Foi o pai da psicanálise, Freud
que mostrou como boa parte do “nó” humano se ata à sexualidade. Ora, isto já inclui
a família.
Sexualidade, sexo, convívio, procriação, criação, ensino, aprendizado, manifestações de vida e personalidade, crises pessoais, angustias existênciais, competições, invejas, desvios de curso na vida, medo de amar, compulsão de amores,etc. Enfim, tudo isto passa pela família.
Mas se o problema é a família, a solução é em família! A Bíblia trata a família sem romantismo. A família é lugar de vida, esperança e alegria. A família é lugar de angustia, engano, disputas e alterações dramáticas de destinos.
Tudo começa com a mulher que seduz o homem, e o homem que deseja ser seduzido pela mulher: Adão e Eva.
A história de Caim e Abel, mostra que na família pode haver invejas e ódios homicidas. Noé sobrevive ao Dilúvio, mas não sobrevive a curiosidade sexual de seu filho Cão.
Sexualidade, sexo, convívio, procriação, criação, ensino, aprendizado, manifestações de vida e personalidade, crises pessoais, angustias existênciais, competições, invejas, desvios de curso na vida, medo de amar, compulsão de amores,etc. Enfim, tudo isto passa pela família.
Mas se o problema é a família, a solução é em família! A Bíblia trata a família sem romantismo. A família é lugar de vida, esperança e alegria. A família é lugar de angustia, engano, disputas e alterações dramáticas de destinos.
Tudo começa com a mulher que seduz o homem, e o homem que deseja ser seduzido pela mulher: Adão e Eva.
A história de Caim e Abel, mostra que na família pode haver invejas e ódios homicidas. Noé sobrevive ao Dilúvio, mas não sobrevive a curiosidade sexual de seu filho Cão.
Abraão anda com Deus, .mas não consegue andar com o sobrinho Ló: interesses econômicos determinam roteiros diferentes para eles.
Abraão, Sara e Hagar, formavam um triângulo de interesses procriativos, e também mostra que a ocorrência de barriga de aluguel é bem antiga, que se transformou num “caso” para o qual nenhuns dos três implicados estavam preparados.
A barriga alugada se sentiu dona (Hagar), a proprietária (Sara) logo viu que ela era a dona legal, mas já não era a dona real. Abraão achou fácil “anuir” ao pedido de Sara para que engravidasse Hagar, .mas sofreu quando a decisão de Sara, e Hagar teve que partir.
Os filhos de Abraão: Ismael e Isaque, nunca se deram bem, e suas descendências não se entendem até hoje. Raquel e Lia...que desgraça! Duas irmãs amando e disputando o mesmo homem a vida toda.
Jacó e Esaú: que tragédia! José e seus irmãos: que providencial maldade!
Moisés, Miriam e Arão: que invejas ridículas!
Hofni e Finéias, filhos de Eli...quanta dor para o pai: Icabode: foi-se a Glória de Israel!
Samuel, o homem que denunciou os filhos de Eli e que ungiu Davi. Porém, ele não deu sorte com os próprios filhos.
Elcana, pai de Samuel já soubera antes do filho que em família nem sempre se tem só o que se quer, e que freqüentemente, tem-se que carregar o que não se deseja.
Davi é interpretado como os irmãos como um presunçoso, arrogante, e cuja valentia era apenas um “show de supremacia” sobre os demais.
Davi e Saul: a pior história de genro e sogro de toda a Bíblia. Davi e Mical: um casamento político e acaba em política de casamento. Saul e Jonatas...separadamente juntos até a morte...
Davi e seus filhos:
Amnom ama a irmã Tamar: incesto. Absalão vinga a irmã: fratricídio. Absalão se insurge contra o Pai, Davi: rebelião e morte. " Absalão, Absalão, meu filho Absalão"!—é o eco eterno da voz do pai Davi ante o filho morto.
Davi, Urias e Bateseba: desejo, paixão, prazer. Depois então, engano, morte, perdas, tristezas, luto, e a continuação da vida.
Oséias, o profeta padeiro, teve que conhecer o casamento, por ordem divina, como vergonha: casou-se com Gomer, a mulher dele e de todos.
Mateus nos faz viajar pela genealogia de Jesus, que tem todo esse pessoal e suas angustias familiares como cenário, para nos dizer que a família é o problema, mas que a solução vem em família. Jesus é a solução que emerge das desolusões familiares e de suas próprias dissoluções.
