sexta-feira, 6 de junho de 2014

Danilo Gentili, já foi batista e pensou em ser pastor


O apresentador do SBT Danilo Gentili já convidou para ser entrevistado no talk show 'The Noite', algumas pessoas do meio religioso como os pastores Cláudio Duarte, Silas Malafaia, um pastor mirim, um pastor drag queen. O último a gravar entrevista no início do mês foi o Pr. Caio Fábio. Ou seja, polêmica é com ele mesmo - Danilo Gentil.

O apresentador é considerado um dos principais humoristas do Brasil no momento e com um programa a noite com boa audiência, rivalizando com o "Programa do Jô", exibido na Globo. Danilo Gentili ficou famoso no "Programa CQC" da Band, ganhou na mesma emissora um programa próprio. Atualmente está no SBT.

Mas o que talvez, nem todo mundo saiba é que Danilo Gentili, já foi membro da Igreja Batista e chegou a sonhar em ser pastor. Numa entrevista concedida a Revista Isto É. Leia abaixo:

Isto É - Você integrou a Igreja Batista e quase foi pastor. O que o atraiu na religião?

Danilo Gentili - A Igreja Batista foi muito importante nesse período em que eu perdi meu pai e minha irmã. Tive um pastor lá na igreja que era uma pessoa boa, que ajudou muito a mim e a minha mãe. Na igreja eu encontrei abrigo, fiz amigos, amizades que mantenho até hoje. Conheci muita gente legal. Mas, assim como larguei a religião católica lendo a “Bíblia” e vendo que nada do que estava escrito lá correspondia com o que os padres praticavam, o mesmo aconteceu com a Igreja Batista. Vi muito picareta vendendo mensagens erradas, defendendo fé por dinheiro. Então saí. Hoje não frequento nenhuma igreja. Brinco que sou monoteísta freelancer (risos).


Fonte: http://www.istoe.com.br/assuntos/entrevista/detalhe/183140_NA+TEVE+TEM+MUITO+RECALCADO+

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Matriz Pentecostal Brasil - Assembléias de Deus, 1911-2011


 Estou lendo um livro muito interessante contendo pesquisas históricas, principalmente, sobre as primeiras décadas da Igreja Evangélica Assembleia de Deus no Brasil. Título da obra: MATRIZ PENTECOSTAL BRASILEIRA - de 1911 a 2011. Editora Novos Diálogos. 



O autor é o sociólogo Gedeon Freire de Alencar. O mesmo é Doutor em Ciências da Religião pela PUC-SP, membro da Associação Brasileira de Historia das Religiões (ABHR) e da Rede Latino-americana de Estudos do Pentecostalismo (RELEP) e autor de outros livros. Eu já havia lido outro dele: "Assembleias de Deus. Origem, construção e militância - 1911-1946".

A denominação evangélica centenária já foi tema de outros livros como:
- História das Assembléias de Deus no Brasil. Emílio Conde. 1960, CPAD;
- História das Assembléias de Deus no Brasil. Abraão de Almeida, 1982, CPAD;
- As Assembléias de Deus no Brasil. Sumário histórico ilustrado. Joanyr de Oliveira. 1998, CPAD;
- História da Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil. 2004, CPAD;
- Dicionário do Movimento Pentecostal. 2007, CPAD;
- 100 Mulheres que fizeram a história das Assembléias de Deus no Brasil. 2011, CPAD.

Fora esses livros que poderiam ser classificados como "oficiais" pela CGADB, há outros que contam a versão do ministério de Madureira, da igreja "Mãe" de Belém do Pará, além dos biográficos, dentre eles poderiam ser destacados dois que são tidos praticamente como sagrados pelos assembleianos: "Enviado por Deus" e "Diário de um Pioneiro", sobre a vida dos pioneiros Daniel Berg e Gunnar Vingren, respectivamente.

O livro de Gedeon Alencar além de extensa pesquisa bibiográfica, deve ser lido como uma obra, digamos, de linha "independente". Ou seja, não tem compromisso com a direção intitucional, daí ele tecer algumas críticas à liderança assembleiana de ontem e de hoje. Isso não ocorre nas obras acima citadas, principalmente em relação a liderança atual, dado o vínculo institucional e empregatício dos autores, o que por sí só não traz nenhum demérito às obras deles, mas provavelmente limita sua análise crítica, principalmente com relação ao tempo presente.

Dígno de nota foram as menções ao que o autor de Matriz chama de "mito fundante", quando fala do incessamento dos dois primeiros pioneiros da AD depois de mortos, sendo que em vida, Gunnar Vingrem foi voto vencido junto ao seus colegas de ministério, suecos e brasileiros, principalmente quanto a posição da mulher no ministério, que no caso em questão se referia a Frida Virgren. Já Daniel Berg, depois de 1912 até o Jubileu de Ouro da AD em 1961 (dois anos antes de sua morte), quando recebeu uma placa comemorativa, havia sido relegado ao ostracismo. Até então o mesmo estava esquecido pela liderança da igreja, nunca foi lembrado para ser ordenado a alguma função ministerial, direção de igrejas. Vivia de forma muito modesta como colportor de Bíblias.

Frida Virgren é outra que foi "esquecida" pela história oficial da AD. Só recentemente sua memória  foi resgatada. Fica aqui a pergunta: Por quê será?

Eu ainda não terminei de ler o livro, mas estou gostando muito e recomendo como leitura obrigatória para quem quiser conhecer um pouco a história do pentecostalismo brasileiro.