segunda-feira, 8 de junho de 2020

Quem é? E o que pensa o Pastor Silas Malafaia? Uma entrevista do SBT

Na reunião de oração com Bolsonaro dia 05/06/2020, ele levou 10 pastores líderes de denominações evangélicas no Brasil. Detalhe, todas pentecostais ou neopentecostais. Pelo que vi, nenhuma igreja histórica/reformada. No caso da AD, faltou os representantes de duas convenções nacionais: Pr. José Wellington Jr (CGADB) e Pr. Samuel Camara (CADB), que aliás ele fez questão de justificar a ausência.

Silas Malafaia foi o intermediário e atuou como um apresentador da reunião com o Presidente da República. Defensor ferrenho de Bolsonaro, já apoiou Lula, Dilma, Serra, e Aécio. Mas quem é o pastor que se apresenta praticamente como um representante de pastores e evangélicos? A reportagem abaixa tem quase três anos. Feita pelo jornalista Antonio Cabrini no SBT, vale a pena ver e tirar suas conclusões sobre quem é o que pensa o Pastor Silas Malafaia.





CNBB repudia pedido de verbas de emissoras católicas a Bolsonaro e diz que a igreja não faz barganhas

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) repudiou os pedidos de verbas estatais feitos ao governo Jair Bolsonaro por uma ala da igreja católica, em troca de notícias favoráveis ao governo em canais de rádio e TV, conforme revelou reportagem do Estadão publicada neste sábado, 6, e replicada no Bem Paraná. Por meio de nota, a CNBB demonstrou indignação com a atitude de representantes desses canais, disse que não representam a instituição e que a igreja não atua em troca de favores.
O padre e cantor do Paraná, Reginaldo Manzotti, da Associação Evangelizar é Preciso, com rádios e TV próprias, participou da reunião e cobrou agilidade e ampliação das outorgas e destacou o contraponto que os católicos podem fazer para frear o atual desgaste na imagem de Bolsonaro e do governo. “Nós somos uma potência, queremos estar nos lares e ajudar a construir esse Brasil. E, mais do que nunca, o senhor sabe o peso que isso tem, quando se tem uma mídia negativa. E nós queremos estar juntos”, disse Manzotti, dirigindo-se ao presidente da República. O empresário João Monteiro de Barros Neto, da Rede Vida, afirmou que “Bolsonaro é uma grande esperança”. Declarou, ainda, que veículos católicos precisam ser “verdadeiramente prestigiados”. Barros Neto pediu não apenas mais entrevistas, como também a participação do presidente em eventos promovidos por católicos. “A Rede Vida é a quarta maior rede de TV digital do País, mas, para que possamos crescer, precisamos ter mais investimentos”, argumentou ele.
“Recebemos com estranheza e indignação a notícia sobre a oferta de apoio ao governo por parte de emissoras de TV em troca de verbas e solução de problemas afeitos à comunicação. A Igreja Católica não faz barganhas”, declarou a CNBB. “Não aprovamos iniciativas como essa, que dificultam a unidade necessária à Igreja, no cumprimento de sua missão evangelizadora, ‘que é tornar o Reino de Deus presente no mundo'”, diz a nota, ao citar o Papa Francisco.

