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sábado, 2 de setembro de 2017
Caio Fábio - um verdadeira aula sobre Batismo com Espírito Santo e dons espirituais
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quinta-feira, 31 de agosto de 2017
Subsídio para EBD - As manifestações do Espírito Santo
Sou membro de uma igreja evangélica pentecostal desde minha conversão. Depois que fui batizado nas águas por imersão, comecei a ouvir os seguintes conselhos: “Agora meu irmão que você já é batizado nas águas, busque o batismo com Espírito Santo”. Hoje na AD, isso não é tão comum, mas à alguns anos atrás, os membros da igreja, independente se tinha funções ministeriais, incentivavam os novos crentes a buscar a chamada 2ª benção, sendo a 1ª a salvação, conforme esse conceito.
E aí o pessoal, ia orar em reuniões como: Círculos de Oração, “orações no monte”, e as vigílias. Nesses reuniões, se ouvia orações pedindo a conversão de um familiar, intercessão em prol de alguém com problema e com frequência haviam pedidos de oração para recebimento do batismo com Espírito Santo.
No meio pentecostal, o batismo com Espírito Santo além de ser considerado uma 2ª benção, também é ensinado ao povo, que para recebê-lo tem que haver a manifestação de um “sinal externo”, ou “evidência”, que é o falar em outras línguas. Portanto, para os pentecostais, se a pessoa não fala em línguas, não recebeu o referido batismo.
Como pastor, vejo vez ou outra em reuniões de ministério, quando algum irmão com bom testemunho, dizimista, bom cooperador/auxiliar, é indicado ao diaconato, e o mesmo não fala em línguas, o que acontece? Ele simplesmente tem seu nome rejeitado na reunião porque “não é batizado com Espírito Santo”.
Qual a justificativa que geralmente é dada para esse conceito? Geralmente se cita a nomeação dos primeiros sete diáconos em Atos dos Apóstolos no capítulo 6, quando dizem que deveriam ser escolhidos homens “cheios do Espírito Santo, de sabedoria e com bom testemunho”.
Não estaria na hora de rever esse conceito? Falar em línguas é sinônimo de estar cheio do Espírito? Eu creio que posso estar cheio do Espírito e falar em línguas (Atos 2:4), como também creio que possa estar cheio e não falar em línguas. Afinal de contas, Paulo diz que “todos” fomos batizados no Espírito (I Cor. 12:13), mas nem todos recebem o dom de línguas (I Cor. 12:30). Ou seja, no Novo Testamento esse negócio de ter línguas como evidência e sinal e o dom de línguas como duas coisas distintas, não coaduna com I Coríntios capítulos 12 e 14, onde se menciona apenas o dom de línguas.
No entendimento de outros estudiosos da Bíblia, o texto de Gálatas 3:2 e 5; não faz distinção entre 1ª e 2ª benção, dando a entender que batismo com o Espírito Santo é sinônimo de conversão, regeneração, novo nascimento, salvação, e crer para a justiça.
Alguns interpretam o batismo como algo que, supostamente, faz aqueles que o recebessem se tornarem “super-homens”, seres acima do bem e do mal, com poder sobre tudo e todas as coisas, e livres de todo mal. Ora, quem lê as cartas de Paulo aos Coríntios vê que tudo o que não faltava lá eram dons, embora tudo o que faltasse lá fossem os frutos do Espírito, pois, mesmo cheios de dons e salvos na Graça, ainda eram meninos carnais e bobos.
Às Vezes a pessoa freqüenta, uma igreja na qual se ensina que o batismo com o Espírito Santo resolve todos os problemas. É a segunda benção. E quem vive tendo dificuldades, e ainda não falou em línguas estranhas, é porque não tem essa “segunda benção”. Então, o cidadão fica lá gemendo, e se comparando aos demais, e sempre sentindo que está andando para trás.
Depois de um tempo começa até a questionar se de fato, algum dia, já conheceu o Senhor. Conforme é ensinado pode ser até perversa com a alma, pois viola a liberdade de Deus de se manifestar a quem quer e como quer, não ensina que em Cristo o que já está feito em nosso favor continuar a ser, para nós, um processo de apropriação cotidiana, e enfraquece a esperança e a segurança no coração.
Por isto também muitos crentes acordam “salvos” e dormem “perdidos”, dependendo de se foram “corretos” ou não durante o dia. Essa perspectiva de “fé” nega os bens da Graça, que é favor imerecido. Ai vai ficando um conflito ainda maior. Afinal, você pensa, que crente sou eu que não consegue receber essa benção do batismo?
