sexta-feira, 12 de agosto de 2022

Pastor Ed René diz que é obrigação do cristão ser de esquerda A declaração do líder religioso aconteceu em sua recente entrevista à revista Veja.

 


O pastor Ed René Kivitz, líder da Igreja Batista de Água Branca, que recentemente disse no culto que tem medo de ser morto por um bolsonarista, concedeu uma entrevista para a Veja. 

Entre os assuntos, o religioso falou sobre a política de armas e a cultura bélica e comentou sobre a aliança dos cristãos com o Presidente da República.

Uma das pautas comentadas por ele na entrevista foi se é possível ser cristão e ao mesmo tempo ser de esquerda.

“Nos últimos tempos, no Brasil, ‘esquerda’ virou um palavrão – quase um xingamento. Nas minhas redes sociais, as pessoas me chamam de comunista, socialista e esquerdista, como se estivessem me ofendendo. O termo ‘esquerda’ tornou-se uma injúria porque é associado aos regimes comunistas que perseguem cristãos, à luta pelos direitos reprodutivos da mulher (especialmente à questão do aborto), e às pautas identitárias, sobretudo àquelas relacionadas a comunidade LGBTS”, iniciou o pastor.

Segundo Kivitz, isso não passa de uma “caracterização pejorativa da ideia da esquerda”, pois quando alguém afirma ser de esquerda, é acusado de ser a favor do aborto e classificado como perseguidor de cristãos e ativista das causas LGBTQIA+.

“Toda a questão moral envolvendo a comunidade LGBTs está envolta numa tradição religiosa cristã de dois mil anos que condena pessoas homoafetivas ao inferno. Por isso, nós precisamos de um entendimento atualizado do evangelho e de um acolhimento amoroso dessas pessoas”, disse.

O pastor também ressaltou que a esquerda faz um trabalho importante junto aos Direitos Humanos, e em razão disso, é uma obrigação um cristão ser de esquerda.

“Dito isto, penso que caricaturar a ‘esquerda’ com essas questões é muito limitante. Agora, quando você trata a esquerda da perspectiva duma corrente ideológica que abarca o apoio dos direitos humanos, a busca duma sociedade mais igualitária, a promoção da justiça social – promovida não apenas pelas lógicas meritocráticas do Mercado, mas também pela atuação dos governos -, e o auxílio aos pobres, eu diria (nesse sentido) que não só é possível um cristão ser de esquerda, como é uma obrigação um cristão ser de esquerda”, disse.

Segundo o religioso, quando alguém lhe pergunta se ele é de esquerda, ele logo responde: “Se você está me perguntando se eu sou a favor do aborto e dos regimes comunistas e socialistas totalitários, eu digo que não. Agora, se você está me perguntando se eu sou a favor das pautas identitárias, dos direitos das mulheres e dos LGBTs, das questões raciais, do ideário dos direitos humanos e de um Estado que priorize os pobres e o enfrentamento da pobreza, então eu declaro que sou de esquerda”, finalizou.

Fonte: O Fuxico Gospel



quinta-feira, 11 de agosto de 2022

As dez frustrações mais comuns entre pastores

 



Você não vai ouvir pastores expressarem estas frustrações frequentemente, mas elas são muito reais.

Na verdade, algumas destas questões dificultam seus ministérios. Apresento dez das frustrações mais comuns, seguidas por citações aproximadas do que ouvi de pastores.

Membros de igreja que veem a frequência à igreja como uma prioridade menor. “Temos famílias que consideram a presença em jogos de futebol inegociável, mas bastam algumas gotas de chuva para que deixem de ir à igreja.”

Críticas sobre detalhes insignificantes. “Ela me enviou um e-mail reclamando de minhas meias. Estou falando sério. Minhas meias.”

Preocupação com o bem-estar financeiro da família. “Um membro proeminente da igreja me disse que eles estavam mantendo meu salário baixo para me manter humilde. Garanto a você que ele não pratica a mesma humildade.”

Expectativas de entenderem os aspectos de negócio e de liderança da vida da igreja. “Não tenho nenhuma ideia sobre algumas das decisões financeiras sobre as quais esperam que eu lidere a igreja. O seminário não me preparou para isto.”

Reclamações para ou sobre membros da família. “Um membro da igreja veio reclamar comigo sobre minha esposa não estar no coro. Ela nunca fez parte de um coral e não tem nenhum desejo de fazé-lo.”

Tempo inadequado para preparação de sermões. “Infelizmente, alguns dos membros creem que meu tempo de preparação de sermão é tempo livre para conversarmos.”

Perder membros da igreja. “Gostaria de saber lidar com a perda de membros da igreja, mas eu ainda levo isto para o lado pessoal.”

Preocupações sobre o orçamento da igreja. “Nossas ofertas baixaram por dois anos consecutivos. Pode ser que tenhamos que cortar pessoal ou salários.”

Uma igreja em declínio ou estagnada. “Fiz tudo o que sei para fazer nossa igreja crescer, sem sucesso. Isto é tão frustrante.”

Ofertas com designação para projetos de preferência pessoal. “Não conseguimos equilibrar nosso orçamento porque temos seis ou sete famílias que designam suas ofertas para seus projetos de estimação.”

Tenho a honra e a oportunidade de ouvir de pastores que se mostram reticentes a expressar estas frustrações, muito reais, por outros canais.


Fonte: Publicado originalmente no blog do Thom Rainer. Traduzido por Carlos Dourado.  Link: https://coalizaopeloevangelho.org/article/dez-frustracoes-comuns-de-pastores/