sexta-feira, 11 de outubro de 2019

O Nascimento de um Líder Profético em Israel - Lição 2 CPAD de adultos

ESBOÇO GERAL
I – O AMBIENTE FAMILIAR DE SAMUEL
II – SAMUEL: FRUTO DE ORAÇÃO
III – A DEDICAÇÃO DE SAMUEL 
Osiel Gomes
Para poder entender bem os fatos relacionados à vida do profeta Samuel, especialmente seu grande trabalho, que será desenvolvido como líder de Israel, é imprescindível que se leia os capítulos 1 a 16, os quais ele escreveu. Neles se encontram não somente aspectos relacionados à sua biografia, mas também seus atos.
Podemos crer que havia uma razão especial para a Septuaginta chamar os livros de I Samuel, II Samuel, I Reis e II Reis de I, II, III, IV Reinos, mudança que se sucedeu por causa da Vulgata Latina de Jerônimo, que passou a chamá-los de Reis. Na verdade, o conteúdo desses dois compartimentos bíblicos, Samuel e Reis, descreve com exatidão a elevação e a queda de Israel como nação, por não priorizar os preceitos divinos. Samuel será o precursor desse momento histórico da nação, posto que é ele quem fará o processo da transição de teocracia para monarquia, ungindo os dois primeiros reis de Israel — Saul e Davi.
É bem verdade que Deus sempre levantou alguns homens para começarem a história com o seu povo. Moisés é um grande exemplo. Por meio dele acontece o Êxodo, a entrega da lei; dentre outras coisas, ele é posto por Deus sobre Faraó (Êx 7.1). Pelo nascimento de Samuel, um novo momento histórico se dará para a nação israelita, pois ele será um vaso comprometido com Deus para fazer a vontade divina. Esses homens estiveram na brecha, conforme falou Ezequiel, procurando ser verdadeiros valores e exemplo para o povo. “E busquei dentre eles um homem que estivesse tapando o muro e estivesse na brecha perante mim, a favor desta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém achei” (Ez 22.30).
Portanto, o épico narrativo envolvendo a pessoa de Samuel serve como estímulo para os pastores da atualidade no sentido de que o sucesso na liderança depende do compromisso que o líder tem com Deus. É seu trabalho não mudar o povo, mas atiçar a consciência de cada um para que saia do seu estado de apatia espiritual rumo a uma vida cheia de fé. 
O apóstolo Paulo falou que temos que servir a Deus com fervor (Rm 12.11), do grego zeo, que quer dizer “quente”, “zeloso para o que é bom”, mas isso só acontece se primeiramente aqueles que estão à frente da obra tiverem o coração dominado pelo poder de Deus, estiverem sempre ouvindo a sua voz, como aconteceu com Samuel.
Para o cenário que se descrevia naquela época, de sucessivas crises espirituais, atolados na fossa do pecado, sem liderança firme, pela quebra da lei divina, Deus vai levantar um homem que é fruto de voto e oração, que desde cedo aprendeu a servir na casa do Senhor, que procurava cumprir com os propósitos divinos, seu nome é Samuel. Esse homem será a voz profética conclamando a todos para um viver santo e sincero com Deus, apresentando o caminho para uma vida vitoriosa. 
Líderes frios, sem o poder de Deus na vida, não podem levantar um povo morto, pois, para profetizarem, têm que estar abarrotados da presença de Deus, daí ouvir o Senhor dizer: “Portanto, profetiza e dize-lhes: Assim diz o Senhor Jeová: Eis que eu abrirei as vossas sepulturas, e vos farei sair das vossas sepulturas, ó povo meu, e vos trarei à terra de Israel” (Ez 37.12).
Texto extraído da obra “Tempo, Bens e Talentos”, editada pela CPAD. 
Videoaula - pastor Osiel Gomes

quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Malafaia promete “arregaçar” calvinismo em sermão, mas termina criticado até por arminianos

O pastor Silas Malafaia decidiu entrar no debate que atualmente vem pautando as duas principais alas teológicas no segmento evangélico brasileiro, e pregou um sermão no último domingo, 06 de outubro, que segundo ele, poderia “arregaçar” a doutrina calvinista.
“Amanhã, na celebração da ceia, eu vou pregar eu vou pregar uma mensagem de arregaçar. Eu vou falar sobre a maravilhosa graça de Deus, e vou falar [sobre] que graça é essa que estão pregando: uma graça sem graça, legalista; uma graça leviana, que é o amor, amor, amor e pode tudo; ou a maravilhosa grau de Deus”, introduziu Malafaia, num vídeo publicado no Twitter.
EM SEGUIDA, O LÍDER DA ASSEMBLEIA DE DEUS VITÓRIA EM CRISTO ABORDOU O DEBATE SOBRE AS VERTENTES CALVINISTA E ARMINIANA DA TEOLOGIA: “TAMBÉM VOU FALAR QUE SÓ COM A GRAÇA DE DEUS EU ELIMINO A DOUTRINA CALVINISTA DA PREDESTINAÇÃO”, PROMETEU.
O anúncio mobilizou as redes sociais, com líderes evangélicos pentecostais e reformados repercutindo o sermão pregado por Silas Malafaia: “Se arminianos forem depender da defesa ‘arregaçada’ de Silas Malafaia, estarão fragilizados. Frágil, inconsistente, texto distorcidos e mal-empregados. Enfim, só o histrionismo de sempre. Há arminianos que podem fazer um trabalho 100% melhor do que ele”, criticou o pastor assembleiano Geremias do Couto no Twitter.
Um tom igualmente agudo foi adotado pelo pastor e escritor Renato Vargens, líder da Igreja Cristã da Aliança, em Niterói (RJ) e integrante do movimento Coalizão Pelo Evangelho: “O dito pregador que disse que iria arrebentar com o calvinismo, além da arrogância que lhe é peculiar não falou nada com nada. Antes pelo contrário, com um discurso autoritário e vazio de boa teologia, contrariou até mesmo o arminianismo clássico, defendendo de forma ignóbil um tipo de pelagianismo, que pelo jeito ele mesmo não sabe o que significa”.
“Agostinho de Hipona, Ulric Zuínglio, Martinho Lutero, João Calvino, John knox, John Bunyan, John Owen, Mathew Henry, Jonathan Edwards, George Whitefield, Charles Haddon Spurgeon, John Gill, J.C. Ryle, A.W. Pink, Charles Hodge, Abraham Kuyper, Louis Berkhof, Martyn Lloyd-Jones, J.I. Packer, John Stott, D.A. Carson, John Piper, John MacArthur, Steven Lawson, Russel Sheed, R.C. Sproul, Wayne Grudem, isso sem mencionar centenas de outros mais mais, inclusive brasileiros como Augustus Nicodemus, Franklin Ferreira e Davi Charles Gomes que defendem a doutrina da eleição, mas, quem sabe mais é o Silas Malafaia, que do alto de sua empáfia pelagiana acredita que arrebentou o calvinismo”, acrescentou Vargens, em outra publicação no Instagram.
Em contraponto, o historiador manauara José Andrews exaltou o sermão de Malafaia: “Só digo uma coisa: pela reação da militância calvinista em redes sociais, o Pr Silas Malafaia, apesar de uma desidratação de popularidade, ainda é o protagonista do debate evangélico”.
Se arminianos forem depender da defesa “arregaçada” de Silas Malafaia, estarão fragilizados. Frágil, inconsistente, texto distorcidos e mal-empregados. Enfim, só o histrionismo de sempre. Há arminianos que podem fazer um trabalho 100% melhor do que ele.
32 pessoas estão falando sobre isso