quarta-feira, 15 de abril de 2015

O corte de cabelo da Fernanda Brum e a velha questão dos usos e costumes


Por muitos anos os cabelos longos e escuros da cantora Fernanda Brum foram sua marca registrada. Programas da MK na TV já chegaram a filmar os cuidados que a cantora tinha com as madeixas e até a ela mesma já mostrou dias de salão de beleza nas redes sociais.
 Mas desde o final do ano passado Fernanda Brum resolveu radicalizar, cortou e clareou os fios gerando grande debate nas redes sociais.
 Os fãs da cantora desaprovaram a mudança e alguns lamentavam a mudança como se com os cabelos mais curtos ela se tornasse menos “crente”. Para esclarecer as polêmicas, Fernanda Brum fez um desabafo em seu Instagram explicando que chegou o tempo dela mudar sua aparência e que isso não afeta sua intimidade com Deus.
 “As pessoas consideravam meu cabelo um patrimônio público ou como se tudo que eu sou, fosse meu cabelo…”, escreveu. “Meu cabelo não é patrimônio público, muito menos religioso”.
 
Fernanda Brum, que é pastora da Igreja Batista Central da Barra da Tijuca (RJ), contou a história de uma amiga que tomou bronca de um pastor por ministrar com os cabelos curtos.
 “O responsável pela igreja não tinha a menor ideia da enfermidade que ela estava atravessando. Ficou muito sem graça quando o marido da cantora o confidenciou a real história da ministra pentecostal”, relatou.
 
Na postagem a cantora defendeu o direito das mulheres decidirem sobre ter ou não cabelos longos e fez um alerta: “Tem gente que tem a língua ainda maior que o cabelo! #Cuidado”.
 Para muitas pessoas explicar o que te faz cortar os cabelos é algo sem sentido, mas para a cantora foi uma necessidade. “Eu tive uma doença chamada Alopecia Areata Focal e vou escrever sobre isso no meu próximo livro. Muitas mulheres sofrem com essa doença. É terrível! Graças a Deus eu fui curada! Não mudei o visual por conta da alopecia, mas porque hoje, cabelo, não tem o mesmo valor que eu dava antes.”
 Cabelos compridos não é sinônimo de santidade e a cantora falou sobre ser livre em Jesus, enviando uma mensagem para as mulheres que passam por enfermidades ou as que escolherem ter o cabelo curto. “A unção está dentro de nós e a palavra em nossas línguas são como fogo”, escreveu.
 
 
Meu Comentário: Eu que pensei que assuntos como esse eram coisas do passado, pelo jeito me enganei. Eu que sou assembleiano, já vi gente sendo disciplinada (excluída mesmo) por causa de corte de cabelo, tamanho de saia, uso de calça comprida pelas irmãs, televisão, maquiagem, e etc. A temática sobre "usos e costumes", é uma velha questão nos círculos pentecostais, com destaque para denominações como Assembléia de Deus, Deus é Amor, Congregação Cristã do Brasil, e outras ramificações que surgiram destas.

A tradição faz parte de todas as instituições e sociedades. Assim, é correto afirmar que todas as igrejas têm os seus costumes estabelecidos, sejam eles impostos ou espontâneos. Porém, até hoje existe confusão sobre as diferenças significativas entre doutrina e costume.

Os defensores dos costumes, vão dizer que eles fazem parte da identidade de uma instituição. Mas e doutrina, o que é? No N.T. a palavra usada para doutrina é didache, que pode ser interpretada como ensino, instrução, tratado.

Há quase 40 anos atrás, o Pr. Antonio Gilberto, lançou um livro pela CPAD, hoje já com várias edições, o livro "Manual da Escola Dominical. O meu exemplar em comprei no ano de 1984, quando era professor de jovens. Eita livro que me foi útil! Nele, Antonio Gilberto, que é um amado e conhecido mestre assembleiano, apresentou algumas diferenças entre usos e costumes como:

 a) A doutrina é de origem divina, o costume é de origem humana.
b) A doutrina é imutável, o costume muda.
c) A doutrina é universal, o costume é local.
d) A doutrina santifica, o costume não santifica.  
e) A doutrina é um princípio, o costume é um preceito.
f) A doutrina é verdade absoluta, o costume é uma verdade relativa.
 
A doutrina é sempre verdade absoluta, ou seja, é para todos, em todas as épocas e em todos os lugares.
O costume, por ser relativo, não deveria ser imposto como obrigação. Era comum missionários europeus tentarem impor os costumes do norte em países da Ásia e da América. Hoje, o conceito de “transculturação” está ajudando muito em relação a esse problema.
 
