sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Deus e nossas teologias


Teo-logia pretende ser um estudo lógico sobre Theos, sobre Deus. O que é, em si, uma contradição de termos. Se há uma lógica divina não há mais espaço para a afirmação cristã de que o homem vive, naturalmente, uma total incapacidade de “discernir a Deus”. Pode-se conhecer a “tese revelada na Palavra de Deus”, mas a tentativa de estabelecer uma lógica-sistemática para o Logos é infantilidade, tanto “teo-lógica” quanto “filosófica” e, muito mais ainda, “psicológica”.

Nossas hermenêuticas são, em geral, o fruto mais duradouro das perspectivas epistemológicas dos gregos; e, nesse caso, Aristóteles, deveria ser o para-ninfo de nossos estudos “teológicos”, especialmente, de suas “sistematizações”— quase todas heranças da Teologia da Terra que, entre os gregos, tomou a alcunha de “filosofia”.

Ora, uma “teologia” já é em si uma construção presunçosamente pagã. Na Bíblia, não há “teologia”. Nela só existe “revelação”; e, sua sistematização nunca foi e nem será verdade-verdade; pois é também, uma construção humana sobre o “revelado”. E mais que isto: chama Deus para caber na arquitetura dessa Catedral de Pensamentos Humanos que se erigiu para Ele “habitar”.

Fica bem para Zeus, nunca para Deus!

A visão aristotélica — prevalente desde há muito entre os cristãos como método grego de filosofia — foi “oficialmente” encampada por Tomás de Aquino, “refinada” por Descartes e “aceita” como verdade final pelo Positivismo e afirma que só há duas realidades: a realidade material e a consciência da razão. Para além disto, não há mais nada, de fato, a se esperar conhecer. Ou seja; pelo método grego, aceito teologicamente como “científico”, jamais haveria revelação!

Para quem desejar uma viagem histórica sobre a perversão do Cristianismo, recomendo o livro Subversion of Christianity, de Jacques Ellul.
E há quem fique espantado com as di-visões na Cristandade. As di-visões só não acontecem se a visão for uma só: a da Graça de Deus em Cristo. Nesse caso, não há di-visão, pois, há uma só visão.

As departamentalizações doutrinárias feitas pelas nossas teologias aristotélicas—que tentam nos fazer convergir pela razão dos doutos—nos dividem, na mesma medida em que pretendem setorializar a verdade como doutrinas. Quem, todavia, vê a vida a partir da Graça, só divide se a expressão de seu ser-crer gerar “julgamento” nos de-mais que não conseguem crer no que Paulo disse: “a fé que tu tens, tem-na para ti mesmo”. O que os Reformadores parecem não ter compreendido é que o “rompimento protestante” rompeu apenas com “doutrinas”, mas não com o “método”—sempre grego de nascimento—e, muito menos ainda, parece que tenham se dado conta de que o “fundamento” não foi devidamente afetado pelo “protesto” feito pelo Protestantismo.

Pelo contrário, protestamos contra os sintomas, fizemos uma cirurgia plástica na “igreja”, tiramos-lhe as “gorduras”, mas não tratamos de seu problema “orgânico”, do ponto de vista teológico, e, menos ainda, não conseguimos identificar as sutilezas e as “mutabilidades” do vírus mortal que viaja no corpo de pensamento da “igreja” desde o tempo dos Gálatas e dos Hebreus. Ambas as epístolas foram escritas para que os cristãos não se tornassem aquilo no que nos tornamos.

A doutrina protestante do “livre exame da Escritura” é totalmente bíblica. O problema não é ter liberdade para “examinar”. O problema é conseguir não examinar a partir de uma “teologia sistemática”. Daí em diante, mesmo na Bíblia, acha-se o que se desejar achar. Afinal, as “sistematizações” só se utilizam das evidências que “fecham o sistema”.

A Bíblia, todavia, é propositalmente “paradoxal”, e, por vezes, até “contraditória” para os padrões de pensamento da filosofia grega. Paulo já dizia que a Cruz é loucura para os gregos. Como, então, seria um “método grego” que nos ajudaria a entender a Palavra? O que o “método” fez foi nos ajudar a criar “doutrinas”, incapacitando-nos a fazer “síntese” da revelação!

Bibliografia: 
Fábio, Caio - Sem Barganhas com Deus, 2005, Editora Prólogos. Pgs. 29,30,38 e 39. 

