em Paulo, pelos doze de Jerusalém; de tal forma que Paulo se tornou o apóstolo dos gentios; ou seja: dos não judeus. Portanto, neste sentido bíblico, não há mais “apóstolos” hoje. A palavra apóstolo, no grego, significa simplesmente delegado ou mensageiro, conforme eu já disse. Porém a palavra é usada na perspectiva da fé a fim de designar os mensageiros de Deus, de uma maneira ampla; todavia, sempre tem que designar “mensageiros confirmados” para levar uma mensagem credenciada. 

Assim, quando alguém é comissionado e é enviado para um trabalho onde ele (a) vai anunciar a Palavra para pessoas que não a ouviram, esse tal é um apóstolo; ou seja: um enviado. No grego clássico a palavra era usada para significar muitas coisas, mas principalmente a idéia de “mensageiros de Deus”, sendo usada até para os sábios da filosofia. Na Bíblia o termo é usado de modo sobremodo excelente em relação a Jesus, que é o Apóstolo de nossa alma, conforme Hebreus 3:1. Fora do grupo dos Doze, a palavra aparece em relação a Barnabé, Andrônico, Junias, e Tiago, o irmão do Senhor. 

Em geral, para "testemunhas da ressurreição". Depois dos Apóstolos, a palavra apóstolo tem apenas sido usada, como já vimos, para designar os primeiros missionários cristãos que levaram a mensagem para países que nunca tinham recebido a Boa Nova. Desse modo, se pode dizer que no grego clássico, o termo é usado com respeito até mesmo a tarefas comerciais ou militares. O apóstolo, portanto, no grego clássico, pode ser também visto como um Explorador de novos horizontes. Há quem diga que o tal significado, secularmente falando, poderia ser equivalente a “aquele que é enviado para longe”, numa missão de embaixador, por exemplo. 

Na perspectiva bíblica, que é a sua questão, a palavra “apóstolo” é, portanto, apenas usada para designar os Doze; ou, também, em um sentido muito mais restrito, pode ser usada para designar os “enviados” de uma igreja, e que são comissionados para servir em outras igrejas, com finalidades bem definidas, ou levar a Palavra longe, onde ela nunca foi ouvida como tal. 

Vale dizer, entretanto, que a palavra apóstolo sofreu dois grandes traumas da Reforma protestante para cá. O primeiro trauma veio da repelência que os reformadores tiveram pela palavra em razão dela estar associada ao Papa, na Igreja Católica. Desse modo, a fobia papal dos protestantes matou o termo, até mesmo para a sua utilização mais restrita, que seria a designação de um abridor de novas frentes. Ora, nesse sentido, e apenas nesse sentido, Lutero e Calvino foram apóstolos; assim como Sadú Sundar Sing, na Índia; Frederico Orr, nas barrancas do Rio Purus, no Amazonas, Daniel Berg, Gunnar Vingren —isto para não mencionarmos milhares de outros irmãos. 

O segundo trauma que a palavra sofreu veio do uso abusivo, hierárquico, político, promotor de superioridades, e jactancioso que se fez dela nos últimos 20 anos no meio evangélico; especialmente depois do movimento das Comunidades, do G12 e da Restauração Apostólica. Tais usos, com todo respeito, me parecem pretensiosos e carregados de desejo de expressar uma “unção nova”; e sempre vêm atrás de todas as ondas dos chamados “novos moveres”. 

No Brasil, todos os apóstolos que eu conheci, morreram como missionários, ou pastores ou evangelistas. Os atuais “apóstolos” não parecem as pessoas próprias para carregar a palavra, nem elas e nem seus ministérios; até porque “apóstolo” não é título, é dom, é chamado, e é acompanhado pela vida que corre o risco dos novos exploradores da Terra; e que vão...não atrás de honras, mas de seres humanos; sempre no desejo de levar as Boas Novas onde elas ainda não foram ouvidas. 

Espero ter lhe ajudado em alguma coisa! Receba meu carinho e minhas orações. Nele, que é o nosso único Apóstolo, e em Quem somos erigidos como Igreja no Fundamento dos Apóstolos e Profetas, segundo o Espírito e o Testemunho da Ressurreição. 

China implanta '1984' na prática, e Ocidente precisa impedir, diz Hillary

 

*ARQUIVO* BRASILIA, DF, BRASIL  17-04-2012 - Hillary Clinton. (Foto: Sergio Lima/Folhapress)
*ARQUIVO* BRASILIA, DF, BRASIL 17-04-2012 - Hillary Clinton. (Foto: Sergio Lima/Folhapress)

BRUXELAS, BÉLGICA (FOLHAPRESS) - A China está se transformando no maior "Estado de vigilância" da história e as democracias precisam contê-la, afirmou nesta terça (4) Hillary Clinton, ex-secretária de Estado dos EUA (2009-2013).

