Um dos livros mais antigos do mundo diz que “o homem nasce para as dificuldades, assim como as faíscas voam para cima”. (Jó 5:7).
Jamais estas palavras foram tão verdadeiras quanto hoje. O mundo todo está suspirando e sofrendo numa escala talvez desconhecida na história humana: os refugiados, os famintos, os “novos escravos”, os problemas psicológicos, os turbilhões emocionais, os casamentos desfeitos, as crianças rebeldes, o terrorismo, os reféns, as guerras e mais mil outras dificuldades que afligem todos os países do mundo. Não existe ninguém em canto algum, que esteja imune. Os ricos, os famosos, sofrem como os pobres e obscuros. Como disse o falecido ator Peter Sellers: “por trás da máscara de todos nós, palhaços, estão a tristeza e corações partidos”.
Parece que a raça humana, está se dirigindo para o clímax das lágrimas, mágoas e feridas acumuladas no decorrer dos séculos – o Armagedom!
O sofrimento é o destino comum das pessoas em toda a parte – tanto dos crentes quanto dos descrentes. Nós não buscamos tribulações deliberadamente na vida. Elas chegam. O sofrimento é um fato universal. Ninguém pode escapar das suas garras. A chuva cai sobre o justo e o pecador, diz o livro de Eclesiastes. Todos enfrentamos armagedons pessoais.
Algumas pessoas acreditam, erroneamente, que se tornar um cristão será um abrigo para as tempestades pessoais da vida. Uma história de muitos de nossos hinos religiosos rapidamente desfaz tal mito. Um grande número de nossos hinos e canções espirituais clássicos, foram compostos nas situações mais penosas da vida de seus autores.
Charlotte Elliot, escreveu “Assim como sou”, quando era uma inválida desamparada, Francês Ridley Havergal, autora de “Tome a minha vida” e muitos outros hinos, tinha uma saúde péssima. Fanny Crosby era cega e William Cowper tinha grande aflição mental, no entanto, apesar do sofrimento, nasceram lindas canções como “A salvo nos braços de Jesus” e “Deus age de uma maneira misteriosa”, respectivamente. Um livro muito amado por todos é o livro dos Salmos, onde muitos se identificam por achar nele consolo para a vida real. No entanto, muitos dos salmos foram escritos, durante períodos de crises pessoais e nacionais. O salmo 137, expressa a dor e a agonia de um povo banido de sua terra natal. Davi, o autor da maioria dos salmos, não só o herói que derrotou o gigante Golias, mas também um homem que viveu tristezas insuportáveis. Foi acusado injustamente de traição, obrigado a viver anos como fugitivo, dos seus filhos, sabe-se que alguns foram moralmente corruptos, alguns implacavelmente assassinados, um tentou um golpe de estado contra o próprio pai, outro morreu ainda bebê. Deus chamou Davi, de “um homem segundo o seu coração”. Embora fosse óbvio que Deus amava Davi, não o isentou do sofrimento.
Mesmo que nem sempre, possamos entender por que Deus permite que certas coisas aconteçam conosco, sabemos que Ele extrai o bem do mal, e o triunfo do sofrimento. Por isso, que uma das palavras que Deus mais repete na Bíblia é “não temas”. Saiba, que nada pode tocar o filho de Deus, sem Sua permissão. Então, temos que aprender tudo que Ele quer nos ensinar, utilizando todos os recursos de Deus ao nosso dispor e pedindo a Ele que faça com que tudo seja para o nosso bem e a Sua Glória. Descobri, que Deus nunca se esquece de nada. Ele conhece todas as coisas e se lembra do seu povo, de suas aflições, seus sofrimentos e de todas as suas necessidades. A única coisa que Ele esquece são os nossos pecados (Isaías 43:25).
