quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

A revolucionária mensagem do natal

Quando nasce um filho de um astro da música, do esporte, ou mesmo de um líder político, há uma imensa propaganda de markenting nos meios comunicação. Revistas e paparazzos, ficam a espreita pela primeira foto do rebento. Os pais negociam com emissoras de TV e revistas, cachês para divulgar a primeira aparição do bebê, diante das câmaras ou das lentes dos fotógrafos. Mas, como foi o nascimento do Filho de Deus, do Homem Perfeito, do Emanuel (Deus conosco)?


Durante séculos, os profetas hebreus deram algumas pistas, como que o Messias, nasceria de uma mulher, conforme o livro de Gênesis, que esta mulher seria uma virgem, conforme o profeta Isaías, que a cidade do seu nascimento seria Belém da Judéia, conforme Miquéias. Quando Jesus nasceu, a maioria das pessoas não ficaram sabendo.


O contexto do mundo na época do nascimento de Cristo, era interessante. No campo político, Roma, pelas armas, dava as cartas em grande parte do mundo civilizado de então, impondo seu direito romano. Culturalmente havia uma influência fortíssima dos gregos, seja como língua do comércio (o inglês da época), ou na filosofia, nas artes, na matemática e na religião. Muitos personagens famosos da história, já tinha deixado suas marcas, nas mais diversas áreas, como: Confúcio, Buda, Sócrates, Platão, Aristóteles, Alexandre O Grande, Júlio César e Cleópatra. Os judeus depois de serem dominados pelos babilônios, persas, gregos (os selêucidas), e de terem tido um pequeno período de independência sob os Macabeus; já desde 63 A.C, eram província romana. O preposto de Roma, era o rei Herodes, um tirano, que por volta dos anos 7 a 4 A.C, estava nos seus últimos dias. Depois do cativeiro babilônico, a idolatria foi deixada pelo povo de Israel. O foco do culto judaico passa a ser a Sinagoga, espalhadas pelo mundo grego-romano, apesar que ainda havia as celebrações e perigrinações ao templo em Jerusalém. É feita a primeira tradução das Escrituras, - a septuaginta, o V.T. traduzido para o grego. O Judaísmo passa a ter alguns partidos, como fariseus, saduceus e essênios. Os escribas, ganham certa proeminência entre o povo, e os partidários de Herodes, formam um grupo, chamado de herodianos.


Nesse ambiente histórico, nasce Jesus, que conforme Paulo escrevendo aos Gálatas diz: “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei”. Ao lembrar do Natal, penso que mais importante do que discutir sobre que data nasceu Jesus, se pode usar árvore de natal ou não, debater sobre o significado da estrela, dos presentes dos magos, é não esquecer a grande mensagem dos textos de Mateus e Lucas.Os textos chamados natalinos são todos de natureza revolucionária e marginal. José é maior que o machismo, e aceita sua mulher, sem poder explicar para ninguém a gravidez dela (isso se alguém tivesse descoberto), mas apenas aceita o testemunho de um anjo, e, ainda pior: num sonho. José torna-se marginal. Deflagra as chamas da revolução da dignidade.Os magos do oriente chegam conforme a Ordem de Melquizedeque, pois, sem terem nada a ver com a genealogia de Abraão, seguem uma estrela que anda no interior deles, e, caminhando nessa simplicidade discernem aquilo que os teólogos de Jerusalém só sabiam como “estudo bíblico”. Os que tinham a Escritura (os escribas), não tinham a Revelação. E quem nada sabia da Escritura tinha sabido o necessário acerca do Verbo pela via da Revelação. Uns sabiam o endereço: “Em Belém da Judéia...”, mas não tinham a disposição de sair do lugar, estando amarrados à idéia de que conhecer o texto leva alguém a qualquer lugar. Já os que perguntavam (os magos), estavam no caminho, e são eles os que chegam onde Jesus estava. Eles dão testemunho do potencial revolucionário do Evangelho para qualquer alma da Terra.