O objetivo deste artigo é delimitar conceitos e esclarecer certa confusão comum entre aqueles que conhecem o pentecostalismo artificialmente. Portanto, é necessário entender bem a diferença entre um continuísta e um pentecostal. Não visamos com isso nenhum tipo de censura, mas apenas a melhor compreensão do fenômeno carismático e de sua teologia.
O que é continuísmo?
O continuísmo ensina que todos os dons extraordinários expressos nas Escrituras estão disponíveis para os nossos dias a qualquer cristão inserido na Igreja. Portanto, todo pentecostal é necessariamente continuísta. Agora, nem todo continuísta é pentecostal, isso porque o pentecostalismo vai além do continuísmo. Alguns continuístas famosos não estão dentro da tradição pentecostal. Alguns teólogos como Donald A. Carson, John Piper, Wayne Grudem, por exemplo, são de tradição calvinista e não possuem nenhuma ligação direta com igrejas pentecostais.
O que é pentecostalismo?
É um continuísmo acrescentado de outro dom extraordinário: o Batismo no/com o Espírito Santo. Esse dom, segundo a teologia pentecostal, capacita o crente ao serviço da proclamação (cf. Atos 1.8). Não é um dom melhor nem pior do que os demais, mas difere no propósito. Enquanto os dons gerais estão voltados para dentro da Igreja, o Batismo no Espírito está voltado para fora. É a Igreja capacitada a agir no mundo, enquanto os demais dons capacitam à igreja na ação comunitária de edificação e consolo. No pentecostalismo estritamente assembleiano, especialmente baseado em uma teologia lucana diferente (todavia complementar) à teologia paulina, se ensina que esse dom vem acompanhado de um sinal, o falar em línguas. Esse sinal não deve ser confundido com o dom, que é a variedade de línguas.
Veja o quadro e entenda a diferença entre os três grupos que comungam da crença na ação dos dons em nossos dias.
Continuísmo
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Pentecostalismo
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Pentecostalismo Assembleiano
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Dons Espirituais
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Todos os dons extraordinários estão presentes na contemporaneidade.
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Todos os dons extraordinários estão presentes na contemporaneidade.
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Todos os dons extraordinários estão presentes na contemporaneidade.
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Batismo no Espírito Santo
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É sinônimo de conversão.
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É um dom que capacita a igreja a proclamar o Evangelho. É diferente da conversão e pode ser acompanhado ou não de outros dons como profecia, glossolalia, curas etc.
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É um dom que capacita a igreja a proclamar o Evangelho. É diferente da conversão e é acompanhado dos falar em novas línguas, não como dom, mas como sinal.
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Hermenêutica
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Não há diferença entre a teologia lucana e paulina na pneumatologia.
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Não há diferença entre a teologia lucana e paulina na pneumatologia.
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Há diferenças complementares entre a teologia lucana e paulina na pneumatologia.
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Alguns Expoentes
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D. A. Carson; N. T. Wright, John Stott, Wayne Grudem.
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J. Rodman Williams; William Seymour; Martyn Lloyd-Jones; Gordon D. Fee; James K. Smith.
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Stanley Horton, William Menzies, Robert Menzies, Amos Yong, Roger Stronstad,
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terça-feira, 29 de agosto de 2017
Ainda há apóstolos?
Uma pergunta enviada foi a seguinte: "Amado, eu gostaria de saber do irmão—sem espírito de crítica e zombaria—sobre o "Ministério Apostólico" que está se desenvolvendo nestes últimos anos; pois o grande problema é que não há muita informação bíblico-exegético-teológica sobre o assunto. E até os próprios apóstolos do Brasil não sabem explicar, biblicamente, a razão de seus apostolados. Em Cristo".
Resposta: Meu amado irmão: Graça e Paz! Você é um apóstolo, se você é um enviado para pregar a Palavra onde ela não foi ouvida! Nesse sentido, você pode ser apóstolo de sua casa, de seu bairro e de sua vizinhança, mas apenas neste sentido; e nunca usando disso como um “título”, mas exclusivamente andando no espírito do apostolado.
Na língua grega “apóstolo” quer dizer, simplesmente, “enviado”. Ou seja, qualquer pessoa enviada para qualquer tarefa, é um “apóstolo” no sentido normal da palavra grega. Porém, na linguagem do Novo Testamento a palavra “apóstolo” é usada para designar apenas o grupo de discípulos que Jesus enviou: os Doze; tendo havido, de modo tácito, o acréscimo posterior de Paulo, “como...um nascido fora de tempo.”
