sexta-feira, 25 de maio de 2012

Subsídio para EBD - Laodicéia, uma igreja morna




Laodiceia (em grego: Λαοδίκεια πρός τοῦ Λύκου; em latim: Laodicea ad Lycum; em turco: Laodikya), por vezes transliterada como Laodikeia, anteriormente chamada Diospolis e Rhoas, foi uma das mais prósperas cidades da Frígia, durante a época romana. Possuía bancos, indústria têxtil e uma escola de medicina que produzia colírio para os olhos, embora tivesse problemas com o abastecimento de água. Em certa ocasião, foi construído um aqueduto que transportava as águas térmicas vindas de Hierápolis. Porém, quando a água chegava na cidade, não estava nem quente e nem fresca, mas apenas morna.

A cidade é citada algumas vezes no Novo Testamento da Bíblia, na qual São Paulo esteve em sua terceira viagem missionário, sendo também mencionada entre as sete igrejas (da Ásia) do livro Apocalipse, considerada como uma igreja morna quanto à sua atividade, como uma metáfora à temperatura das águas que abasteciam a cidade.

Vamos observar as similaridades entre a comunidade cristã organizada hoje e a igreja de Laodiceia. A igreja que recebeu a última carta do “carteiro de Patmos” era aparentemente impressionante. Ostentava prosperidade, mas faltava algo.

Sob o governo romano, a cidade de Laodiceia tornou-se amplamente conhecida por seus estabelecimentos bancários, escola de medicina e indústria têxtil. Entretanto, com toda essa riqueza, a igreja estava adormecida. Os membros eram ricos materialmente, mas pobres espiritualmente. O Senhor não teve nada de positivo para dizer sobre essa igreja; de fato, ela o enjoou. É interessante que Deus olha para a apostasia e fica irado – mas olha para a indiferença e fica indisposto.

A pregação da igreja estava comprometida com o mundo. Provavelmente, o pastor não queria perturbar sua congregação. Talvez ele tenha desconcertado um pouco suas consciências – apenas o suficiente para expor a culpa e mostrar trabalho, mas o que ele desejava ouvir depois do culto era: “Que sermão maravilhoso, pastor. Gostei muito”.

Diz o Senhor: “Assim, porque és morno e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca” (Ap 3.16).
Esta é a única passagem no Novo Testamento em que a palavra “morno” é empregada. A expressão deriva da geografia da área que cerca a cidade. No distrito de Hierápolis havia nascentes minerais quentes, cuja água era transportada para laodiceia por canais. Porém, no momento em que chegava à cidade, a água não era mais quente. A água fria era levada para Laodiceia de Colossos, e quando chegava ao destino estava morna também. A mornidão é como deixar o café esfriar e a limonada esquentar.

Na Bíblia, há três temperaturas possíveis do coração: o coração ardente, “Porventura, não ardia em nós o nosso coração quando, pelo caminho, nos falava e quando nos abria as Escrituras” (Lc 24.32); o coração frio, “E, por ser multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará” (Mt 24.12); e o coração morno da última igreja.

John Stott escreveu: “A igreja de Laodiceia era indiferente. Talvez nenhuma outra das sete igrejas se assemelhe mais à igreja do Século XXI do que esta. Ela descreve com perfeição a religiosidade respeitável, sentimental, nominal e superficial tão amplamente difundida entre nós hoje. Nosso cristianismo é tão débil e anêmico. Apresentamo-nos para tomarmos um banho morno de religião”.

Temos muito medo de sermos fervorosos por Cristo; não queremos ser tachados de fanáticos ou extremistas, ainda que em outras áreas da vida nos desprendamos à nossa maneira e transpiremos entusiasmo. Quantas vezes ficamos assistindo a um jogo de basquete ou futebol e aplaudimos um cantor ou músico talentoso até nossas mãos ficarem vermelhas?

Lembro-me de ter ouvido um homem excêntrico que andava pela cidade com um cartaz nos ombros. A frente do cartaz dizia: “Sou louco por Cristo”. Conforme ele vagueava pelas ruas, era ridicularizado pelos que viam a frente do cartaz, até ele passar e lerem a frase do outro lado: “Por quem você é louco?”.

