sábado, 19 de dezembro de 2009

A BUSCA DO SAGRADO

Nos dias em que vivemos, muito se tem falado sobre a questão religiosa. Em meio aos temas mundiais, está a busca do sagrado. Um tema controverso, que divide opiniões de pessoas, estudiosos, povos e países. Se para Karl Marx, a religião era o ópio do povo, para Marx Weber era a seiva do capitalismo. Mesmo os que se dizem ateus, fazem do seu ateísmo uma religião. A espiritualidade humana, é um dos fatos mais incontestáveis demonstrados na História. A arqueologia e a antropologia, à medida que pesquisam e fazem incursões nas culturas humanas, sejam elas as mais primitivas, encontram sempre as marcas do sagrado: os signos da adoração, os altares para os rituais, os códigos de ritos e todas aquelas coisas que demonstram o desejo que se projeta do homem, de entender, de integrar o ser cósmico à realidade da sua vida e ao seu cotidiano.

Focando a visão para o nosso Brasil, vemos que somos um país que sempre foi atraído pela religião. A Igreja Católica, trazida pelos portugueses, durante 500 anos tem sido a religião dominante neste país. Mas, conviveram paralelo à ela, a pajelança dos índios e os cultos afros, trazidos pelos escravos, fazendo de muito católico no Brasil, um caso interessante. Ele vai na missa de manhã e no centro espírita a noite. Fruto da mistura étnica e religiosa que ocorreu nas terras tupiniquins. Quem não se lembra, da figura da benzedeira?

Apesar de algumas tentativas nos primeiros séculos, após o descobrimento, o protestantismo só foi implantado de forma efetiva no Brasil, no século XIX, com a chegada das igrejas históricas (Luterana, Congregacional, Presbiteriana, Batista, Metodista e outras) através dos imigrantes britânicos, alemães e norte-americanos. Os pentecostais vieram em 1910/1911, com a Assembléia de Deus e a Congregação Cristã. A Quadrangular veio depois na década de 50, Deus é Amor em 1962. No fim dos anos 60, saídas das igrejas históricas, surgiam as Renovadas (carismáticas) e a partir de 1977, aparecia no cenário brasileiro, as neopentescostais com a fundação da Igreja Universal do Reino de Deus. Os evangélicos (termo que a partir dos anos 80, passou a designar os protestantes no Brasil), cresceram muito nos últimos 30 anos, saindo de cerca de 3% em 1970 para 18% no presente momento. Em números fala-se em mais de 30 milhões de pessoas. Até 1982, praticamente os evangélicos não participavam da política partidária, hoje, têm senadores, deputados federais, estaduais, vereadores, etc. Já teve ministra de estado, governador e até candidato a presidente. Na mídia, sua participação não ficou atrás, tendo hoje, concessão de canais de rádios e tv, com destaque para a Tv Record, que já é a segunda maior emissora do país.

Apesar de todo esse crescimento, é o momento de nos perguntar-mos: qual é o nosso referencial e modelo para viver uma vida para Deus mesmo, neste mundo corrompido e sem esperança? Somos embaixadores de Cristo, como dizia o apóstolo Paulo ou representantes de uma corporação? Seguimos os ensinos do evangelho de Jesus de Nazaré, onde importava o ser, ou os conselhos de Maquiavel, que diz que, basta você parecer que é. Nossos pregadores pregam a palavra com a unção do Espírito Santo ou preferem aprender técnicas de neorolinguística para ludibriar o povo. Nosso referencial é a Bíblia ou preferimos buscar a unção de Toronto, Seul, Bogotá, e por aí vai. Os cantores e pregadores de renome, são admirados, idolatrados, cheios de fãs (não tem outro termo), agendas lotadas, chachês altos, são verdadeiros showmans, onde quer que passem. Interessante, é que, seja no palco dos estádios e ginásios ou no púlpito das igrejas, onde quer que se apresentem, dizem que "toda a glória é para Jesus". Que ironia! Será que em nossos concílios e convenções, os nossos líderes eclesiásticos podem dizer como os apóstolos ao final do primeiro concílio em Jerusalém, registrado em Atos 15, "pareceu bem ao Espírito Santo e a nós"? Os nossos representantes políticos tem agido como Daniel e seus companheiros, que não se contaminaram com o manjar do rei, ou seus nomes estão arrolado em CPIs de corrupção.

