SEJA BEM VINDO. Este blog nasceu da vontade de poder compartilhar, pensamentos e reflexões sobre os acontecimentos atuais e a aplicação da Palavra de Deus a nossa vida.A escolha deste título para o meu blog, foi porque acredito que se não for para vivermos o Evangelho de Cristo conforme Ele viveu e ensinou, nada vale a pena. INDIQUE ESTE BLOG A MAIS ALGUÉM E DEIXE UM COMENTÁRIO JUNTO A MATÉRIA QUE PORVENTURA TENHA GOSTADO.
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
UM DESAFIO MISSIONÁRIO CHAMADO NIGÉRIA
Recentemente postei dois vídeos do youtube, onde mostrava a tragédia das crianças na Nigéria e no Congo, onde as mesmas são acusadas de bruxaria pelos líderes "cristãos" e são muitas vezes, abusadas e abandonadas pela família. Agora estarei postando a opinião de um defensor do Cristianismo de matriz africana, Walter Passos, sobre o assunto, vale a pena conferir:
"Diversos blogs em muitos países divulgaram a situação de algumas igrejas e seus pastores na Nigéria que acusam crianças de bruxarias. Sem olhar mais acurado, de certo preconceituoso, usa-se a mídia como arma psicológica para agredir o povo preto, perpassando mais uma vez a ideologia caucasiana de que tudo na África é demoníaco. Ao entendimento desse fenômeno étnico-social e religioso, é imprescindível conhecermos a Nigéria.
NIGÉRIA
A Nigéria está localizada no centro-oeste da África com uma área: 923.768 km2. E uma população total de 148 milhões, sendo grupos étnicos autóctones 94,5% (principais: hauçás 23%, fulanis 22%, iorubas 21%, ibos 18%, tives 3%, ijos 6%, buras 1,5%), outros 5,5%%.
É o país mais populoso da África e um dos mais ricos do continente africano. Numericamente, ultrapassa a população total estimada de todos os países do Oeste Africano. Cerca da metade da população nigeriana afirma seguir a fé cristã.
CRISTIANISMO NA NIGÉRIA
O cristianismo já existia na região desde o século IV através do grande teólogo africano e preto Agostinho. Os primeiros contatos dos cristãos caucasianos na Nigéria ocorreram no século XV, com a introdução do cristianismo católico pelos portugueses. No entanto, foi praticamente extinto durante os anos seguintes, e no século XIX foram enviado cerca de 200 missionários católicos romanos. Desde então, a Igreja Católica tem crescido e agora afirma aproximadamente ter 19 milhões de membros e seguidores, principalmente no sudeste.
Os primeiros missionários protestantes foram metodistas wesleyanos. Eles começaram a trabalhar no sudoeste entre os Yoruba, em 1842. Outros grupos protestantes seguiram: Igreja Missionária Society (evangélico anglicano), United Free Church of Scotland, e os batistas do sul. Ao longo dos últimos 100 anos, várias outras missões já entraram Nigéria: Onde Iboe Missão (agora conhecida como Missão África), Sudão Unido Missão (incorporando tais grupos como os britânicos e Sul Africano interdenominacional sucursais, bem como o CRC, Países Baixos Igreja Reformada, a Igreja Reformada holandesa Sul Africana, os Metodistas Unidos e da luterana dinamarquesa, Synodical Conferência das Igrejas Luterana, Exército de Salvação, Assembléias de Deus, e da Igreja Menonita da América do Norte. Quase todas estas missões têm plantado grandes igrejas. Por exemplo, a Igreja Anglicana da Nigéria agrupa mais de 11 milhões de membros e seguidores.
As igrejas protestantes na Nigéria possuem diversos centros universitários, sendo considerados entre os melhores do país, entre eles podemos destacar o pertencente à Convenção Batista Nigeriana (Bowen University).
PENTECOSTALISMO E CARISMÁTICOS NA NIGÉRIA
A maior parcela religiosa nigeriana está dividida entre mulçumanos e cristãos, agrupando assim, uma minoria seguidora de outras religiões. Evidente que na Nigéria como no Brasil, as religiões que cultuam os orixás possuem minoria de adeptos, pela perseguição e falta de respeito decorrente da colonização caucasiana, e no país africano, especificamente, também em conseqüência da invasão islâmica na região.