A igreja morna de Laodiceia era presunçosa: “Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta (e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e cego, e nu)” (Ap 3.17).  A rica cidade dos negócios bancários moldou a igreja; o espírito do mercado entrou sorrateiramente e os valores foram distorcidos. A igreja estava orgulhosa de seu trabalho porque usava o padrão de medida humano, e não o divino.

David Wilkerson, autor de A Cruz e o Punhal, comentou:
"Jesus advertiu que uma igreja se expandiria nos últimos dias da civilização, a qual se orgulharia de ser rica, crescente, progressiva em número e autossuficiente. Durante aproximadamente dois mil anos, a Igreja de Jesus Cristo foi rejeitada e perseguida pelo mundo. O sangue de milhões de mártires desprezados clama. A Bíblia diz que todos morreram na fé, dos quais o mundo não era digno. Devo pensar que Jesus mudou de ideia e decidiu encerrar os séculos em uma igreja egoísta, orgulhosa, mimada, rica e morna? Consistirá o último exército de Deus de obreiros fugindo do alistamento?"

Bibliografia: “Antes Que a Noite Venha: A Mensagem de Esperança em Tempos de Crise”, editada pela CPAD.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

A nossa luta é contra quem mesmo?


A julgar pelos programas televisivos do Pr. Silas Malafaia, e pelas falas de tribuna de alguns parlamentares evangélicos como o Pr. Marco Feliciano, e pelos temas das "marchas evangélicas", a impressão que fica é que os evangélicos elegeram um inimigo público número um a ser combatido. Eu me referi as marchas como evangélicas e não como "Marcha para Jesus", porque acredito que elas  que podem ser várias coisas menos para Jesus, porque sinceramente acho difícil pelo que leio nos Evangelhos, que o Mestre de Nazaré aceitasse participar de alguma desse estilo. Abaixo uma reprodução de parte da reportagem do site G1 sobre a Marcha para Jesus no Rio de Janeiro no dia 19/05/2012:

"A Marcha para Jesus do Rio de Janeiro começou às 14h40 deste sábado, com sete trios elétricos e milhares de fiéis percorrendo ruas e avenidas do Centro da cidade. O percurso começou na Central do Brasil e se estende até a Cinelândia. Neste ano, de acordo com o pastor Silas Malafaia, a marcha ressalta os temas: as liberdades de expressão e religiosa, a vida e a família tradicional. Segundo a Polícia Militar, cerca de 100 mil pessoas compareceram ao evento. Na chegada à Cinelândia, o pastor Silas Malafaia criticou o Projeto de Lei 122, que criminaliza atos discriminatórios contra homossexuais. Apesar de ser contrário ao projeto que tramita no Congresso Nacional, o pastor enfatizou que “não tem nada contra a prática do homossexualismo” e que cada um segue o que quer ser". Ao longo do trajeto, um grito cantado por milhares de fiéis ecoou no Centro do Rio: “Governador, autoridades, é Jesus Cristo quem comanda essa cidade". Durante o percurso, membros de igrejas evangélicas fizeram discursos contra a corrupção, adultério, pedofilia e prostituição".

Ao ler a reportagem acima, quero deixar claro que minha opinião é de que não sou contra os evangélicos e grupos religiosos fazerem suas marchas. Podem fazer quantas quiserem, e quem quiser particpar que o faça, pois o nosso país é democrático e permite manifestações públicas, não as tratando como motins conforme ocorre em regimes totalitários. Mas o que a matéria acima tem haver com Jesus e com o Evangelho? O que eu vi ali foi uma manifestação popular onde dentre outros temas, foi salientado a luta contra a aprovação do Projeto de Lei 122. Sobre esse referido projeto de lei, eu já me manifestei aqui anteriormente no blog de que também sou contra sua aprovação. Mas eu volto a perguntar: O que isso tem haver com Jesus de Nazaré?