Há muitas outras diferenças entre doutrina e costumes, mas fica apontado que ambas não são a mesma coisa, porém estão ligadas. O bons costumes são aqueles que não escravizam o crente, colocando um jugo que Jesus tirou na cruz, mas sim, é resultado da boa doutrina.  

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Pe Fábio de Melo fará falta no debate da Globo entre Silas Malafaia e Jean Wyllys


Com mais de 861 mil seguidores no Twitter, o padre Fábio de Melo usou a sua rede social para defender o casamento gay neste domingo (12). Em sete mensagens, o religioso – que é ídolo entre a comunidade católica do País – se posicionou sobre o polêmico tema. Leias frases dele abaixo:


"Não sou o professor Girafales, mas gostaria de fazer um apontamento. Já falei muito sobre o assunto, mas sempre volta como se fosse novidade";

"A união civil entre pessoas do mesmo sexo não é uma questão religiosa. Portanto, cabe ao Estado decidir";

"O Estado decide através dos que são democraticamente eleitos por nós. São eles que propõem, votam e aprovam as leis";

"O Estado decide através dos que são democraticamente eleitos por nós. São eles que propõem, votam e aprovam as leis";

"Aos líderes religiosos reserva-se o direito de estabelecerem suas regras e ensiná-las aos seus fiéis. E isto o Estado também garante";

"Se sou cristão católico, devo observar o que prescreve a minha Igreja. Lembrando que o cristianismo é uma Lei inscrita na consciência";

"As igrejas não podem, por respeito ao direito de cidadania, privar as pessoas, que não optaram por uma pertença religiosa, de regularizarem suas necessidades civis. Se duas pessoas estabeleceram uma parceria, e querem proteger seus direitos, o Estado precisa dar o suporte legal";

"São situações que não nos competem. A questão só nos tocaria se viessem nos pedir o reconhecimento religioso e sacramental da união";

"Portanto, vale a regra de Jesus: "Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus!" Mc 12, 17".

A posição agradou alguns nomes da comunidade LGBT brasileira, como o deputado federal Jean Wyllys (PSol-RJ), que escreveu:

"Obrigado, Padre Fábio de Melo, por vir a público em defesa do Estado laico, dos direitos civis de LGBTs e da diversidade".

Fonte: http://www.brasilpost.com.br/


Meu Comentário: O Pe Fábio de Melo pode ter problemas com a direção da Igreja Católica, porque se seu comentário for interpretado pela liderança da igreja como defesa do casamento gay Lembrando que em 2014, um padre paulistano foi excomungado por defender essa idéia. Na verdade já andam de olho no Pe. Fábio desde que ele fez críticas dizendo que há uma excessiva adoração a Maria e a perda do foco em Cristo.  Isso chegou a gerar boatos nas redes sociais dizendo que a alta cúpula da igreja havia amaldiçoado o padre, mas não sei se há veracidade nessa informação.

Foi noticiado que a Globo irá promover um debate entre o Pr. Silas Malafaia, o deputado Jean Wyllys e o apresentador Jô Soares. O evento será mostrado no programa do Pedro Bial, que se chama "Na Moral". Silas é bom debatedor, bate para todo lado, cita versículos da Bíblia igual a uma metralhadora giratória. Já esteve nesse programa uma vez, debatendo com um ateu e um representa de religião afro. Saiu até bem com o primeiro e não tão bem com o segundo, devido ao seu estilo nervoso, em face do outro que apresentou muita calma. Nessa agora, vão ser três contra um, pois além dos debatedores, tem também o Bial como moderador do debate. O Jô deve conferir o ar de sátira inteligente ao encontro. Uns diziam que o Silas não deveria ir, outros já dizem que se não for, será chamado pelo pessoal do Jean como um "amarelão". 

O fato é que gostando/concordando ou não com o Malafaia, ele estará ali representando uma parcela da população brasileira, mesmo que eu e você diga que ele não nos representa, a verdade é que representa sim, quem pensa na linha que ele prega. E vou dizer: não é pouca gente! 

O que eu fico pensando é o seguinte: E o Evangelho com isso? Será que o Mestre da Galiléia, que num certo sentido debateu com os grupos de sua época como heredianos, saduceus e fariseus, iria num eventos desses? E se fosse, o que diria?

Por essas e outras que disse no título da postagem que acho que o Pe. Fábio fará falta, pois se tivesse sido convidado, apresentaria uma abordagem no sentido de sua escrita no twitter, e que no meu entender ao explicar a relação Estado/Igreja, não conflitou em nenhum momento com o Evangelho. 




