quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Lição 2 CPAD – A Criação de Eva, a Primeira Mulher

Para ajudar com como subsídio para a lição 2 - A criação de Eva, a primeira mulher, posto um vídeo do Caio Fábio gravado há quase 20 anos atrás quando ele fala sobre a Síndrome de Eva. Depois do vídeo do Caio, um trecho do livro, que sou co-autor do IMP - Instituto Missão aos Povos, sobre O Homem, imagem e semelhança de Deus.



O homem foi criado à imagem e semelhança de Deus, para amá-lo, obedecê-lo e seguí-lo. Vestígios desta verdade se encontram até mesmo na literatura gentílica. Paulo assinala, ante os atenienses curiosos, no Areópago, que alguns dos mais famosos poetas gregos, entre os quais Cleantes e Arato, disseram: “Porque dele (Deus) também somos sua geração” (At 17:28).

Grandes vultos da Igreja Primitiva, comumente chamados de “Pais da Igreja”, tinham como ponto pacífico a crença quanto à imagem de Deus no homem, a qual consistia principalmente nas características racionais e morais do homem, e em sua capacidade de santificar-se. Alguns deles foram levados a crer e incluir nos seus escritos que o homem, como imagem de Deus, possui também características físicas de Deus.

Irineu e Tertuliano fizeram uma distinção entre a “imagem” e a “semelhança” de Deus, encontrando na primeira as características físicas de Deus no homem, e na segunda a natureza espiritual no homem. Contudo, Clemente de Alexandria e Orígenes refutaram a ideia de qualquer semalhança corporal entre o homem e Deus e sustentaram que a palavra “imagem” denota as características do homem como homem simplesmente, enquanto que a palavra “semelhança” fala das qualidades que não são essenciais no homem, e que podem ser cultivadas ou perdidas. Este conceito foi também difundido por Atanásio, Hilário, Ambrósio, Agostinho e João de Damasco.
“Homem” – Uma Definição
“Homem” vem do latim homo, palavra que segundo opinião de alguns filósofos vem de “húmus”= terra. No hebraico, língua original do Antigo Testamento, adam, nome dado ao primeiro homem, Adão, é traduzida por “aquele que tirou sua vida da adamah”, da terra. Esta interpretação deve ser abre aceita, principalmente quando analisada à luz do que Deus disse na sentença final do homem após sua queda: “...tu és pó e ao pó tornarás” (Gn 3:19).
O termo “imagem de Deus” relacionado ao homem, fala da indelável constituição do homem como ser racional e como ser moralmente responsável. A imagem natural de Deus gravada no homem consiste dos seguintes elementos: o poder do movimento próprio, o entendimento, a vontade e a liberdade. Neste particular está a diferença marcante entre o homem e os animais irracionais.
O primeiro ponto que serve de distinção entre o homem, como imagem de Deus, e os animais irracionais, é a consciência própria. O homem tem o dom de fixar em si mesmo o pensamento, e isto o faz consciente de sua própria personalidade. A faculdade que ele tem de proferir o pronome EU abre um abismo instransponível entre ele e os animais. Nenhum animal jamais pronunciou EU, e a razão, é que eles não têm consciência própria. (ESBOÇO DE TEOLOGIA SISTEMÁTICA, A. B. Langston).
Como imagem de Deus que o homem é, ele ainda se distingue dos irracionais: a) pelo poder de pensar em cosias abstratas; b) pela lei moral que se evidencia no seu comportamento em busca de uma perfeição maior; c) pela natureza religiosa que em potencial existem em cada um ser humano; d) pela capacidade de fixar um alvo maior a ser alcançado no tempo e na eternidade; e) pela consciência da intensidade da vida humana; f) pela multiplicidade das atividades humanas, que, conjuntas, somam o bem comum daquele que as desenvolvem.
  Pássaros são semelhantes a outros pássaros. Cães são semelhantes a lobos. Mas cães não são semelhantes a pássaros. Montanhas são semelhantes entre si, oceanos são semelhantes, mas a montanha não se assemelha ao mar. O mar não lembra montanhas, nem aves lembram cães.É característica dos semelhantes que um lembre do outro. Há coisas em comum que os fazem, não iguais, nem parecidos, mas criaturas que se lembram.
O dicionário Aurélio define a palavra semelhança como "Relação entre seres, coisas ou idéias que apresentam entre si elementos conformes, além daqueles comuns à espécie". Vale dizer: semelhante não é igual. Nem necessariamente parecido. É alguém que lembra alguém ou algo que lembra algo, porque tem características em comum.
Deus e Eu.
Nesse sentido é que a Bíblia afirma que o Homem é feito à imagem e semelhança de Deus (Gen. 1,26-27) e a teologia cristã afirma que somos semelhantes a Deus. Em nenhum momento a Igreja quer dizer que Deus se parece conosco. Nem pode afirmar que Deus se assemelha a nós. Ele não pode ser comparado a nada e a ninguém. Quem se assemelha somos nós, que precisamos ser comparados.Se alguém tem algo que lembra alguém, este alguém somos nós, que temos valores que lembram a idéia de Deus. Já, Deus, existiu antes de qualquer criatura e poderia continuar existindo e sendo ele mesmo sem nós. Assim, é preciso uma certa dose de humildade para entender o que isso quer dizer: O ser humano lembra a existência de Deus. A idéia de ser humano pode levar à idéia de Deus.
Deus não se parece conosco, mas o ser humano tem algumas qualidades que apontam para Ele, o OUTRO, O grande ser, Aquele que é quem é. Somos semelhantes, mas estamos longe de ser COMO DEUS. Uma passagem Bíblica (Ap. 12,9; Mt. 25,41) diz que a revolta dos anjos teve esse teor: Lúcifer (que significa o porta-luz) quis ser COMO DEUS. Miguel (que significa quem é como Deus?) expulsou Lúcifer e seus anjos revoltosos do paraíso. Por não aceitar apenas uma leve semelhança e querer mais do que isso, Lúcifer -porta luz-, tornou-se Satanás, o tentador, o inimigo, ou diabo, aquele que separa ou confronta. Essa história ensina o suficiente sobre o nosso lugar de criaturas humanas.
Podemos, com a nossa vida apontar para Deus, mas nunca seremos pequenos deuses, nem pedaços de Deus. Somos humanos. Há uma distância infinita entre Ele e nós. Deus só está perto porque quis estar perto. Por isso o chamamos Emanuel, Deus no meio de nós.
Fonte: Trechos do meu livro que foi lançado pelo IMP - Instituto Missão aos Povos em dezembro/2015, sob o título: O Homem, imagem e semelhança de Deus.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

