Vem aí mais uma eleição. Nos últimos anos, o segmento da sociedade brasileira que mais se adensou politicamente, foi a igreja evangélica. Em razão de seu grande crescimento numérico e de demonstrações claras, por parte de alguns líderes, de uma imensa volúpia por alcançar posições de comando na vida nacional, a igreja evangélica tem sido objeto de várias investidas de todos os lados.
Primeiro, de dentro, surgem os que nem sempre tem compromisso com a fé ou com o preparo para o exercício político, mas que tem acesso às multidões de crentes que enchem os nossos templos. E aí, nessa hora, para alguns deles, vale tudo.
O esperançosismo evangélico, algumas vezes simplista, é usado ao extremo por esses que vendem à igreja, a idéia de que os males da nação só serão resolvidos, quando pessoas que se digam evangélicas estiverem em todos os lugares-chaves do país.
Além desses, há também os de fora, que chegam, geralmente por duas vias: a convite de alguns líderes inescrupulosos que negociam, pretensamente, o voto de toda a comunidade em troca de favores ou de mera sensação de proximidade ao “poder”. Ou ainda, mediante a investida objetiva e sedutora daqueles que vêm trazendo a proposta do “tudo isso te darei, se engajado me apoiares”. E alguns, seja por ingenuidade ou por maligno pragmatismo, cedem à tentação e aceitam fazer o que Jesus não fez; pois ao ser confrontado com algo semelhante, manifestou-se com um forte brado: “Arreda-te!”
É um ótimo negócio ser evangélico quando se pleiteia um cargo eletivo. Afinal, no Brasil de hoje, nós somos uma enorme minoria, com perspectivas concretas, nos próximos anos, tornarmo-nos maioria. Pela maneira como centenas de “pastores” – alguns incautos e despreparados – lançam-se a um lugar na política, dá-se a impressão de que se quer transformar no futuro, o Palácio do Planalto numa espécie de Vaticano: Estado religioso, dirigido por pastores e despachantes de igrejas. Pode ser o filme Constantiniano em versão nacional. Deus nos livre!
Pode haver militância política, mas que sejam representantes genuínos, legítimos e conscientes. Porque se não a igreja, torna-se “massa de manobra” nas mãos dos “espertos de fora” que marionetam os “bonecos de dentro”, a troco de carros equipados para evangelização, bancos para templos, terrenos para para a comunidade, ou empregos para parentes dos líderes.
A maioria dos nossos candidatos são “bonecos de ventrílogos”: sem voz própria, sem o mínimo de consciência ideológica, sem plataforma e sem programa. Tudo o que eles sabem é dizer: “Esta é a hora do povo de Deus”. Hora de quem e para o quê? – pergunto eu. Aqueles cujas únicas propostas são a criação de praças da Bíblia, título de cidadão honorário a pastores e lutas por querelas religiosos, não terão o meu voto.
Na minha opinião, pastor ou quem deseja candidatar que o faça. Mas, quem desejar pleitear um cargo desses, deve fazê-lo em nome de sua própria consciência como cidadão, e nunca como pastor, em nome da igreja e muito menos em nome de Deus. Fazer isto é ideologizar a Deus e a igreja. O fim é sempre blasfemo e corrompido.
Portanto, não sou contra cristãos na política, porém sou veementemente contrário à utilização da igreja para essa finalidade. Hoje tudo não passa de um grande nojo. Já pensou se o ministério terreno de Jesus, estivesse acontecendo agora e ele entrasse, nas igrejas em ano de eleição. Faria com azorrague e de lá expulsaria os cambistas da corrupção. Foi Ele quem disse que o “reino de Deus não é deste mundo e não está entre nós com visível aparência, visto que está em nós”.
SEJA BEM VINDO. Este blog nasceu da vontade de poder compartilhar, pensamentos e reflexões sobre os acontecimentos atuais e a aplicação da Palavra de Deus a nossa vida.A escolha deste título para o meu blog, foi porque acredito que se não for para vivermos o Evangelho de Cristo conforme Ele viveu e ensinou, nada vale a pena. INDIQUE ESTE BLOG A MAIS ALGUÉM E DEIXE UM COMENTÁRIO JUNTO A MATÉRIA QUE PORVENTURA TENHA GOSTADO.
sábado, 17 de julho de 2010
terça-feira, 13 de julho de 2010
Questionamentos sobre o arrebatamento e a grande tribulação
“Em caso de arrebatamento, este carro vai ficar desgovernado”. Esta frase é encontrada adesivada em muitos automóveis em nossas cidades. Para os não-evangélicos não faz o menor sentido. Mas para os evangélicos, principalmente os pentecostais, esta frase denota a crença na doutrina do arrebatamento secreto, defendida pelo sistema dispensacionalista de interpretação bíblica.
