sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Ainda sobre o padre e a pastora no Programa do Faustão

Veja abaixo algumas repercursões tiradas de dois blogs sobre o encontro do Pe. Fábio de Melo e da Pastora Ludmila Ferber no Programa do Faustão dia 12/12/2010. O primeiro é de um blog católico e o segundo reproduziu uma matéria do Jornal O Globo:
1) "Acabo de ver o grande encontro do Padre Fábio de Melo com a “pastora” Ludmila Ferber, no programa do Domingão do Faustão, durante uma ação promocional da Som Livre para vender cds religiosos por ocasião do Natal – e que, estão dizendo, rendeu 45 pontos de audiência ao programa.
Vestidos como homens , o que causou-me dupla surpresa já que padre não se veste como homem comum, mas como padre – e a “pastora“, sendo mulher, ainda que pense ser sacerdote, poderia bem usar roupas femininas, enfim… Bem, eles responderam a questões capiciosas da plateia sobre religião. A inédita pergunta sobre o celibato dos padres foi lançada para o Padre Fábio de Melo que, reconheço, marcou um golaço ao responder que padres não casam por uma razão cristológica, escatológica: para antecipar o que é eterno já que no céu ninguém se casa, nem se dá em casamento.
Mas o melhor, o melhor mesmo foi a participação dela… A mais famosa agente secreta do catolicismo tupiniquim! Nossa querida Ana Paula Valadão. Sim, senhores, a cantora-pastora acompanhava o grande encontro da Som Livre e COMEMOROU, por meio de seu twitter, a resposta do Padre Fábio de Melo sobre o celibato. Ora vejam só:

"Pe. Fábio de Melo explicando o celibato com sabedoria ousada tentativa de antecipar o que é eterno: Ninguem me obrigou a ser padre! Falou lindo!/ Preciso ser fiel a mim mesmo e aos compromissos que fiz com Deus! Otima resposta do Pe. Fábio de Melo".
Nunca na minha vida vi um protestante achar bonitinho esse negócio de celibato sacerdotal… Ana Paula, pelo visto, acha! Como assim que ela comemora a resposta do padre sobre celibato? É, pelo visto, Ana Paula resolveu atualizar sua caminhada rumo a Roma dos Papas! Que bom. Espero que ela assuma o quanto antes.
No mais, fica aí a lição… O que anos de discurso ecumênico não fizeram, a Som Livre fez, neste domingo, 12. O que a SomLivre uniu as igrejas não separam!"
2) Reunir padre e pastora no 'Domingão' não foi fácilFausto Silva abriu seu programa anteontem com a presença do padre Fábio de Melo e da pastora Ludmila, que cantaram juntos. O encontro foi resultado de meses de negociação. Vários pastores foram convidados — e recusaram. Todos tinham medo de desagradar seu público evangélico....E maisMesmo nos bastidores do programa havia um receio de a coisa não correr em total harmonia. Mas, na hora, isto não se confirmou. O clima foi bom, a plateia, calorosa, e os dois cantaram juntos sem problemas.Ctrl C: Patrícia Kogut
Fonte: http:\\mukamatrix-cd.blogspot.com
Meu comentário: Perguntar não ofende: Já pensou se colocassem no lugar da Ludmila, o Silas Malafaia com o padre. Como seria?

