terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

Aliança Nacional LGBTQI+ entra com ação contra Assembleia de Deus do DF

 A ação civil pública pede R$ 5 milhões a título de indenização por danos morais coletivo

Pastor David Elridge (Reprodução)

A Igreja Assembleia de Deus de Brasília, está sendo alvo de uma ação ação civil pública por comportamento homofóbico protocolada pela Aliança Nacional LGBTI+ e a Associação Brasileira de Famílias Homotransafetivas (Abrafh).

O que culminou para a ação, foi o discurso feito pelo pastor americano David Elridge na UMADEB no dia 19 de fevereiro. Na ocasião, ele disse durante a sua pregação que “há um lugar reservado no inferno” para quem tem orientação sexual LGBTQIA+.


Na ação, as duas associações pedem a condenação da Assembleia de Deus, como anfitriã do evento em que foi feito o discurso considerado homofóbico, o pagamento de R$ 5 milhões a título de indenização por danos morais coletivos.


Caso haja a condenação, o montante a ser pago será destinado á “estruturação de centros de cidadania LGBTi+ ou a entidades de acolhimento e promoção de direitos da comunidade atingida, LGBTI+, a projetos que beneficiem a população LGBTI+ ou alternativamente, a reserva dos valores no Fundo de Direitos Difusos para projetos que integrarem seu rol nesta temática”.


Pede também que o vídeo com o discurso do pastor americano seja excluído de todas as redes sociais e demais plataformas da internet. E que seja publicada uma retratação nos mesmos meios e com o mesmo tempo do discurso de Elridge. Tal retratação deverá ficar no ar por um prazo mínimo de um ano.


A ação requer ainda que a Assembleia de Deus implemente “medidas e mecanismos de compliance antidiscriminatório para prevenção, autoregulamentação e fiscalização, para garantir a proteção aos direitos e princípios constitucionais e de normas internacionais (convencionais), impedindo que se produzam novas ofensas à comunidade LGBTI+ e novos danos venham a ocorrer”.


Fonte: https://www.fuxicogospel.com.br/2023/02/alianca-nacional-lgbtqi-entra-com-acao-contra-assembleia-de-deus-do-df.html


segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

Teologia Pentecostal: Pastor Paulo Junior menospreza “Rua Azuza” e teólogo dá aula em resposta

 

Pastor Paulo Junior e Teólogo pentecostal Gutierres Siqueira. Montagem JM Notícia

O teólogo Gutierres Fernandes Siqueira fez uma publicação em suas redes sociais rebatendo as afirmações do pastor Paulo Júnior, líder da Igreja Aliança do Calvário em Franca (SP). Recentemente, Paulo Júnior disse que o avivamento na Rua Azusa não passava de um embalo emocional e não um avivamento genuíno.

Gutierres é um dos teólogos pentecostais da nova geração mais respeitados no país.

Gutierres explicou em seu texto que o movimento avivalístico de Azusa foi um momento crucial na história moderna do cristianismo, liderado por William Seymour, um pastor afro-americano, que quebrou barreiras raciais e culturais ao unir cristãos de diversas origens em um único lugar. O evento foi caracterizado por uma grande fome por Deus, orações constantes, busca por transformação pessoal e mudanças sociais profundas.

+ Teólogo assembleiano refuta falácia sobre ‘impossibilidade de avivamento na igreja brasileira’

Segundo Gutierres, a opinião amplamente aceita é que o movimento avivalístico de Azusa foi um dos momentos mais significativos na história da igreja. E a opinião do pastor Paulo Júnior, além de mostrar falta de conhecimento e ser superficial, não reflete a opinião de muitos líderes cristãos e eruditos em teologia e história da igreja, como Alister McGrath, que destacam a inegável importância de Azusa na história do cristianismo.

A declaração de Paulo Júnior gerou críticas ao seu menosprezo pela teologia pentecostal nas redes sociais, com muitos seguidores criticando suas afirmações.

Leia o texto completo de Gutierres:

Recentemente, o pastor Paulo Júnior, líder da Igreja Aliança do Calvário em Franca (SP), disse a um seguidor em suas redes sociais que a Rua Azusa não foi um avivamento genuíno, mas apenas um embalo emocional. Não acompanho o Paulo Júnior e nem estou interessado no que ele tem a dizer sobre o pentecostalismo, mas, como é uma figura pública de bastante influência, cabe uma breve resposta.

O avivamento na Rua Azusa foi um momento crucial na história moderna do cristianismo. Em um período de intensa segregação racial, William Seymour, um pastor afro-americano, liderou um movimento que quebrou barreiras raciais e culturais ao unir cristãos de diversas origens em um único lugar.

O evento foi caracterizado por uma grande fome por Deus, que se manifestou por meio de orações constantes, busca por transformação pessoal, e mudanças sociais profundas.

Os relatos do período destacam a presença de um forte senso de chamado ao arrependimento, bem como uma forte ênfase na oração e no estudo da Palavra de Deus. Os participantes do movimento estavam profundamente comprometidos em levar a mensagem do evangelho para o mundo, o que se refletiu na grande evangelização que se seguiu.

A importância do movimento avivalístico de Azusa na história da igreja é inegável. A velocidade com que a mensagem do evangelho foi difundida pelo mundo, especialmente no Sul Global, é um reflexo da influência desse avivamento. Sem a paixão e o fervor dos crentes de Azusa, o mundo evangélico certamente não seria o que é hoje.

É importante notar que a declaração do pastor Paulo Júnior de que o avivamento de Azusa foi apenas emocionalismo não reflete a opinião de muitos líderes cristãos. De fato, a opinião amplamente aceita é que o movimento avivalístico de Azusa foi um dos momentos mais significativos na história da igreja. Verdadeiros eruditos em teologia e história da igreja, como Alister McGrath, por exemplo, destacam a inegável importância de Azusa na história do cristianismo.

A opinião do Paulo Júnior, lamentavelmente, é equivocada, mostra falta de conhecimento e é superficial.

Fonte: https://jmnoticia.com.br/mundo-cristao/teologia-pentecostal-pastor-paulo-junior-menospreza-rua-azuza-e-teologo-da-aula-em-resposta/