Segundo este sistema, a volta de Cristo seria dividida em duas fases, a primeira seria secreta e destinada unicamente aos crentes, enquanto a segunda seria pública e aconteceria sete anos depois dos crentes serem arrebatados e levados para o céu.
Os mais antigos se lembram de um hino cujo título era “O Rei está voltando”. Entre suas estrofes, se dizia que o mercado ficaria vazio (e não seria pela alta dos preços!), os aviões cairiam pela ausência súbita dos pilotos. Enfim, o mundo ficaria em polvorosa, e a mídia não se ocuparia com outra notícia que não fosse o desaparecimento de milhões de crentes pelo mundo a fora.
Cresci ouvindo isso. Ficava atormentado quando meus pais tocavam na vitrola o disco “A última trombeta”.
Depois de crescidinho, deparei-me com outros sistemas de interpretação, e mesmo formado em Teologia, já tendo dado aula de Escatologia em um seminário, decidi rever meus conceitos.
Dei-me conta que a doutrina do arrebatamento secreto não consta das Escrituras, e foi inventada há pouco mais de duzentos anos, por um tal de John Nelson Darby (1800-1882),e tornou-se febre entre os cristãos evangélicos por causa dos comentários de rodapé da Bíblia de Scofield.
A febre dispensacionalista alcançou um novo apogeu recentemente com o lançamento da série “Deixados para trás”, de Tim LaHaye e Jerry B. Jenkins.
Pregadores bradam de seus púlpitos: “Somos a última geração! A geração do arrebatamento!” Mas se contradizem quando gastam milhões na construção de catedrais suntuosas.
Recomendo que os leitores deste blog busquem comparar o sistema dispensacionalista com outros sistemas de intepretação da Escatologia Bíblia. Vocês se surpreenderão.
Fonte: hermesfernandes.blogspot.com/
MEU COMENTÁRIO: Creio na segunda vinda de Cristo (Hebreus 9:28), não em terceira vinda, que é o que o dispensacionalismo pré-milenista ensina, ao dizer que a vinda de Jesus ocorrerá em duas fases.
Sinceramente, que não vejo fundamento bíblico para dizer a vinda de Jesus será em oculto. A vinda de Jesus será visível: Todo o olho o verá (Apocalipse 1:7); virá do céu assim como subiu (Atos 1:11); Assim como o relâmpago, sai do oriente e se mostra no ocidente, assim será vinda do Filho do Homem (Mateus 24:27).
Jesus disse que “depois da aflição daqueles dias”, virá o Filho do Homem com poder e grande glória e os anjos recolherão o seus escolhidos dos quatro cantos da Terra (o arrebatamento), Mateus 24:29-31. A “aflição” que Jesus se refere é a Grande Tribulação (Mateus 24: 21,22).
Jesus chega a dizer que a aflição daqueles diria seria tal, que se os dias não fossem abreviados, nem os "escolhidos" se salvariam, Mateus 24:21,22).
A Besta combaterá os santos (Apocalipse 13:7). Segundo os dispensacionalistas, os mártires do período tribulacional são os “santos” que, o livro de Apocalipse se refere.
Ou seja, aí já tem uma tremenda contradição: se os que não subiram no arrebatamento da igreja, não estavam aptos para subir, ou “preparados”, porque então são chamados de “santos”?
Fica difícil entender a existência de duas categorias de crentes salvos. Os de 1ª categoria, arrebatados e os de 2ª categoria, os da tribulação. Por acaso, isso é um sistemas de castas indiano?
Tiago diz que Deus não faz acepção de pessoas. Parece até uma aula de sadismo: Enquanto a igreja está celebrando com festa seu casamento (as bodas) no céu, os que ficaram estão sofrendo a ira de Deus na terra e morrendo pelas mãos do Anticristo. É isso mesmo que a Bíblia ensina?
Entendo que, o livro do Apocalipse foi escrito para os crentes que estavam enfrentando a Besta do seu tempo, o Império Romano, através de Domiciano, que promovia a maior perseguição aos cristãos depois de Nero. Os crentes aos quais, o idoso apóstolo João escrevia, estavam sendo presos e martirizados.
Muitos da igreja primitiva esperavam o segundo advento nos seus dias.
Houve perseguição no Império Romano, na Idade Média e depois da Reforma com a inquisição, nos países comunistas da Cortina de ferro. Até hoje existe a igreja é perseguida em países como Cuba, Coréia do Norte, China e no mundo muçulmano. É só dar uma olhada na Revista Abertas.
As almas debaixo do altar, são os mártires, pessoas que foram mortas por amor a Jesus, no decorrer da História da humanidade.
Milhões de pessoas ao redor do mundo estão encantados com as histórias contadas por Tim LaHaye em seus livros e filmes intitulados Deixados para Trás (Left Behind), de linha pré-milenista e demasiadamente sensacionalista. Essa série, que já vendeu mais 42 milhões de exemplares.
