quinta-feira, 26 de março de 2015

Pr. Samuel Câmara fala sobre a crise política no país e as próximas eleições da CGADB: “Não estou longe”.


Palmas recebeu na última quinta-feira (19), diversas lideranças nacionais assembleianas que vieram prestigiar o aniversário do pastor Jediel Lima, presidente da AD3, igreja localizada na região sul da capital, e Conselheiro Fiscal da CGADB (Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil).

Foto: JM Notícia/Maciel Martins
Pastor Samuel Câmara fala ao JM Notícia sobre a CGADB e qual sua posição atual sobre as próximas eleições em 2017.

Na ocasião estava presente também o pastor Samuel Câmara, Presidente da Assembleia de Deus Belém do Pará – Igreja Mãe. Câmara é atualmente considerado uma das maiores lideranças assembleianas do país e forte candidato para disputar as eleições da CGADB em 2017. Na última eleição, pastor Samuel Câmara concorreu pela terceira vez, o comando da CGADB, obtendo nas urnas 7407 (46%), contra 9003 votos (54%) do pastor José Wellington.

Pr. Samuel falou sobre o destaque do pastor Jediel Lima no meio assembleiano nacional, a postura da Igreja diante da situação de crise que passa o país e, principalmente, sobre qual é sua posição atual em relação à próxima eleição da CGADB em 2017 e a possibilidade de uma Terceira Via. 

PR. JEDIEL LIMA – UM LÍDER EM ASCENSÃO

Iniciando a conversa com o JM, o líder assembleiano falou que considera o seu amigo, pastor Jediel Lima, uma pessoa muito amada e não fica surpreso com o destaque por ele alcançado. Disse também que fica feliz em ser um colaborador desse crescimento(Pr. Jediel foi eleito Conselheiro Fiscal na última eleição concorrendo na chapa do pastor Samuel Câmara e, segundo ele, 90% dos votos que recebeu foi por causa do pastor Samuel).

Confira abaixo, na íntegra, a entrevista do pastor Samuel Câmara ao JM Notícia:

JM Notícia - O pastor Jediel Lima é um pastor que tem se destacado nessa nova geração de líderes assembleianos. Como o senhor vê ascensão do pastor Jediel em nível nacional?

Pr. Samuel Câmara - Eu fico feliz de colaborar, eu sou um colaborador. Acho que a eleição e ele ter concorrido junto com a gente foi um vôo, tanto que ele foi eleito e muito bem votado e está aparecendo aí e demonstrando esse talento do Centro-Oeste no Tocantins. Realmente não é uma surpresa, porque ele é uma pessoa muito amada, mas é uma alegria.

JM Notícia - Pastor, o país vive uma das suas maiores crises, principalmente na área da política. Em sua opinião como que deveria ser o papel da igreja neste momento em que o país se encontra nessa crise institucional? A convenção deve se manifestar ou deve se ausentar desse papel?

Pr. Samuel Câmara - Eu acho uma pena que nós sejamos tantos nesse país evangélicos e não estejamos temperando, não estejamos mudando a cara dessa nação. Alguma coisa não está bem para a gente dizer que o Brasil vai virar um país evangélico em pouco tempo, e a gente continuar com a violência, corrupção, imoralidade, desrespeito das autoridades. Nós somos luz, nós somos sal, nós temos que estar em todas as instâncias, não temos que ter medo disso, nós temos que avançar.

JM Notícia – Parte dos assembleianos dos pais já gostaria de saber se o senhor é pré-candidato à presidência da CGADB para as eleições de 2017?

Pr. Samuel Câmara - Eu acho que hoje menos do que sempre, menos do que sempre. Se Deus tiver um projeto, Ele vai ter que limpar essa área toda. Eu já disputei três eleições, já colaborei bastante para essa nação, não duvido dos projetos de Deus, mas eu acho que a geração que está aí está muito enraizada e imagina que liderar a Convenção é hereditário. Lamentavelmente tenho que dizer isso. Tomara que o país tenha a oportunidade de experimentar, seja comigo, seja com outras pessoas, novos ares.

JM Notícia – Como o senhor vê a possibilidade de uma Terceira Via?