Em 1965, Billy Graham escreveu um livro chamado "Mundo em Chamas". Em 1983, adolescente recém-convertido li aquele livro pela primeira vez. Ele dizia que naquela época (1965), muitos americanos estavam decepcionados com Igreja (instituição) e estavam deixando de ir à mesma, e se reunindo em grupos nos lares, para estudo da Bíblia e oração. Hoje, isto já está ocorrendo em nosso país também. Ao mesmo tempo, a busca do Sagrado é enorme no mundo e no Brasil. Isto significa que há uma fome de Deus. Mas, se o nosso modelo não for o do Evangelho de Cristo, estaremos com igrejas grandes e ricas, mas Jesus estará batendo à porta, como na Igreja de Laodicéia do Apocalipse. Terá nome de cristã, mas não terá Cristo, terá grife de Jesus, mas receberá um "não vos conheço", ainda que expulse demônios e profetize, conforme está escrito em Mateus 7:21-23. Pense nisto.

Observação: Essa foi a primeira mensagem que eu postei em 31/03/2008, na criação deste blog.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

A IGREJA SEGUE CAMINHANDO

Há, sem dúvida, abundantes motivos de preocupação com a Igreja em nossos dias. Em solo brasileiro o mercantilismo da fé invadiu púlpitos, livros e corações. A prosperidade material, em lugar da santidade e serviço cristão, se tornou o sonho de vida vendido nas prédicas diárias. Os títulos hierárquicos da fé são criados na busca por autoridade e destaque de egos enquanto – talvez seja o pior – a Palavra é manipulada para fins pessoais e, não raramente, ilícitos.

Não discordo das vozes de preocupação ou das lágrimas de angústia por uma Igreja que tem se encantado com as luzes deste mundo, perdeu a simplicidade cristã e, em muitos casos, se conformou com o presente século, aplaudindo-o de pé.

Vejo, porém, que, apesar de vivermos dias maus, há motivos de tremenda alegria e regozijo no Senhor, pois Sua Igreja segue caminhando. E observar o cuidado do Senhor ao preservar o caminhar da Igreja - mesmo ao transitar por ruas esburacadas e esquinas escuras - é terapêutico para a alma e estimulante para a fé.

Nos últimos tempos encantei-me com várias destas pessoas que fazem parte da Igreja caminhante.Lembro-me daquele pastor assembleiano que encontrei no Rio de Janeiro que, encarecidamente, pedia ajuda para subir o morro do alemão visto que andava de muleta por ter levado um tiro na última vez que o fez. Desejava subir novamente o morro para pregar a Palavra de Deus. Recordo-me com cores vivas também daquele mecânico de Brasília, tomado pela alegria da conversão após trinta anos de sofrimento nas drogas, e agora sem conseguir completar uma só frase sem falar de Jesus. Também o Sr João, leigo e semi-analfabeto, que se embrenhou nas matas amazônicas para pregar a Palavra e evangelizar – sozinho – seis aldeias indígenas, sem preparo, sustento ou reconhecimento, mas por amor ao Cristo vivo. Não poderia me esquecer de nossos teólogos que andam na contra mão das tendências da época e, mesmo debaixo de críticas e risos, não deixam de nos apontar o caminho da Palavra e da fé. E o que mais poderíamos falar dos pastores e líderes com cabeças já embranquecidas que, após uma vida inteira de fidelidade ao Senhor e à sua Igreja, nos inspiram a seguir o mesmo caminho? E aqueles que gastam a vida, economias e forças para dar voz e uma mão amiga aos caídos à beira do caminho? É também formidável perceber que a cada semana, em solo brasileiro, milhões se apinham em templos das mais variadas espécies para praticar a comunhão e, com sede de Deus, buscá-lo enquanto se pode achar.

Dentre as maravilhas de Deus em manter a Sua Igreja viva em meio a um mundo cujas cores são fortes e atraentes, passa pela minha mente três fatos que, apesar de simples, são para mim emblemáticos. Primeiramente, após ter voltado da África para o Brasil e por aqui estar desde 2001, percebo por onde passo a presença de verdadeiras testemunhas do Senhor Jesus. Homens, mulheres, crianças e idosos que não param de falar de Cristo, distribuir panfletos com mensagens bíblicas, realizar encontros nas praças e seguir de casa em casa – pessoas que são impulsionadas a falar de Jesus a partir do que têm experimentado em suas próprias vidas – sincera transformação. Não há um lugar que passo sem uma marca – mesmo que simples, ou as vezes até fora de contexto – da determinação de se falar daquele que fez algo novo, e maravilhoso, em nossas vidas. Jesus está no coração da Igreja e, freqüentemente, também em seus lábios.