A pergunta é: o que Jesus ensina sobre família? Há duas coisas que Jesus ensina sem falar acerca de família.
A primeira é que a família é sempre a última a enxergar a gente. O evangelho de Marcos nos fala disso (Cap. três). Seus familiares foram “prendê-lo” porque diziam que Ele “estava fora de si”.
A segunda fala vem de um ato da Cruz. “Mulher, eis aí o teu filho”—diz ele a Maria, mostrando-lhe o jovem apóstolo João. “Eis aí a tua mãe...”—conclui Ele. João a levou para casa. A família biológica e cultural freqüentemente não nos enxerga. Assim, é na Cruz que as pessoas podem se fazer família e se perceberem umas às outras.
Jesus não tem muito a dizer sobre família apenas porque tudo o que Ele diz passa pelo coração da família. O Evangelho é boa nova para todo o povo. É para todas as famílias da terra.
Portanto, o Evangelho é a mensagem de Deus para a família...e não apenas aqueles textos—que acabaram virando lei morta—que falam de e em família.
Os princípios para a vida em família são os mesmos para a vida. O que quereis que os homens vos façam...fazei isto mesmo vós também a eles! Assim, quem quer...dá!
Quantas vezes devo perdoar? Sete vezes? Em verdade eu vos digo...até 70X7: 490...por dia...se ele vier...o teu irmão...ou quem quer que viva assim, ao seu lado...e reconhecer a atitude patética...perdoa-o—diz insuportavelmente Jesus.
Mas não se precisa ficar na relação adoecida. Pode-se perdoar e se separar perdoadamente.
Perdão não é prisão...é libertação.
Em família Jesus sabe que há invejas e mágoas. Um filho aventureiro pode produzir um sentimento de amargura num outro filho neuroticamente responsável: o pródigo e seu irmão mais velho que nos contem a história.
Mas ao começar Seu ministério numa festa de casamento e ao fazer isso melhorando o vinho. Ou seja, Jesus apontava para a possibilidade de uma qualidade humana e relacional melhor no vinculo e na celebração do casamento.
Casamento tem que ser acasalamento de corpo, alma e espírito—não um papel com firma reconhecida ou um convite para uma liturgia religiosa, apenas! Casamento que não é acasalamento...é casulo...e nesse casulo lagartas não viram borboletas, mas cascavéis.
No N.T. o casamento não quer ser regido por leis, mas por amor. Eu nunca aconselhei nenhuma mulher que tenha me dito: Pastor, fale ao meu marido que cumpra o mandamento do amor conjugal, conforme Efésios Cinco!
Qual a mulher que gostaria de ouvir o seu marido dizer:
Ó vem, amada minha...eis que agora amar-te-ei como Cristo amou a Igreja...ofereço-me a ti em sacrifício—e apontar para a cama...?
O que vejo são homens demandando que suas mulheres os obedeçam, sem que as amem.
Assim, a mulher quer amor...e não o mandamento do amor. E os homens querem o mandamento da submissão, e não o amor que seduz e gera submissão e fidelidade na mulher pela via da conquista e da admiração.
Portanto, até mesmo os textos neotestamentários sobre casamento podem virar letra que mata, deixando de ser espírito que vivifica. O desejo de Paulo era que o casamento fosse algo leve. As circunstancias da vida eram difíceis (ICo Sete). Assim, diz ele, “os casados sejam como se não fossem”. Desse modo, o casamento passa a ser uma experiência-vivencia-existencial.
Aliás, é nessa direção que o sonho messiânico do V.T.—expresso por Malaquias—e que se cumpre no N.T. no nascimento de João Batista, nos aponta. O sonho é que os corações dos pais se convertessem aos seus filhos e vice-versa.
Desse modo, somos outra vez trazidos para a essência do Evangelho: ver a vida com os olhos do outro (pai ou filho), amar não para fazer o que outro acha bom, mas para realizar aquilo que a consciência chama de Bem!
Em família, não há formulas. Em família a única fórmula é aquilo que não nos dá forma nenhuma, pois, em si mesmo, já é a antiforma, que é a Graça, que sendo favor imerecido, acaba cabendo em todas as formas e ganhando todas as caras, isso se houver coração de um convertido ao coração do outro.