Alguém duvida de que na época de Cristo não havia homossexualismo? É só estudar o contexto social e histórico do mundo grego/romano para ver o que ocorria, como as orgias dos imperadores romanos e da alta sociedade da época, onde rolava de tudo. Os templos do deus Apolo, onde os homossexuais "cultuavam" com muita naturalidade, estavam presentes nas grandes cidades da época, inclusive onde Paulo pregou como Corinto, Atenas, entre outras. Mas em algum lugar no Novo Testamento vemos Jesus ou os apóstolos instruirem os discípulos a se organizarem politicamente contra isso ou aquilo no Sinédrio Judaico ou nos Fóruns romanos?

A nossa luta diz Paulo aos Efésios "não é contra a carne e o sangue e sim contra os principados e potestados do ar que atuam neste mundo tenebroso". Nossa verdadeira "marcha" é caminhar pregando o Evangelho de Cristo, que veio buscar e salvar o que se havia perdido. Ensinar a Palavra, enquanto o Espírito Santo convença o mundo do pecado, da justiça e do juízo.

Quer quiser fazer política ou marchas populares e cívicas, que o faça, mas não em nome de Deus ou de Jesus!

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Fala Malafaia! Líder da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo fala sobre a Marcha para Jesus, gays, aborto, política e dízimo.




Aos 53 anos, o pastor Silas Malafaia não teme polêmicas. Líder da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, que neste sábado (19) promove a Marcha para Jesus no Rio, com expectativa da presença de mais de 200 mil pessoas, o religioso é considerado o principal inimigo dos ativistas gays, ao lado do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ).

Malafaia também é contra o aborto. Em qualquer situação. Suas posições marcantes atingem ainda líderes evangélicos, como o bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus, e o apóstolo Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial do Poder de Deus. “Mantenho distância dos dois por causa das posturas desleais que ambos tiveram comigo”, diz.

O pastor está há 30 anos ininterruptos na televisão. Seu programa “Vitória em Cristo” é exibido todos os sábados em três emissoras: Bandeirantes, Rede TV e CNT; e de segunda a sexta-feira, apenas na CNT. A versão dublada é exibida em mais de 200 países. Por seus horários na Rede TV, ele paga R$ 900 mil por mês e, na CNT, R$ 450 mil. Por impedimento contratual, ele não pode divulgar os valores com a Rede Bandeirantes.

Malafaia também não foge de perguntas sobre as doações que os fiéis fazem para sua igreja. “Não posso ficar perguntando a 25 mil membros de onde vem o dinheiro. Mas se um cara chega para mim e diz que fez uma tramoia, não quero. Ô pastor, fiz um negócio aqui com a Delta ou com o Cachoeira…”, debocha.

Filho de um militar da Aeronáutica com uma educadora, ambos evangélicos, e formado em psicologia, Malafaia é casado com Elizete, que conheceu aos 14 anos, e tem três filhos com ela. Com forte sotaque carioca, utilizando gírias e expressões como “amigo” e “irmão” a todo instante, o pastor conversou com o iG sobre temas variados, entre eles os salários de pastores, política e Igreja Católica. O movimento homossexual, obviamente, não ficou de fora. E sobre o tema, ele faz questão de dizer que, para ele, existem, sim, ex-gays.

iG: Qual é a principal mensagem que vocês vão passar na Marcha para Jesus no Rio?

Silas Malafaia: Ela é baseada em quatro princípios que acreditamos: em favor da liberdade de expressão, da vida, da liberdade religiosa e da família tradicional composta por homem, mulher e seus filhos. Marcamos as posições que defendemos.

iG: Isso ficou claro no evento realizado no ano passado em São Paulo, quando foram abordados temas como a união gay e o aborto. Uma de suas bandeiras é ser contra o projeto de lei que criminaliza a homofobia. Por quê?

Silas Malafaia: Deixa eu te falar uma coisa, amigo. Os grupos ativistas gays passam de usuários da liberdade de expressão para censores. Essa lei, como está aqui no Brasil, não existe em nenhum lugar do planeta Terra. Ela fere frontalmente a Constituição, é uma piada. A Constituição diz que ninguém pode ser cerceado por convicção religiosa, política ou filosófica. É uma lei do privilégio.

iG: Mas o senhor não acha que deveria ser feito algo para evitar as discriminações e agressões físicas aos gays?

