quinta-feira, 24 de julho de 2014

Subsídio para EBD - Gerados pela Palavra da Verdade

 
A Teologia da Prosperidade, que prefiro denominar de Teologia da Ganância, faz opção pelos ricos, assumindo que os que não têm riquezas são amaldiçoados. A Teologia da Libertação, em outro extremo, defende que Deus fez opção pelos pobres, em detrimento dos ricos. Na lição de hoje estudaremos a respeito desse complexo assunto, e pouco compreendido no contexto evangélico. Mostraremos, inicialmente, a importância de ser gerado pela Palavra da verdade, para se posicionar a respeito do assunto, em seguida, mostraremos o que a Bíblia revela a respeito de ricos e pobres, ressaltando os ensinamentos de Tiago.
 
POBRES E RICOS NA PALAVRA DA VERDADE
Não podemos desconsiderar que a Bíblia diz muito sobre ricos e pobres. As palavras de Jesus, ao longo dos Evangelhos, ressalta a importância de considerar os necessitados (Mt. 25.40). Mas nem sempre a igreja evangélica atenta para essa relevante verdade, argumentando que nem só de pão vive o homem (Mt. 4.4). Essa também é uma verdade, mas isso não deve servir de justificativa para o descaso quanto aos que carecem de auxílio na igreja. Desde o Antigo Pacto Deus demonstrou interesse por aqueles que passavam fome (Lv. 19.9,10). A cultura do desperdício, incentivada pelo mercado, foi condenada por Jesus, que se preocupou em alimentar uma multidão faminta (M6t. 6.34-44). Existem pessoas que passam fome, e se encontram em condição de pobreza extrema, por causa da inveja e partidarismos, não porque não queiram trabalhar (I Co. 12.19-26). É importante fazer esse destaque porque há crentes que para não se envolverem com os pobres preferem culpá-los pela situação na qual se encontram. As generalizações precisam ser avaliadas, principalmente quando se trata daqueles que se encontram em condição de vulnerabilidade. Não podemos deixar de considerar que vivemos em uma sociedade desigual, que predomina a corrupção e que impera os interesses econômicos. O autor de Provérbios já antecipava as implicações de uma nação que não vive a partir de uma ética cristã (Pv. 17.23-26). Evidentemente a pobreza pode ser resultado de uma vida desregrada, controlada pelos vícios, como também mostra o escritor de Provérbios (Pv. 23.29-35). Mas nem sempre, pois o pagamento injusto dos salários pode ser uma das causas da pobreza, em virtude da ganância que se propaga na sociedade, percebemos que as pessoas trabalham cada vez mais, para ganharem cada vez menos (Lv. 19.13). O dinheiro se tornou um deus para o homem do presente século, verdade já revelada por Jesus ao relacioná-lo a Mamom (Mt. 6.24). Ao invés de entesourarem no céu, o ser humano moderno quer cada vez mais, sem se preocupar com aqueles que nada têm (Mt. 6.19-21). A política dos homens é estruturada para retirar os benefícios dos mais pobres, causando dependência e humilhação. Somente quando a cidade celestial vier, teremos um governo no qual o direito dos mais pobres será respeitado (Ap. 21.3-7). Aqueles que se aproveitam dos necessitados serão julgados pelo Senhor, principalmente os que controlam as leis injustamente para tirar vantagens pessoais (Is. 10.1,2).