O CONFLITO EUA X IRÃ E O PÓ DA TERRA


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Hoje, janeiro de 2020, esperamos, tragicamente unidos, o desencadear de um processo político-espiritual.
Digo isso, porque o conflito EUA x Irã x Iraque, não é somente um conflito de ordem geopolítica, mas também de natureza espiritual.

A Serpente vive de se alimentar do pó da Terra, da produção do planeta e da cultura dos humanos (Gênesis 3:14). O homem foi formado do pó da Terra (Gênesis 2:7). Assim, não há ação humana que não implique numa tentativa satânica de apropriação dela. Os principados e as potestades se condicionam ao “pó da terra” que nós levantamos atrás de nós.

E ao mesmo tempo, também nos condicionam de volta, retroalimentando indefinidamente o processo.

Ou seja, nós oferecemos a matéria-prima e eles nos devolvem um produto acabado!

Os Principados e Potestades se alimentam das produções da Terra, é fácil se verificar isso numa breve olhada na televisão no dia de hoje. Você verá, entre várias, uma manifestação clara desse fenômeno espiritual coletivo:

Trump deixa claro que não dará tréguas ao Irã. O povo iraniano o vê e ouve. Atitudes de oração e reverência são expressas nos seus rostos. Sua convicção: “Nós, os velhos, já vimos quatro guerras — deposição do Xá/Revolução islâmica (1979), guerra Irã  x Iraque (1980-1988)e a Guerra do Golfo (1991), Invasão do Iraque (2003) — e ainda estamos aqui!”

Ora, o Iraque de hoje já foi a Babel de muito tempo atrás; já foi a Babilônia de Nabucodonozor e todas as histórias da História; já foi a Pérsia de Ciro, o Grande; e foi sempre a terra dos Gênesis, dos começos e dos seres que morrem por causas, em nome de sua antigüidade, seu direito, seu poder, sua riqueza, sua tradição, seus deuses, depois por seu Deus — Javé , Jesus e Alá — e, agora, por sua própria Civilização, ou seja, their own way of life!

No tempo em que o Iraque de hoje ainda era a antiga Mesopotâmia-caldaico-babilônico-persa, o profeta Daniel disse que ali havia um “principado” muito poderoso no mundo do espírito. Esse Principado Espiritual fazia objeção aos movimentos histórico-espirituais do verdadeiro povo de Israel dentro da nação de “Israel” — sobretudo os encarnados e simbolizados em Daniel e seus amigos na corte dos tiranos que se sucederam.