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

MEU TESTEMUNHO - PARTE 04 - A PRIMEIRA EXPERIÊNCIA PASTORAL

Em janeiro de 2002, depois de ter sido líder de jovens, professor de escola dominical, palestrante de missões, escatologia e heresiologia, fui pastorear minha primeira igreja. Fui o primeiro pastor daquela igreja, que naquele mês foi oficializada como congregação ligada a igreja sede. Antes, havia sido uma sub-congregação, onde chegou a funcionar uma reunião semanal de oração. Quando assumi a igreja, ela estava fechada, as tentativas anteriores de se abrir ali uma igreja, haviam sido até então, todas frustradas. No primeiro culto que dirigi, não sabia quantas pessoas iriam aparecer. No final do culto, havia 16 pessoas. Marquei a reunião de escola dominical e na primeira reunião, eu fui o superintendente e o professor de adultos e a minha esposa deu aula para as crianças. Os cultos eram em salão de um irmão da igreja. Com vinte anos de convertido, aquela estava sendo uma experiência única e singular na minha vida. Marcamos uma campanha de oração, todos os dias, e era interessante, porque todos os irmãos vinham orar. Com dois meses como pastor, realizei na rua, em frente a igreja, uma cruzada evangelística. O local era conhecido como um bairro onde as igrejas não prosperavam muito. O bairro era perto do rio da cidade, com histórico de cultos afros, e ponto de drogas. Me aconselharam a não realizar o evento, mas eu insisti, por ousadia e fé e também por teimosia de principiante. No final da cruzada de duas noites, 11 pessoas se decidiram por Cristo e não houve nenhum incidente contra o evento. Decidi que não iria ficar atrás de crentes, pescando em aquário. Comecei a visitar as casas dos vizinhos, e pouco a pouco, a igreja começou a crescer naquele local pobre da cidade. No mês de setembro daquele ano, recebemos um terrível golpe. Minha esposa, passou por uma cirurgia, para retirada de um dos ovários, e o exame acusou um tumor maligno. A solução segundo os médicos, ginicologista e oncologista era a chamada cirurgia radical (retirada do outro ovário, útero, trompas). Ela estava fazendo tratamento para engravidar. Foi um choque desesperador. Ela estava com 30 anos e eu com 34, e nós estávamos vendo o sonho de ter um filho se esvair. Fomos a um médico evangélico, ele chorou e disse que como médico concordava com a solução apresentada pelos outros colegas. Fomos para a oração e clamamos a misericórdia de Deus. Como sempre trabalhei secularmente, e certo dia em meu trabalho, no banheiro da empresa eu clamei a Deus e disse: “Senhor, não por barganhas, que eu não creio nisso, mas pela tua graça e misericórdia, eu te peço, faz um milagre!”. Cerca de um mês depois, com a cirurgia marcada para o mês de dezembro, o médico dela me ligou e disse que havia acontecido uma reversão do quadro, pois mais 4 patologistas havia refeito o exame, e ela não precisava mais fazer a cirurgia, o tumor havia sido reavaliado como benigno. Graças a Deus, o milagre havia acontecido! Animado, preguei com renovadas forças, vi crises familiares de pessoas da igreja serem resolvidas, curas no corpo e na alma serem realizadas. Compramos um terreno e quando já planejava a construção do templo, fui chamado para ser pastor em outra igreja. Havia ficado ali, apenas um ano, mas as experiências foram muitas. Depois eu continuo.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Ludmila Ferber e Padre Fábio de Melo no Faustão - um ensaio ecumênico?





O programa do Faustão, de uns tempos para cá, anda tendo um “momento gospel”. Já passaram por lá: Aline Barros, Fernanda Brum, Ana Paula Valadão e agora a Ludmila Ferber em dupla com o Padre Fábio de Melo. A emissora carioca, antes fechada aos evangélicos, agora em seus comerciais exibe, clips de cantores evangélicos gravados pela Som Livre (gravadora ligada ao grupo Globo). No programa do último domingo, o que vi foi um quadro claramente ecumênico, onde a cantora nas perguntas, ora saia pela tangente, sem querer mostrar o posicionamento mais claro dos evangélicos. Entretanto, não a culpo, visto que no contexto atual do movimento evangélico, fica até difícil afirmar determinadas posições que represente o grupo todo, dado a diversidade de pensamento do segmento. Ao padre faltou explicar que o celibato, não é algo opcional na igreja romana, antes é algo imposto.
Mas a mensagem central que vai ficar gravada desde programa do Faustão, sem dúvida é a do ecumenismo. Alguém pode dizer: “Que lindo uma pastora/cantora e um padre/cantor cantando juntos na televisão!” Eu gostaria de dizer que sou contra o ecumenismo, por uma simples razão: Quando a igreja católica o promove não o faz no sentido de apenas estabelecer diálogo entre as religiões, antes o seu objetivo é a adesão, ou inclusão de todos sob as asas de Roma. O atual papa, não tem o carisma de seu antecessor, mas tem conseguido de forma mais sutil e, em menos tempo do João Paulo II, feitos como o de abrir as portas da igreja para os anglicanos descontentes.
Não sou contra o diálogo e até mesmo a luta em prol de determinados objetivos comuns, mas não sou favorável ao ecumenismo, porque se espera que os protestantes relativizem suas convicções em prol de uma pretensa unidade, enquanto que do lado do Vaticano, se mostram inflexíveis em algumas posições, inadmissíveis para um verdadeiro protestante, como por exemplo: a infabilidade papal, a doutrina do purgatório, a mariolatria e a veneração dos santos.