POBRES E RICOS NA EPÍSTOLA DE TIAGO
A Epístola de Tiago, em consonância com a revelação geral das Escrituras, denuncia veementemente aqueles que enriquecem, aproveitando-se da situação de extrema pobreza. A pobreza, de acordo com esse apóstolo, acontece: 1) por causa de mecanismos legais, que suprime o direito daqueles que se endividaram (Tg. 2.1-12); 2) a cultura da ganância, que prima pela ostentação (Tg. 4.-13-17); e 3) mecanismos de opressão, através da retenção dos salários dos mais pobres (Tg. 5.4). Tiago reconhece que vivemos em um mundo caído, que faz com que as pessoas queiram oprimir umas as outras (Tg. 1.18,21; 4.6; 5.19,20). É um problema, como admoesta Paulo, colocar a confiança nas riquezas, principalmente porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males (I Tm. 6.10). A Bíblia, especialmente no Antigo Testamento, não censura a riqueza, contanto que essa seja adquirida honestamente (Sl. 112; Pv. 10.4). Mas Tiago admoesta quanto ao ajuntamento de riqueza ilícita, que acarretará em juízo de Deus, além disso a ostentação trará ruína (Tg. 5.1). Isso acontece porque existem ricos que se entregam ao luxo retendo o salário dos trabalhadores, de forma corrupta e fraudulenta (Tg. 5.4). O autor dos Provérbios adverte àqueles que enriquecem roubando os pobres (Pv. 22.16,22), contrariando a ordenança de Deus dada através de Moisés (Lv. 19.13; Dt. 24.14,15). O estilo de vida regalado dos ricos, bastante comum na sociedade contemporânea, incentivado pelo consumismo desenfreado, corrompe até mesmo as autoridades constituídas (Tg. 5.6). A política no Brasil reflete essa realidade, os eleitores escolhem seus candidatos, mas esses, ao se elegerem, governam para os ricos, sacrificando os pobres. No Antigo Pacto Amós denunciava aqueles que compravam as sentenças contra os pobres por dinheiro, condenando e matando os justos (Am. 2.6; 5.12,13). Deus advertiu aos juízes para não serem gananciosos (Ex. 18.21), nem parciais (Lv. 19.15), nem tolerarem o perjúrio (Dt. 19.16-19). A prática do suborno, às vezes normatizada pelo costume, foi condenada pelo Senhor (Is. 33.15; Mq. 3.11; 7.3). Existem pessoas que morrem nos hospitais por falta de assistência básica, enquanto isso o dinheiro que deveria ser aplicado na saúde escoa para os cofres dos ricos, para satisfazerem sua luxúria (Tg. 5.5).
 
POBRES E RICOS GERADOS PELA PALAVRA
Não é pecado em si ser rico, Paulo reconhece que esses podem ser crentes, mas que não podem ser altivos, nem devem por sua esperança nas riquezas, antes em Deus, que nos concede abundantemente (I Tm. 6.17). Os ricos que são gerados pela palavra de Deus, não colocam o coração nas propriedades terrenas, sabem que nada trouxeram para este mundo, e que nada também levarão (I Tm. 6.7). Eles não fazem como o rico insensato da parábola contada por Jesus, que se ufanou de tudo o que havia adquirido na terra, sem atentar para seu fim iminente (Lc. 12.20). O salmista advertiu os ricos da sua época para que se suas riquezas aumentassem, não colocassem nelas o coração (Sl. 62.10). O maior capital de um cristão, independentemente da sua posição socioeconômica, é a piedade com contentamento, essa é grande fonte de lucro (I Tm. 6.6). Fazendo assim, o cristão cresce na Palavra de Deus, mais que isso, é gerado por ela (Tg. 1.18). O secularismo está solapando muitos cristãos, isso porque eles são incapazes de fazerem a distinção entre o certo e o errado (Is. 5.20). Deus está advertindo esta geração para que se volte para Sua palavra (Tg. 1.21). Precisamos de uma igreja saudável, fundamentada na Palavra, para evitar o superficialismo. Há igrejas que não têm mais tempo para a exposição do texto bíblico. Os cultos estão sendo transformados em “programas de auditório”, isso porque os “pastores” não querem perder os seus “fiéis”. É preciso também que os ouvintes sejam praticantes da Palavra (Tg. 1.22-25). A falta de compromisso de alguns evangélicos é preocupante, não são poucos os que frequentam a igreja, mas não vivem o que propõe o evangelho. Esses não se espelham na Palavra de Deus, ou seja, não fazem autoexame, findarão condenados com o mundo (I Co. 11.31,32). Bem-aventurados são aqueles que ouvem e praticam a Palavra de Deus, esses serão bem sucedidos em tudo que fizerem (Js. 1.6-8).
 
