SEJA BEM VINDO. Este blog nasceu da vontade de poder compartilhar, pensamentos e reflexões sobre os acontecimentos atuais e a aplicação da Palavra de Deus a nossa vida.A escolha deste título para o meu blog, foi porque acredito que se não for para vivermos o Evangelho de Cristo conforme Ele viveu e ensinou, nada vale a pena. INDIQUE ESTE BLOG A MAIS ALGUÉM E DEIXE UM COMENTÁRIO JUNTO A MATÉRIA QUE PORVENTURA TENHA GOSTADO.
sexta-feira, 10 de abril de 2009
quarta-feira, 8 de abril de 2009
VALEU A PENA PASTOR?
Desde que fui ordenado ao ministério, trabalho com evangelização, missões urbanas e plantação de igrejas. Preguei milhares de sermões, participei de centenas de congressos, mesas-redondas e seminários. Conto os anos de ministério, e me pergunto: “Qual a pertinência do meu esforço? O fruto do meu ministério permanecerá?”.
Não pretendo terminar os dias desempenhando as funções sacerdotais como mero sacerdote que batiza, celebra ritos de passagem e enterra os mortos. Não almejo acomodar-me à função de xamã. Não tolero o papel de “baby-sitter” de crentes burgueses, sempre ávidos por bênçãos.
Como pastor pentecostal, inquieto-me com o massacre da teologia da prosperidade, que ocupa a maior parte do culto com promessas de bênção. Não gosto de ver a instrumentalização de quase todo esforço missionário para fazer proselitismo, em nome de uma evangelização.
Pastores semelhantes a mim vivem a responder a questiúnculas sobre doutrina, a legislar sobre moralismos e a apagar fogo de contendas entre os membros de suas comunidades. O discipulado desaparece na catequese que tenta adequar as pessoas às demandas religiosas. O resultado é trágico e o testemunho cristão, pífio.
Caso não mexamos com os conceitos fundamentais da teologia da missão, continuaremos repetindo fórmulas desgastadas. Resgatar pessoas do inferno, garantir o céu, mas esquecer a “plenitude da vida” diminui brutalmente o mandato cristão. O tempo gasto das pessoas, os recursos financeiros aplicados, a mobilização de talentos, não podem ser desperdiçados. A função da igreja é também resgatar vidas, proteger os indefesos da burocracia estatal, da opressão do mercado e até da frieza eclesiástica.
Como cuidei basicamente de igrejas urbanas, lamento o tempo perdido com a máquina religiosa. Fui absorvido por programações irrelevantes. Defendi teologias desconexas da existência. Fiz promessas irreais. Discuti ideias estéreis. Corri em busca de glórias diminutas. O tempo é uma riqueza não renovável, portanto, resta-me lamentar tanto esforço para tão pouco resultado.
Entreguei-me de corpo e alma à oração, fiz vigílias, jejuei. Ralei os joelhos em busca de uma espiritualidade eficiente. Acreditei piamente que a maturidade humana aconteceria pelo caminho da piedade religiosa. Ledo engano. Muitos companheiros de oração se levantaram ferozmente contra mim.
O mundo passa por mudanças radicais e as igrejas, se quiserem ser relevantes, precisam repensar seu papel na sociedade. Se não quiserem sucumbir à tentação de serem meros prestadores de serviços religiosos, os pastores precisam abrir mão de egolatrias tolas como o fascínio por títulos. É tolice brincar de importante usando o nome de Deus.
Fonte: Trecho do Texto Para não viver em vão, de Ricardo Gondim, publicado na Revista Ultimato, edição n° 317, março-abril de 2009.
Não pretendo terminar os dias desempenhando as funções sacerdotais como mero sacerdote que batiza, celebra ritos de passagem e enterra os mortos. Não almejo acomodar-me à função de xamã. Não tolero o papel de “baby-sitter” de crentes burgueses, sempre ávidos por bênçãos.