Silas Malafaia: Não desejo que ninguém morra, ok? Mas os homossexuais dizem que foram assassinados 260 deles no ano passado. Cinquenta mil pessoas foram assassinadas no Brasil no ano passado. O número de homossexuais mortos representa 0,52%. Um dado que eles não falam: grande parte das mortes é resultado de briga de amor entre eles. Que papo é esse? No mínimo, uns 50%. Homofobia é falácia de ativista gay para manter verbas para suas ONGs para fazer propaganda de que o Brasil é um país homofóbico. Homofóbico uma vírgula, amigo.

iG: Por causa desses números, que o senhor considera baixos, a lei não precisaria ser criada?


Silas Malafaia: É lógico! E tem outra, amigo. Na lei diz o seguinte: pena de três a cinco anos de cadeia para as pessoas que impedirem a presença de qualquer homossexual em locais públicos de sua relação afetiva. O lugar do culto, o templo, é garantido pela Constituição, mas o pátio da igreja não está. Significa que, se um casal de homossexuais estiver se beijando no pátio da minha igreja e eu colocar para fora, vou pegar de três a cinco anos de cadeia. Que história é essa? É uma aberração! No Brasil, pode-se criticar presidentes, políticos, ministros, pastores, padres, o diabo. Se criticar homossexual, é homofobia. Manda esses caras verem se eu tô na esquina!

iG: O senhor acredita que possa haver ex-gay?

Silas Malafaia: Se você quiser, eu te mostro. Existe uma associação de ex-gays. O cara que preside foi travesti em Roma, com silicone no peito e na bunda (ri). Ele é casado há dez anos. Ser homossexual é um comportamento, como tantos outros. Ninguém nasce homossexual. Não tem ordem cromossômica ou determinismo genético. Mas o cara quer ser gay? É um direito dele. E essa conversa do deputado federal gay de que a igreja evangélica provoca tortura física e psicológica para curar gays? Isso é um safado, mentiroso! Quando é que a igreja força alguém a deixar de ser gay? A igreja não cura, ela trabalha com uma palavra chamada libertação.

iG: E se o seu filho fosse gay, o que o senhor faria?

Silas Malafaia: Amaria 100% e condenaria sua prática 100%. Não deixaria de amá-lo, mas garanto que ia condenar. Há uma ideia na sociedade de que amar é ser tolerante e encobrir o erro do outro. Pelo contrário, amar é dizer a verdade e confrontar o outro para ajudá-lo a ser melhor.

iG: O presidente americano Barack Obama declarou recentemente ser a favor do casamento gay. O senhor acha que essa posição pode fortalecer o movimento gay?

Silas Malafaia: Sim. Mas, pressionado, o presidente Obama está fazendo um jogo de uma cartada de alto risco. Se a eleição americana tivesse um republicano forte, com liderança, jamais o Obama abriria a boca para falar isso. É ruim, amigão.

iG: Ultimamente as telenovelas da Rede Globo costumam contar com personagens homossexuais. Qual é a sua opinião?

Silas Malafaia: (Irônico) Querido, muitos escritores da Globo são gays, né, irmão. O mais famoso deles é gay declarado. Escrevi uma carta para a direção da Globo dizendo o seguinte: imagina se na novela das 18h, das 19h, das 21h e nos humorísticos tivessem personagens evangélicos. Não ia ser uma chatice? Acho que sim. Eles estão caindo no ridículo porque já está ficando chato demais. E outra. Você já viu que os gays nas novelas são politicamente corretos? E os evangélicos são babacas, estúpidos, idiotas. Qual é o objetivo? Irmão, o ser humano é um ser social, que vive de identificação. A televisão é um instrumento poderoso para mudar comportamento.

iG: O senhor costuma dizer que a maior parte dos abortos é fruto de promiscuidade e irresponsabilidade. E em casos de estupro e de bebês anencéfalos, qual é a sua opinião?