CONCLUSÃO
Careceremos de uma geração de cristãos que se fundamentem na Palavra de Deus. Esses não se deixarão conduzir pelos ditames deste mundo relativista, que transforma o errado em certo, o amargo em doce. Os valores desta sociedade estão deturpados, por isso a igreja precisa adotar um posicionamento profético, para denunciar o pecado, não apenas os morais, também os sociais. Não podemos fechar os olhos em relação à corrupção que resulta em pobreza extrema. Devemos ensinar que aqueles que roubam, inclusive os cofres públicos, devem abandonar essa prática, e trabalhar justamente, exercitando a generosidade (Ef. 4.28).
 
BIBLIOGRAFIA
SHEDD, R. P., BIZERRA, E. F. Uma exposição de Tiago. São Paulo: Shedd Publicações, 2010.
WIERSBE, W. W. Be mature: James. Colorado Springs: David C. Cook, 2008.
 
 
 

terça-feira, 22 de julho de 2014

A Igreja evangélica e um desafio à teologia reformada

A Igreja evangélica brasileira não se reformou ainda na perspectiva de uma genuína assimilação da teologia da Reforma. É fácil constatarmos isso:
 
A Reforma dizia: "Só a Escritura, só Cristo, só a Graça, só a Fé".  Mas nem nestes fundamentos básicos somos totalmente reformados.
 
Uma igreja que diz: "Só a Escritura é o referencial absoluto de aferição de todas as realizações  da vida e da salvação, sendo ela a própria Palavra de Deus", não pode disciplinar pessoas em função da "tradição dos seus anciãos", ou de um "Talmude denominacional regionalizante", ou de uma "Mishná evangélica" interpretativa da Palavra de Deus. Quem diz "só a Escritura é a Palavra de Deus", não admite mais que estatutos e regimentos internos de igrejas, se quebrados, possam dar base à disciplina de crentes. Disciplina-se mais na Igreja do Brasil por quebra de estatuto/regimento interno, do que por desobediência cínica à Palavra de Deus.
 
Uma igreja que diz: "Só a Escritura é a Palavra de Deus", também diz: "toda a Escritura é Palavra de Deus". Por esta razão, não departamentaliza a Bíblia e a teologia, não dispensacionaliza a revelação; ao contrário, prega-a toda, compromete-se com ela toda. A Reforma, por meio dos reformadores, disse que há uma única palavra escrita de Deus, e que ela está na Bíblia. Mas jamais disse que a hermenêutica dos reformadores era a hermenêutica de Deus. Na Reforma, tem-se a Bíblia como a Palavra de Deus, mas não se tem nenhum manual que absolutiza sua interpretação. Ter um catecismo como referencial de saúde hermenêutica e interpretativa é bom. Mas ter qualquer catecismo como revelação fechada, é a negação da própria realidade da Reforma.

Uma igreja que diz:  "só Cristo é a Encarnação de Deus, sendo Ele, o único Senhor e Salvador", tem que assumir as implicações disso. Tal afirmação faz do Jesus histórico a maior interpretação da Bíblia. "O Verbo se fez carne". Diante disso, a Escritura tem que ser lida e entendida não apenas a partir da tradição ou das regras hermenêuticas de laboratórios teológico e filosófico; e, nem tão pouco, somente a partir de exegeses letristas e filosóficas. Mas ao contrário, a Escritura tem que ser entendida na sua totalidade, a partir da encarnação. A partir da práxis dela na vida de Jesus de Nazaré: único que fez da palavra, carne viva e histórica no chão do mundo, nas tramas da existência; tanto individual, quanto coletiva.