Como pastor pentecostal, inquieto-me com o massacre da teologia da prosperidade, que ocupa a maior parte do culto com promessas de bênção. Não gosto de ver a instrumentalização de quase todo esforço missionário para fazer proselitismo, em nome de uma evangelização.
Pastores semelhantes a mim vivem a responder a questiúnculas sobre doutrina, a legislar sobre moralismos e a apagar fogo de contendas entre os membros de suas comunidades. O discipulado desaparece na catequese que tenta adequar as pessoas às demandas religiosas. O resultado é trágico e o testemunho cristão, pífio.
Caso não mexamos com os conceitos fundamentais da teologia da missão, continuaremos repetindo fórmulas desgastadas. Resgatar pessoas do inferno, garantir o céu, mas esquecer a “plenitude da vida” diminui brutalmente o mandato cristão. O tempo gasto das pessoas, os recursos financeiros aplicados, a mobilização de talentos, não podem ser desperdiçados. A função da igreja é também resgatar vidas, proteger os indefesos da burocracia estatal, da opressão do mercado e até da frieza eclesiástica.
Como cuidei basicamente de igrejas urbanas, lamento o tempo perdido com a máquina religiosa. Fui absorvido por programações irrelevantes. Defendi teologias desconexas da existência. Fiz promessas irreais. Discuti ideias estéreis. Corri em busca de glórias diminutas. O tempo é uma riqueza não renovável, portanto, resta-me lamentar tanto esforço para tão pouco resultado.
Entreguei-me de corpo e alma à oração, fiz vigílias, jejuei. Ralei os joelhos em busca de uma espiritualidade eficiente. Acreditei piamente que a maturidade humana aconteceria pelo caminho da piedade religiosa. Ledo engano. Muitos companheiros de oração se levantaram ferozmente contra mim.
O mundo passa por mudanças radicais e as igrejas, se quiserem ser relevantes, precisam repensar seu papel na sociedade. Se não quiserem sucumbir à tentação de serem meros prestadores de serviços religiosos, os pastores precisam abrir mão de egolatrias tolas como o fascínio por títulos. É tolice brincar de importante usando o nome de Deus.
Fonte: Trecho do Texto Para não viver em vão, de Ricardo Gondim, publicado na Revista Ultimato, edição n° 317, março-abril de 2009.
segunda-feira, 6 de abril de 2009
APÓSTOLO PAULO REJEITADO COMO MISSIONÁRIO
Recebi um texto de um amigo. É muito interessante. Será que fazemos o mesmo?
Conta-se que o Apóstolo Paulo enviou seu currículo para a Junta de Missões Mundiais de uma certa denominação, oferecendo-se para trabalhar como missionário. Após algumas semanas, o Secretário da Junta escreveu-lhe esta carta, justificando por que não poderia aceitá-lo. Ao Reverendo Saulo Paulo, Missionário Independente Roma, Itália. Caro Sr. Paulo: Recebemos recentemente seu currículo, exemplares de seus livros e o pedido para ser sustentado pela nossa Junta como missionário na Espanha. Adotamos a política da franqueza com todos os candidatos. Fizemos uma pesquisa exaustiva no seu caso. Para ser bem claro, estamos surpresos que o senhor tenha conseguido até aqui "passar" como missionário independente. Soubemos que sofre de uma deficiência visual que, algumas vezes, o incapacita até para escrever. Nossa Junta requer que o candidato tenha boa visão, ou que possa usar lentes corretoras. Em Antioquia, o senhor provocou um entrevero com Simão Pedro, um pastor muito estimado na cidade, chegando a repreendê-lo em público. O senhor provocou tantos problemas que foi necessário convocar uma reunião especial da Junta de Apóstolos e Presbíteros em Jerusalém. Não podemos apoiar esse tipo de atitude. Acha que é adequado para um missionário trabalhar meio-período em uma atividade secular? Soubemos que fabrica tendas para