quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

STF arquiva ação contra líder católico carismático


Fachin: julgamento pode ser adiado
Fachin: intolerante, mas não representa discurso de ódio

O Supremo Tribunal Federal arquivou uma ação penal movida pelo Ministério Público da Bahia contra o monsenhor da igreja Católica Jonas Abib, fundador da Canção Nova, por incitação à discriminação religiosa. Ele era acusado de incitar fiéis contra religiões espíritas, incluindo candomblé e umbanda, em seu livro “Sim, Sim, Não, Não – Reflexões de Cura e Libertação”.

A defesa do sacerdote, capitaneada pelo advogado Belisário dos Santos Jr., do escritório Rubens Naves Santos Jr. Advogados, sustentou que as declarações contidas no livro são destinadas a convencer os católicos hesitantes, são sectárias, mas não representam discurso de ódio.

Para o ministro​ relator da ação, Edson Fachin​, não se verifica na esfera penal uma intenção de que fiéis católicos procedam a escravização, exploração ou eliminação de pessoas de outras religiões.

“Apesar de as afirmações serem indiscutivelmente intolerantes, pedantes e prepotentes, entendo que elas encontram guarida na liberdade de expressão religiosa e, em tal dimensão, ainda que reprováveis do ponto de vista moral e ético, não preenchem o âmbito proibitivo da norma penal incriminadora”, disse Fachin

Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/




quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Fidel Castro - morre o último mito do comunismo


Fidel Castro era o último grande personagem histórico do século 20 ainda vivo. Foi um mito que inspirou toda uma geração de pensadores, políticos e militantes de esquerda ao liderar a Revolução Cubana em 1959.

Cuba, porém, repetiu a experiência do socialismo real soviético. Indicadores sociais são avanços inegáveis na ilha que sofre com o bloqueio americano, mas o país fracassou na economia e virou uma ditadura, sacrificando liberdades individuais _algo nunca defensável.

Fidel Castro foi considerado um dos maiores nomes da política internacional do século XX e que adentrou o século XXI. Sem dúvida alguma seu nome ficará registrado na história cubana como alguém que foi um divisor na história de Cuba - antes e depois dele. Se o país da América Central está melhor ou pior depois de Castro, aí já é outra história.

No campo ideológico foi amado pela esquerda, transformado em símbolo e odiado pelo outro campo de pensamento. Me lembro quando fazia o ensino médio em 1986, e um professor que era ex-seminarista católico, adepto da Teologia da Libertação que estava no auge na época, dizia para nós na sala de aula que Cuba era um modelo de país em comparação com o Brasil que na ocasião vivia nos tempos de Sarney e do Plano Cruzado.

Em 1959 na Revolução Cubana, juntamente com Che Guevara, derrubam o governo do ditador Batista e estabelecem um novo governo. Nesse mesmo ano ele foi tido pela impresa norte-americana como herói e recebido logo depois aqui no Brasil por Juscelino. Em 1960, se alia a ex-URSS e se torna inimigo do governo dos Estados Unidos.

Eram tempos da "Guerra Fria", e foi justamente Fidel Castro um dos protagonistas da maior ameaça nuclear depois da Segunda Guerra Mundial até o hoje, a chamada "Crise dos Misséis de Cuba" em 1962, sendo os outros protagonistas da história, John Kennedy e Nikita Kruschev, respectivamente presidentes dos EUA e URSS.

Nos anos 70 e 80, Fidel chegou a se participar de guerras no continente africano enviando soldados cubanos nos conflitos no continente africano.

Depois de trinta anos (1960-1990), com o fim da URSS, acaba o subsídio soviético, Fidel então se viu obrigado a abrir a ilha par ao turismo, que juntamente com o dinheiro enviado pelos cubanos residentes nos EUA passaram a ser a maior fonte de receita de Cuba.

Permaneceu no poder por 49 anos. À exceção da rainha Elizabeth 2ª, há 64 anos no trono britânico, o ditador  cubano foi quem  mais tempo chefiou uma nação entre os líderes ainda vivos.

Ao longo de 57 anos, o regime comunista dos Castro foi diretamente responsável pela morte ou pelo desaparecimento de 9.504 pessoas, segundo o projeto Cuba Archive. Segundo o jornal Folha de São Paulo, edição do dia 27/11/2016, em 2016, ocorreram 9,125 prisões por motivo político.

A ditadura é reconhecida por ter melhorada as condições de saúde e educação na ilha caribenha, embora tenha legado um país empobrecido, para o que concorreu o embargo comercial dos EUA.

Na capital Havana e no interior, houve comemoração e pesar pela morte de Fidel. Nos Estados Unidos, os exilados cubanos festejaram nas ruas de Miami.

Fidel até na morte, foi lembrado ora como herói por uns e tirano por outros.

terça-feira, 29 de novembro de 2016

A tragédia da queda do avião com o Chapecoense


O trágico acidente aéreo na Colômbia com o avião que transportava o time da Chapecoense para disputada da Copa Sul Americana nos deixa sem palavras, perplexos.

Quantas vidas foram ceifadas! Quantas famílias enlutadas! Pessoas das mais variadas idades estavam no avião, alguns tão jovens!

Nossas condolências a todos familiares, amigos dos estavam no avião, como também a cidade de Chapecó em Santa Catarina.

Nessa hora, lembramos da brevidade da vida e da necessidade de estarmos preparados, como diz o profeta Amós: "Prepara-te para te encontrares com o teu Deus".

Que o Senhor conforte os corações tristes por essas partidas! 