Charles Spurgeon disse que o Senhor obtém seus melhores soldados nos píncaros da aflição. Segundo Merv Rosell, Deus podia ter deixado Daniel do lado de fora do covil do leão. Mas, Deus nunca prometeu-nos deixar de fora de situações difíceis. O que Ele prometeu foi acompanhar-nos em cada situação difícil e fazer com que saíssemos vitoriosos.
SEJA BEM VINDO. Este blog nasceu da vontade de poder compartilhar, pensamentos e reflexões sobre os acontecimentos atuais e a aplicação da Palavra de Deus a nossa vida.A escolha deste título para o meu blog, foi porque acredito que se não for para vivermos o Evangelho de Cristo conforme Ele viveu e ensinou, nada vale a pena. INDIQUE ESTE BLOG A MAIS ALGUÉM E DEIXE UM COMENTÁRIO JUNTO A MATÉRIA QUE PORVENTURA TENHA GOSTADO.
sexta-feira, 24 de abril de 2009
quarta-feira, 22 de abril de 2009
CRISTIANISMO SEM CRISTO
Quando lemos o Novo Testamento, vejo Jesus recusando ajuda de Pilatos, chamando Herodes de raposa, dizendo aos líderes reliosos que eles falavam uma coisa e faziam outra. Ao ao grande teólogo Nicodemos, Ele disse que não precisava jogar confetes, mas sim de nascer de novo. Aconselhou aos discípulos que não fizessem como os filhos dos reinos deste mundo, no sentido de busca de poder terreno. Vejo João Batista perdendo a cabeça literalmente, porque não modificou sua mensagem para agradar ao rei Herodes. O Apóstolo Paulo, ficou dois anos atrás das grades em Cesaréia, porque não quis pagar suborno para o governador da judéia.
Mas, e hoje como estamos? O Cristianismo se tornou uma poderosa potestade deste mundo. A mais poderosa delas. De fato, quando se tornou religião no quarto século, o Cristianismo entrou num mundo no qual nenhuma religião, até então, havia penetrado com tanta força. Nesses dois mil anos de dominação cristã no Ocidente vimos “uma fé”, aliás, a fé ser diluída, corrompida, deformada, e metamorfoseada em outra coisa que nega a essência original.
Não é apenas uma questão de forma, trata-se de algo muito mais visceral ainda, e que penetra o âmago daquilo que um dia foi a fé em Jesus.
Foram dois mil anos de busca desenfreada do poder, de privilégios, de controle de reis e de príncipes, de usos e abusos da máquina pública em seu próprio favor, sempre aliando-se ao lado que haveria de vencer. O Cristianismo sempre encontra um meio de abençoar o tirano; pode até reagir no início, mas sempre se rende depois.
E foram todas as intervenções que o Cristianismo fez. Desde bênçãos, aos mais macabros projetos de “conquistas”, às mais inconcebíveis perseguições dos direitos individuais, sempre em nome de sua moral cristã, supostamente superior à do resto da humanidade. O sexo foi o escolhido para ser o pior pecado, por isso, empunham a bandeira em nome da moral e dos bons costumes, enquanto se vê muitos se fantasiaram de cardeais, arcebispos, bispos, sacerdotes e pastores a fim de se esconderem... enquanto faziam suas próprias maldades contra o próximo. “Controle” é a palavra. Controle dos homens pelo medo, pelas punições eternas e temporais; e controle pela manipulação da devoção, transformando o medo em piedade, e os terrores eternos em suposto temor a Deus.
O maior golpe de todos foi a instituição da “Igreja” como representante dos desígnios divinos na Terra. Conseguiram essa façanha no passado e continuam a conseguir até hoje. É impressionante, mas o povo pensa que quem se veste de sacerdotes, pastores, bispos, ou de qualquer outra fantasia sacerdotal... representam Deus. O pior é que que o povo crê e isso é trágico.
No Brasil atual, vemos uma das mais sofisticadas formas de expressão dessa força do Cristianismo em plena manifestação. É verdade que esse Poder Maior gerou — até pela inveja e pelo desejo de obter parte de seu poder — uma legião de filhotes da mesma natureza. Na verdade, uma sofisticada forma de adaptação do Cristianismo aos poderes deste mundo. Está vencendo a Igreja Católica. Também já deixou pra trás todos os concorrentes americanos.