complementar seu sustento. Em sua carta à igreja de Filipos, o senhor admite que aquela é a única igreja que lhe dá algum suporte financeiro. Não entendemos o porquê, já que serviu a tantas igrejas. É verdade que já esteve preso diversas vezes? Alguns irmãos nos disseram que passou dois anos na cadeia em Cesaréia e que também esteve preso em Roma, e em outros lugares. Não achamos adequado que um missionário da nossa Junta tenha folha corrida na polícia. O senhor causou tantos problemas para os artesãos em Éfeso que eles o chamavam de "o homem que virou o mundo de cabeça para baixo". Sensacionalismo é totalmente desnecessário em Missões. Deploramos, também, o vergonhoso episódio de fugir de Damasco escondido em um grande cesto. Estamos admirados em ver sua falta de atitude conciliatória. Os homens elegantes e que sabem contemporizar não são apedrejados ou arrastados para fora dos portões da cidade, tampouco são atacados por multidões enfurecidas. Alguma vez parou para pensar que, palavras mais amenas poderiam ganhar mais ouvintes? Remeto-lhe um exemplar do excelente livro "Como Ganhar os Judeus e Influenciar os Gentios". Em uma de suas cartas, o senhor referencia a si mesmo como "Paulo, o velho". As normas de nossa Missão não permitem a contratação de missionários além de uma certa idade. Percebemos que é dado a fantasias e visões. Em Trôade, viu "um homem da Macedônia" e em outra ocasião diz que "foi levado até o Terceiro Céu e que ouviu palavras inefáveis". Afirma ainda que viu o Senhor e que ele o confortou. Achamos que a obra de evangelização mundial requer pessoas mais realistas e de mente mais prática. Em toda a parte por onde andou, o senhor provocou muitos problemas. Em Jerusalém, entrou em conflito com os líderes do seu próprio povo. Se alguém não consegue se relacionar bem com seu próprio povo, como pode querer servir no exterior? Dizem que tem o poder de manipular serpentes. Na ilha de Malta, ao apanhar lenha, uma víbora se enroscou no seu braço, picou-o, mas nada lhe ocorreu. Isso soa muito estranho para nós. O senhor admite que enquanto esteve preso em Roma, "todos o esqueceram". Os homens bons nunca são esquecidos pelos seus amigos. Três excelentes irmãos, Diótrefes, Demas e Alexandre, o latoeiro, disseram-nos que acharam impossível trabalhar com o senhor e com seus planos mirabolantes. Soubemos que teve uma discussão amarga com um colega missionário chamado Barnabé e que acabaram encerrando uma longa parceria. Palavras duras não ajudam em nada a expansão da obra de Deus. O senhor escreveu muitas cartas às igrejas onde trabalhou como pastor. Em uma delas, acusou um dos membros de viver com a mulher de seu falecido pai, o que fez a igreja ficar muito constrangida e a excluir o pobre rapaz. O senhor perde muito tempo falando sobre a segunda vinda de Cristo. Suas duas cartas à igreja de Tessalônica, são quase totalmente devotadas a esse tema. Em nossas igrejas, raramente falamos sobre esse assunto, que consideramos de menor importância. Analisando friamente seu ministério, vemos que é errático e de pouca duração em cada lugar. Primeiro, a Síria, depois, Chipre, vastas regiões da Turquia, Macedônia, Grécia, Itália, e agora o senhor fala em ir à Espanha. Achamos que a concentração é mais importante do que a dissipação dos esforços. Não se pode querer abraçar o mundo inteiro sozinho. Em um sermão recente, o senhor disse "Longe de mim gloriar-me, a não ser na cruz de Cristo". Achamos justo que possamos nos gloriar na história da nossa denominação, no nosso orçamento unificado, no nosso Plano Cooperativo e nos esforços para criarmos a Federação Mundial das Igrejas. Seus sermões são muito longos. Em certa ocasião, um rapaz que