“E
naqueles dias os homens buscarão ardentemente a morte, e não a acharão; e
desejarão morrer, e a morte fugirá deles”, Ap 9:6.
“E haverá sinais no sol e na lua e nas estrelas; e na terra angústia das nações, em perplexidade pelo
bramido do mar e das ondas.
Na minha infância quase ninguém sentia depressão. As pessoas apenas ficavam tristes. Depois, já na década de 80, comecei, muito de longe, a ouvir falar numa coisa chamada “depressão”.
E era depressão por tudo: pelo namoro acabado, pelos pais
problemáticos, pelo casamento falido, por frustrações, pelo desemprego
prolongado, e etc...
Na década de 80 a Depressão cresceu. Observou-se
também que que quanto mais urbano era o
lugar, mais deprimidas as pessoas tendiam a se tornar. E mais: as razões da
depressão deixaram de ser até justificáveis objetivamente, pois surgia agora a
depressão difusa, existencial, sem causas aparentes.
Percebe-se hoje, como a Depressão era uma
epidemia global. Já foi no início dos anos 90 que se ouviu falar em “Síndrome
do Pânico”. Então, de súbito, muita gente passou a sofrer de pânico. Muita
gente andava com o remédio na bolsa a fim de ter um “Frontal” no caso de uma
crise de pânico e falta de ar.
Daquele momento histórico pra frente a “Síndrome do
Pânico” foi crescendo e a Depressão continuando, mas
perdendo o seu glamour psicológico.
Hoje me trazem até crianças com a Síndrome. Ou, então,
aventam a possibilidade de que uma criança de quatro anos esteja já “panicada”.
Crianças “deprimidas” já se tornou algo corriqueiro.
Agora vejo outro fenômeno psicológico-urbano em
construção. Muitas coisas acabam virando uma moda da alma dolorida. Trata-se de
um crescente fenômeno de Dissociação da Realidade, e
que faz a pessoa estar presente sem se sentir presente.
A sensação é de ausência. E, na maioria das vezes, além dostraumatizados por
fortes experiências, percebo que tal fenômeno atinge os Internautas
viciados.
A pessoa passa tanto tempo em chats, em salas de sexo
virtual, em papos eróticos, ou em namoros distantes, que, quando volta do
ambiente virtual, ou que tem que lidar com as pessoas reais no mundo concreto, ela
não sabe mais se sentir em contato.
Então, a cabeça
começa a ficar distante. A pessoa se sente como uma observadora dos
acontecimentos, mas como se ela fosse um fantasma. A invisibilidade virtual
toma conta dela; e, agora, diante de gente concreta, ela sente essa ausência
profunda. Todavia, se você pergunta se na sala virtual ela sente-se desse
modo, a resposta é que “não”; que “lá ela se sente presente”.
Assim, o que sobra é um mergulho cada vez mais profundo na
virtualidade dos relacionamentos sem toque, cheiro ou convívio; pois, no mundo
dos sentidos, fora desse Matrix relacional, tudo parece não existir e não ter
mais sentido.
Entretanto, tal experiência é um fenômeno de profunda dissociação do
mundo e da vida. E como as pessoas são forçadas, por uma razão ou outra, a
saírem dacâmara matrixiana e lidar com a vida (emprego, escola,
faculdade, família, etc.) — não conseguindo mais se sentirem parte de nada
tangível, elas mergulham emDepressão e ou na Síndrome do
Pânico.
Hoje você ouve as pessoas dizerem que precisam de seu computador,
notbook, tablets, e celulares ligado à rede, mas do que de qualquer outra
coisa. O remédio é a virtualidade, numa evasão do mundo concreto; o que
vai gerando um processo de sensorialidade dissociada da vida, único lugar onde
os sentidos são tocados pelo outro.
Cada vez mais ouço as pessoas queixarem-se de que estão,
mas não se sentem presentes em nada, em lugar algum. Até
mesmo sexo tem gente me dizendo que prefere quando é virtual.
Pais, amigos, amantes, mundos virtuais. Pura e total
tragédia humana! Ora, tais cenários de natureza apocaliptico-existencial
remetem-me diretamente para um texto em Apocalipse 9:
O quinto anjo tocou a trombeta, e vi uma estrela caída do céu na
terra. E foi-lhe dada a chave do poço do abismo. Ela abriu o poço do abismo, e
subiu fumaça do poço como fumaça de grande fornalha, e, com a fumaceira saída
do poço, escureceu-se o sol e o ar. Também da fumaça saíram gafanhotos para a
terra; e foi-lhes dado poder como o que têm os escorpiões da terra, e foi-lhes
dito que não causassem dano à erva da terra, nem a qualquer coisa verde, nem a
árvore alguma e tão-somente aos homens que não têm o selo de Deus sobre a
fronte. Foi-lhes também dado, não que os matassem, e sim que os atormentassem
durante cinco meses. E o seu tormento era como tormento de escorpião quando
fere alguém. Naqueles dias, os homens buscarão a morte e não a
acharão; também terão ardente desejo de morrer, mas a morte fugirá deles.