Estamos assistindo a um surgimento de uma máquina religiosa. Máquina como nunca antes se havia criado. Máquina de comunicação, de manipulação do sagrado, de venda de favores divinos, de acorrentamento das pessoas ao poder que reside no “Lugar”, e de transformação do rebanho num “rebanho”.
Se as coisas continuarem assim...O atrelamento aos poderes políticos é tão profundo que já não resta a isenção que é filha da sinceridade para com o Evangelho — e só pra com o Evangelho — a fim de compartilhar o Evangelho do Reino com as nações da Terra.
Também nesse sentido, devemos dizer que os evangélicos conseguiram o que sempre desejaram: ser mais poderosos. Hoje pode-se dizer que os evangélicos têm poder. E aqui eu não estou preocupado em separar nada dentro desse pacote. Não há mais porque separar uma coisa da outra, dividindo o grupo em subgrupos, etc. De fato, é tudo a mesma coisa, e o que os une é a fixação pelo poder.
O problema é que Jesus disse “...o meu reino não é deste mundo...”
Então, assim estamos, cheios de influências, próximos do poder, usufruindo dele, fazendo barganhas, levando vantagem, enriquecendo, assustando o mundo com a nossa falta de caráter, e nos tornando parte da Grande Babilônia. Repito: o Cristianismo prostituído é parte da Grande Babilônia, ajudará a Besta, e se unirá em voz ao Falso Profeta.
A Igreja que sobreviverá a tais tempos é a mesma que sobreviveu em todos os tempos: aquela que é salva pela terra quando a fúria do Dragão se manifesta:
“...então a terra salvou a mulher que estava para dar a luz...” diz o Apocalipse.
A verdadeira Igreja é salva porque ela não está tão disponível assim aos sentidos históricos, como fenômeno. Sabe-se dela, mas ela não sucumbiu à fixidez das forças do poder. Daí ela estar presente, porém com grande capacidade de se espalhar pela Terra. A verdadeira Igreja sabe que quanto mais poder tiver entre os homens, menos poder terá no Espírito.
A verdadeira Igreja sabe que o poder fica perfeito na fraqueza.
A verdadeira Igreja quer se parecer com Jesus, e não sonha para si nenhum futuro de conquista da Terra e de seus poderes.
O Cristianismo de hoje é um total sucesso. Seu patrono não é Cristo é Maquiavel.
Quem quiser ser discípulo, siga a Jesus de Nazaré. O único problema é que com Ele a gente não aprende as maldades tão necessárias para que se possa ser um líder cristão bem-sucedido.
Porque o que fazem hoje, é usar o nome de Jesus para enganar e tendo Maquiavel como mentor.
Mas, e hoje como estamos? O Cristianismo se tornou uma poderosa potestade deste mundo. A mais poderosa delas. De fato, quando se tornou religião no quarto século, o Cristianismo entrou num mundo no qual nenhuma religião, até então, havia penetrado com tanta força. Nesses dois mil anos de dominação cristã no Ocidente vimos “uma fé”, aliás, a fé ser diluída, corrompida, deformada, e metamorfoseada em outra coisa que nega a essência original.
Não é apenas uma questão de forma, trata-se de algo muito mais visceral ainda, e que penetra o âmago daquilo que um dia foi a fé em Jesus.
Foram dois mil anos de busca desenfreada do poder, de privilégios, de controle de reis e de príncipes, de usos e abusos da máquina pública em seu próprio favor, sempre aliando-se ao lado que haveria de vencer. O Cristianismo sempre encontra um meio de abençoar o tirano; pode até reagir no início, mas sempre se rende depois.