estava sentado em um lugar alto, adormeceu após ouvi-lo por várias horas, caiu e quase quebrou o pescoço. Já está provado que as pessoas perdem a capacidade de concentração após trinta ou quarenta minutos, no máximo. Nossa recomendação aos nossos missionários é: Levante-se, fale por trinta minutos, e feche a boca em seguida. O Dr. Lucas nos informou que o senhor é um homem de estatura baixa, calvo, de aparência desprezível, de saúde frágil e que está sempre agitado, preocupado com as igrejas e que nem consegue dormir direito à noite. Ele nos disse que o senhor costuma levantar durante a madrugada para orar. Achamos que o ideal para um missionário é ter uma mente saudável em um corpo robusto. Uma boa noite de sono também é indispensável para garantir a disposição no trabalho no dia seguinte. A Junta prefere enviar somente homens casados aos campos missionários. Não compreendemos nem aceitamos sua decisão de ser um celibatário permanente. Soubemos que Elimas, o Mágico, abriu uma agência matrimonial para pessoas cristãs aí em Roma e que tem nomes de excelentes mulheres solteiras e viúvas no cadastro. Talvez o senhor devesse procurá-lo. Recentemente, o senhor escreveu a Timóteo dizendo que "lutou o bom combate". Dificilmente pode-se dizer que a luta seja algo recomendável a um missionário. Nenhuma luta é boa. Jesus veio, não para trazer a espada, mas a paz. O senhor diz "lutei contra as bestas feras em Éfeso". Que raios quer dizer com essa expressão? Pesa-me muito dizer isto, irmão Paulo, mas em meus vinte e cinco anos de experiência, nunca encontrei um homem tão oposto às qualificações desejadas pela nossa Junta de Missões Mundiais. Se o aceitássemos, estaríamos quebrando todas as regras da prática missionária moderna. Sinceramente, A. Q. Cabeçadura, Secretário da Junta de Missões Mundiais.
Autor: Anônimo. Tradução e adaptação: Jeremias R. D. P. dos Santos.
Conta-se que o Apóstolo Paulo enviou seu currículo para a Junta de Missões Mundiais de uma certa denominação, oferecendo-se para trabalhar como missionário. Após algumas semanas, o Secretário da Junta escreveu-lhe esta carta, justificando por que não poderia aceitá-lo. Ao Reverendo Saulo Paulo, Missionário Independente Roma, Itália. Caro Sr. Paulo: Recebemos recentemente seu currículo, exemplares de seus livros e o pedido para ser sustentado pela nossa Junta como missionário na Espanha. Adotamos a política da franqueza com todos os candidatos. Fizemos uma pesquisa exaustiva no seu caso. Para ser bem claro, estamos surpresos que o senhor tenha conseguido até aqui "passar" como missionário independente. Soubemos que sofre de uma deficiência visual que, algumas vezes, o incapacita até para escrever. Nossa Junta requer que o candidato tenha boa visão, ou que possa usar lentes corretoras. Em Antioquia, o senhor provocou um entrevero com Simão Pedro, um pastor muito estimado na cidade, chegando a repreendê-lo em público. O senhor provocou tantos problemas que foi necessário convocar uma reunião especial da Junta de Apóstolos e Presbíteros em Jerusalém. Não podemos apoiar esse tipo de atitude. Acha que é adequado para um missionário trabalhar meio-período em uma atividade secular? Soubemos que fabrica tendas para complementar seu sustento. Em sua carta à igreja de Filipos, o senhor admite que aquela é a única igreja que lhe dá algum suporte financeiro. Não entendemos o porquê, já que serviu a tantas igrejas. É verdade que já esteve preso diversas vezes? Alguns irmãos nos disseram que passou dois anos na cadeia em Cesaréia e que também esteve preso em Roma, e em outros lugares. Não achamos adequado que um missionário da nossa Junta tenha folha corrida na polícia. O senhor causou tantos