Silas Malafaia: Irmão, sou contra qualquer tipo de aborto e te explico o motivo. Na gestação, o agente passivo é a mãe. O agente ativo é o feto, ele não é prolongamento do corpo da mãe. É o bebê que regula a estação da mãe, o líquido amniótico. Se não estivesse protegido por aquela capa, ele era expulso do corpo da mulher como um corpo estranho. Doa essa criança!

iG: Algumas pessoas defendem a ideia de que muitas mulheres morrem em clínicas clandestinas de aborto. Se a prática fosse legalizada, isso não ocorreria. O aborto é uma questão de saúde pública?

Silas Malafaia: Saúde pública é proteger a mãe e o bebê. Não existe saúde pública protegendo a mãe e matando o bebê. Saúde pública é dar vida, longevidade.

iG: Em junho do ano que vem, a Igreja Católica vai realizar no Rio a Jornada Mundial da Juventude, com a vinda do Papa. O que o senhor acha da realização desse evento na cidade?

Silas Malafaia: Parabéns para a Igreja Católica. Acho bacana a conscientização à juventude. Dou parabéns, não tenho nada contra.

iG: Foi veiculada na Rede Record, do bispo Edir Macedo, uma matéria atacando o apóstolo Valdemiro Santiago. Após a exibição, o senhor declarou que era o “sujo falando do mal lavado”.

Silas Malafaia: Eu já defendi ambos em situações difíceis, até de perseguição. Não me arrependo. Critiquei a matéria porque quem é Macedo para falar de Valdemiro? Como ele pode fazer essas acusações? Ele tem que ficar quieto. Com que dinheiro foi comprada a Rede Record? Com a oferta de dízimos. Então ele não tem autoridade para falar. E o senhor Valdemiro, que vem batendo no Macedo, também não tem autoridade para falar. É feio para o Valdemiro cuspir no prato que comeu.

iG: Como é a sua relação atual com eles?

Silas Malafaia: Mantenho distância dos dois por causa das posturas desleais que ambos tiveram comigo. O Valdemiro comprou o meu horário na TV, oferecendo uma quantia maior. Defendo o cara no meu programa quando outros descem o pau nele e ele vai por trás e compra o meu horário? (Indignado) Tenho princípio de caráter e moral, amigo. O Macedo eu defendi, sem ter me pedido, quando ele foi preso. Marquei minha posição. Aí, ele aumentou quase dez vezes o valor do horário que eu tinha na emissora dele para me colocar para fora porque não quis participar de um esquema político.

iG: Como era esse esquema?

Silas Malafaia: Ele queria que eu me candidatasse em 1998 a deputado federal e neguei. Se ele tivesse caráter e falasse que não me queria mais na emissora dele, eu o teria respeitado. Sua atitude não foi só deselegante, como também faltou ética.

iG: Tantos anos depois desse convite, hoje o senhor pensa em entrar para a política?

Silas Malafaia: Amigo, sou pastor. Sou um cara para influenciar, não para ser. Aqui no Estado do Rio, ajudei a eleger meu irmão (Samuel Malafaia – PSD) como terceiro deputado estadual mais votado e ajudei outros três deputados federais. Quero influenciar. Ser, nunca. Nem para o cargo de assistente de carimbador de vereador quero concorrer.

iG: Em 2009, houve uma polêmica com o jatinho que o senhor comprou nos Estados Unidos. Em quais situações ele é utilizado?

Silas Malafaia: Não tenho nada a esconder, irmão. Nunca enganei as pessoas que colaboram comigo. O avião era usado, custou três milhões de dólares e está em nome da Associação Vitória em Cristo. Sou presidente de uma instituição, viajo pra cima e pra baixo, ela tem fundos, meus parceiros são informados do que vou fazer e querem me acusar de quê? O Papa pode andar de jumbo. Mas pastor quando anda de avião é ladrão e está roubando o povo otário que não sabe nada.

iG: Como é o nível de escolaridade dos fiéis da sua igreja?

Silas Malafaia: Amigo, na minha igreja tem desembargador, procurador, empresários, pessoas fazendo doutorado e gente pobre também. A igreja evangélica tem todos os tipos de classe. Pensam que ela é formada por um bando de babacas iletrados e um malandro toma o dinheiro deles e faz o que quer. Igreja, como qualquer entidade sem fins lucrativos, não paga Imposto de Renda, mas é obrigada a declarar o movimento. Se eu estiver fazendo sacanagem, vou para o saco, irmão!

iG: E por que teve tanta repercussão aquele vídeo (assista) em que o senhor pedia um mês de aluguel para plantar a semente da casa própria?

