sexta-feira, 29 de julho de 2011

Promotoria acusa Testemunhas de Jeová de discriminação e o jejum da Universal

1° Notícia - Testemunhas de Jeová - O Ministério Público Federal no Ceará entrou com ação civil pública para impedir a igreja Testemunhas de Jeová de praticar suposta discriminação contra "ex-fiéis".
A ação, protocolada na última semana, foi motivada por representação do servidor público Sebastião Oliveira, 53, que foi expulso da religião. Depois disso, ele diz que passou a ser rejeitado por outros fieis por orientação da igreja.
O objetivo da prática, de acordo com a procuradora Nilce Rodrigues, é fazer com que o "ex-fiel" "caia em si e retorne a [religião de] Jeová".
Oliveira diz que foi expulso após escrever artigos em jornais sobre suas crenças. A orientação da religião é que apenas representantes oficiais se manifestem publicamente sobre a doutrina, conforme a Procuradoria.
Oliveira diz que perdeu seus amigos, pois a religião exige que um fiel só tenha relações com quem tem a mesma crença.
Ainda segundo o ex-fiel, colegas de trabalho "viraram a cara" e ele passou a andar só de carro pelo bairro para evitar a humilhação de ser ignorado por vizinhos. Nem com a irmã, que é da religião, conversa mais.
Segundo a procuradora, investigação comprovou que publicações da religião incentivam a discriminação contra ex-fieis e outras testemunhas confirmaram a orientação.
Rodrigues diz que a prática é discriminatória e que ninguém pode exercer pressão para manter "alguém filiado a uma entidade religiosa".
A ação, contra a Associação Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, que representa as Testemunhas de Jeová no Brasil, e a Associação Bíblica e Cultural de Fortaleza, representante no Estado, pede pena de pagamento de multa de R$ 10 mil por cada ato de discriminação identificado.
Foi pedido que a igreja não divulgue mais orientações sobre a forma de tratar "ex-fiéis" com discriminação.
Por meio de seu porta-voz, Walter Freoa, a igreja Testemunhas de Jeová afirmou que não se manifestaria.


2ª Notícia - Igreja Universal

Depois de lançar um canal de televisão na internet com 24 horas de programação religiosa, a Igreja Universal do Reino de Deus convocou seus fiéis a passar 21 dias sem consumir qualquer tipo de informação não religiosa.
O bispo Edir Macedo, líder da igreja, classificou o jejum de "abstinência audiovisual" em nota no seu blog.
Os fiéis não deverão ver TV, ouvir rádio, acessar a internet ou ler jornais que estejam veiculando informação secular (não religiosa).
O jejum vai da próxima segunda-feira, dia 1º, até o dia 21. O objetivo é promover uma "faxina espiritual".
"Será uma abstinência audiovisual de todo o lixo deste mundo. (...) Durante o jejum, o Espírito do Senhor descerá sobre todos os participantes sinceros", escreveu o bispo.
É a segunda vez que a Universal realiza esta abstinência audiovisual --a primeira foi em abril. Agora, porém, a igreja convoca os fiéis a assistir à Iurd TV, canal online lançado em maio. Macedo também é dono da Rede Record.
O chamado está no site da Arca Universal, portal de internet ligado à Iurd. "É de se esperar que mais pessoas se unam na mesma fé, pois agora está disponível para os internautas de todo o mundo a Iurd TV, com orações e mensagens de fé durante 24 horas", diz reportagem do site.
A Folha tentou contato com a Universal, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.


Fonte: Folha Online


MEU COMENTÁRIO: Apesar das duas notícias mostrarem assuntos diferentes e da prática de exclusão/disciplina/excumunhão, não ser privativa apenas dos Testemunhas de Jeová, sendo também praticada por outras religiões, uma palavra que na minha opinião resume esses dois noticiários seja a seguinte: Controle.

Sim, porque em uma religião se proíbe fiéis de se comunicarem com ex-fiéis e na outra os fiéis são convocados a não verem outra programação na tv por quase um mês que não seja a da própria igreja. O desejo de controlar as pessoas pela religião, não ocorre somente nessas duas denominações religiosas, mas em praticamente quase todas ou todas, em maior ou menor grau. Tem pessoas que não deixam determinado segmento religioso, mesmo não concordando, porque se não podem se ver rejeitados até pela própria família e perdem os todos os laços que considera de amizade dentro daquele meio. Agora, ver durante um mês só programa do estílo da IURD, para mim não é "jejum" é "castigo e penitência".




quarta-feira, 27 de julho de 2011

O massacre na Noruega, a morte de Amy Winehouse e a fome na África

Estou sem postar como gostaria, devido a correria que estou vivendo. No entanto, gostaria de comentar alguns acontecimentos no mundo como os do título acima. Acredito que as três tragédias demonstram na minha modesta opinião o seguinte:




- O massacre na Noruega revelou que não existe lugar seguro no mundo. O país nórdico, possui um dos mais elevados indicadores de vida no mundo, sendo sua capital, Oslo, a cidade onde anualmente se entrega o Prêmio Nobel da Paz. Não tem como não lembrar da tragédia no Rio de Janeiro, esse ano quando um atirador entrou numa escola pública atirando. Há um movimento em curso de xenofobia na Europa, ele cresce à medida que a imigração também cresce nesses países. A lição que eu tiro também desse triste episódio na Noruega, é da necessidade de se tomar cuidado como certas posições são assumidas, pois vejo com preocupação no Brasil, o embate entre os militantes do movimento gay e os religiosos, principalmente os evangélicos. É claro que eu tenho minha opinião pessoal, não concordando com a ideologia do citado movimento, no entanto acredito que é hora de separar as coisas, pois quando vemos um pai e um filho ser espancados, porque foram confundidos como um casal gay, temos que protestar, dizendo claramente que não concordamos com isso. Vejo uma certa beligerância nessa disputa, que não traz nenhum ganho para o evangelho.




- A morte da cantora Amy Winehouse, aos 27 anos, traz o recado de que as drogas, nivelam na morte, as classes sociais, matando ricos e pobres, famosos e anônimos. O bilionário comércio das drogas, enriquece traficantes (alguns dos quais não estão portando armas na mãos nas favelas e periferias e sim se passando como pessoas ilustres da sociedade) e empobrece e enluta as famílias dos usuários.




- A fome da Africa, principalmente no chamado “Chifre do Continente”, com países como a Somália, uma terra que tem sofrido durante séculos com o colonialismo, exploração das potências dominantes, guerra civil, ação climática desfavorável, se constitui numa região onde até agora, a atuação da igreja não tem se mostrado muito eficiente. Quando leio nos jornais que os líderes evangélicos como Valdomiro, R.R. Soares, Silas Malafaia, Edir Macedo, entre outros que gastam milhões de reais em horários de TV, para seus programas, fico pensando se em vez disso, pudessem ajudar com esse dinheiro o povo que passa fome na África ou no Brasil, estariam vivendo o ensino de Jesus, conforme ensinado na parábola do Bom Samaritano.




São apenas pensamentos soltos em meio a correria do dia a dia, mas fica aí para você refletir comigo.