problemas para os artesãos em Éfeso que eles o chamavam de "o homem que virou o mundo de cabeça para baixo". Sensacionalismo é totalmente desnecessário em Missões. Deploramos, também, o vergonhoso episódio de fugir de Damasco escondido em um grande cesto. Estamos admirados em ver sua falta de atitude conciliatória. Os homens elegantes e que sabem contemporizar não são apedrejados ou arrastados para fora dos portões da cidade, tampouco são atacados por multidões enfurecidas. Alguma vez parou para pensar que, palavras mais amenas poderiam ganhar mais ouvintes? Remeto-lhe um exemplar do excelente livro "Como Ganhar os Judeus e Influenciar os Gentios". Em uma de suas cartas, o senhor referencia a si mesmo como "Paulo, o velho". As normas de nossa Missão não permitem a contratação de missionários além de uma certa idade. Percebemos que é dado a fantasias e visões. Em Trôade, viu "um homem da Macedônia" e em outra ocasião diz que "foi levado até o Terceiro Céu e que ouviu palavras inefáveis". Afirma ainda que viu o Senhor e que ele o confortou. Achamos que a obra de evangelização mundial requer pessoas mais realistas e de mente mais prática. Em toda a parte por onde andou, o senhor provocou muitos problemas. Em Jerusalém, entrou em conflito com os líderes do seu próprio povo. Se alguém não consegue se relacionar bem com seu próprio povo, como pode querer servir no exterior? Dizem que tem o poder de manipular serpentes. Na ilha de Malta, ao apanhar lenha, uma víbora se enroscou no seu braço, picou-o, mas nada lhe ocorreu. Isso soa muito estranho para nós. O senhor admite que enquanto esteve preso em Roma, "todos o esqueceram". Os homens bons nunca são esquecidos pelos seus amigos. Três excelentes irmãos, Diótrefes, Demas e Alexandre, o latoeiro, disseram-nos que acharam impossível trabalhar com o senhor e com seus planos mirabolantes. Soubemos que teve uma discussão amarga com um colega missionário chamado Barnabé e que acabaram encerrando uma longa parceria. Palavras duras não ajudam em nada a expansão da obra de Deus. O senhor escreveu muitas cartas às igrejas onde trabalhou como pastor. Em uma delas, acusou um dos membros de viver com a mulher de seu falecido pai, o que fez a igreja ficar muito constrangida e a excluir o pobre rapaz. O senhor perde muito tempo falando sobre a segunda vinda de Cristo. Suas duas cartas à igreja de Tessalônica, são quase totalmente devotadas a esse tema. Em nossas igrejas, raramente falamos sobre esse assunto, que consideramos de menor importância. Analisando friamente seu ministério, vemos que é errático e de pouca duração em cada lugar. Primeiro, a Síria, depois, Chipre, vastas regiões da Turquia, Macedônia, Grécia, Itália, e agora o senhor fala em ir à Espanha. Achamos que a concentração é mais importante do que a dissipação dos esforços. Não se pode querer abraçar o mundo inteiro sozinho. Em um sermão recente, o senhor disse "Longe de mim gloriar-me, a não ser na cruz de Cristo". Achamos justo que possamos nos gloriar na história da nossa denominação, no nosso orçamento unificado, no nosso Plano Cooperativo e nos esforços para criarmos a Federação Mundial das Igrejas. Seus sermões são muito longos. Em certa ocasião, um rapaz que estava sentado em um lugar alto, adormeceu após ouvi-lo por várias horas, caiu e quase quebrou o pescoço. Já está provado que as pessoas perdem a capacidade de concentração após trinta ou quarenta minutos, no máximo. Nossa recomendação aos nossos missionários é: Levante-se, fale por trinta minutos, e feche a boca em seguida. O Dr. Lucas nos informou que o senhor é um homem de estatura baixa, calvo, de aparência desprezível, de saúde frágil e que está sempre agitado, preocupado