E foram todas as intervenções que o Cristianismo fez. Desde bênçãos, aos mais macabros projetos de “conquistas”, às mais inconcebíveis perseguições dos direitos individuais, sempre em nome de sua moral cristã, supostamente superior à do resto da humanidade. O sexo foi o escolhido para ser o pior pecado, por isso, empunham a bandeira em nome da moral e dos bons costumes, enquanto se vê muitos se fantasiaram de cardeais, arcebispos, bispos, sacerdotes e pastores a fim de se esconderem... enquanto faziam suas próprias maldades contra o próximo. “Controle” é a palavra. Controle dos homens pelo medo, pelas punições eternas e temporais; e controle pela manipulação da devoção, transformando o medo em piedade, e os terrores eternos em suposto temor a Deus.
O maior golpe de todos foi a instituição da “Igreja” como representante dos desígnios divinos na Terra. Conseguiram essa façanha no passado e continuam a conseguir até hoje. É impressionante, mas o povo pensa que quem se veste de sacerdotes, pastores, bispos, ou de qualquer outra fantasia sacerdotal... representam Deus. O pior é que que o povo crê e isso é trágico.
No Brasil atual, vemos uma das mais sofisticadas formas de expressão dessa força do Cristianismo em plena manifestação. É verdade que esse Poder Maior gerou — até pela inveja e pelo desejo de obter parte de seu poder — uma legião de filhotes da mesma natureza. Na verdade, uma sofisticada forma de adaptação do Cristianismo aos poderes deste mundo. Está vencendo a Igreja Católica. Também já deixou pra trás todos os concorrentes americanos.
Estamos assistindo a um surgimento de uma máquina religiosa. Máquina como nunca antes se havia criado. Máquina de comunicação, de manipulação do sagrado, de venda de favores divinos, de acorrentamento das pessoas ao poder que reside no “Lugar”, e de transformação do rebanho num “rebanho”.
Se as coisas continuarem assim...O atrelamento aos poderes políticos é tão profundo que já não resta a isenção que é filha da sinceridade para com o Evangelho — e só pra com o Evangelho — a fim de compartilhar o Evangelho do Reino com as nações da Terra.
Também nesse sentido, devemos dizer que os evangélicos conseguiram o que sempre desejaram: ser mais poderosos. Hoje pode-se dizer que os evangélicos têm poder. E aqui eu não estou preocupado em separar nada dentro desse pacote. Não há mais porque separar uma coisa da outra, dividindo o grupo em subgrupos, etc. De fato, é tudo a mesma coisa, e o que os une é a fixação pelo poder.
O problema é que Jesus disse “...o meu reino não é deste mundo...”
Então, assim estamos, cheios de influências, próximos do poder, usufruindo dele, fazendo barganhas, levando vantagem, enriquecendo, assustando o mundo com a nossa falta de caráter, e nos tornando parte da Grande Babilônia. Repito: o Cristianismo prostituído é parte da Grande Babilônia, ajudará a Besta, e se unirá em voz ao Falso Profeta.
A Igreja que sobreviverá a tais tempos é a mesma que sobreviveu em todos os tempos: aquela que é salva pela terra quando a fúria do Dragão se manifesta:
“...então a terra salvou a mulher que estava para dar a luz...” diz o Apocalipse.
A verdadeira Igreja é salva porque ela não está tão disponível assim aos sentidos históricos, como fenômeno. Sabe-se dela, mas ela não sucumbiu à fixidez das forças do poder. Daí ela estar presente, porém com grande capacidade de se espalhar pela Terra. A verdadeira Igreja sabe que quanto mais poder tiver entre os homens, menos poder terá no Espírito.
A verdadeira Igreja sabe que o poder fica perfeito na fraqueza.
A verdadeira Igreja quer se parecer com Jesus, e não sonha para si nenhum futuro de conquista da Terra e de seus poderes.
O Cristianismo de hoje é um total sucesso. Seu patrono não é Cristo é Maquiavel.