Silas Malafaia: Vai ver o troço, rapaz (irritado). Fiz um vídeo para os membros da minha igreja. Uma campanha: se você acredita e quer, pegue um mês de aluguel, que pode ser dividido por um ano, e semeie pela fé como oferta na igreja, acreditando e crendo que Deus vai abrir uma porta para você ter uma casa própria. É para quem crê. Ninguém é obrigado.

iG: Não são por causa de iniciativas como essa que surgem os preconceitos?

Silas Malafaia: Filho, não posso prometer aquilo que não tenho poder para dar. Uma coisa é dizer (eleva o tom de voz): me dê uma oferta que você vai comprar a sua casa própria. Outra coisa é dizer (abaixa o tom de voz): meus irmãos, quero fazer uma campanha de fé para quem desejar. Se você não crê, não faça. Quer ir à minha igreja para ver os testemunhos de quantas pessoas que moravam de aluguel compraram a casa própria? Irmão, com todo respeito, não sou um pastor analfabeto. Tenho formação. Não sou um mané e nem minha igreja é de idiotas. Se chego na minha igreja e digo que, se o cara der uma oferta, ele ganha aquilo, sou colocado pra fora.

iG: De onde vem o seu dinheiro?

Silas Malafaia: Sou dono da editora Central Gospel. Da igreja tenho direito a salário, mas como estou no projeto gigante de abrir igrejas, abri mão. Sou o pastor que mais vende palestras em DVD e livros no País. No ano passado, só a Avon comprou mais de 500 mil livros meus. Nos últimos cinco anos, vendi em cada ano mais de um milhão de livros. Como tenho outro meio de renda, abri mão do salário da igreja. Não porque ela não quis pagar. Ela paga muito bem a pastor.

iG: E o senhor faz declaração do Imposto de Renda…

Silas Malafaia: Lógico, hermano. Tudo meu, brother, está declarado. Um apartamento que tenho em Boca Ratton, nos Estados Unidos, usado pelo meu filho quando estava fazendo universidade, financiado em 30 anos, consta na declaração de ativos no exterior no Banco Central. Estou muito bem documentado. Meu amigo, o único animal que tenho é um cachorro, não tenho gado, fazenda nem sítio. Moro em uma boa casa em um condomínio no Recreio dos Bandeirantes (bairro da zona oeste do Rio), que adquiri a cinco ou seis anos. Tenho minha consciência limpa. Sou dono da segunda maior editora gospel do País. Ela fatura mais de R$ 50 milhões por ano. Então acho que posso ter alguma coisinha.

iG: Quanto ganham em média os pastores da sua igreja?

Silas Malafaia: Ninguém ganha igual. Cada um tem o seu valor. Tenho pastores que ganham entre R$ 4 mil e R$ 22 mil. Pastores que mando para outro estado, pago casa, água, luz, escola dos filhos, gasolina. Dou dignidade aos caras. Não trabalho com zé bobão. Tinha dois pastores que eram advogados e possuíam escritórios de advocacia. Cheguei e perguntei: amigo, o que você quer ser? Pastor ou advogado? Qual é teu chamado? Pastor? Então fecha essa porcaria e vem comigo. Não tenho gente que não ia ser nada na vida e virou pastor.

iG: O senhor diz que é o único pastor que fala em valores. Quanto o senhor paga pelo o seu tempo na TV?

Silas Malafaia: Não posso dizer o que pago na Band por regra contratual. Na Rede TV, pago R$ 900 mil por mês. Na CNT, pago R$ 450 mil. Eu dou número, amigo. Não tenho problemas.

iG: Para finalizar, o senhor aceitaria receber dízimo de um político de Brasília?