Convertidos brasileiros ao islamismo está crescendo rapidamente, diz jornal francês


O plano de expansão do islamismo pelo mundo, traçado pelos principais líderes da religião, vem surtindo efeito visível em países dos continentes europeu e africano, mas também no Brasil.
O relato de aumento de muçulmanos em terras tupiniquins levou o jornalista Nicolas Bourcier a produzir uma extensa reportagem para o jornal francês Le Monde, relatando que em São Paulo, tem sido constatado um aumento significativo das conversões ao islamismo.
De acordo com Bourcier, aproximadamente um terço dos frequentadores da principal mesquita da capital paulista vem do Oeste da África, atraídos pela promessa de uma vida sem perseguição religiosa e sem conflitos armados motivados por diferenças étnicas.
No entanto, comenta a reportagem, a grande maioria dos frequentadores é composta por brasileiros, e quase metade se converteu recentemente.
Um fenômeno recente, evidenciado nos últimos 15 anos. O ritmo de conversões pode ser comparado ao de uma pequena congregação pentecostal: a cada semana, entre quatro e seis brasileiros se convertem ao islamismo na mesquita visitada, que fica no bairro do Cambuci.
O imã Abdelhamid Metwally, responsável pela mesquita, disse que a explicação desse crescimento está na “tolerância formidável que existe no Brasil, onde é possível exprimir sua crença com muita liberdade, o que não é o caso em alguns países da Europa”.
Atualmente, os muçulmanos estimam que existam, no Brasil, até 1,5 milhão de adeptos da religião, e entre 30% e 50% seriam convertidos por aqui mesmo.
A antropóloga Francirosy Ferreira, diz que as primeiras conversões ao islamismo no país foram registradas em 1920, com os imigrantes sírios, libaneses e palestinos, mas que a grande propaganda da religião foi feita pela televisão: “O lançamento em 2001 na TV Globo da novela ‘O Clone’, que tinha o início de sua intriga situada no Marrocos, suscitou o entusiasmo [pela religião muçulmana]”, explicou.
Islamismo cresce em periferias de São Paulo
Elaine Novais Braga conheceu o Islã há dois anos, por influência de um colega de trabalho. Aniza Zafira, como prefere se chamada, é gestora cultural em uma associação na Favela Cultura Física, em Embu das Artes, na Grande São Paulo.
Marcada por uma juventude difícil em Paraisópolis, uma das maiores comunidades da América Latina, ela conta que se separava do pai do filho dela, usuário de drogas, quando decidiu buscar uma religião.
No Islã, ela reza cinco vezes ao dia sempre em direção a Meca, a cidade sagrada para os muçulmanos. Antes do culto, Anisah se 'purifica' lavando seu o corpo em um ritual ablução.
No Brasil, segundo o Censo mais recente, divulgado em 2010 pelo IBGE, há cerca de 30 mil fiéis. No entanto, segundo a Federação das Associações Muçulmanas do Brasil, esse número saltou de 600 mil, há cinco anos, para um milhão atualmente.
A maioria das pessoas da comunidade islâmica no Brasil é de origem árabe e vive em bairros de classe média, mas uma parte dos novos adeptos está em regiões carentes como as visitadas pela reportagem CBN.
O fenômeno chama atenção do mundo acadêmico. A professora Francirosy Barbosa Ferreira estuda o islã há 17 anos e diz que a religião tomou uma característica brasileira. ‘Acho que houve uma identificação principalmente com esses movimentos reinvindicatórios, dessa construção de identidade.’
Elaine Novais Braga ainda não sabe falar o árabe. Por isso, reza, na maioria das vezes, com outros religiosos. Mora em Embu das Artes com o filho. Prefere a comunidade da Grande São Paulo, pois diz que ali é mais respeitada. De acordo com Elaine, o Islã já trouxe alguns problemas, mas isso não abalou sua fé.
A intolerância também já afetou a vida de Geizianne Guedes. Moradora do Jardim Ibirapuera, na Zona Sul de São Paulo, ela se converteu ao Islã há quatro anos. Conheceu o Alcorão enquanto estudava para ser freira em um convento. Foi um amigo seminarista que entregou a ela o livro sagrado para os muçulmanos.
Sarah Ghuraba, como prefere ser chamada, deixou o convento e hoje não abandona o véu que só deixa o rosto da jovem de 27 anos a mostra. Sempre que possível se dedica a difundir a palavra do profeta Maomé.
A internet é a principal ferramenta usada por Sarah que mantém um blog sobre o assunto. Ela aponta o preconceito como o pior problema para um muçulmano no Brasil.
Fonte: Gospelmais via CPADNews, via http://www.pointrhema.com.br/