A nota também é assinada pela Associação Católica Internacional SIGNIS Brasil e a Rede Católica de Rádio (CRC). Como mostrou a reportagem, padres e leigos conservadores que controlam boa parte do sistema de emissoras católicas de rádio e TV, os quais são ligados à ala que diverge politicamente da CNBB, prometeram “mídia positiva” para ações do governo na pandemia do novo coronavírus. Pediram em contrapartida, porém, anúncios estatais e outorgas para expandir sua rede de comunicação.
A proposta foi feita no último dia 21, em reunião pública, por videoconferência, transmitida nas redes sociais com a participação de Bolsonaro, sacerdotes, parlamentares e representantes de alguns dos maiores grupos católicos de comunicação, no Palácio do Planalto.
A CNBB declarou que emissoras intituladas “de inspiração católica” possuem naturezas diferentes, podendo ser geridas por associações e organizações religiosas, como também por grupo empresarial particular, seguindo seus próprios estatutos e princípios editoriais. “Contudo, nenhuma delas e nenhum de seus membros representa a Igreja Católica, nem fala em seu nome e nem da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, que tem feito todo o esforço, para que todas as emissoras assumam claramente as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil”, informou a instituição maior da igreja católica no País.
Ainda segundo a CNBB “é urgente, que nestes tempos difíceis em que vivemos, agravados seriamente pela pandemia do novo coronavírus, que já retirou a vida de dezenas de milhares de pessoas e ainda tirará muito mais, que trabalhemos verdadeiramente em comunhão, sempre abertos ao diálogo”.
Emissoras de TV ligadas a grupos religiosos receberam, no ano passado, R$ 4,6 milhões em pagamentos da Secom por veiculação de comerciais institucionais e de utilidade pública. Os veículos católicos ficaram com R$ 2,1 milhões e os protestantes, com R$ 2,2 milhões. Em 2020, emissoras de TV católicas receberam, até agora, R$ 160 mil, enquanto as evangélicas, R$ 179 mil, de acordo com planilhas da Secom.
Apesar das críticas da CNBB e demais instituições sobre o teor das declarações feitas na reunião, a Frente Parlamentar Católica do Congresso Nacional emitiu nota para declarar que “repúdio pela forma tendenciosa estampada na matéria” e que esta “distorce os temas tratados em reunião com Bolsonaro.
Veja a nota da CNBB na íntegra:
“Sobre a reportagem “Por verbas, TVs católicas oferecem a Bolsonaro apoio ao governo”, com a manchete na primeira página “Ala da Igreja Católica oferece a Bolsonaro apoio em troca de verba”, do jornal O ESTADO DE SÃO PAULO em 06.06.20, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por meio da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação, juntamente com a SIGNIS Brasil e a Rede Católica de Rádio (RCR), associações que reúnem as TVs de inspiração católica e as rádios católicas no Brasil, esclarecem que não organizaram e não tiveram qualquer envolvimento com a reunião entre o presidente da República, Jair Bolsonaro, representantes de algumas emissoras de TV de inspiração católica e alguns parlamentares, e nem ao menos foram informadas sobre tal encontro.

Informamos que as emissoras intituladas “de inspiração católica” possuem naturezas diferentes. Algumas são geridas por associações e organizações religiosas, outra por grupo empresarial particular, enquanto outras estão juridicamente vinculadas a dioceses no Brasil. Elas seguem seus próprios estatutos e princípios editoriais.  

Contudo, nenhuma delas e nenhum de seus membros representa a Igreja Católica, nem fala em seu nome e nem da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, que tem feito todo o esforço, para que todas as emissoras assumam claramente as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil.

Recebemos com estranheza e indignação a notícia sobre a oferta de apoio ao governo por parte de emissoras de TV em troca de verbas e solução de problemas afeitos à comunicação. A Igreja Católica não faz barganhas. Ela estabelece relações institucionais com agentes públicos e os poderes constituídos pautada pelos valores do Evangelho e nos valores democráticos, republicanos, éticos e morais.

Não aprovamos iniciativas como essa, que dificultam a unidade necessária à Igreja, no cumprimento de sua missão evangelizadora, “que é tornar o Reino de Deus presente no mundo” (Papa Francisco, EG, 176), considerando todas as dimensões da vida humana e da Casa Comum. É urgente, sim, nestes tempos difíceis em que vivemos, agravados seriamente pela pandemia do novo coronavírus, que já retirou a vida de dezenas de milhares de pessoas e ainda tirará muito mais, que trabalhemos verdadeiramente em comunhão, sempre abertos ao diálogo.
Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da CNBB IGNIS Brasil RCR”
Fonte: (Bem Parana).
Meu Comentário: O clima esquentou na igreja católica brasileira com respeito ao governo Bolsonaro. De um lado, padres e empresários leigos donos de emissoras católicas querendo verba em troca de apoio do Bolsonaro e do outro a Conferência Nacional dos Bispos Brasileira-CNBB, repudiando o encontro e clamando que "a igreja não faz barganhas" e desautorizando os primeiros a falarem em nome da igreja católica.

