O que Jesus estava nos ensinando quando relacionou o tema da santidade à Palavra, é aquilo que Deus faz a nosso favor. O tema da Santidade é relacionado à Palavra de Deus (João 17: 17). Para Jesus, a Palavra de Deus era o que poderia nos santificar. E para Ele não se tratava de uma definição de santificação esotérica e mágica
ra, nesse caso nossa visão do escopo e da profundidade da santificação muda radicalmente. Ser santo é buscar ser essencialmente humano, ser parte da história porém vivendo a presença de Deus no mundo (Lc. 7.39). Ser santo tem relação com a busca de uma sociedade sem desigualdades e onde os mais fracos jamais sejam despojados (Mt. 23.14). Ser santo é viver a alegria do conhecimento de Deus com oração e fé e é sofrer as angústias da história como resultado de nossos vínculos com um padrão que o mundo não conhece (Mt. 11.25-27; 5.11-12). Ser santo é ser separado, não dos pagãos; como Israel equivocadamente tentou, mas é viver a diferença radical dos valores do Reino em meio às sociedades pagãs (Mt. 5.43-48). Ser santo é ter na paixão dos profetas, a motivação existencial para o nosso enfrentamento histórico do mal (Lc. 13.33). Ser santo é, mesmo em dia de sábado, trabalhar a favor da santidade de vida (Lc. 14. 1-6). Ser santo, é colocar o valor da vida acima do valor das coisas, mesmo aquelas mais "sagradas" (Mt. 23.23). Ser santo é entender que o altar diante do qual Deus nos quer ver prostrados não é apenas o altar do templo, mas também os altares ensangüentados dos corpos dos nossos irmãos de história e que estão caídos nas esquinas da vida (Lc. 10.25-37). Ser santo é viver a misericórdia no agitado ambiente secular, ao invés de viver a quietude alienada do ambiente religioso, que não tem janelas para a história da dor humana (Mt. 9.9-13). Ser santo é acreditar que a santidade não se polui, quando toca com amor, aquilo que é sujo (Mt. 8.1-4; Mc. 7.1-23). Ser santo é não temer ser mal interpretado pela mente daqueles que estão sujos de pretensa santidade.(Mc.7.5;Lc.7.39).
Para Jesus ser santo é ser verdadeiro para com a nossa condição humana: é ter a coragem de chorar em público (Jo. 11.35), de admitir perdas e saudade (Jo. 11.36), de gritar de dor (Mt. 27.50), de confessar depressão (Mt. 26.38), de pedir ajuda emocional (Mc. 27.50), de se confessar cansado (Jo. 4.6), de dizer tenho sede (Jo. 19.28), de confessar dificuldades familiares (Mc. 3.21;Jo. 7.1-9), de admitir que a privacidade é um direito e uma necessidade de sobrevivência (Mc. 6.30-32,45,46). Ser santo é admitir que o amor pode ser exercido na perspectiva da disciplina física (Mc. 11.15-19) e que o "desabafo" é um sadio escape quando se está farto de estupidez (Lc. 11.31-32). Ser santo é continuar sendo de Deus mesmo em meio ao mais profundo e inexplicável silêncio divino (Mt. 27.46).
Desse modo, não santificamos a Deus quando falamos o seu nome, enquanto furtamo-nos à verdade e praticamos todas aquelas coisas que a Palavra de Deus decreta como abominações, ainda que disfarçados pela nossa pseudo-moralidade. Também não santificamos a Deus com a nossa teologia reducionista e domesticadora da divindade, que pretende reduzi-lo a dogmas, ritos, liturgias e espaços. Também não santificamos a Deus, com a nossa noção de sermos secretários da divindade, achando que sabemos tudo sobre Ele, achando que discernimos toda a Sua vontade. Blasfema contra Deus quem não pode dizer como Paulo em Romanos 11:33-36, que ninguém jamais conheceu ou penetrou na totalidade dos seus caminhos. Blasfema contra Deus quem não se abriu para o ministério de Deus. Não santificamos a Deus quando todo o nosso interesse em relação a Ele é sermos "ajudados". Ofendemos a Deus não somente pela negação do Seu poder, mas também pela súplica egocêntrica. Não se santifica a Deus quando se estabelece um lugar para ele morar, caindo nas teologias pagãs do "lugar santo". Ora, lugares só são santos quando santificados pela presença de homens santos que cultuam ao Deus Santo. Não se santifica o nome de Deus, quando se viola a sua imagem e semelhança nos seres humanos que nos cercam. Não se santifica a Deus, onde os pequenos são apenas suportados e os grandes são preferidos. Não se santifica a Deus nas nossas ruas cheias de meninos nus e crus e, que perambulam como cães virando latas de lixo. Não se santifica a Deus quando a Igreja se toma um lugar de poder religioso, capaz de favorecer influências políticas mundanas e iníquas.