Silas Malafaia: Amigo, em todo seguimento tem bandido. Pastor, padre, jornalista, médico, advogado e vai embora. Se um cara é membro da minha igreja e dá o dízimo, ele não dá na minha mão. Tenho 25 mil membros. Meu irmão é deputado no Rio. Dá dízimo na minha igreja. Se um cara chega para mim e diz que fez uma tramoia, não quero. Não posso ficar perguntando a 25 mil membros de onde vem o dinheiro. Recebo o dízimo porque não acredito que todo político seja bandido. Se eu souber de onde vem o dinheiro, muda a situação. Ô pastor, fiz um negócio aqui com a Delta ou com o Cachoeira… (ri)!

Fonte: Anderson Dezan, no iG, via Pavablog.

Subsidio para EBD - Filadélfia, a igreja do amor perfeito




Era uma cidade situada a 40 km de Sardes, foi construída por Atalo Filadelfo, rei de Pérgamo. A cidade pertencia ao antigo reino da Lídia. Era uma cidade relativamente pequena, em relação ao padrão da época. Hoje, tem o nome de “allah sher“, na Turquia asiática, é cercada dos muros da antiga cidade de Filadélfia. . A cidade foi devastada por um terremoto em 17 d.C. e por um tempo as pessoas viveram com medo de tremores. Filadélfia foi reconstruída com ajuda do imperador Tibério. O nome Filadélfia significa amor fraternal.
O reconhecimento de Jesus
“Não negaste o meu nome”. Esta igreja não se envergonhava do Evangelho. Muitos em Filadélfia, especialmente os judeus incrédulos, forçavam os crentes a negligenciar os ensinamentos de Cristo e a negar a fé.

Mas este pequeno rebanho não se dobraria jamais. Permanecia fiel ao Senhor que os redimira. Onde quer que fossem, o nome de Jesus estava sempre em seus lábios. Corajosamente, testemunhavam em cada oportunidade.

Não admira que Cristo haja aberto grandes portas a esta pequena igreja. Haviam sido fiéis no pouco, então Deus coloca-lhes para serem fiéis no muito. Alguns pensam: “Se Deus fizer de mim um homem de negócios bem sucedido, darei muito dinheiro para a igreja”. Mas, o fato é: “O que você tem feito com o dinheiro que agora possui?” Através de nossa fidelidade ao pouco, Deus determina como obtermos maiores oportunidades.

Uma porta aberta
Aqui está o segredo de Filadélfia. Eram fiéis no pouco que possuíam. Por isto, abre-lhes Cristo a porta que leva as grandes oportunidades ministeriais. É a esta pequena igreja que Jesus promete: “Não importa quão pequena sejas, a fé num grande Deus abre-te grandes portas”.

[...] Quando Deus abre a porta, imediatamente remove todos os obstáculos e organiza as circunstâncias. Novo caminho é aberto; conduz-nos ao brilhante amanhã. Neste momento, Ele anuncia um novo dia para o ministério; fases de estratégico impacto são trazidas à cena.

Paulo foi recompensado com muitas portas divinamente abertas: “Porque uma grande e eficaz se me abriu” (1 Co 16.9). Mais tarde, acentua: “Ora, quando cheguei a Troas para pregar o evangelho de Cristo, e abrindo-se uma porta no Senhor” (2 Co 2.12). “Orando também juntamente por nós, para que Deus nos abra a porta da palavra, a fim de falarmos do ministério de Cristo, pelo qual estou também preso” (Cl 4.3).

Quando retorna à igreja em Antioquia, regozija-se por tudo o que Deus fizera em sua primeira viagem missionária. Lucas registra: “E quando chegaram e reuniram a igreja, relataram quão grandes coisas fizera por eles, e como abrira aos gentios a porta da fé” (At 14.27). O apóstolo relata todos os seus sucessos obtidos através desta porta aberta por Deus.

Que porta colocou Deus diante de você? Às vezes falhamos em ver tais portas. Não precisamos forçar porta alguma, pois Ele já abriu a porta certa diante de nós. Que oportunidade Deus já lhe proporcionou? Você, quem sabe, pode ministrar estudos bíblicos, alcançar um vizinho ou até mesmo usar algum talento na igreja.

Bibliografia: “As Sete Igrejas do Apocalipse: O Alerta Final de Cristo para o seu Povo”, editada pela CPAD.