Quem quiser ser discípulo, siga a Jesus de Nazaré. O único problema é que com Ele a gente não aprende as maldades tão necessárias para que se possa ser um líder cristão bem-sucedido.
Porque o que fazem hoje, é usar o nome de Jesus para enganar e tendo Maquiavel como mentor.
segunda-feira, 20 de abril de 2009
A MENSAGEM DE JUDAS AOS LÍDERES - PARTE 02
A manifestação sutil da presença do dissimulador, no meio do povo de Deus, como anjos de luz na Assembléia dos Santos, foi dita por Paulo: "Os tais são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, transformando-se em apóstolos de Cristo. E não é de admirar; porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz. Não é muito, pois, que seus próprios ministros se transformem em ministros de Justiça; e o fim deles será conforme suas obras." (2 Co 10.13-15.) No momento, entretanto, vale perguntar: como nasce e em razão de quê esse conjunto de coisas espirituais se desencadeia?
A INCREDULIDADE QUE GERA SEDIÇÃO
Judas diz: que o "Senhor, tendo libertado um povo tirando-o da terra do Egito, destruiu, depois, os que não creram" (verso 5).
O argumento de Judas baseia-se na narrativa de Números, no capítulo 14, dos versos 1 a 30. No exemplo em questão o que aconteceu foi que o povo de Israel não creu no "relatório dos espias". A partir daí desenvolveu-se uma amargura misturada com incredulidade que acabou por provocar a ira divina. Aliás, aquela atitude já se tornara crônica, a tal ponto que Deus disse: "Nenhum dos homens que, tendo visto a minha glória e os prodígios que fiz no Egito e no deserto, e todavia me puseram à prova já dez vezes e não obedeceram à minha voz, nenhum deles verá a terra que sob juramento prometi a seus pais..." (Nm 14.22.) Assim é que muita gente vai-se tornando dissimuladora em função da amargura o da incredulidade, da incapacidade de crer nas promessas da Palavra de Deus. Quando isso acontece, para tais pessoas parece que todo discurso a respeito da provisão, da proteção e do poder de Deus não passa de um estúpido "triunfalismo suicida". Alguns conseguem articular esse estado interior a nível de queixa, de perguntas, de argumentos e de teologias. Quando é assim, é menos ruim. Mas há aqueles que emudecem os seus pensamentos e simplesmente agem de maneira contrária à graça de Deus e ao Senhorio de Cristo como expressão de sua hostilidade para com Deus e suas palavras "tardias em cumprirem-se". Portanto, devemos saber que a amargura habita a base espiritual da dissimulação. Somente a gratidão estimula alguém à obediência. Mas em contrapartida, toda ingratidão aprofunda a alma humana na hipocrisia.
O ORGULHO QUE NÃO SE CINGE DE LIMITES
O segundo argumento de Judas acerca das causas psicológicas do surgimento do espírito de dissimulação vem da vivência dos anjos. Assim como há homens tomados pela dissimulação, também há anjos. Aliás, ela brotou, metafisicamente, na dimensão dos anjos. Por isso alguns anjos ilustram muito bem esse estado de rebelião, amargura e insurreição contra os absolutos de Deus e o Deus Absoluto, pois "anjos, os que não guardaram o seu estado original, mas abandonaram o seu próprio domicílio, ele tem guardado sob trevas, em algemas eternas, para o juízo do grande dia" (verso 6).
A prova de que a conjugação das atitudes de Lúcifer virou Síndrome ê que outros anjos foram posteriormente afetados pelo mesmo mal, que se traduziu na incapacidade de conservar o "estado original" e de manter "seu próprio domicílio", ou seja, incapacidade de limitar-se à sua "própria dimensão". Ora, essa Síndrome se manifesta em anjos e homens, segundo Judas. Aliás, ao ver dele, diante das últimas notícias, não havia dúvida de que também está presente em algumas pessoas na igreja.