Pr. Samuel Câmara - Olha eu não sei te dizer. É muito difícil arrancar essa árvore que inusitadamente se plantou durante 25 anos em uma instituição cuja sua tradição é: Um mandato sem eleição. Outros que tentaram, foram aleijados, defenestrados, foram expulsos quase da nossa igreja. Eu não sei se alguém tem coragem ou não! Eu sou um sobrevivente, se não fosse à misericórdia de Deus, eu já estaria também fatalmente desqualificado. Mas eu não vou batalhar com minha força, com meu braço por isso, eu continuo crendo que Deus pode mudar um dia para o outro, se ele quiser, Ele vai fazer, seja comigo ou com outra pessoa, não estou longe! Fui expulso da Convenção, para eles, eu não devo estar na Convenção, porque eles têm medo, sempre fazem assim com qualquer pessoa que Deus levanta. Eu, ele não conseguiu ainda, e se Deus quiser eu to aí.

Fonte: http://www.jmnoticia.com.br/

quarta-feira, 25 de março de 2015

Subsídio para EBD - A Igreja e a Lei de Deus


Se você ler Colossenses, Gálatas e Hebreus não terá dúvidas quanto ao fato de que tais coisas passaram, já começaram prontas para acabar, (Heb 8:6,7,13). Até os profetas do V.T. já tinham insights disso. A Lei hoje só existe para regulamentar relações sociais, mas não tem nenhum valor aos olhos de Deus se não se fizer acompanhar de fé.

O mundo acabou em Cristo. O mundo, a Lei, a circuncisão, os cerimonialismo, os sábados, as luas novas, as festas, os sacerdócios, os levitas, (Gálatas 3:19,22,24,25,26). Tudo isso acabou como era ANTES. AGORA, cada uma dessas coisas tem outro significado, e nenhum deles é Legal. AGORA, somos chamados a ter uma outra justiça; a justiça que vem da fé em Jesus, e que excede em muito a justiça dos fariseus e dos interpretes da Lei — os de ANTES e os de HOJE.

Cada uma dessas coisas tem agora outro valor. O mundo é nosso—exceto aquele que jaz no maligno, que em geral a “igreja” não chama de mundo, mas de sucesso, honra e poder. A Lei morreu na Cruz, para sempre. E quem tenta ressuscitá-la pisa o sangue da aliança, conforme Hebreus. A Circuncisão agora é uma obra no coração e na consciência, e se realiza em fé no que Jesus fez na Cruz.

Os sacerdócios agora já não são mais da tribo de Levi, mas segundo a Ordem de Melquizedeque, e são universais; isto é: para todos os homens. Os levitas não existem mais. Essa ressurreição atual de “levitas” é infantilidade, e suave retorno à Lei. Os cantores de hoje são só cantores. Louvor não é música—pode até ser. Louvor é tudo que é feito com ações de Graça. O que passar disso é a industria da música desejando criar um legalismo para dar autenticidade aos seus ganhos. O Dízimo não é mais legal. No culto a Deus não há mais nada Legal. Tudo é existencial; ou seja: tem a ver com a oração do publicano, não com a oração Legal do fariseu.

Até o dízimo não existe mais como “dízimo” no sentido “Templo/Estado”, mas sim atualizado à luz de II Coríntios nos capítulos 8 e 9 como contribuição. As contribuições devem exceder o “dízimo”, assim como o amor excede as obrigações da Lei. Ou seja: muitas dessas coisas podem ser praticadas como meras simbolizações nos contextos judaicos, mas não para nós, os gentios; à menos que queiramos virar judeus, deixar a Graça, e nos submetermos outra vez à Lei. Se é assim, Paulo diz: da Graça decaístes! Era assim que Paulo, o apóstolo dos gentios, fazia e nos ensinou a proceder. Em Cristo tudo se fez novo. Tudo! No dia que os cristãos abrirem os olhos e crerem no Evangelho haverá uma revolução!

Quanto a Jesus ter vindo para cumprir a Lei, eles se perguntavam: Que Lei? Afinal, Jesus era o des-cumprimento de suas “Leis” a fim de poder ser o único cumpridor da Lei da Graça em nosso lugar, para, então, dizer: “Está Consumado”.