Mas a vinda de Jesus não é um filme de ficção, nem de terror e sim é a esperança da igreja. Mas alguém pode perguntar: que esperança? Esperança, de que um dia, haverá um novo céu e uma nova terra, onde habitam a justiça. Esperança de naquele dia não haverá mais pranto, choro, dor e sofrimento. Por isso o Mestre, já ensinou a pedir na oração do Pai Nosso: "Venha o teu Reino".
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Prega a Palavra! Entrevista com Charles Swindoll
Charles Swindoll, 75 anos, está se aproximando de um momento no qual as pessoas costumam desfrutar suas vidas como aposentadas. Ele, todavia, não abre mão de continuar a pregar a palavra, e as gerações mais jovens ainda o têm como modelo. No passado, a Universidade Baylor e o jornal Leadership o consideraram um dos melhores pregadores da América. O Chanceler do Seminário Teológico de Dallas tem trabalhando no ministério pastoral há mais de quarenta anos, e já contribuiu, de diversas formas, com a publicação de mais de 70 livros. Suas pregações têm sido transmitidas por mais de 2000 rádios em todo o mundo.
Swindoll, que também é o pastor sênior da Stonebriar Community Church, em Frisco, Texas, começou a trabalhar recentemente em uma série de 27 comentários bíblicos, dos quais o primeiro foi Insights em Romanos (Zondervan). J R Kerr, um dos pastores da Park Community Church, em Chicago, falou com Swindoll e pediu que ele desse alguns conselhos a pastores mais jovens.
Cristianismo Hoje: Tem havido uma renovação na pregação centrada no evangelho, na qual o foco está na expiação, e em se fazer de Jesus um herói. Como você responde aos críticos que dizem que uma pregação muito focada em questões históricas tira a atenção do cerne do evangelho?
Swindoll: Ao apresentar o evangelho às pessoas, você as está apresentando algo no qual possam acreditar. Para isso, é necessária toda uma preparação. Você não chega, entrega a mensagem de maneira fria e se despede.
É necessário despertar um desejo no povo. Por exemplo, quando Jesus falou sobre o semeador, ele não apresentou nenhuma fórmula. Ao invés disso, ele se utilizou de uma realidade conhecida das pessoas – o semeador saindo a semear – e talvez tenha até apontado para um semeador que fazia seu trabalho, enquanto contava a estória.
Ao expor uma mensagem às pessoas, preciso fazer de tal forma que revele a elas as necessidades dos seu dia a dia; sua história. Algumas das coisas mais importantes a se pregar podem ser vestidas com roupagens históricas. É evidente que o objetivo é o de sempre pregar a Cristo, sua graça, amor, misericórdia, compaixão, discernimento e sabedoria. Acho que soa um pouco estranho criar uma estória só para encaixá-la na mensagem do evangelho. Nem todo texto carrega a mensagem do evangelho.
Cristianismo Hoje: Quais conselhos o senhor tem para jovens pregadores?
Swindoll: Gostaria que eles dissessem, ‘quero levar a sério minha tarefa de pregar a Bíblia. Não vou ficar enrolando o povo, fazendo da entrega da mensagem uma mera oportunidade de entretenimento.
Quero apresentar a elas a Palavra, fazer com que tenham interesse por sua mensagem. Quero caminhar pelos livros da Bíblia, apresentando o que é importante, e fazendo disso minha grande tarefa. Quero ser conhecido, em vinte anos, como um expositor.
Quero ser capaz de pegar as Escrituras e mostrar às pessoas como elas são relevantes. Quero começar a expor Romanos 1.1, e quando chegar ao final do capítulo 16, quero que as pessoas pensem, ‘como eu pude passar metade da minha vida sem conhecer essa mensagem?
Se eu, em algum momento, tivesse escrito um livro sobre pregação, ele conteria três palavras: pregue a Palavra. Livre-se de todas as coisas que lhe prendem e impedem de expor o evangelho com pureza; pregue a Palavra. 2 Timóteo 4.2 diz "pregue a Palavra a tempo e fora de tempo".
Um de meus mentores, Ray Stedmen, costumava dizer, "nunca tire o dedo do texto, a despeito de você estar expondo-o ou aplicando-o. Faça com que os olhos das pessoas estejam fixos nele, e fale acerca de Jesus". É simples assim.
Cristianismo Hoje: Como o senhor pretende viver seus próximos anos?
Swindoll: Quero pregar até que não tenha mais fôlego. Nada me incomoda mais do que a idéia de me ‘aposentar’. Coisas estranhas acontecem quando você se descompromete. Primeiro você fica muito mais negativo; depois você começa a contar para as pessoas sobre suas últimas cirurgias. Enfim você acaba perdendo os contatos com os outros. E eu não quero perder contatos.
Fonte: cristianismohoje.com.br
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