Sempre que as pessoas se rebelam ostensiva e deliberadamente contra o "estado original" da vontade de Deus para a vida humana e sempre que elas resolvem abandonar os limites morais, psicológicos e espirituais que Deus lhes impõe, repete-se, a nível humano, a rebelião primeira: a de Lúcifer. Somos desafiados por Deus a superarmos toda perspectiva de redução das nossas potencialidades humanas, mas não a superarmos a nossa condição humana em si, sob pena de nos desumanizarmos.
O PRAZER QUE SE TORNA IMPUREZA
No primeiro caso, a atitude de ingratidão e amargura gera a incredulidade; no segundo, ela brota do orgulho e da incapacidade de aceitar os limites do "projeto original" do Criador. Mas nessa terceira fonte de onde, pela associação às anteriores, pode surgir a Síndrome, o problema está na patologia do prazer.
O prazer é bom. Mas sua má administração pode adoecê-lo, tornando o prazer imediato em antiprazer a médio e longo prazo. Também, no primeiro caso, uma das causas da Síndrome atingiu indivíduos humanos — "os que não creram" (verso 5). No segundo caso, foram os anjos os contagiados pelo seu mal (verso 8).
Mas neste terceiro caso a Síndrome atinge sociedades como um todo, "como Sodoma e Gomorra e as cidades circunvizinhas que, havendo-se entregue à prostituição como àqueles (os anjos), seguindo após outra carne, são postos para exemplo do fogo eterno, sofrendo punição" (verso 7). Sodoma e Gomorra foram comunidades humanas que deram caráter absoluto ao prazer! Nesse caso é o psiquismo coletivo que está afetado.
Sempre que o prazer é absolutizado ele vira impureza e degradação na medida em que para realizá-lo, todos os outros absolutos são relativizados. É o rompimento com os princípios absolutos de Deus para a realização do absoluto do prazer.
O MISTICISMO PATOLÓGICO
"Sonhadores alucinados." (Verso 8.) Freqüentemente vemos pessoas em conflito com a verdade da Bíblia em nome de "revelações espirituais". São pessoas que, não tendo base bíblica suficientemente forte para sustentar um argumento, apelam para o pretexto da "revelação divina" que receberam, fazendo assim silenciar questionamentos. Quando as pessoas dão mais crédito aos sinais sobrenaturais do que aos princípios absolutos da Palavra de Deus, então os argumentos falsamente fundamentados em "sonhos inspirados" tornam-se mais fortes do que aquilo que a Bíblia diz.
E o pior, é que na maior partes das vezes o povo de Deus dá mais crédito aos "prodígios" e “pseudo-profecias” do que àquilo que diz a Palavra de Deus. Quanto a isso, devo fazer aqui uma ressalva: eu creio em visões e revelações como uma possibilidade contemporânea. Creio nisso porque creio na liberdade de Deus de agir como quer, nos limites morais da sua revelação: a Bíblia.
Existe também a questão da má fé, que acontece quando algumas pessoas são induzidas a terem sempre revelações de Deus para entregar a outras. Isso é freqüente nos grupos onde algumas pessoas são tidas como permanentes portadoras da revelação de Deus e são "procuradas" com essa finalidade. A cobrança é tão grande que algumas delas se sentem na obrigação de dar sempre alguma revelação. Depois de certo tempo isso vira hábito. E saibam, infelizmente é fácil impressionar "profeticamente" um grupo, fazendo algumas afirmações gerais e comuns à problemática da maioria das pessoas, fazendo que as mesmas, não consiguam perceber a dissimulação e a "revelação encomendada".
Nos dias de Judas era assim também. Baseadas em revelações divorciadas da palavra dos apóstolos e do ensino revelado nas Escrituras, pessoas estavam justificando seu procedimento leviano ou fraudulento, e iludindo o povo, sempre ansioso por novidades e incapaz de conferir se o que se diz confere com o que está escrito.
(Continua...)