Esse confronto foi tão intenso ao ponto de Miguel, o Arcanjo, ter saído em defesa de um outro mensageiro espiritual, que contra aquele Principado combatia já durante vinte e um dias. Somente depois desse socorro espiritual especial é que o mensageiro celestial pôde falar a Daniel.

A dimensão espiritual do embate somente pode ser negada por um cético sem compromisso nem com o que lê nem com o que diz crer na Bíblia. Era um ser celestial dizendo que havia um Principado Espiritual naquele lugar. E ainda avisa que outros Principados ali habitariam e ali mesmo seriam chamados por outros nomes e culturas.

E a leitura da Bíblia e da História confirmam este fato mundial até a manhã deste dia. O líder iraniano é apenas a versão islâmica de “outros” que o antecederam, ainda que todos, sem o saberem, tenham obedecido ao mesmo Principado e à mesma Potestade espiritual.

O Irã cumpre hoje ali um papel visível também cumprido por outros antes dele. Como, todavia, as culturas, as morais, as religiões e os costumes mudaram — e suas formas de expressão também —, eles, os principados, as serpentes que se alimentam das produções da poeira levantada pelo caminhar dos humanos, continuam atualizados.

Trump que o diga! Pena que ele não saiba como combatê-los! Pois se o soubesse, não lutaria contra eles nem com carne e nem com sangue, mas com oração!

Afinal, está dito, mesmo que não esteja assim “escrito”, porém, “escrito está”!

Ontem o Iraque se apresentava com cara de Babilônios, assim o como o Irã que era a Média e a Pérsia. Hoje com faces de aparência árabe no caso dos iraquianos, pois os iranianos são persas. Ontem eles eram politeístas. Hoje são monoteístas e servos de Alá. Ontem eles queriam dominar o mundo. Hoje eles não querem ser invadidos pelo “mundo” e, para o evitar, estão dispostos a destruir-se na tentativa de destruir “aquele” que o destrói.
Todavia, é o mesmo Principado Espiritual e a mesma doença do poder. O Iraque de hoje ainda é o lugar onde as línguas dos homens estão sendo confundidas.

Do contrário, o mundo inteiro estaria falando a mesma língua, e, quem sabe, falando todos a mesma língua nos “entendêssemos” tão bem, que nos mataríamos mais rápido; ou, no melhor caso: nos sujeitaríamos mais facilmente ao Big Brother Político! a Grande Babilônia, que deseja dominar o mundo! Que ironia! é a Antiga Babilônia tentando se defender de Uma Grande Babilônia, que deseja tomar o seu lugar.

A Grande Babilônia não tem geografia fixa. Já a Antiga Babilônia a possui. Daí, talvez, sejamos tão moralmente mobilizáveis contra ela; afinal, ela tem história e cara visíveis aos olhos. Já a Grande Babilônia é um espírito que possui toda a terra!

Talvez seja a Antiga Babilônia a força que agora ainda retarde o avanço da Grande Babilônia, e seu anseio por engolir tudo, inclusive almas humanas.

O que é isto?

São os principados e potestades fazendo uma possessão “super bem aculturada”. Aliás, em quase todos os sentidos, nunca uma geração teve tanta chance de assistir à tais fenômenos como a nossa. E pior: de ficar possessa de seus “espíritos”.

Agora tudo isto já é passado. A guerra está às portas e nós vamos assisti-la como a um show de horrores.

Oremos!

O mundo viverá em permanente estado de medo. O Armagedom se ensaia, pois Rússia e China podem ainda ter um papel a cumpir. Mas antes os demônios do Eufrates se levantarão.

Este é o pó do pós guerra! E como a Serpente se alimenta dele, não dá para negar que poucas vezes lhe servimos banquete tão farto.

E mais: como Satanás não combate a Satanás, o mundo pode estar “dividido”, mas as forças espirituais estão unidas. E como sabemos, eles estão aí para matar, roubar e destruir!

As consequências de uma guerra sempre são funestas.

Uma vez vez desencadeado o processo, não há promessa americana que possa parar esse rio de morte!

O Islamismo não é seduzível pelo canto das sereias americanas! Resistir a América é uma questão de obediência a Deus, a Alá!

O que vejo adiante é ainda muito pior do que aquilo que hoje, com as armas erradas, se pretende combater!

Com temor e tremor, e pedindo a Deus para estar errado.

Observação: a imagem acima é da estátua e dos animais descritos no livro do profeta Daniel, capítulos 2 e 7.