A julgar pelos programas televisivos do Pr. Silas Malafaia, e pelas falas de tribuna de alguns parlamentares evangélicos como o Pr. Marco Feliciano, e pelos temas das "marchas evangélicas", a impressão que fica é que os evangélicos elegeram um inimigo público número um a ser combatido. Eu me referi as marchas como evangélicas e não como "Marcha para Jesus", porque acredito que elas que podem ser várias coisas menos para Jesus, porque sinceramente acho difícil pelo que leio nos Evangelhos, que o Mestre de Nazaré aceitasse participar de alguma desse estilo. Abaixo uma reprodução de parte da reportagem do site G1 sobre a Marcha para Jesus no Rio de Janeiro no dia 19/05/2012:
"A Marcha para Jesus do Rio de Janeiro começou às 14h40 deste sábado, com sete trios elétricos e milhares de fiéis percorrendo ruas e avenidas do Centro da cidade. O percurso começou na Central do Brasil e se estende até a Cinelândia. Neste ano, de acordo com o pastor Silas Malafaia, a marcha ressalta os temas: as liberdades de expressão e religiosa, a vida e a família tradicional. Segundo a Polícia Militar, cerca de 100 mil pessoas compareceram ao evento. Na chegada à Cinelândia, o pastor Silas Malafaia criticou o Projeto de Lei 122, que criminaliza atos discriminatórios contra homossexuais. Apesar de ser contrário ao projeto que tramita no Congresso Nacional, o pastor enfatizou que “não tem nada contra a prática do homossexualismo” e que cada um segue o que quer ser". Ao longo do trajeto, um grito cantado por milhares de fiéis ecoou no Centro do Rio: “Governador, autoridades, é Jesus Cristo quem comanda essa cidade". Durante o percurso, membros de igrejas evangélicas fizeram discursos contra a corrupção, adultério, pedofilia e prostituição".
Ao ler a reportagem acima, quero deixar claro que minha opinião é de que não sou contra os evangélicos e grupos religiosos fazerem suas marchas. Podem fazer quantas quiserem, e quem quiser particpar que o faça, pois o nosso país é democrático e permite manifestações públicas, não as tratando como motins conforme ocorre em regimes totalitários. Mas o que a matéria acima tem haver com Jesus e com o Evangelho? O que eu vi ali foi uma manifestação popular onde dentre outros temas, foi salientado a luta contra a aprovação do Projeto de Lei 122. Sobre esse referido projeto de lei, eu já me manifestei aqui anteriormente no blog de que também sou contra sua aprovação. Mas eu volto a perguntar: O que isso tem haver com Jesus de Nazaré?
Alguém duvida de que na época de Cristo não havia homossexualismo? É só estudar o contexto social e histórico do mundo grego/romano para ver o que ocorria, como as orgias dos imperadores romanos e da alta sociedade da época, onde rolava de tudo. Os templos do deus Apolo, onde os homossexuais "cultuavam" com muita naturalidade, estavam presentes nas grandes cidades da época, inclusive onde Paulo pregou como Corinto, Atenas, entre outras. Mas em algum lugar no Novo Testamento vemos Jesus ou os apóstolos instruirem os discípulos a se organizarem politicamente contra isso ou aquilo no Sinédrio Judaico ou nos Fóruns romanos?
A nossa luta diz Paulo aos Efésios "não é contra a carne e o sangue e sim contra os principados e potestados do ar que atuam neste mundo tenebroso". Nossa verdadeira "marcha" é caminhar pregando o Evangelho de Cristo, que veio buscar e salvar o que se havia perdido. Ensinar a Palavra, enquanto o Espírito Santo convença o mundo do pecado, da justiça e do juízo.
Quer quiser fazer política ou marchas populares e cívicas, que o faça, mas não em nome de Deus ou de Jesus!
E pensar que as marchas na Bíblia foram marcadas pela presença de Deus: travessia do Mar Vermelho, ao redor das muralhas de Jericó, travessia no deserto.E essa? Qual o impacto, o efeito? Interdição de ruas, barulho...
ResponderExcluirRenfury,
ResponderExcluirBem lembrado as marchas que você mencionou. Sobre o impacto e efeito, acredito que conforme quem está organizando a marcha, e o lugar, pode até ser o objetivo seja o de evangelização, não vou generalizar todas. Mas infelizmente as notícias que tenho de grandes marchas como a de São Paulo, não são lá das melhores: muita grana, briga de egos entre cantores e pastores, jogo político e outras cositas mais.
Obrigado pela participação.
Caro pr. Juber Donizete,
ResponderExcluirA paz amado!
Simplesmente direto e objetivo. O nosso SEnhor e Salvador Jesus Cristo, não precisa desta onda política para agradá-lo. Ele, bem o sabe que não passa de uma fanfarra dirigida por quem pensa estar agradando a Deus, na utilização dos seus interesses comerciais e poliíticos.
Parabéns pelo raciocínio. O Senhor seja contigo,
O menor.
Juber.
ResponderExcluirEm São Paulo, sei de alguns projetos importantes, paralelos ao evento dos palcos. O trabalho de evangelismo acontece em busca de moradores de ruas, existe também o pessoal que destribui alimentação, roupas, produtos básicos de higiene e orientação para ida aos albergues da prefeitura e clínicas de reabilitação, sendo que algumas dessas clínicas são gerenciadas por pastores.
É claro que no meio do trigo existe joio, haverá até o momento que o Dono da seara venha e faça a separação.
Sou partidário da ideia de conscietização, por parte das lideranças evangélicas, que o povo cristão são figuras sociais importantes, com peso político nos rumos da nação. Devemos nos fazer presentes dentro de quatro paredes de um templo três vezes por semana, cultuando a Deus. Mas também somos cidadãos.
Precisamos marcar presença em uma Marcha Evangéiica (o nome não me importa) e pontuar a visão dos cristãos diante de temas como o PL 122/2006, entre outros, que são de interesse geral das famílias cristãs. O povo não evangélico vê o posicionamento, o número de participantes... A nata geradora de opinião observa, jornalistas e políticos olham e a partir disso tomam suas conclusões e novos direcionamentos.
Eu fico pasmado com um pequenino grupo de pessoas que comparecem com umas faixas, com slogam "O SHOW TEM QUE PARAR", munidos de câmera e ar de santinhos. O ésse do SHOW é cortado, é o ésse do cifrão ($). E o pssoal das faixas perguntam a razão de todos os participantes olharem para eles com semblante antipático.
Ora, se esse pessoal, que mais parecem sindicalistas, quisessem mesmo servir a Deus, iriam em direção aos perdidos e não em direção aos cristãos evangélicos. Eles é que devem parar com o show.
Abraço.
Eliseu Antonio Gomes
http://belverede.blogspot.com,br
PS: Gostei do novo templante. Parabéns por essa bela escolha.
Eliseu,
ResponderExcluirObrigado, pois depois de 04 com um mesmo template, já era hora de dar um novo visual ao blog. Meu próximo passo agora é tentar interagir o blog com outras ferramentas como facebook, twitter e youtube. Com relação ao seu comentário, eu repito o que disse na postagem, pois como no país permite manifestações públicas, o grupo religioso que se sente no direito de fazê-las como cidadãos, está livre para isso, só acho não deveriam ser em nome de Jesus.
Abração.
Caro Pr. Newton Carpintero,
ResponderExcluirÉ justamente o uso político e comercial desses movimentos que não coaduna com o Evangelho de Cristo.
Grande abraço.