A INCREDULIDADE QUE GERA SEDIÇÃO
Judas diz: que o "Senhor, tendo libertado um povo tirando-o da terra do Egito, destruiu, depois, os que não creram" (verso 5).
O argumento de Judas baseia-se na narrativa de Números, no capítulo 14, dos versos 1 a 30. No exemplo em questão o que aconteceu foi que o povo de Israel não creu no "relatório dos espias". A partir daí desenvolveu-se uma amargura misturada com incredulidade que acabou por provocar a ira divina. Aliás, aquela atitude já se tornara crônica, a tal ponto que Deus disse: "Nenhum dos homens que, tendo visto a minha glória e os prodígios que fiz no Egito e no deserto, e todavia me puseram à prova já dez vezes e não obedeceram à minha voz, nenhum deles verá a terra que sob juramento prometi a seus pais..." (Nm 14.22.) Assim é que muita gente vai-se tornando dissimuladora em função da amargura o da incredulidade, da incapacidade de crer nas promessas da Palavra de Deus. Quando isso acontece, para tais pessoas parece que todo discurso a respeito da provisão, da proteção e do poder de Deus não passa de um estúpido "triunfalismo suicida". Alguns conseguem articular esse estado interior a nível de queixa, de perguntas, de argumentos e de teologias. Quando é assim, é menos ruim. Mas há aqueles que emudecem os seus pensamentos e simplesmente agem de maneira contrária à graça de Deus e ao Senhorio de Cristo como expressão de sua hostilidade para com Deus e suas palavras "tardias em cumprirem-se". Portanto, devemos saber que a amargura habita a base espiritual da dissimulação. Somente a gratidão estimula alguém à obediência. Mas em contrapartida, toda ingratidão aprofunda a alma humana na hipocrisia.
O ORGULHO QUE NÃO SE CINGE DE LIMITES
O segundo argumento de Judas acerca das causas psicológicas do surgimento do espírito de dissimulação vem da vivência dos anjos. Assim como há homens tomados pela dissimulação, também há anjos. Aliás, ela brotou, metafisicamente, na dimensão dos anjos. Por isso alguns anjos ilustram muito bem esse estado de rebelião, amargura e insurreição contra os absolutos de Deus e o Deus Absoluto, pois "anjos, os que não guardaram o seu estado original, mas abandonaram o seu próprio domicílio, ele tem guardado sob trevas, em algemas eternas, para o juízo do grande dia" (verso 6).
A prova de que a conjugação das atitudes de Lúcifer virou Síndrome ê que outros anjos foram posteriormente afetados pelo mesmo mal, que se traduziu na incapacidade de conservar o "estado original" e de manter "seu próprio domicílio", ou seja, incapacidade de limitar-se à sua "própria dimensão". Ora, essa Síndrome se manifesta em anjos e homens, segundo Judas. Aliás, ao ver dele, diante das últimas notícias, não havia dúvida de que também está presente em algumas pessoas na igreja.
Sempre que as pessoas se rebelam ostensiva e deliberadamente contra o "estado original" da vontade de Deus para a vida humana e sempre que elas resolvem abandonar os limites morais, psicológicos e espirituais que Deus lhes impõe, repete-se, a nível humano, a rebelião primeira: a de Lúcifer. Somos desafiados por Deus a superarmos toda perspectiva de redução das nossas potencialidades humanas, mas não a superarmos a nossa condição humana em si, sob pena de nos desumanizarmos.
O PRAZER QUE SE TORNA IMPUREZA
No primeiro caso, a atitude de ingratidão e amargura gera a incredulidade; no segundo, ela brota do orgulho e da incapacidade de aceitar os limites do "projeto original" do Criador. Mas nessa terceira fonte de onde, pela associação às anteriores, pode surgir a Síndrome, o problema está na patologia do prazer.
O prazer é bom. Mas sua má administração pode adoecê-lo, tornando o prazer imediato em antiprazer a médio e longo prazo. Também, no primeiro caso, uma das causas da Síndrome atingiu indivíduos humanos — "os que não creram" (verso 5). No segundo caso, foram os anjos os contagiados pelo seu mal (verso 8).