Em segundo lugar recebi um pacote de cartinhas de crianças de uma igreja no interior de Minas, da escola dominical. Em várias delas afirmavam estar orando por nós – missionários – para que não nos desviássemos do nosso chamado. Pensei naquela manhã: fazemos parte de um Corpo que possui crianças que oram, escrevem suas orações e, ainda, nos exortam a não nos esquecermos do sentido da nossa vida!

Por fim, o amor à Palavra. Muitos crentes a buscam, retiram horas para estudá-la, ouvi-la e comunicá-la. Em muitos cultos o momento mais sublime é o momento da Palavra. Olhos se concentram, pessoas se ajeitam nos bancos. A Bíblia é segura com interesse enquanto canetas anotam explicações e aplicações em caderninhos ou papéis improvisados. Há algo diferente quando ela éaberta.

Sim, a franca evangelização, crianças que oram e o amor à Palavra não minimizam o quadro agonizante de uma Igreja que precisa de urgente e franca reforma de vida. Mas são alguns, dentre muitos outros, sinais de que esta Igreja segue caminhando, e o fará até o dia final quando seremos chamados - os que dormem e aqueles vivem - para ouvirmos a doce voz do Senhor : servo bom e fiel...

Rev. Francisco Leonardo Schalkwijk, homem de Deus, ao impetrar a bênção ao fim de cada culto, sutilmente adiciona uma frase que nos lembra a diferença entre aqueles que se chamam Igreja e aqueles que o são: Que a graça do nosso Senhor e salvador... seja agora irmãos, com toda a Igreja, que sinceramente ama o Senhor Jesus, agora e para todo o sempre, amém. Para ele há na Igreja aqueles que são de fato Igreja – amam sinceramente a Cristo – e aqueles que freqüentam cultos, reuniões e púlpitos. Escutei a mesma verdade da boca de um indígena crente em Cristo, da etnia Ixkariana do Amazonas quando afirmou que ser cristão é conhecer a Jesus, é amar e viver a Jesus, e também falar de Jesus.

Como muitos outros, fui criado em um lar evangélico e nasci ouvindo vários hinos clássicos cristãos. Um deles dizia: Nas lutas e nas provas a Igreja segue caminhando... e, após as estrofes que falam da luta contra o pecado, o diabo e o mundo, o hino encerra como atestando o inimaginável: a Igreja sempre caminhando.

Nos encontros evangélicos internacionais o Brasil é sempre citado, e quase sempre de forma emblemática e entre frases estereotipadas. Alguns afirmam o grande avivamento que por aqui ocorre, a semelhança de outros poucos países do mundo onde o número de evangélicos cresce tão rapidamente. Outros denunciam as teologias oportunistas e exploratórias que são usadas em nosso meio para falsificar a presença e atuação de Cristo. Não raramente alguém me pergunta, como brasileiro, o que acho. A resposta sai quase de forma automática: somos tudo isto e muito mais. Em meio a este emaranhado de iniciativas, das mais sinceras as mais questionáveis, cria-se um ambiente fluido e confuso, para nós. Porém, devemos nos lembrar que o Senhor não vê como vê o homem. Aquele que separa o joio do trigo conhece a Sua Igreja, a ama e a sustenta.

Proponho um exercício espiritual enquanto caminhamos.

- Preocupar-nos um pouco menos com as loucuras feitas em nome de Cristo e um pouco mais com o nosso próprio coração, para que não venhamos a ser desqualificados.

- Olharmos mais para os desejos do Senhor sabendo que, para isto, precisaremos quase sempre estar na contra mão do mundo.

- Observarmos a beleza da presença transformadora de Cristo em Sua Igreja e tantos motivos de alegria, em tantas vidas verdadeiramente transformadas, e não somente os fartos motivos de agonia e indignação.

- Para cada palavra de crítica à Igreja – autocrítica, se assim quiser – termos uma palavra ou duas de encorajamento, para nosso irmão ao lado e para nosso próprio coração.

- Ouvirmos com zelo e temor os profetas que nos denunciam o erro, bem como os pastores que nos encorajam a caminhar.