Até mesmo o des-cumprimento da Lei pelos homens, todo aquele que, Jesus trata com relatividade quanto a seus efeitos. Ensina-la erradamente, faz alguém ser pequeno; ensina-la corretamente e vive-la, torna alguém grande no reino dos céus. Assim Ele está dizendo que não se deveria jamais ensina-la de modo adaptado e nem tampouco cumpri-la de modo farisaico ou religioso, pois, para Ele, a justiça excede as exterioridades na direção de dentro, pois, nasce no coração.

O que segue é uma des-construção total de todas as “interpretações” da Lei, especialmente as explicitamente defendidas pelos discípulos da teologia dos amantes da lei, os escribas e fariseus dos dias de Jesus e seus confrades em nossos dias!

“Não matarás”— era o que estava escrito. Homicídio, todavia, é algo que sempre começa, lentamente, nos ambientes de causa e efeito das normas adoecidas do coração, e tem uma progressão que vai da ira sem motivo às tentativas de des-construir o ser do próximo. Por isto, Ele ensina que todo homicida existencial precisar se livrar dos desejos de morte durante o caminho, do contrário, duas coisas lhe acontecerão: ele nunca mais terá nenhuma razão para falar com Deus ou tentar cultua-Lo e, também, esse homem se tornará vítima de seu próprio ódio e se alimentará de suas próprias carnes, por muito tempo—pelo menos enquanto o tempo for tempo!

O adultério, para Ele, acontecia na cama—ou em qualquer outro lugar—apenas depois de ter sido praticado muito tempo antes no coração. Portanto, os maiores adúlteros podem nunca ter praticado um ato sequer de adultério. É quando o fazer é um detalhe se comparado ao permanente estado de ser dos que nunca cometeram historicamente o delito, mas que vivem em permanente estado de imersão interior nos abismos e dinâmicas permanentes do adultério fantasioso.

“Guardai-vos de exercer a vossa justiça diante dos homens, com o fim de serdes vistos por eles; doutra sorte, não tereis galardão junto ao vosso Pai que está nos céus”.

Neste ponto Ele diz que a Lei e os Profetas não eram inimigos entre si. Ao contrário, os Profetas haviam sido os melhores interpretes da Lei. Ou seja: antes do Verbo haver se encarnado, foi nos Profetas que a Lei encontrou sua interpretação e seu melhor cumprimento existencial.

Jesus, porém, nos diz: “Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a lei e os profetas”.

O “resumo” que Jesus faz de todo o seu ensino é horroroso para o coração honesto. Primeiro, porque ninguém, de fato, indo dos abismos da alma à prática cotidiana, consegue encarnar o tempo todo essa verdade. Ao contrário: nós vivemos a maior parte do tempo de modo oposto, pois, uma das coisas que a Queda gerou em nós foi um terrível poder de auto-engano e auto-anestesiamento.

Sem falar que quando alguém não se trata bem costuma piorar no tratamento com o próximo. Aqui todos nós temos que humildemente assumir nosso déficit de bondade e nossa profunda capacidade de nos anestesiarmos na vida. A prova disto é que o mundo é como é—e, pior ainda: a “igreja” é como é!


Somente na Cruz de Cristo Deus-enfrenta-Deus, e Deus se aniquila e se supera a um só tempo. Na Cruz, Deus vence a Si mesmo e Sua Misericórdia prevalece sobre o Seu próprio juízo; sendo Suas palavras finais a respeito desse Combate, as seguintes: “Está consumado!”

A Graça inverte os pólos da Ética, que, em Cristo, se vincula não à Moral, mas à obediência amorosa a Deus; e se expressa como resposta da consciência do amor à inconsciência do próximo, mesmo que seja o inimigo! Conforme o apostolo João, a si mesmo se purifica, no amor, todo aquele que tem em Jesus sua esperança. Dessa forma, o Evangelho insiste em que se ande no Caminho da Vida, cuja Porta é Estreita—embora esteja aberta a todos—e que nos põe sobe a Lei do Amor.

O Evangelho insiste em que a Lei do Amor é o melhor de todos os fundamentos para a vida!
“Quem me ama, guarda os meus mandamentos; assim como eu amo o Pai e guardo os Seus mandamentos. E os mandamentos, são um: que vos amais uns aos outros, assim como eu vos amei.”