"É tão '1984' [romance distópico do britânico George Orwell que descreve um Estado dominado pelo Grande Irmão]! Milhões de chineses estão sendo constantemente controlados, advertidos, punidos. Está saindo do controle", afirmou a política americana, fazendo menção ao uso pelo governo chinês de câmeras de vigilância, reconhecimento facial e monitoramento de celulares e dados.

A polícia chinesa também está colhendo amostras de sangue de cerca de 700 milhões de homens e meninos, para construir um mapa genético de sua população masculina, que será usado como nova ferramenta de controle.

Em debate sobre o futuro das democracias liberais promovido pela Chatham House --instituto de análise independente sediado no Reino Unido--, Hillary citou também a Rússia e as grandes companhias de tecnologia (as chamadas big techs) como ameaças contra as quais líderes democráticos devem se levantar.

No caso da China, diz ela, é preciso exigir responsabilidade climática, controle de armas e respeito aos direitos humanos. "Sobre Hong Kong, há apenas um silêncio enorme. Os chineses simplesmente romperam o acordo [feito com os britânicos em garantia de direitos civis no território] e não se ouviu revolta. "

Para Hillary, a timidez do Ocidente em relação ao país asiático se deve à dependência econômica, que precisa ser desarticulada, mesmo que à custa de subsídios --para incentivar empresas a retomarem sua produção fora da China.

"Na pandemia, ficamos reféns da misericórdia chinesa. Está claro que temos que reconstruir nossas cadeias de suprimento, e chega de dizer que isso fere a economia de mercado. A China não é uma economia de mercado, é impossível concorrer nesses termos."

Se o país asiático é um "Estado de vigilância", empresas globais de tecnologia formam um "capitalismo de vigilância", definiu ela, baseado no que chamou de "ecossistema conspiratório movido por algoritmos".

Hillary considera importantes as iniciativas para controlar as big techs --como tributação, normas de concorrência e de acesso a dados--, mas duvida que sejam suficientes. "A vigilância é algo tão engrenado no funcionamento dessas companhias que talvez seja necessário mudar suas estruturas, pelo bem da democracia", disse.

O modelo das redes sociais, que coleta informações sobre os usuários e permite que empresas e entidades os usem para direcionar anúncios --com fins comerciais ou políticos--, está sendo usado por líderes irresponsáveis para aprofundar a desinformação e a polarização e minar sociedades democráticas, afirma Hillary.

O governo da Rússia sob Vladimir Putin é um dos principais manipuladores dessa ferramenta, segundo a ex-secretária de Estado. "Já está clara a interferência em eleições americanas, na campanha do brexit, no apoio a candidaturas em países europeus, mas apesar disso, continua acontecendo", disse.

Para Hillary, o sucesso russo em manipular a opinião pública em outros países sem sofrer consequências incentiva outros governos autocráticos e ditaduras, como Irã e Coreia do Norte, a fazer o mesmo.

Além de uma resposta mais dura de governos ocidentais, ela cobrou mais responsabilidade da mídia. "Assuntos graves são facilmente esquecidos, e as mesmas figuras que mentiram nas eleições são entrevistadas agora sem que ninguém questione suas falsidades."

Salvar uma democracia que ela considera em crise vai exigir não só o conteúdo certo mas também uma nova forma de se engajar com o público, na opinião de Hillary. "Os jovens de 20 anos cresceram vendo os valores democráticos sendo postos em dúvida, e não é simples falar com eles. Política pública é um assunto chato."

Para a ex-secretária, uma das saídas pode ser a linguagem de entretenimento. "[O ex-presidente Donald] Trump era basicamente entretenimento, e atraía a atenção do público. E continua atraindo até hoje", disse.

Fonte: https://br.yahoo.com/noticias/china-implanta-1984-na-pr%C3%A1tica-172800657.html


terça-feira, 4 de maio de 2021

Morre o blogueiro e ativista evangélico Júlio Severo

 




O blogueiro e ativista Júlio Severo, conhecido no meio evangélico por suas denúncias e críticas, faleceu vítima de um infarto, segundo informações compartilhadas nas redes sociais.

Júlio Severo vivia na Guatemala, onde morava ele, sua esposa Sarah e 6 filhos. O blogueiro deixou o Brasil depois que passou a ser perseguido pelo Ministério Público Federal depois de denúncias de “homofobia” por sua cobertura da Parada Gay de 2006.

Nas redes sociais, internautas lamentaram a morte do evangélico, deixando mensagens de condolências para a família de Severo. Até mesmo seu desafeto, o filósofo Olavo de Carvalho, deixou mensagem pela morte do blogueiro.

“Julio Severo morreu. Que Nosso Senhor perdoe os seus pecados”, escreveu Olavo, que era criticado por Júlio por conta de seus ataques contra os evangélicos.

O deputado federal Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), também lamentou a morte do blogueiro, afirmando ter sido informado do falecimento de Júlio Severo. “A toda a família e amigos minhas condolências, perda irreparável”, lamentou.

Fonte: https://www.gospelprime.com.br/morre-o-blogueiro-e-ativista-evangelico-julio-severo/