terça-feira, 15 de outubro de 2019

Sobre a Bíblia Holman e as Bíblias de estudo

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Vi alguns comentários nas redes sociais e no site Gospel Prime sobre a Bíblia Holman, onde as postagens viraram um fórum de debates, com muitos comentários. Um dos papéis das redes sociais é justamente esse, de informar e permitir o debate.


Há quase 10 anos atrás a bola da vez nos debates era a Bíblia Dake, também publicada pela CPAD. Não sou contra adquirir tais exemplares. Posso até comprar a Holman como fonte de pesquisas, mas sinceramente, não está dando mais para acompanhar o mercado editorial gospel. É tanto lançamento! Bíblia de Estudos NVI, Batalha Espiritual e Vitória Financeira, Bíblia de Estudo do Líder Pentecostal, e etc.


Eu mesmo possuo várias, sendo a primeira que comprei, a Bíblia Vida Nova em 1987, depois vieram: Scofield, Thompson, Pentecostal, Genebra, Plenitude, Bíblia do Obreiro. Depois de algum tempo, sem comprar nenhuma, adquiri a Bíblia de Jerusalém (católica) e o Novo Testamento versão King James.


Antes da Dake, me lembro de ter lido comentários contrários também com relação a Bíblia NVI. Mas na Scofield, e nos comentários de R. N. Champlin, também há coisas bem polêmicas. Eu particularmente não tenho a NVI, mas li os comentários dos outros dois citados. Champlin é universalista, e defende a reencarnação. Na Scofield, no texto de I Samuel 28, diz que quem apareceu para o rei Saul era o profeta Samuel, na Holman aparece como o texto sugerindo isso. Só por aí, já dá para ter noção do tamanho da encrenca.


Os crentes primitivos não tinham Bíblias, no formato como o temos hoje, me ponho a pensar o que Paulo diria se chegasse a Éfeso ou Corinto e encontrasse um mercado de Bíblias como os nossos mercados ocidentais modernos. E mais: O que Jesus faria. O que pensariam? Diriam que é uma benção? Ou veriam a coisa toda como perversão, trocando a expectativa de guardar a palavra no coração pelo seu uso na prateleira, na estante ou debaixo do braço?


O fato é que a Bíblia, à parte do nome J-e-s-u-s, é o 2º melhor negócio da religião cristã. Isso porque na realidade, o nome Jesus é a grife mais lucrativa da história, e o próprio Jesus insinuou que assim seria, quando afirmou muitas vezes o que se faria “em seu nome”. Sim! Disse Ele que Seu nome seria usado e abusado, até ao ponto de fazer cumprir a palavra sobre os que, usando Seu nome, nunca foram, todavia, por Ele conhecidos.


O mais importante é que as pessoas, voltam a ler a Bíblia, ao invés de apenas adquiri-la. Eu, reconheço que muitas Bíblias modernas têm sua utilidade nas ferramentas que oferecem como ajuda à leitura, possuindo as que eu citei acima na postagem. As Bíblias com comentários, quando são edições denominacionais [ou seja: publicadas por uma igreja ou denominação religiosa], em geral trazem as doutrinas do grupo já sistematizadas, de modo que a pessoa nem mesmo tem a chance de ler a Bíblia sem tais condicionamentos prévios.


Sinto saudades do tempo em que a questão não era em que Bíblia se leria, mas apenas onde encontrar uma ou qualquer Bíblia. As tristes constatações que vemos hoje em dia, é que nunca se vendeu tanta Bíblia como hoje, mas paralelamente, nunca se leu tão pouco a mesma.

Quando puder vou comprar a Holman, notas de rodapé, são notas, comentários que a gente aceita ou não. O mais grave foi sobre o texto de I Samuel 28. Heresia deve ser combatida realmente, agora quanto a calvinismo, batismo do Espírito Santo com evidências em línguas ou não aí são visões teológicas diferentes, mas que não se configuram heresias, pois calvinistas e não pentecostais são também nossos irmãos em Cristo. 

A gente precisa saber conviver com as diferenças de pensamento. Billy Graham (batista) cria no batismo com Espírito Santo como sinônimo de conversão, Hernandes Dias Lopes (presbiteriano) é calvinista e amilenista, e são os dois pregadores mais citados pelos assembleianos.