Além disso, uma Igreja que diz: "Só Cristo é o Senhor", não pode conviver com caudilhos; seja dentro ou fora da Igreja. O Senhorio de Cristo, conforme entendido pelos reformadores, não era apenas íntimo, subjetivo, comportamentalista e individualista; mas, sobretudo, concreto, perceptível, historiável, mensurável, conflituoso, combativo, ativo e consequente. A Igreja que diz: "Só Cristo é o Salvador",  não diz que a Igreja de Cristo é a salvadora. Mas entre nós, na maioria das vezes, só estão arrolados no livro da Vida, as fichas que estão no "rol" da secretaria. Misturar tais coisas, é grave, cheira a idolatria, implicando em ignomínia para a cruz de Cristo. Não sou contra haver fichamento em secretaria, pois é algo útil para controle gerencial, mas há quem misture o lado administrativo e o que é eterno.

Também uma igreja que diz: "Só pela Graça de Deus se é salvo", não pode criar qualquer tipo de elitismo espiritual; seja ele produzido pelo moralismo, pelo comportamentalismo, pela assimilação da sub-cultura evangélica. As intermináveis questões sobre matéria que se opõem à santidade do espírito, sobre as aparências de piedade, aviltam e ridicularizam a Graça como aceitação do ser humano diante de Deus.

A Graça que aceita é também a Graça que transforma. A Graça que perdoa é também a Graça que santifica.

Uma igreja que diz: "Só pela fé", não pode inventar esquemas litúrgicos, mecânicos, mágicos e supersticiosos salvação. Se é pela fé, então é pela fé em Cristo. A igreja evangélica brasileira ou postula subconscientemente a salvação pelos usos e costumes, ou a postula pela fé na fé.

A crise do protestantismo brasileiro está na causa da Fé: a graça de Deus; está no objeto da Fé: o Cristo histórico; está na consequência da fé: arrependimento, discipulado e compromisso. Entre nós, a Fé não está em crise. Mas, sim, sua causa, seu objeto e sua consequência. E uma fé sem causa, objeto e consequência; está morta.

Este é, de maneira sumaríssima, o desafio teológico da Igreja Brasileira. Minha convicção é de de falta em nós, tanto conhecer nossas raízes, quanto discernir seu conteúdo teológico e suas consequências históricas práticas.

Quando isso acontecer, a Igreja Evangélica Brasileira deixará de ser um desafio negativo à Teologia da Reforma e passará a ser um desafio positivo à própria realidade brasileira.





 
 

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Silas Malafaia acusa governo do PT de perseguição política e religiosa contra ele