Pastores oram por Bolsonaro no Palácio do Planalto: “Este País não vai falir”

Pastores em oração pelo presidente Jair Bolsonaro, em Brasília. (Foto: YouTube/Silas Malafaia)
Pastores em oração pelo presidente Jair Bolsonaro, em Brasília. (Foto: YouTube/Silas Malafaia)
O presidente Jair Bolsonaro se reuniu na tarde desta sexta-feira (5) com pastores das principais igrejas evangélicas brasileiras para um momento de oração no Palácio do Planalto. 
O encontro foi mediado pelo pastor Silas Malafaia, que transmitiu a reunião através de suas redes sociais. Os pastores oraram pelo presidente da República, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), pelo Congresso Nacional e pela população.

Entre os pastores presentes, estavam Abe Huber (Paz Church), Abner Ferreira (Assembleia de Deus em Madureira), César Augusto (Fonte da Vida), Eduardo Bravo (Universal do Reino de Deus), Estevam Hernandes (Renascer em Cristo), JB Carvalho (Comunidade das Nações), Renê Terra Nova (Ministério Internacional da Restauração), Rinaldo Seixas (Bola de Neve), RR Soares (Internacional da Graça de Deus) e Victor Hugo (Vida Nova).

“Estamos aqui porque acreditamos no Brasil, mas, acima de tudo, porque cremos em Deus”, disse Bolsonaro após as orações. “Esse povo cristão, esse povo brasileiro excepcional, que nos alimenta através de sua fé, traz para todos nós a certeza que os obstáculos que ainda temos no Brasil serão vencidos, para o bem de todos nós”.

Em mensagem aos pastores, o presidente lembrou que a família é a célula da sociedade. “Vocês, por suas pregações, pela maneira como conduzem aqueles que têm fé, a farão cada vez mais forte para o bem de todos nós. Deus, pátria, família. O Brasil tem tudo para ser uma grande nação”, disse.
“Nós tínhamos mais do que o povo ao nosso lado, nós tínhamos Aquele que nos colocou aqui na Terra”, continuou Bolsonaro, apontando os dedos para o céu. “Mais do que nunca, a fé de todos nós conduzirá o Brasil a um porto seguro”.

O pastor Silas Malafaia, presidente da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC), lembrou que há milhões de brasileiros orando e que o Brasil “não será uma Venezuela”. 
“Este país não vai falir. Deus vai surpreender, vai confundir e deixar gente de boca aberta, dizendo: ‘Como aconteceu isso? Como esse país saiu disso?’ É para ninguém entender, para que Deus seja glorificado”, afirmou Malafaia.
Pastor Silas Malafaia ao lado do presidente Jair Bolsonaro. (Foto: YouTube/Silas Malafaia)

“Quero informar que todos os inimigos dessa nação e todos os planos escondidos, Deus vai trazer à tona. Vão ser confundidos, vão ser envergonhados e vão cair por terra”, acrescentou Malafaia. “Nós temos uma arma que o Exército não tem, que a Polícia Militar não tem: nós temos o poder da oração”.

O apóstolo Estevam Hernandes, fundador da Igreja Renascer em Cristo, disse que é um privilégio ter como presidente da República “um homem temente a Deus, que é pela família e que tem valores e princípios cristãos. Isso para nós é resposta de oração”.

O apóstolo Rina, fundador da Igreja Bola de Neve, leu Isaías 41 e declarou: “O Brasil vive um momento único na história da República. Estamos sendo governados por um presidente que teme a Deus. Deus é quem governa e julga, quem levanta e abate reis e a palavra final é sempre Dele”.
Abe Huber, pastor da Paz Church, focou sua mensagem na família e incentivou o presidente a fortalecer sua fé. “Eu encorajo o presidente, busque a Jesus. Eu creio que o senhor já faz isso, mas eu quero encorajá-lo a fazer isso mais e mais. Eu quero encorajar cada brasileiro a fazer isso. Porque quando colocamos Jesus em primeiro lugar, de fato, toda a nossa família é salva”, disse ele.

O apóstolo César Augusto, presidente da Igreja Apostólica Fonte da Vida, disse que Bolsonaro havia recebido a “unção de Ciro”, para “trazer os valores da Palavra de Deus, que são os valores conservadores, que possam nortear o futuro da nação”.
“Deus nos trouxe aqui para declarar que portas trancadas serão abertas. Não estamos aqui à toa, somos voz profética de Deus. A unção do Espírito está sobre ti, presidente”, declarou.


Assista a transmissão completa: