quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Subsídio para EBD - Elias, O Tisbita


Ninguém sabe quem, nem onde Deus levantará o seu próximo profeta, aquele que apesar de imperfeito, luta em manter uma vida de santidade diante de Deus, que não se dobra diante da corrupção generalizada, não se rende ao sistema caído e cheios de vícios. Aquele que detém autoridade espiritual e moral para profetizar em nome do Senhor.

Satanás tentará deter, destruir, comprometer e calar estes homens, mas na graça de Deus eles persistem diante dos grandes desafios, dos desgastantes embates, dos ataques ferozes às suas famílias, e das lutas que vivenciam na arena do próprio ser. Elias foi um homem sujeito às mesmas paixões que nós, mas foi um homem que se colocou nas mãos do Senhor:

Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos, e orou, com instância, para que não chovesse sobre a terra, e, por três anos e seis meses, não choveu. E orou, de novo, e o céu deu chuva, e a terra fez germinar seus frutos. (Tg 5;17-18)

Para que alguém seja levantado pelo Senhor numa geração, não é necessário se mudar para os grandes centros urbanos, pedir carta de mudança para um grande ministério, articular meios de pregar em grandes eventos, ou se utilizar de algum tipo de marketing pessoal. É Deus quem torna os seus servos conhecidos, e quando assim resolve fazer, faz para a sua própria glória.

O Senhor engradeceu Abraão, fez um nome para Davi e deu um nome a Jesus que está acima de todo o nome. Da mesma forma que Jesus, Elias viveu num lugar inexpressível, onde a lógica humana não conceberia a ideia de que alguma coisa poder vir ou acontecer lá (Jo 1.46; 7.41). Da mesma maneira que Jesus, Elias não correu em busca dos holofotes, de reconhecimento e aplausos. Ele só queria fazer a vontade de Deus.

Os que se tornam conhecidos no Reino de Deus, e para a glória de Deus, não lutam, não brigam, não se vendem, nem negociam princípios e valores por isso. Simplesmente aguardam o seu tempo, e se deleitam em fazer o que Deus mandou, e onde mandou que fosse feito. Não são as habilidades, desempenho ou performance que faz um servo do Senhor ganhar notoriedade, mas, a sua disposição em obedecê-lo. A grandeza de um nome está diretamente associada a sua obediência a Deus, custe isso o que custar. Permaneça onde Deus te colocou, e somente saia na direção dele, debaixo de sua orientação e vontade.

Neste exato momento, enquanto seus olhos deslizam por estas linhas, há “Elias” sendo levantados pelo Senhor, saindo de Tisbé em direção ao centro da vontade do altíssimo, lugar de batalhas, enfrentamentos, fugas e vitórias, coragem e temores, provisão e escassez.

Elias não foi um homem de cultura ou condição social expressiva, mas foi um homem de fé. Sem fé, todo conhecimento, saber ou títulos não valem nada. Sem fé é impossível agradar a Deus e fazer a sua obra com eficácia, cumprir a carreira.

VOCAÇÃO, NATUREZA E AUTORIDADE PROFÉTICA
É Deus quem soberanamente vocaciona profetas. A vocação soberana de Deus para os diversos ministérios pode ser confirmada através de sua Palavra (Gn 12.1-2; Êx 3.10; Jz 6.9; 1Sm 16.1; Jr 1.5; Mt 20.23; Mc 3.13-19; Lc 1.31-33; Jo 15.16; At 9.10-16; 13.1-2; 20.28; Gl 1.15; 1 Tm 1.12-16; 2 Tm 1.8-11; Hb 5.4).

Profetas são representantes de Deus. São por Ele escolhidos de forma soberana, para serem receptores de revelações sobrenaturais, para ver como Deus vê, para perceber como Deus percebe, para entender como Deus entende, para falar o que Deus manda, para se compadecer como Deus se compadece.

Profetas são indivíduos que vivem desconfortavelmente, pois causam desconforto. Profetas são indivíduos que vivem pressionados, pois causam tensão. Profetas são indivíduos ameaçados, pois confrontam o erro e a injustiça dos poderosos. Profetas são indivíduos indesejáveis, pois denunciam o pecado.

O ministério profético autêntico não se compra nem se vende. Não é alcançado por troca de favores. Não se passa de pai para filho. Não se consegue com votos, numa eleição. Não se obtém por bajulação, paternalismo, ou coisa parecida.

Um ministério profético não subsiste ou se sustenta na força da popularidade, no patrimônio pessoal, na agenda cheia ou na eloquência. Poder em palavras e obras, mensagem e ensino fundamentados nas Escrituras, são as marcas de um ministério profético bíblico, e com autoridade espiritual legítima.






segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Pastores pedem heroína evangélica à Globo


Nos próximos dias, o coordenador dos projetos especiais da Globo, Amauri Soares, vai almoçar com o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo. Entre prato principal e sobremesa, o executivo e o religioso, que está à frente de 125 igrejas com cerca de 40 mil fieis no país, discutirão interesses comuns entre emissora e evangélicos.

Até o fim de janeiro, Soares também se reunirá com o bispo Robson Rodovalho, da igreja Sara Nossa Terra, que tem 35 templos no país e já atraiu para o seu rebanho familiares do apresentador Silvio Santos. Os encontros com os líderes evangélicos seguem uma agenda que teve início em 12 de novembro passado, quando Soares recebeu 17 deles no Projac, os estúdios do canal no Rio.

Durante horas, os religiosos acompanharam gravações e negociaram apoio e cobertura para a Marcha para Jesus, o Dia do Evangélico e o Dia da Bíblia. Por sua vez, os líderes prometem apoiar o Festival Promessas, que a Globo criou em 2011 para divulgar a música gospel. A emissora confirma os encontros mas não comenta detalhes das conversas.

"Nos últimos cinco anos, a Globo se aproximou desse público porque tem lhe conferido não somente peso de formação de opinião, mas também de mercado consumidor", explica Karina Bellotti, doutora da Unicamp que estuda mídia e religião. Para ela, "é importante destacar que a bancada evangélica cresceu no Congresso, assim como o poder aquisitivo de muitos evangélicos que ocupavam a classe C".

"Se você for colocar qualquer coisa aí [na reportagem], põe que não há nenhum acordo para nos proteger", ressalta o pastor Silas Malafaia. "Que cada pastor que pague a conta pela sua besteira." "A decisão [de abrir mais espaço para evangélicos] é deles", completa Rodovalho.

MOCINHA EVANGÉLICA
Para os dois, chegou a hora de a Globo quebrar o último grande tabu: investir em personagens evangélicos na teledramaturgia. Quiçá numa mocinha do horário nobre.  No começo de 2012, a Folha questionou Octávio Florisbal, então diretor-geral da emissora, sobre o assunto. Ele desconversou.

De lá para cá, a Globo emplacou duas coadjuvantes evangélicas: Ivone (Kika Kalache), de "Cheias de Charme", e Dolores (Paula Burlamaqui), de "Avenida Brasil".  Izabel de Oliveira, coautora de "Cheias de Charme", diz não ter recebido orientação para criar a personagem. No Projac, segundo a assessoria da Globo, os religiosos "manifestaram o interesse em falar sobre o perfil atual do evangélico brasileiro para autores e roteiristas".

"A emissora considera a contribuição relevante, assim como as que recebe de vários segmentos da sociedade, inclusive de outras religiões", informou a Globo em nota. A palestra proposta pelos líderes, porém, não ocorreu. "O Amauri me explicou que a teledramaturgia é muito independente", diz Malafaia.

Quatro autores procurados pela Folha se recusaram a falar sobre o tema. Silvio de Abreu foi exceção. "Sinto muito, nunca tratei de personagem religioso em nenhuma novela nem pretendo". Evangélicos veem mais holofote em outras religiões. Os casamentos em folhetins são geralmente católicos. Novelas espíritas são constantes. E, se há personagens evangélicos, "é crente, mas vagabundo. É pastor, mas safado", dispara Malafaia.

APERTO DE MÃO
A cena de pastores no Projac seria inimaginável em 2008. Malafaia atacava: "Em 25 anos, vin-te e cin-co [pontua cada sílaba], lembro de apenas uma reportagem boa na Globo sobre evangélicos. E tem semana em que, todo dia, o 'Jornal Nacional' fala bem da Igreja Católica".

Desde então, o pastor reduziu as farpas trocadas com a Globo. Afirma ter apertado a mão de João Roberto Marinho, vice-presidente das Organizações Globo, no fim de 2010, numa reunião "muito legal" no escritório dele, segundo o religioso.

"Ninguém deu mais pau na Globo do que eu. Se um veículo nos denigre, você acha o quê? Disse isso pro João. Ele até riu", diz Malafaia.

"No passado, éramos corpos estranhos, não tínhamos nenhum diálogo", afirma Rodovalho. Agora é diferente. "No Projac, Amauri falou bastante do slogan: 'A gente se vê por aqui'." Procurados, João Roberto Marinho e Amauri Soares não quiseram comentar os encontros.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada/87200-pastores-pedem-heroina-evangelica-a-globo.shtml