O pastor Silas Malafaia, líder da igreja Assembleia de Deus Vitoria em Cristo, está acusando o governo do PT de articular uma perseguição política e religiosa contra ele. Entre as manobras que Malafaia afirma terem sido feitas contra ele, ele diz que o governo colocou a Receita Federal para realizar uma série de investigações infundadas contra a Associação Vitória em Cristo, instituição comandada por ele, e também contra a igreja da qual ele é pastor.
Em um vídeo de 14 minutos, o pastor afirma estar sofrendo tal perseguição a cerca de um ano, e que agora chegou a hora de denunciar a perseguição que está sofrendo por parte do Governo Federal.
- Eu estou a um ano sofrendo uma perseguição política e religiosa do governo do PT. Como diz a Bíblia: “há tempo para todas as coisas”; e chegou a hora de eu denunciar e mostrar com documentos, porque eu não sou criança e não vou vir aqui e jogar alguma coisa sem ter documentações e provas.
Para explicar tal perseguição, Malafaia afirma ter que voltar um pouco na história e explica que em 2011, no Fórum Social do Rio Grande do Sul, o ministro Gilberto Carvalho afirmou que era necessário que o PT entrasse em uma disputa contra os pastores evangélicos pelas classes mais pobres da população brasileira, o que o pastor classifica como “coisa de comunista que quer controlar todos os setores da sociedade”. Ele comentou também, como motivo para a perseguição que afirma estar sofrendo, sobre sua pregação na manifestação que organizou em Brasília no dia 5 de junho de 2013, na qual falou contra os políticos envolvidos no escândalo do mensalão, afirmando que eles deveriam estar na cadeia.
Malafaia afirma então que no dia 10 de julho, pouco depois da manifestação, recebeu uma intimação da Receita Federal para uma fiscalização na igreja liderada por ele e que no dia seguinte, recebeu uma intimação para uma fiscalização contra a Associação Vitória em Cristo, da qual ele é presidente.
Segundo o pastor, nos meses seguintes continuou recebendo seguidas intimações para apresentar documentos referentes às duas instituições. Ele afirma ainda que em fevereiro de 2014, sem que a investigação que começou em 2013 ter sido encerrada, outro grupo de auditores da Receita Federal iniciou investigação contra a Associação, e que em abril outra investigação foi aberta contra sua igreja, também sem que a primeira tivesse sido encerrada.
Explicando sua denúncia de que tais investigações são na verdade uma perseguição política e religiosa contra ele, Malafaia afirma que a Receita só solicitou documentos referentes à gestão das instituições a partir de 2010, ano em que ele se tornou presidente da igreja e da Associação.
- Porque a investigação não foi feita de 2008 e 2009, já que eles têm autoridade para fazer? Porque exatamente no ano em que eu assumo a presidência da igreja é que eles vêm com perseguição? Porque antes dos encerramentos da auditagem fiscal, outro grupo abre investigação nas mesmas entidades que eu presido? – questionou o pastor.
Malafaia comentou ainda sobre o pedido de demissão do vice-diretor de investigação da Receita Federal, Caio Marcos Cândido, em outubro de 2013. Na ocasião, Cândido pediu exoneração do cargo afirmando estar havendo interferência política na Receita.
Afirmando que podem o investigar à vontade, o pastor disse que em mais de um ano de investigação, nada foi apurado contra ele. De acordo com Malafaia, tais investigações foram motivadas por um preconceito de que pastores são ladrões e pegam para si o dinheiro das igrejas.
Além das denúncias, Malafaia afirmou ainda que a Receita e o Governo deveriam investigar o filho do ex-presidente Lula, “que era um pobre rapaz quando o pai dele passou a ser presidente, e hoje é um milionário”.
Ele afirmou que o governo liderado pelo PT está tentando transformar o Brasil em um lugar como Cuba ou Venezuela, e que no futuro é provável que sejam criadas “igrejas evangélicas do PT, igreja católica do PT, polícia federal do PT, ministério público do PT e supremo tribunal federal do PT”.
- Mil vezes não! Nenhum partido político pode ser dono desse país – exclamou Silas Malafaia, questionando o que de bom deixaremos para as gerações futuras. A cúpula desse partido está na cadeia, na maior roubalheira da história dessa nação. Como é que esses caras tem a ousadia de querer permanecer no poder? - questionou Malafaia, afirmando que o PT está tentando instrumentalizar o Estado e usando "instituições preciosíssimas para promover perseguição política e religiosa".
Meu comentário: Acredito que quem não deve não teme como diz um ditado antigo. Se a Receita Federal está investigando seus "negócios", e se tudo estiver correto, nada será encontrado. Depois que a Revista Forbes revelar que ele é um milionário, e que usa um anel de 4 mil dólares, não é estranho a Receita investigar a origem dessa situação. Na ocasião, Malafaia ainda disse que usava um Mercedes-Benz blindado na Alemanha e o teria ganhado de um parceiro de ministério, como presente de aniversário. O valor do carro: uma bagatela de R$ 450.000,00. Aliás que "presentão"! Isso sem contar o jato de luxo!