Esta é a revolução, conforme a Ordem de Melquizedeque.A velha Isabel dá a luz um filho. Seu velho marido não pode nem contar a história, pois fica mudo. É a revolução dos estéreis e mudos.O rei dos judeus não tem onde nascer! Esta é a subversão dos poderes!Pastores distraídos são visitados por miríades de anjos, e eles representam os homens de boa vontade. É a marginalidade da Glória!Nenhum dos sábios de Jerusalém discernem o Príncipe Eterno quando seus pais o levam ao templo para a circuncisão, mas apenas uma profetiza velha e um ancião sem significado religioso. A revelação não sabe os nomes dos sacerdotes! Ou seja: a começar da Encarnação como Natal (nascimento), o Evangelho é para aqueles que não se esperava que fossem discerni-lo.


A Revelação é quase sempre marginal!Os grandes atos de Deus não acontecem em Palácios, mas em choupanas e estrebarias. E a voz mais veemente do natal é a voz da virgem, da Maria simples, e que troveja a justiça de Deus sobre as nações. Ela é quem anuncia a grande subversão divina. E faz isto como um Cântico.Deus não é oficial. Abra seu coração e siga o Guia, conforme os magos. Seja generoso como José. Corajoso como Maria. Fértil como a estéril Isabel. Convicto como o mudo Zacarias. Alegre como aqueles que são acordados nos campos pela voz de anjos. Capaz de antever a salvação como esperança mesmo que você seja velho como Simeão e idoso como Ana.


Nas narrativas do Natal nas Escrituras não são as pessoas que vão a Deus, mas Deus que vai às pessoas. O Natal acontece como afirmação de que em Jesus, Deus se reconciliou com os homens. Assim, não se sinta excluído, pois, eu sei, nestes dias, Deus enviará corais de vozes interiores, e nos ajudará a discernir o caminho interior da estrela, e nos fará contentes com a Graça de Hoje, e que será a esperança de amanhã, para nós e para todos os humanos.


UM FELIZ NATAL A TODOS!

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Hoje é um novo dia de um novo tempo que começou para a Globo e os evangélicos! Ou será um me engana que eu gosto?

A Rede Globo transmitiu neste domingo, 18, o Festival Promessas, evento que reuniu nove nomes da música gospel no Aterro do Flamengo no Rio de Janeiro. Os cantores do segmento comemoraram a abertura da emissora que nunca teve muita proximidade com os evangélicos, mas por outro lado diversos fiéis questionavam se aparição é válida para promover o evangelho.


O público era de 20 mil pessoas --um décimo do esperado. Ainda assim, o canal faz do evento cartão de visitas para uma fatia de audiência em ascensão: estima-se que mais de 20% da população brasileira seja evangélica. O festival teve tratamento VIP na Globo e consumiu R$ 2,9 milhões da Prefeitura do Rio.


Ibope da emissora
Muitos acreditavam que os interesses da Globo era apenas para alavancar o ibope que tem diminuído nos últimos anos. Se esse era o real objetivo, então ele foi alcançado, pois o programa teve 13 pontos de audiência (cada ponto significa 58 mil de tvs ligadas) quase o dobro do ibope registrado entre as 13h e 14h do domingo passado que teve apenas 7 pontos.


Um dos momentos do evento mais comentados nas redes sociais foi quando a cantora Ana Paula Valadão, juntamente com o grupo Diante do Trono, declarou o versículo de João 3:16, todos os milhões de telespectadores ficaram sabendo do amor de Deus.
Conforme foi adiantado por Regis Danese, a direção do festival não censurou os cantores de fazerem ministrações e adorarem a Deus da mesma forma como fazem nas igrejas.
Ana Paula Valadão escreveu uma curta frase expressando seu sentimento sobre o sucesso da programação: “O Brasil é de Jesus!”.