O crescimento do cristianismo e do islã na Nigéria acarreta problemas seríssimos na administração do país, pela luta do poder político.
Nos últimos censos realizados viu-se que de cada dez nigerianos, três são pentecostais e carismáticos. De dez protestantes, seis são pentecostais e carismáticos, e entre dez católicos, três são carismáticos. Conclui-se assim que cerca de um terço da Nigéria é pentecostal-carismatica, terceiro país do planeta em número de membros carismáticos e pentecostais, só sendo superado pelo Brasil e pelos Estados Unidos da América.
“Todo domingo, centenas de milhares de fiéis em Lagos se dirigem às inúmeras igrejas da cidade para vivenciar a experiência do pentecostalismo e sentir o Espírito divino. Nas vias de saída da cidade, na direção de Ibadan, foram construídas verdadeiras catedrais com capacidade para 10 mil pessoas. Na entrada estão escritos dizeres como "Montanha do fogo e do milagre", "Embaixada Christi" ou "Campo da redenção". Essa rodovia da religião, a "Auto-estrada de Deus", já se tornou um símbolo do êxito das igrejas carismáticas na África.
Um dos grandes culpados pela demonização do povo nigeriano é o alemão Reinhard Bonnke, de Frankfurt (CFAN), (Foto 2 acima). O jornal alemão Die Zeit o caracteriza como "um dos mais bem sucedidos missionários do nosso tempo". Uma dessas evangelizações em massa, foi visitada por 1,6 milhão de pessoas em Lagos, e em Oshogbo, também na Nigéria, um mega-evento deste tipo, em fevereiro de 2007, foi transmitido pela God TV para 200 países. Esteve no ano passado na Igreja Batista de Lagoinha. (Esse ano, segundo o jornal "Mensageiro da Paz", ele esteve realizando uma cruzada evangelística no Rio de Janeiro no final do mês de setembro/09 - Nota do Editor do Blog).
CRIANÇAS E ACUSAÇÃO DE BRUXARIA
A influência de pastores caucasianos nos últimos anos tem deformado ainda mais o Evangelho do Reino, e pastores pretos tentando enriquecer copiam as suas táticas de demonização.
Alguns pastores de igrejas evangélicas pentecostais e carismáticas na Nigéria estão acusando crianças de serem bruxas, levando ao abuso e as crueldades indescritíveis a crianças inocentes. Elas estão sendo abandonadas pelos pais para morrerem, isso quando não são mortas, espancadas, queimadas, envenenadas, enterradas vivas, amarradas a árvores, entre outras crueldades. Estima-se que cerca de 5.000 crianças foram abandonadas desde 1998, e que de cada cinco crianças abandonadas, uma acaba morrendo, e as que sobrevivem ficam em estado de choque. Os pastores fazem parte das igrejas evangélicas "Assembléia do Novo Testamento", "Igreja de Deus das Missões", "Evangelho Monte Sião", "Glória de Deus", "Irmandade da Cruz", "Liberdade do Evangelho", entre muitas outras. São os pastores que dizem que as crianças estão enfeitiçadas, prometem fazer um exorcismo para curar as bruxas mediante pagamento, que podem custar 03 a 04 meses de trabalho. Com a grande maioria das pessoas não podem pagar, elas abandonam as crianças, ou utilizam outros métodos para tentar "curá-las". Esse é o link da notícia, em inglês: [clique aqui].