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Pr. Juber estará pregando no Simpósio Nacional de Missões da SENAMI em Salvador/BA

A imagem pode conter: 10 pessoas, incluindo Saulo Gregorio Lima e Juber Donizete Gonçalves, pessoas sorrindo, texto

Vem aí mais uma edição do Simpósio Nacional de Missões. Desta vez será a cidade de Salvador a sediar este importante evento missionário que, acontecerá nos dias 18 a 20 de outubro.
Este evento é promovido pela Secretaria Nacional de Missões (Senami), entidade ligada à Convenção Geral das Assembleia de Deus no Brasil (CGADB) e com o apoio da Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD).
O objetivo deste Simpósio é conscientizar os membros da Assembleia de Deus sobre a grande tarefa que o Senhor nos comissionou que é a evangelização do Brasil e do Mundo. Por isso, nestes dias teremos preletores que vivem missões. Serão dias de palestras que impactarão a vida de todos que estiverem participando.
Os preletores serão: Pr. José Wellington Junior (SP), Pr. Josué Claudino (RJ), Pr. Juber Donizete (MG), Pr. Dagnaldo Pinheiro (MA), Pr. Wesley Oliveira (MT), Pr. Francisco Ramos (MA), Pr. Saulo Gregório (MG), Pr. Edgar Amorim (RJ), Pr. Paulo Locatelli (RS), Pr. Luiz Mariano (RJ) e Pr. Valdomiro Pereira (BA).
No Louvor, a adoradora Gleide Dammas, da CPAD Music, estará interpretando suas belas canções.
Faça agora mesmo a sua inscrição e para saber mais, acesse o site: http://www.cpadeventos.com.br/…/simposionacionald…/index.php ou por telefone pelos números: (21) 2406-7390 e (21) 2406-7352. WhatsApp: (21) 96453-1287 / 96452-2990. (de segunda a sexta, das 8 às 18h) O pagamento poderá ser feito através dos cartões ou depósito bancário. A inscrição, com alimentação incluída, custa R$95,00 e sem alimentação R$65,00, na inscrição de ambas estão inclusos todo material do evento (Crachá, Pasta, Bloco, Apostila, Caneta e Certificado).
Serviço: 
Simpósio Nacional de Missões Região Nordeste
Datas: 18 a 20 de Outubro de 2019
Tema: “... A Noite vem, quando ninguém pode trabalhar!” João 9:4
Local: Centro de Cultura da Ceadeb
End: Rua Dr. Augusto Lopes Pontes, 200 – Costa Azul
Salvador - BA
Telefones: (21) 2406-7390 e (21) 2406-7352. 
WhatsApp: (21) 96453-1287 / 96452-2990. (de segunda a sexta, das 8 às 18h)

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Bispo Macedo ora e unge Bolsonaro no Templo Salomão


Presidente se ajoelhou diante do altar e se emocionou com a oração.
Edir Macedo unge Jair Bolsonaro. (Foto: Reprodução / Youtube)

O presidente da República, Jair Bolsonaro, visitou o Templo de Salomão neste domingo (1), da Igreja Universal do Reino de Deus, em São Paulo.
Bolsonaro recebeu uma oração do bispo Edir Macedo, que afirmou que através do presidente da República estava orando por toda a nação.


“Eu queria convidar o nosso presidente da República, sua excelência presidente Jair Bolsonaro, por favor. Eu vou fazer uma oração por ele, e orando por ele eu estarei orando por 210 milhões de brasileiros. Amém!”, disse Macedo.

Bolsonaro está em São Paulo para ser submetido a nova cirurgia, para correção de hérnia incisional, segundo nota divulgada pelo doutor Ricardo Peixoto Camarinha.
MEU COMENTÁRIO: Como um cristão eu oro pelo presidente Jair Bolsonaro para que faça um bom governo, pela cirurgia que terá que ser submetido. 
Agora, penso que estamos assistindo uma situação diferente em nosso Brasil, no que tange a relação de um presidente da República e os evangélicos. Interessante é que Bolsonaro não é evangélico, sua esposa Michele sim. Mesmo tendo sido batizado no Jordão pelo Pr. Everaldo, Bolsonaro quando perguntado diz que é católico. 
O presidente nos últimos 13 anos se aproximou da chamada bancada evangélica quando era ainda deputado federal e juntamente com eles defenderam algumas bandeiras em comum como luta contra projeto de Lei sobre a Homofobia, Kit Gay, Família, e depois lutaram contra o PT e a esquerda.
A história diz que o Brasil já teve dois presidentes protestantes: Café Filho (1954/1955) e o militar Ernesto Geisel (1974-1979). O primeiro era presbiteriano e o segundo luterano. Mas esse fato não é de conhecimento geral, nem todo mundo sabe disso. A maioria no Brasil pensa que o país nunca teve um presidente protestante.
Nos Estados Unidos é comum ver pastores sendo conselheiros espirituais de presidentes, orações nas posses, influência em temas religiosos. No Brasil, isso é visto como novidade. 
Bolsonaro que até a sua posse tinha como cicerone no meio evangélico, o ex-senador Magno Malta, que depois foi escanteado agora tem muita gente querendo tirar uma casquinha, para não dizer outra palavra, como por exemplo Silas Malafaia, o próprio pastor da igreja da esposa dele, e agora o Macedo.
Um bispo evangélico ungir e dizer que está consagrando um presidente da República como se fosse um profeta do Antigo Testamento ungindo um rei de Israel, eu achei exagerado, mais jogada de marketing do que algo espiritual, sem fundamento nenhum dentro do contexto do Novo Testamento. Mas falar isso para o Macedo que criou uma igreja com ênfase em exorcismos, e foi logo misturando elementos protestantes, católicos e até de cultos amerindios é chover no molhado.