Diretor do núcleo responsável pelo Promessas, Luiz Gleiser diz "reviver a epifania" dos anos 90, quando detectou a existência de audiência ávida pelo sertanejo, gênero que viria a explodir.
A estratégia de aproximação começou há dois anos, após o "Jornal Nacional" fazer uma série de reportagens sobre trabalho social de igrejas. Desde então, a rede tem dado destaque em seu noticiário a eventos da comunidade evangélica. A presença de músicos gospel nos programas de Xuxa e Faustão cresceu, e há planos para um programa aos sábados.


O problema é que parte do público-alvo ainda é cética quanto às intenções globais. O pastor Ariovaldo Júnior usou seu Twitter para criticar os cantores que aceitaram participar do festival. “Acha mesmo que esse tipo de coisa na TV beneficia o Reino? Isso aí é o tipo de coisa que Jesus expulsou do templo no chicote!”, disse ele.
Ariovaldo critica o evangelho pregado nessas canções e diz não é o evangelho de Jesus, mas de Mamon. A resposta foi dada para uma tuiteira que tentava convencê-lo de que o espaço dado pela Globo faria a Palavra de Deus chegar mais longe.”Eu definitivamente não tenho nada a ver com essa corja gospel. O evangelho que conheço não é essa palhaçada”, criticou.
Por outro lado muitos pastores comemoravam o espaço dado ao público, já que hoje os evangélicos representam 20% da população brasileira.


Silas Malafaia e a Globo
Em 2010, o pastor Silas Malafaia --ligado à Assembleia de Deus e ex-detrator do que julgava ser a "emissora oficial da Igreja católica"-- reuniu-se com João Roberto Marinho, vice-presidente das Organizações Globo, e sugeriu o festival.
A Globo confirma o encontro e diz que "coincidiu com intenção antiga de se aproximar mais do segmento gospel". Circulam nesse mercado R$ 2 bilhões anuais.


O pastor Silas Malafaia, que de acordo com a Folha de São Paulo seria o grande idealizador do festival, também comemorou a programação em seu Twitter, e não foi só isso, ele também pagou por uma das propagandas exibidas nos intervalos do programa Festival Promessas.


Para Malafaia, o baixo quórum no Promessas é parcialmente explicado por "evangélicos desconfiados" após anos "apanhando" da rede. A relação entre emissora e igrejas, de fato, já viu dias piores. Como em 95, quando Edson Celulari viveu um pastor pilantra na série "Decadência". Hoje, a Globo é acusada de querer entrar num jogo cujas regras desconhece.
Para o próprio Malafaia, a rede "tem doutorado em tecnologia, mas em mundo evangélico é analfabeta".Reportagens da Globonews sobre o festival, por exemplo, usaram termos como "fãs" e "ídolos" --o que ofendeu alguns fiéis, pois sua crença rejeita a idolatria.


Briga de pastores


A mudança da Globo acontece enquanto os principais líderes neopentecostais --Edir Macedo, da Igreja Universal, Valdemiro Santiago, da Mundial do Poder de Deus, R.R. Soares, da Internacional da Graça de Deus, e Malafaia-- deflagram briga pública.
"A aproximação da Globo se dá principalmente com os adversários de Edir Macedo", diz o pesquisador Ricardo Mariano, da PUC-RS.


O maior ataque veio em novembro, quando o "Domingo Espetacular", da Record, controlada por Macedo, exibiu vídeo crítico à prática de "cair no espírito" --em que o fiel sofre uma espécie de "desmaio". Em setembro, Macedo já havia criticado os que fazem a cerimônia, como Ana Paula Valadão, da banda Diante do Trono, um dos nomes do Promessas. Na mesma declaração, criticou "99% dos cantores gospel".
Em nota, a Universal afirmou considerar excelente a aproximação de outros canais com os evangélicos.

Fontes: Folha Online e Gospelmais