O Pastor Ita da Igreja do Evangelho Libertador (primeira foto acima), com cerca de 60 igrejas no Delta do Níger, possuidor de um novo e brilhante Audi, em seu terno e gravata, afirma:
"Nós baseamos a nossa fé na Bíblia, somos conduzido pelo Espírito Santo e nós temos um programa para expor a falsa religião e a magia.” O pastor nega cobrança de exorcismos, mas reconhece que sua congregação é pobre e tem que trabalhar duro para cumprir com as contas e vive das doações. Também pacientemente ele explica a condição das crianças bruxas:
"Dar mais do que você pode pagar é benção. Nós somos os únicos que realmente conhecemos os segredos das bruxas. Os pais não vêm aqui com a intenção de abandonar os seus filhos, mas quando uma criança é uma bruxa, então você tem a dizer "o que é que há? “Não é o seu filho.” Os pais vêm até nós quando vêem manifestações. Mas o segredo é a de que, mesmo se você abandonar o seu filho, ainda é a maldição sobre você, mesmo se você matar o seu filho a maldição não acaba. Então você tem que vir aqui para curá-lo e recebê-lo bem.”
O Pastor ainda acusa as crianças de colocar feitiço sobre a sua mãe e provocar nela câncer de mama, e também de espalhar o vírus HIV.
CONCLUSÃO
"Para as Igrejas pentecostais, doar dinheiro e receber a proteção divina como recompensa é um negócio normal. Quem não tem sucesso em vida é culpado por sua desgraça. Por isso, pastores e fundadores de Igrejas são considerados os melhores por terem conquistado grandes riquezas com o próprio esforço."
[DW-world.de]
No Brasil, a bruxaria, a demonização de culturas e exorcismo estão ligados também a grupos recentes saídos do protestantismo, da Renovação Carismática Católica, sendo mais conhecida a Igreja Universal do Reino de Deus, Grupos do G 12, e similares.
A Nigéria berço de grandes civilizações africanas e com problemas imensos de distribuição de renda, apesar de grande potencialidade industrial e detentora de riquezas minerais como o petróleo, se tornou alvo predileto pelo grande contingente populacional, por ter a metade da população seguidora do islã, para um palco de interesses políticos internacionais para as chamadas cruzadas evangelísticas, onde os caucasianos e a globalização de métodos discriminatórios atacam culturas milenares africanas e demonizam o povo preto, além do mais, propagam a idéia do evangelho capitalista, através da teologia da prosperidade e explora a bela nação nigeriana, terra de uma grande parcela dos nossos ancestrais".
Fonte: Adaptado e autorizado por Walter Passos, Teólogo, historiador, pan-africanista, afrocentrista e presidente CNNC – Conselho Nacional de Negras e Negros Cristãos. Pseudônimo: Kefing Foluke.
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
I SIMPÓSIO DE TEOLOGIA DO IBADETRIM
Fica aí o convite para quem puder estar conosco em Uberlândia/MG, no nosso primeiro Simpósio de Teologia realizado pelo Instituto Bíblico das Assembléias de Deus do Triângulo Mineiro, nos dias 16 a 18 de Outubro de 2009. A temática do simpósio, vai girar em torno do seguinte assunto: A Educação Teológica e os Desafios do Século XXI. O local do Evento, será o Templo Central da Igreja Assembléia de Deus, cujo líder é o Pr. Alvaro Allen Sanches. Estarão conosco pessoas de várias denominações nos dando a alegria de sua presença. Os ministrantes são: Rev. Mauro Meister, é um dos pastores da Igreja Presbiteriana da Lapa, sendo também um dos editores do blog, "O Tempo, O Mores", juntamente com os pastores Augustos Nicodemus e Solano Portela. O outro ministrante é o Pr. Enoque Vieira, foi professor do IBAD e atualmente é o 3° Vice-Presidente da Igreja Assembléia de Deus em Campinas (ministério de Madureira). Só este mês, já são dois blogueiros evangélicos que marcaram presença em nossa igreja. No início do mês, tivemos o prazer de ter conosco num seminário para jovens, o Pr. Ciro Zibordi, e agora no Simpósio de Teologia, estaremos recebendo o Pastor Mauro Meister.
Será um prazer receber a todos que puderem estarem conosco.
Pr. Juber Donizete Gonçalves
Diretor do IBADETRIM
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
BRASIL EVANGÉLICO?