O aspecto dos gafanhotos era semelhante a cavalos preparados para a peleja (expectação de guerra); na sua cabeça havia como que coroas parecendo de ouro (busca de poder); e o seu rosto era como rosto de homem (inteligência); tinham também cabelos, como cabelos de mulher (erotismo); os seus dentes, como dentes de leão (ferocidade animal); tinham couraças, como couraças de ferro (defesa); o barulho que as suas asas faziam era como o barulho de carros de muitos cavalos, quando correm à peleja (ruidosidade dos movimentos de guerra); tinham ainda cauda, como escorpiões, e ferrão; na cauda tinham poder para causar dano aos homens, por cinco meses (o veneno da angustia); e tinham sobre eles, como seu rei, o anjo do abismo, cujo nome em hebraico é Abadom, e em grego, Apoliom.
Abadom e Apoliom, cujo significado único em ambas as línguas é destruição, é o mal que começa a morder as almas humanas sem esperança ante o complexo de coisas que governam e dirigem a humanidade para a morte por medo e pânico — conforme Jesus disse que seria.
Quando se descreve a aparência desses seres, o
que se vê é um composer de tudo aquilo que existe como fenômeno social,
político, econômico, e, sobretudo, psicológico, na Terra; e que só tende a
crescer.
Esses bichos saem do porão do Inconsciente Coletivo da Humanidade e são feitos de nós mesmos e de nossas mazelas, de nossos ódios, inimizades, ameaças, guerras frias e quentes; de nossa inteligência malévola, de nosso erotismo descontrolado, e de tudo o mais que nós chamamos negativamente de “mundo”.
Esse tempo já chegou como nunca antes! E apenas crescerá entre
nós...
O Apocalipse diz que tais poderes terão seu domínio sobre
todos, exceto sobre aqueles que entregaram a “fronte”, ou a mente, ou a
razão, ou a consciência ao Cordeiro; a fim de que sejam protegidos contra a Síndrome de Abadom e Apoliom; e que será a Síndrome Universal do Pânico; a qual fará a síndrome do pânico atual
parecer uma gripe, se comparada a um câncer nas vias respiratórias.
O que protege a alma é o
“selo do Cordeiro”. Em Efésios 1: 12-14, Paulo diz que esse “selo” é a Esperança no
Espírito Santo, a qual nos guarda a
alma na certeza da Redenção.
Cada dia mais se estará ante uma situação para qual já não
haverá mais fuga; nem mesmo mediante os mais sofisticados mecanismos de evasão
da realidade.
O desejo de morrer grassa entre nós. Crianças, jovens,
adolescentes, adultos e velhos começam a desejar morrer. Há aqueles que me
dizem como um Jó em agonias que não desejariam ter nascido, ter posto a cara
para o lado de cá.
O cenário melancólico e lúgubre do livro do Eclesiastes começa se
tornar tolo como um gibi de desesperança infantil, posto que o cenário que já
está posto é de uma realidade inescapavelmente diabólica para a alma humana.
Digo palavras de lucidez e de bom senso; e não estou construindo
nenhuma ficção. A vida confirma e confirmará a cada dia mais a veracidade
destas minhas palavras, e que nada mais são que a tradução do que o Apocalipse
chamou de ação da destruição existencial contra toda vontade de viver.
Termino dizendo que tem evangélico que diz que crente não tem depressão. A Bíblia mostra claramente Moisés, Elias, Jeremias, Paulo em estados depressivos. A diferença é que eles não sucumbiram a depressão. Pela fé, foram erguidos desse estado por Deus!
Pare de dizer que sua vida está igual aquele ditado católico: "Quanto mais reza mais assombração aparece!" Pare de dizer que você nasceu para sofrer e que o melhor é morrer mesmo!
Se entregue ao Senhor de coração, creia que o selo do Espírito Santo está em você, te confirmando que você é de Jesus! Enquanto a vida há esperança! Guarde sua mente em Cristo e não permita mais que essas caldas de escopiões machuquem a sua alma! Deixe que Deus abra seus armários interiores e os limpe com sua Palavra! Que Deus possa curar suas memórias mais traumáticas!
Observação: Essa postagem é uma transcrição da mensagem que eu preguei na última quarta-feira no culto de ensino na congregação do Segismundo Pereira, filial da igreja Assembleia de Deus, em Uberlândia.