- Não perdermos de vista Jesus Cristo, Cordeiro de Deus e vivo entre nós, para que a tristeza advinda da Igreja não nos impeça de experimentar a alegria do Senhor.

Louvado seja o Senhor Jesus Cristo por ser Ele, com Sua autoridade e amor, e não nós, em nossa fraqueza e desamor, que faz com que a Igreja – que a Ele pertence – siga caminhando.


Fonte: www.ronaldo.lidorio.com.br

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

SAINDO DA CAVERNA

Uma característica importante a todo homem ou mulher de Deus para esta hora, é que não basta que entendamos o drama espiritual no qual estamos imersos, e discernamos a forças que nos desafiam nessa conflitividade. Temos que ser pessoas que também aprendam a respeito de sua própria fraqueza. Ao falarmos do enfrentamento da realidade que nos cerca é importantíssimo saber que não temos ilusões a respeito de quem sejam os intrumentos de Deus para esse tempo. Aprecio muito a descrição que Tiago faz de Elias, quando o aproxima de mim e de você, e quando diz que ele foi um homem para aquela hora, apesar de de ser homem semelhante a nós, sujeito e exposto às mesmas tentações,
Em I Reis capítulo 19, vemos que após Elias haver pregado no monte Carmelo, e ter visto fogo descer, e haver presenciado uma resposta compulsiva do povo, dizendo: "Só o Senhor é Deus"; e depois de haver liquidado os profetas de Baal, fazendo uma espécie de purificação institucional em Israel, nós o encontramos numa escuridão indescritível de alma, apanhado na própria fraqueza. A verdade é que entre os dois capítulos (18 e 19) parece até que há dois personagens diferentes. O Elias do capítulo 18, está no capítuo 19, desvigorado, apavorado, trêmulo, vulnerável ao extremo. A alegria em que estiver, deu lugar a um profundo desânimo existencial. Em I Reis 18:41, nós o vemos incitando o rei a uma celebração, enquanto em I Reis 19:4, encontramos a mesma pessoa, assentado debaixo de um zimbro, pedindo para si a morte. Há uma diferença gritante entre a atitude existencial de um dia e a postura existencial do outro. Essas manifestações na vida de Elias, mostram como somos sujeitos a uma vulnerabilidade total. Mostra que não somos iguais todos os dias de nossa existência. Mas, demonstram também que a ação de Deus se manifesta através de gente assim - como Elias, você e eu - gente que oscila, ora está lá em cima, ora cá embaixo, ora nas nuvens, ora em abismos existenciais. Aliás, chego mesmo a crer que para que Deus nos use é preciso que sejamos capazes de experimentar depressão, tristeza, e imensa fraquesa. Em outras palavras: é necessário que sejamos humanos. Isso porque a graça só se aperfeiçoa quando encontra nossa real humanidade (II Coríntios 12:6-9). Deus vai usar nesta hora, aqueles que sabem que uma das piores coisas que podem acontecer a um homem/mulher de Deus é ver-se como essencial. Isso fica claro quando Elias repete mais de uma vez, a expressão: "Só eu fiquei" I Reis 19:10. Ou seja, o Senhor não podia contar com mais ninguém, senão ele. Depois no versículo 4, do mesmo capítulo, ele diz: "Basta, toma agora, ó Senhor, a minha alma, pois não sou melhor do que meus pais". Ninguém lhe disse ser ele, melhor do que ninguém; era ele que o dizia a si mesmo. Ele havia desenvolvido uma idéia de singularidade. Agora acho interessante o modo como Deus tratou Elias, o que serve de lição para nós hoje. Deus não tenta de modo nenhum, adubar a auto-piedade de Elias. Ele apenas procura tirá-lo de si mesmo, da caverna onde se encontra e o devolve à vida. Veja o que está escrito em I Reis 19:15,16: "Vai e volta ao teu caminho, para o deserto de Damasco e, chegando lá, unge a Hazael rei sobre a Síria. A Jeú, ungirás rei sobre Israel, e também Eliseu, ungirás profeta em teu lugar". Não é um tratamento que busca encontrar a vida no seu intimismo; ao contrário, é uma convocação para que a pessoa saia de si e veja o que há para ser feito e construído. Deus encontra Elias nessa depressividade e usa isso a fim de lhe abrir os olhos para que ele veja os fiéis que ninguém via. A seguir é como se Deus dissesse: Não só estou querendo que me conheças mais profundamente, como desejo que saias daqui e olhe a História, posto que és um ser da História, e não de grutas, e não do intimismo acovardado. Quero também que saibas que não estás sozinho na vida; que a tua sensação de essencialidade é falsa. Pois eu tenho sete mil que não dobraram em hipótese nenhuma os joelhos a Baal. Com excessão do nome de Elias, vemos poucos nomes relacionados ao povo de Deus como o de Obadias e Micaías. Contudo havia uma série de outras pessoas igualmente comprometidas com Deus, que aparecem sem nome no texto. Há pelo menos quatros outros profetas que as Escrituras comentam que tiveram participação importante naquele momento histórico, mas cujos nomes não aparecem, como está registrado no capítulo 20 de I Reis. Os profetas estavam lá! Não eram identificados, conhecidos, mas estavam lá. E esses profetas anônimos, revelam o fato de que no meio do anonimato da História há milhares de pessoas de Deus que jamais curvam os joelhos à corrupção da vida. Nem todos são chamados a ser como Elias, mas todos são chamados a ser fiéis. Quando olhamos à volta e vemos a negridão de algumas expressões destes dias, sabendo muitas vezes que Deus está também trabalhando e realizando coisas, parece-nos que as outras - as malignas - são em número tão maior, que ficamos chocados, desanimados. É nessa hora que é bom olhar para trás, lembrar que a fé cristã passou pela subversão constantiniana, que tentou corrompê-la; atravessou a lúgubre escuridão da Idade das Trevas, onde não parecia haver luz, nem vislumbre de nada bom no horizonte; enfrentou todas as tentações das ideologias e dos sistemas políticos, e não obstante tudo isso, de algum modo chegou até nós! É em razão disso, que não é hora de nos encaramujarmos, enrolarmos em nós mesmos, interpretando a História com depressividade. Porque se há uma História para ser vista com depressividade hoje, há também uma história a ser encarada com esperança. Além do mais, tal percepção de que as coias estão más, já é em si mesmo um bom sinal. É sinal de vida. É sinal que a nossa consciência não morreu ainda. É sinal de que apesar de tudo, nós estamos ainda andando para frente. Portanto, se você está na caverna, saia dela hoje, pois saiba, você não está só, o nosso Deus é o Senhor da História.