Empresários ou pastores? O negócio lucrativo das megaigrejas nos Estados Unidos

Cada vez menos os norte-americanos se declaram cristãos. As comunidades católicas, protestantes e evangélicas perderam terreno diante de quem não se identifica com nenhuma religião. No entanto, nas megaigrejas este declínio parece ser apenas um truque estatístico, distante do fervor dos frequentadores destes templos liderados por pastores carismáticos.

Resultado de imagem para mega templos estados unidos
Mais de 40 mil pessoas assistem semanalmente às missas da Lakewood Church, em Houston, Texas (Amber Case - Flickr)
De acordo com a definição do Hartford Institute for Religion Reserch, “o termo megaigreja, em geral, se refere a qualquer congregação cristã protestante com uma frequência semanal de pelo menos 2 mil pessoas em seus serviços de culto.” O fenômeno teve início na década de 1970 e chegou ao seu auge nos últimos anos com a ascensão do protestantismo evangélico, a única tendência que resistiu em cifras absolutas à queda no número de religiosos entre os norte-americanos.

O crescimento espetacular destas congregações, muitas à margem das denominações tradicionais, despertou também dúvidas sobre o seu funcionamento. As críticas se dirigem especialmente à gestão autoritária de alguns líderes, cuja ambição pessoal se mistura com a missão das igrejas. Além disso, a gestão das finanças e os salários dos pregadores também levantaram suspeitas.

Empresários ou pastores?

Um pastor cristão de uma pequena congregação recebe um salário anual em torno de U$ 28 mil dólares, segundo a National Association of Church Business Administration. A diferença em relação a certos líderes espirituais de megaigrejas é impactante.

Joel Olsteen, que anos atrás aceitava U$ 200 mil por ano da Lakewood Church, agora vive das vendas multimilionárias de seus livros. Ele mora em uma mansão em Houston, no Texas, avaliada em U$ 10,5 milhões. Ed Young, da também texana Fellowship Church, recebe U$ 1 milhão, além de outros milhares em benefícios e a possibilidade de viajar em um jato privado de U$ 8,4 milhões. Outros acumulam centenas de milhares de dólares em salários, embora esta elite ainda represente uma minoria dentro das igrejas norte-americanas.

Resultado de imagem para rick warren
O pastor Rick Warren é uma das exceções: ele doa mais de 90% de seus direitos autorais milionários a obras de caridade (USAID - Flickr)

Os milhões fluem dos cofres cheios das megaigrejas. Uma investigação dos editores do Online Christian Colleges revela que as 10 congregações mais frequentadas nos Estados Unidos gerenciam orçamentos que superam os U$ 35 milhões anuais. Em declarações para uma pesquisa do Hartford Institute, o administrador da antiga Chapel Hill Harvester Church a descreveu como um negócio que funciona com o nome de igreja. “Somos uma igreja que gera 10 milhões de dólares por ano e temos que operar como uma empresa,” explicou.

Estes ganhos fantásticos, que chegam através da venda de livros, material multimídia e doações, transformaram radicalmente a maneira de transmitir os sermões. As megaigrejas de maior sucesso contam com equipamento de áudio e vídeo de alta tecnologia, instalações confortáveis para os fiéis, grandes estacionamentos, ofertas adaptadas a diferentes idades, áreas recreativas, e uma localização privilegiada em áreas do subúrbio de cidades em plena expansão, como Los Angeles, Dallas, Atlanta, Houston, Phoenix e Seattle.

A essência personalista destas igrejas dificulta a prestação de contas dos líderes religiosos. Quando os pastores atuam como autoritários diretores executivos de uma empresa, com o poder que a liderança espiritual lhes outorga e seu papel na arrecadação, a linha entre a missão religiosa e a rentabilidade financeira se torna nebulosa.
As megaigrejas floresceram principalmente em comunidades brancas no sul e no oeste dos Estados Unidos (Sidnei da Silva - Flickr)

A igreja, como um shopping center

A pesquisa do Hartford Institute compara o conceito de megaigreja com a oferta de boutiques especializadas em um centro comercial. Esta variedade de opções permite que os fiéis encontrem uma resposta quase personalizada para suas necessidades espirituais, que vai muito mais além da satisfação que experimentam com os sermões. Além disso, os membros muito ativos podem fazer trabalho voluntário ou empregar-se a serviço da congregação. O resultado é uma comunidade dinâmica, que se adapta às expectativas da sua “clientela” e funciona sete dias por semana, como qualquer comércio.

Para reacender a chama religiosa e atrair novos clientes, as megaigrejas se apresentam como espaços não convencionais, onde os crentes encontrarão uma experiência diferente. Esta mensagem é reforçada pela decoração mais moderna, o mobiliário mais confortável, comodidades similares às de grandes centros comerciais e sermões que falam sobre os problemas do cotidianos. Algumas preferem se apresentar como herdeiras de congregações com raízes profundas no passado, mas renovadas, melhores e, sobretudo, maiores.

Todas compartilham uma identidade que surge da visão exclusiva de seus líderes espirituais, o chamado de Deus, a missão divina que receberam. Estas revelações particulares lhes permitem acentuar a distinção diante de igrejas concorrentes e seduzir quem está decepcionado com as denominações mais antigas. É uma espécie de disputa pelas almas que emprega técnicas de marketing usadas em qualquer outro tipo de negócio.

Esta corrida para multiplicar o número de fiéis atraiu as “ovelhas” de igrejas pequenas. O número de presentes nas missas “comuns” caiu dramaticamente na última década segundo o relatório Faith Communities Today de 2015. Cerca de 60% dos templos norte-americanos têm capacidade para menos de cem pessoas. Este público se deslocou para as megaigrejas, que não param de crescer.
Fonte: boriskro, via yahoo.

Meu Comentário: E no Brasil?