SEJA BEM VINDO. Este blog nasceu da vontade de poder compartilhar, pensamentos e reflexões sobre os acontecimentos atuais e a aplicação da Palavra de Deus a nossa vida.A escolha deste título para o meu blog, foi porque acredito que se não for para vivermos o Evangelho de Cristo conforme Ele viveu e ensinou, nada vale a pena. INDIQUE ESTE BLOG A MAIS ALGUÉM E DEIXE UM COMENTÁRIO JUNTO A MATÉRIA QUE PORVENTURA TENHA GOSTADO.
sexta-feira, 15 de maio de 2009
quarta-feira, 13 de maio de 2009
POR QUE VOCÊ NÃO QUER IR MAIS À IGREJA?
Este livro vai dar o que falar. Acredito que vai ir na mesma linha de sucesso de "A Cabana".
Resenha do livro:
Depois de toda uma vida dedicando-se à Igreja e ao caminho que sempre lhe pareceu o certo. Jake Colsen está diante de uma dolorosa dúvida: como é possível ser cristão há tanto tempo e, ainda assim, se sentir tão vazio?
Mas o amor divino está sempre a postos para transformar vidas. Observando uma multidão numa praça, Jake depara com João, um homem que fala de Jesus como se o tivesse conhecido e que percebe a realidade de uma forma que desafia a visão tradicional de religião.
Com a ajuda do novo amigo, Jake irá reavaliar os conceitos e crenças que norteavam seu caminho. Levar uma vida cristã significa ter os comportamentos aprovados pelo grupo religioso a que pertencemos?
A cada nova palavra de João, assistiremos ao renascimento de Jake em busca da verdadeira alegria e da liberdade que Cristo veio ao mundo oferecer. Na reconstrução da sua vida, perceberemos a ação do Deus de perdão e amor.
Observação: Segundo o Pavablog, a capa ainda não é definitiva, o livro será lançado em junho pela Editora Sextante.
segunda-feira, 11 de maio de 2009
UMA IGREJA GRANDE E DOENTE
A igreja evangélica brasileira está doente. Uma situação paradoxal, pois, ela cresce e nunca teve tanto poder político, midiático e financeiro como agora. Porém, assim como a igreja de Laodicéia, está pobre, nu e cega do ponto de vista espiritual. Mas alguém diria: Que exagero! Nós temos rádios, canais de televisão, representantes políticos, construímos grandes e lindas catedrais. Quem já leu o livro “O Bispo”, a biografia de Edir Macedo, vê que o padrão estabelecido hoje como um líder religioso de sucesso é o do manda-chuva da IURD. Nesse livro, se vê Macedo como um líder denominacional, que comanda não uma igreja, mas sim uma grande empresa multinacional. Ele é o modelo de líder de sucesso. Aviões particulares caros, motoristas, seguranças, mansões, como a da cidade de São José dos Campos (SP) mostrada na Revista Veja no ano de 2007. Isto se estabeleceu de tal modo, que o sonho de muitos pastores é ser Bispo, Apóstolo, Pastor-Presidente e andar acompanhado de vários seguranças. Nos últimos anos, o tom das denúncias contra as lideranças evangélicas, vem subindo de forma assustadora com acusações fortíssimas, como: aquisição de imóveis luxuosos em outros países, casamento de fachada, casos extra-conjugais, lavagem de dinheiro, líder que manda bater e até matar quem vê como rival. Caio Fábio no livro Confissões do Pastor diz uma frase interessante: “os católicos tem um papa, mas os evangélicos possuem vários papas e candidatos a papa”.
Conta-se que o papa Inocêncio IV mandou chamar S. Tomás de Aquino para lhe mostrar todos os tesouros da igreja romana. Após a exposição de sua riqueza, disse-lhe o papa: “Já não podemos dizer como o apóstolo Pedro que não temos ouro e nem prata” ao que lhe replicou o teólogo: “Também já não podemos ordenar ao paralítico para que se levante e ande”. De vez em quando ouço alguém perguntar: O que Jesus diria hoje, com respeito a situação da igreja? Esta pergunta está respondida no livro do Apocalipse, e só olhar o que Ele diz no Apocalipse ao se referir às igrejas da Ásia que foram repreendidas: “Estou a ponto de vomitar-te da boca”, “Tirarei o seu castiçal do lugar, caso não voltes ao primeiro amor”, Combaterei os que assim procedem, com a espada da minha boca“.
Conta-se que o papa Inocêncio IV mandou chamar S. Tomás de Aquino para lhe mostrar todos os tesouros da igreja romana. Após a exposição de sua riqueza, disse-lhe o papa: “Já não podemos dizer como o apóstolo Pedro que não temos ouro e nem prata” ao que lhe replicou o teólogo: “Também já não podemos ordenar ao paralítico para que se levante e ande”. De vez em quando ouço alguém perguntar: O que Jesus diria hoje, com respeito a situação da igreja? Esta pergunta está respondida no livro do Apocalipse, e só olhar o que Ele diz no Apocalipse ao se referir às igrejas da Ásia que foram repreendidas: “Estou a ponto de vomitar-te da boca”, “Tirarei o seu castiçal do lugar, caso não voltes ao primeiro amor”, Combaterei os que assim procedem, com a espada da minha boca“.
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