Tenho estado muito preocupado, ultimamente com o espírito de fanatismo que tem invadido a igreja evangélica no Brasil. Nesses 20 anos, também tenho estado muito alegre por ver que a igreja evangélica tem crescido muito e, com isso, muita gente está encontrando Jesus e, Nele, salvação, libertação, esperança e a possibilidade de uma vida melhor. Entretanto, angustia-me ver que, algumas vezes, esse crescimento, o qual tem o seu aspecto extraordinário, vem tomando contornos de algo não tão sadio, adoecido, estranho, que se assemelha à enfermidade, à patologia, redundando em evidências explicitamente fanáticas. Estamos vivendo, hoje no Brasil, um momento no qual precisamos definir o que queremos que aconteça em nossa pátria. Como povo de Deus, temos duas opções: a primeira é querer ver o Brasil evangélico; a segunda é ver o Brasil de Jesus. O que queremos? O Brasil pode ser evangélico sem ser de Jesus, como pode também ser de Jesus sem ser evangélico. E pode ser de Jesus e ser evangélico. Se tudo aquilo que fosse de Jesus tivesse que ser, necessariamente evangélico, Jesus só estaria tendo vez na História de 180 anos para cá, quando o “Movimento Evangélico” - tal qual o conhecemos hoje começou a existir. Se, para ser de Jesus o mundo tivesse que ser protestante, Jesus só estaria agindo e atuando nele de 500 anos para cá, quando da Reforma Protestante. Enfim, Deus tem meios e modos de fazer que a sua salvação entre no mundo sem, obrigatoriamente, ter que fazê-la evangélica. Digo isto, porque às vezes desenvolvemos esquemas religiosos que se tornam independentes de Deus e divorciados Dele, como uma coisa autônoma. Isso aconteceu com o movimento farisaico do judaísmo, que no início fora um movimento defensor do zelo pelas coisas de Deus, tornando-se, ao final, o “carro-chefe” que deflagou a morte histórica de Jesus. De igual modo, isto se verificou no cristianismo original dos apóstolos, do Novo Testamento, que 300 anos depois, foi “constantinizado”, transformando-se num movimento de natureza política com vistas à unificação do Império Romano, em decorrência do que a Igreja se foi paganizando, até que ela mesma criou um dos movimento mais escuro da história da civilização humana (a Idade das Trevas) do ocidente, com as Cruzadas e o advento da Santa Inquisição, feitas em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, utilizando a cruz e todos os demais elementos sagrados do cristianismo, ainda que o Espírito Santo, neles não estivesse presente, nos quais Jesus estivesse ausente e nos quais Deus não se manifestou, mas o diabo. Nós hoje, estamos vivendo um momento singular, quando vemos a fé espalhando-se pelo Brasil. Aleluia! No entanto, a pergunta que devemos nos fazer, com relação à expansão da fé neste país, é o que queremos que aconteça com o Brasil. Queremos vê-lo apenas tornar-se uma nação evangélica, tendo templos em todos os lugares, vendo a maioria das lideranças políticas confessando-se evangélicas, tendo muitos veículos de comunicação evangélicos, com uma boa parte dos recursos financeiros do país em poder daqueles que se dizem evangélicos, etc?...Mas, o Brasil vai continuar o mesmo! Na mesma miséria, com os mesmos casos de corrupção, com a mesma prática política...Talvez, até, pior, pelo fato de não haver mais nenhuma referência evangélica à qual se possa recorrer, não se tendo esperança de alguma coisa alternativa, porque o que era alternativo, acabou virando em algo associado ao que existe de pior no mundo, que por sua vez, passou a usar o nome de Deus para justificar suas ações. É isso, que queremos? E mais, que imagem a Igreja deve buscar construir? Ora, como não poderia deixar de ser, Jesus tem que ser a nossa referência, a nossa busca de reconstrução da imagem da Igreja. Primeiro, porque se somos cristãos, a referência é Cristo e não há nenhum outro. Não é um homem, não é um apóstolo secundário, não é um missionário fabuloso que viveu na Índia - é Jesus a referência. Segundo, se somos evangélicos temos que viver conforme o Evangelho de Jesus. Ora, Jesus desagradou vários grupos políticos e religiosos do seu tempo. Agradou ao Pai e agradou ao povo, que vinha trazendo a Ele, os perdidos, oprimidos, doentes, para serem, salvos, curados e libertos. Então, para uns, a sua imagem estava tremendamente desgastada, enquanto que, para outros, ela crescia em respeito e admiração. O problema da Igreja acontece quando o grupo com as características daqueles que antes odiavam Jesus, começa a aplaudir a Igreja hoje; enquanto o grupo que amava a Jesus, naqueles dias começa a repudiar a Igreja hoje. Ou seja, quando a gente vê pessoas com as mesmas posturas daqueles que, naqueles dias, repudiavam e odiavam as ações de Jesus, afinados com a Igreja hoje, e até liderando-a; enquanto aqueles que nos Evangelhos eram amigos de Jesus, e andavam com Ele, agora ficam longe, não querendo nem ouvir fale dele. Quando isso acontece é porque houve uma inversão radical de valores na Igreja, e ela não tem mais quase nada a ver como o coração do seu Senhor. E ainda, quando as pessoas dizem: "Jesus eu quero, só não quero a Igreja", é porque a Igreja virou anticristã.
terça-feira, 13 de outubro de 2009
PESQUISA DIZ QUE EVANGÉLICOS AUMENTARAM E CATÓLICOS DIMINUIRAM
"As igrejas evangélicas no Brasil recolhem por mês entre seus fiéis mais de R$ 1 bilhão - precisamente R$ 1.032.081.300,00. A Igreja Católica, que tem mais adeptos espalhados pelo País, arrecada menos: são R$ 680.545.620,00 em doações. Os números estão na pesquisa sobre religião realizada pelo Instituto Análise com mil pessoas em 70 cidades brasileiras.
Entre os evangélicos, as igrejas que mais recolhem são as pentecostais, como a Assembleia de Deus, e neopentecostais, como a Universal do Reino de Deus. Seus cofres engordam mensalmente com doações que chegam a quase R$ 600 milhões. Cada fiel doa em média R$ 31,48 - mais que o dobro das esmolas que os católicos deixam nas suas paróquias (R$ 14,01).
Os evangélicos não-pentecostais, chamados de históricos (presbiterianos e batistas, por exemplo), são os mais generosos. Doam em média R$ 36,03, o que dá um faturamento mensal de R$ 432.576.180,00 às igrejas.
E para onde vai tanto dinheiro? Alberto Carlos Almeida, diretor do Instituto Análise, aposta que os políticos são um dos destinatários. "Parte desse dinheiro é usada para financiar campanhas. É só reparar no aumento dos candidatos evangélicos e no fato de os não-evangélicos cortejarem as igrejas nas campanhas."
A pesquisa mostra que o número de católicos continua em declínio. No Censo de 2000, eram 73,77% da população ante 15,44% de evangélicos. Nessa pesquisa, o número de católicos caiu para 59% e o de evangélicos subiu para 23%. "Ou seja, dois em cada dez brasileiros são evangélicos", diz Almeida.
O cientista político Cesar Romero Jacob, autor do Atlas da Filiação Religiosa e Indicadores Sociais no Brasil, se diz surpreso com a queda de "15 pontos porcentuais" no número de fiéis da Igreja Católica. Mas não tem dúvida sobre a força dos pentecostais e neopentecostais no voto do brasileiro.
Depois de analisar o mapa eleitoral das últimas cinco eleições presidenciais constatou que Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva usaram a mesma estratégia para vencer. Nos grotões do Nordeste, fizeram aliança com as oligarquias.
Nas periferias, acordos com pastores e partidos populistas. "O debate político é intenso sobretudo na classe média das grandes cidades. Nos grotões e na periferia o que funciona é a máquina. Seja ela das igrejas pentecostais, dos populistas ou das oligarquias."
Figura polêmica, o Bispo Macedo, fundador da Universal do Reino de Deus, é conhecido pela maioria dos brasileiros. Mas sua imagem não é das melhores. Para 70% dos entrevistados, "ele usa o dinheiro da Universal para enriquecer". Entre os próprios evangélicos, 57% têm essa impressão. E 18% dizem que "ele é bom e tudo o que faz com o dinheiro da Universal é para o bem de seus fiéis".
Fonte: O Estado de São Paulo
MEU COMENTÁRIO: A interpretação do sociólogo Carlos Alberto Almeida é questionável. Ao dizer que o dinheiro vai para campanhas por causa do número de políticos evangélicos eleitos, o pesquisador demonstra que não conhece bem o que acontece no meio evangélico. Quem conhece os bastidores evangélicos sabem que a relação com os políticos é inversa, porém não menos vergonhosa. Pois são os políticos que trazem o dinheiro pelos votos. Por outro lado, fica claro que as alianças dos políticos com os líderes religiosos, não estão passando despercebidas. Em época de eleição é constrangedor a romaria que os candidatos fazem as igrejas e as barganhas que são feitas pelos líderes, fazendo do povo, massa de manobra.
Entre os evangélicos, as igrejas que mais recolhem são as pentecostais, como a Assembleia de Deus, e neopentecostais, como a Universal do Reino de Deus. Seus cofres engordam mensalmente com doações que chegam a quase R$ 600 milhões. Cada fiel doa em média R$ 31,48 - mais que o dobro das esmolas que os católicos deixam nas suas paróquias (R$ 14,01).
Os evangélicos não-pentecostais, chamados de históricos (presbiterianos e batistas, por exemplo), são os mais generosos. Doam em média R$ 36,03, o que dá um faturamento mensal de R$ 432.576.180,00 às igrejas.
E para onde vai tanto dinheiro? Alberto Carlos Almeida, diretor do Instituto Análise, aposta que os políticos são um dos destinatários. "Parte desse dinheiro é usada para financiar campanhas. É só reparar no aumento dos candidatos evangélicos e no fato de os não-evangélicos cortejarem as igrejas nas campanhas."
A pesquisa mostra que o número de católicos continua em declínio. No Censo de 2000, eram 73,77% da população ante 15,44% de evangélicos. Nessa pesquisa, o número de católicos caiu para 59% e o de evangélicos subiu para 23%. "Ou seja, dois em cada dez brasileiros são evangélicos", diz Almeida.
O cientista político Cesar Romero Jacob, autor do Atlas da Filiação Religiosa e Indicadores Sociais no Brasil, se diz surpreso com a queda de "15 pontos porcentuais" no número de fiéis da Igreja Católica. Mas não tem dúvida sobre a força dos pentecostais e neopentecostais no voto do brasileiro.
Depois de analisar o mapa eleitoral das últimas cinco eleições presidenciais constatou que Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva usaram a mesma estratégia para vencer. Nos grotões do Nordeste, fizeram aliança com as oligarquias.
Nas periferias, acordos com pastores e partidos populistas. "O debate político é intenso sobretudo na classe média das grandes cidades. Nos grotões e na periferia o que funciona é a máquina. Seja ela das igrejas pentecostais, dos populistas ou das oligarquias."
Figura polêmica, o Bispo Macedo, fundador da Universal do Reino de Deus, é conhecido pela maioria dos brasileiros. Mas sua imagem não é das melhores. Para 70% dos entrevistados, "ele usa o dinheiro da Universal para enriquecer". Entre os próprios evangélicos, 57% têm essa impressão. E 18% dizem que "ele é bom e tudo o que faz com o dinheiro da Universal é para o bem de seus fiéis".
Fonte: O Estado de São Paulo
MEU COMENTÁRIO: A interpretação do sociólogo Carlos Alberto Almeida é questionável. Ao dizer que o dinheiro vai para campanhas por causa do número de políticos evangélicos eleitos, o pesquisador demonstra que não conhece bem o que acontece no meio evangélico. Quem conhece os bastidores evangélicos sabem que a relação com os políticos é inversa, porém não menos vergonhosa. Pois são os políticos que trazem o dinheiro pelos votos. Por outro lado, fica claro que as alianças dos políticos com os líderes religiosos, não estão passando despercebidas. Em época de eleição é constrangedor a romaria que os candidatos fazem as igrejas e as barganhas que são feitas pelos líderes, fazendo do povo, massa de manobra.
Assinar:
Postagens (Atom)