Mas neste terceiro caso a Síndrome atinge sociedades como um todo, "como Sodoma e Gomorra e as cidades circunvizinhas que, havendo-se entregue à prostituição como àqueles (os anjos), seguindo após outra carne, são postos para exemplo do fogo eterno, sofrendo punição" (verso 7). Sodoma e Gomorra foram comunidades humanas que deram caráter absoluto ao prazer! Nesse caso é o psiquismo coletivo que está afetado.
Sempre que o prazer é absolutizado ele vira impureza e degradação na medida em que para realizá-lo, todos os outros absolutos são relativizados. É o rompimento com os princípios absolutos de Deus para a realização do absoluto do prazer.
O MISTICISMO PATOLÓGICO
"Sonhadores alucinados." (Verso 8.) Freqüentemente vemos pessoas em conflito com a verdade da Bíblia em nome de "revelações espirituais". São pessoas que, não tendo base bíblica suficientemente forte para sustentar um argumento, apelam para o pretexto da "revelação divina" que receberam, fazendo assim silenciar questionamentos. Quando as pessoas dão mais crédito aos sinais sobrenaturais do que aos princípios absolutos da Palavra de Deus, então os argumentos falsamente fundamentados em "sonhos inspirados" tornam-se mais fortes do que aquilo que a Bíblia diz.
E o pior, é que na maior partes das vezes o povo de Deus dá mais crédito aos "prodígios" e “pseudo-profecias” do que àquilo que diz a Palavra de Deus. Quanto a isso, devo fazer aqui uma ressalva: eu creio em visões e revelações como uma possibilidade contemporânea. Creio nisso porque creio na liberdade de Deus de agir como quer, nos limites morais da sua revelação: a Bíblia.
Existe também a questão da má fé, que acontece quando algumas pessoas são induzidas a terem sempre revelações de Deus para entregar a outras. Isso é freqüente nos grupos onde algumas pessoas são tidas como permanentes portadoras da revelação de Deus e são "procuradas" com essa finalidade. A cobrança é tão grande que algumas delas se sentem na obrigação de dar sempre alguma revelação. Depois de certo tempo isso vira hábito. E saibam, infelizmente é fácil impressionar "profeticamente" um grupo, fazendo algumas afirmações gerais e comuns à problemática da maioria das pessoas, fazendo que as mesmas, não consiguam perceber a dissimulação e a "revelação encomendada".
Nos dias de Judas era assim também. Baseadas em revelações divorciadas da palavra dos apóstolos e do ensino revelado nas Escrituras, pessoas estavam justificando seu procedimento leviano ou fraudulento, e iludindo o povo, sempre ansioso por novidades e incapaz de conferir se o que se diz confere com o que está escrito.
(Continua...)
domingo, 19 de abril de 2009
INDICAÇÃO AO PRÊMIO MELHORES BLOGUES DA CRISTANDADE
Fui indicado ao selo "Melhores Blogues da Cristandade, pelos irmãos Cristiano Santana - cristisantana.blguespot.com, e Wander Ribeiro - www.wanderribeiro.bloguespot.com. Agradeço de coração a ambos pela indicação tão amával.
As Regras para quem recebe o selo são:
1. Colocar o link do blog que ofereceu o prêmio ao seu blog;
2. Escolher outros sete blogs de conteúdo cristão (não importando a corrente ou denominação) para receber a premiação e colocar seus links no post que consta a premiação;
3. Comunicar os blogs premiados;
4. Colocar as regras e a imagem do selo (conforme o código abaixo, direcionando para este post original do prêmio) no post de premiação.
Estou indicando os seguintes blogues:
1. Debora Zibordi
2. Marcos Serafim
3. Cinco Solas
4. A Gruta do Lou
5. Verdades Nuas e Cruas
6. Marcelo Hagah
7. Point Rhema
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