domingo, 13 de dezembro de 2009

O SOCORRO NA ANGÚSTIA

Quero compartilhar com todos, uma mensagem que Deus pôs no meu coração, baseada no livro de Salmos capítulo 46, versículos 1 a 7:

"Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia; pelo que não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se transportem para o meio dos mares; ainda que as águas rujam e se pertubem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza; há uma rio cujas correntes, alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo; Deus está no meio dela não será abalada. Deus a ajudará ao romper da manhã; os gentios se embraveceram, os reinos se embraveceram, os reinos se moveram, ele levantou a sua voz e a terra se derreteu; O Senhor dos Exercítos está conosco, o Deus de Jacó é nosso refúgio".

Qual é a sua segurança? Qual é o seu porto seguro? Vivemos em uma sociedade que é assaltada pelo medo, pela depressão, pelas incertezas das mais diversas. O salmista disse em outra ocasião: De onde me virá o socorro? O meu socorro vem do Senhor que fez o céu e a Terra. No livro de Isaías no capítulo 32, falando profeticamente sobre Jesus, diz que Ele seria um refúgio contra a tempestade. Se neste momento está passando uma "tempestade" ou "terremoto" sobre a sua vida, saiba o Senhor não te abandonou, se não fosse Ele, você já teria sido esmagado(a) pelas pressões da vida. A Bíblia não promete para ninguém, que não haverá aqui na terra problemas, dores, perdas. Não. Jesus diz no Evangelho de João: "No mundo tereis aflição, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo". E por isso, que o salmista diz que ainda que haja tsunamis (sejam eles literais ou existenciais), a mão de Deus não vai soltar a sua. Sabe por quê? Porque eu e você estamos gravados nas palmas das mãos de Deus, conforme Isaías 49: 15 e 16. Cada prego que Jesus recebeu na cruz, era como se Ele estivesse dizendo: "Eu amo você, e esse sacrifício é por tua causa".

Nele que é a nossa força e a nossa rocha.