com as igrejas e que nem consegue dormir direito à noite. Ele nos disse que o senhor costuma levantar durante a madrugada para orar. Achamos que o ideal para um missionário é ter uma mente saudável em um corpo robusto. Uma boa noite de sono também é indispensável para garantir a disposição no trabalho no dia seguinte. A Junta prefere enviar somente homens casados aos campos missionários. Não compreendemos nem aceitamos sua decisão de ser um celibatário permanente. Soubemos que Elimas, o Mágico, abriu uma agência matrimonial para pessoas cristãs aí em Roma e que tem nomes de excelentes mulheres solteiras e viúvas no cadastro. Talvez o senhor devesse procurá-lo. Recentemente, o senhor escreveu a Timóteo dizendo que "lutou o bom combate". Dificilmente pode-se dizer que a luta seja algo recomendável a um missionário. Nenhuma luta é boa. Jesus veio, não para trazer a espada, mas a paz. O senhor diz "lutei contra as bestas feras em Éfeso". Que raios quer dizer com essa expressão? Pesa-me muito dizer isto, irmão Paulo, mas em meus vinte e cinco anos de experiência, nunca encontrei um homem tão oposto às qualificações desejadas pela nossa Junta de Missões Mundiais. Se o aceitássemos, estaríamos quebrando todas as regras da prática missionária moderna. Sinceramente, A. Q. Cabeçadura, Secretário da Junta de Missões Mundiais.
Autor: Anônimo. Tradução e adaptação: Jeremias R. D. P. dos Santos.
domingo, 5 de abril de 2009
RECORDAR É VIVER - A BUSCA DO SAGRADO
Nos dias em que vivemos, muito se tem falado sobre a questão religiosa. Em meio aos temas mundiais, está a busca do sagrado. Um tema controverso, que divide opiniões de pessoas, estudiosos, povos e países. Se para Karl Marx, a religião era o ópio do povo, para Marx Weber era a seiva do capitalismo. Mesmo os que se dizem ateus, fazem do seu ateísmo uma religião. A espiritualidade humana, é um dos fatos mais incontestáveis demonstrados na História. A arqueologia e a antropologia, à medida que pesquisam e fazem incursões nas culturas humanas, sejam elas as mais primitivas, encontram sempre as marcas do sagrado: os signos da adoração, os altares para os rituais, os códigos de ritos e todas aquelas coisas que demonstram o desejo que se projeta do homem, de entender, de integrar o ser cósmico à realidade da sua vida e ao seu cotidiano. Focando a visão para o nosso Brasil, vemos que somos um país que sempre foi atraído pela religião. A Igreja Católica, trazida pelos portugueses, durante 500 anos tem sido a religião dominante neste país. Mas, conviveram paralelo à ela, a pajelança dos índios e os cultos afros, trazidos pelos escravos, fazendo de muito católico no Brasil, um caso interessante. Ele vai na missa de manhã e no centro espírita a noite. Fruto da mistura étnica e religiosa que ocorreu nas terras tupiniquins. Quem não se lembra, da figura da benzedeira? Apesar de algumas tentativas nos primeiros séculos, após o descobrimento, o protestantismo só foi implantado de forma efetiva no Brasil, no século XIX, com a chegada das igrejas históricas (Luterana, Congregacional, Presbiteriana, Batista, Metodista e outras) através dos imigrantes britânicos, alemães e norte-americanos. Os pentecostais vieram em 1910/1911, com a Assembléia de Deus e a Congregação Cristã. A Quadrangular veio depois na década de 50, Deus é Amor em 1962. No fim dos anos 60, saídas das igrejas históricas, surgiam as Renovadas (carismáticas) e a partir de 1977, aparecia no cenário brasileiro, as neopentescostais com a fundação da Igreja Universal do Reino de Deus. Os evangélicos (termo que a partir dos anos 80, passou a designar os protestantes no Brasil), cresceram muito nos últimos 30 anos, saindo de cerca de 3% em 1970 para 18% no presente momento. Em números fala-se em mais de 30 milhões de pessoas. Até 1982, praticamente os evangélicos não participavam da política partidária, hoje, têm senadores, deputados federais, estaduais, vereadores, etc. Já teve ministra de estado, governador e até candidato a presidente. Na mídia, sua participação não ficou atrás, tendo hoje, concessão de canais de rádios e tv, com destaque para a Tv Record, que já é a segunda maior emissora do país. Apesar de todo esse crescimento, é o momento de nos perguntar-mos: qual é o nosso referencial e modelo para viver uma vida para Deus mesmo, neste mundo corrompido e sem esperança? Somos embaixadores de Cristo, como dizia o apóstolo Paulo ou representantes de uma corporação? Seguimos os ensinos do evangelho de Jesus de Nazaré, onde importava o ser, ou os conselhos de Maquiavel, que diz que, basta você parecer que é. Nossos pregadores pregam a palavra com a unção do Espírito Santo ou preferem aprender técnicas de neorolinguística para ludibriar o povo. Nosso referencial é a Bíblia ou preferimos buscar a unção de Toronto, Seul, Bogotá, e por aí vai. Os cantores e pregadores de renome, são admirados, idolatrados, cheios de fãs (não tem outro termo), agendas lotadas, chachês altos, são verdadeiros showmans, onde quer que passem. Interessante, é que, seja no palco dos estádios e ginásios ou no púlpito das igrejas, onde quer que se apresentem, dizem que "toda a glória é para Jesus". Que ironia! Será que em nossos concílios e convenções, os nossos líderes eclesiásticos podem dizer como os apóstolos ao final do primeiro concílio em Jerusalém, registrado em Atos 15, "pareceu bem ao Espírito Santo e a nós"? Os nossos representantes políticos tem agido como Daniel e seus companheiros, que não se contaminaram com o manjar do rei, ou seus nomes estão arrolado em CPIs de corrupção. Em 1965, Billy Graham escreveu um livro chamado "Mundo em Chamas". Em 1983, adolescente recém-convertido li aquele livro pela primeira vez. Ele dizia que naquela época (1965), muitos americanos estavam decepcionados com Igreja (instituição) e estavam deixando de ir à mesma, e se reunindo em grupos nos lares, para estudo da Bíblia e oração. Hoje, isto já está ocorrendo em nosso país também. Ao mesmo tempo, a busca do Sagrado é enorme no mundo e no Brasil. Isto significa que há uma fome de Deus. Mas, se o nosso modelo não for o do Evangelho de Cristo, estaremos com igrejas grandes e ricas, mas Jesus estará batendo à porta, como na Igreja de Laodicéia do Apocalipse. Terá nome de cristã, mas não terá Cristo, terá grife de Jesus, mas receberá um "não vos conheço", ainda que expulse demônios e profetize, conforme está escrito em Mateus 7:21-23. Pense nisto.
Observação: Essa foi a primeira mensagem que eu postei em 31/03/2008, na criação deste blog. Resolvi postá-la novamente depois de assistir um Programa Evangélico, exibido na Band aos sábados. Foi triste e lamentável ver o apresentador do referido programa, expor a política eclesiástica na TV. Um veículo de comunicação que deveria estar sendo usado para pregação do Evangelho, sendo utilizado para outros fins. Como diz o Boris Casoy: "Isso é uma vergonha".
Observação: Essa foi a primeira mensagem que eu postei em 31/03/2008, na criação deste blog. Resolvi postá-la novamente depois de assistir um Programa Evangélico, exibido na Band aos sábados. Foi triste e lamentável ver o apresentador do referido programa, expor a política eclesiástica na TV. Um veículo de comunicação que deveria estar sendo usado para pregação do Evangelho, sendo utilizado para outros fins. Como diz o Boris Casoy: "Isso é uma vergonha".
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