Assim, além dos Doze apóstolos, esta palavra é também aplicada a Paulo, e foi reconhecida, em Paulo, pelos doze de Jerusalém; de tal forma que Paulo se tornou o apóstolo dos gentios; ou seja: dos não judeus. Portanto, neste sentido bíblico, não há mais “apóstolos” hoje. A palavra apóstolo, no grego, significa simplesmente delegado ou mensageiro, conforme eu já disse. Porém a palavra é usada na perspectiva da fé a fim de designar os mensageiros de Deus, de uma maneira ampla; todavia, sempre tem que designar “mensageiros confirmados” para levar uma mensagem credenciada.
Assim, quando alguém é comissionado e é enviado para um trabalho onde ele (a) vai anunciar a Palavra para pessoas que não a ouviram, esse tal é um apóstolo; ou seja: um enviado. No grego clássico a palavra era usada para significar muitas coisas, mas principalmente a idéia de “mensageiros de Deus”, sendo usada até para os sábios da filosofia. Na Bíblia o termo é usado de modo sobremodo excelente em relação a Jesus, que é o Apóstolo de nossa alma, conforme Hebreus 3:1. Fora do grupo dos Doze, a palavra aparece em relação a Barnabé, Andrônico, Junias, e Tiago, o irmão do Senhor.
Em geral, para "testemunhas da ressurreição". Depois dos Apóstolos, a palavra apóstolo tem apenas sido usada, como já vimos, para designar os primeiros missionários cristãos que levaram a mensagem para países que nunca tinham recebido a Boa Nova. Desse modo, se pode dizer que no grego clássico, o termo é usado com respeito até mesmo a tarefas comerciais ou militares. O apóstolo, portanto, no grego clássico, pode ser também visto como um Explorador de novos horizontes. Há quem diga que o tal significado, secularmente falando, poderia ser equivalente a “aquele que é enviado para longe”, numa missão de embaixador, por exemplo.
Na perspectiva bíblica, que é a sua questão, a palavra “apóstolo” é, portanto, apenas usada para designar os Doze; ou, também, em um sentido muito mais restrito, pode ser usada para designar os “enviados” de uma igreja, e que são comissionados para servir em outras igrejas, com finalidades bem definidas, ou levar a Palavra longe, onde ela nunca foi ouvida como tal.
Vale dizer, entretanto, que a palavra apóstolo sofreu dois grandes traumas da Reforma protestante para cá. O primeiro trauma veio da repelência que os reformadores tiveram pela palavra em razão dela estar associada ao Papa, na Igreja Católica. Desse modo, a fobia papal dos protestantes matou o termo, até mesmo para a sua utilização mais restrita, que seria a designação de um abridor de novas frentes. Ora, nesse sentido, e apenas nesse sentido, Lutero e Calvino foram apóstolos; assim como Sadú Sundar Sing, na Índia; Frederico Orr, nas barrancas do Rio Purus, no Amazonas, Daniel Berg, Gunnar Vingren —isto para não mencionarmos milhares de outros irmãos.
O segundo trauma que a palavra sofreu veio do uso abusivo, hierárquico, político, promotor de superioridades, e jactancioso que se fez dela nos últimos 20 anos no meio evangélico; especialmente depois do movimento das Comunidades, do G12 e da Restauração Apostólica. Tais usos, com todo respeito, me parecem pretensiosos e carregados de desejo de expressar uma “unção nova”; e sempre vêm atrás de todas as ondas dos chamados “novos moveres”.
No Brasil, todos os apóstolos que eu conheci, morreram como missionários, ou pastores ou evangelistas. Os atuais “apóstolos” não parecem as pessoas próprias para carregar a palavra, nem elas e nem seus ministérios; até porque “apóstolo” não é título, é dom, é chamado, e é acompanhado pela vida que corre o risco dos novos exploradores da Terra; e que vão...não atrás de honras, mas de seres humanos; sempre no desejo de levar as Boas Novas onde elas ainda não foram ouvidas.
Espero ter lhe ajudado em alguma coisa! Receba meu carinho e minhas orações. Nele, que é o nosso único Apóstolo, e em Quem somos erigidos como Igreja no Fundamento dos Apóstolos e Profetas, segundo o Espírito e o Testemunho da Ressurreição.
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