quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Os Engodos da Ufologia – Subsídio da EBD Lição nº 05 Juvenis



Pela primeira vez estarei publicando um subsídio da EBD, desta feita relacionado a Revista Juvenis (15 a 17 anos). A revista é comentada pelo Pr. Silas Daniel. Vou fazer uma síntese do comentário dele e depois farei minhas próprias considerações sobre o assunto.

“A palavra “ufologia” vem da sigla UFO (Unidentified Fying Objects), que corresponde ao português óvni (Objeto Voador Não Identificado). A Ufologia é a área que estuda a possibilidade de existirem seres em outros planetas e galáxias. Depois dessa definição o comentarista da CPAD, diz que a Ufologia não tem base bíblica. Para embasar sua afirmação, ele cita algumas razões:

a)      Antes de Deus criar os seres vivos narrados em Gênesis 1, não há referência a outros seres além dos anjos bons e maus.

b)      Se houvesse mesmo ETs, a salvação de Cristo deveria alcançá-los também.

c)      Muitas pessoas que dizem ter tido contato com alienígenas na verdade tiveram contato com demônios.

d)     As contradições da Ufologia. O comentarista diz que as contradições da ufologia já são suficiente para a desmerecer, como quando confundiram balões, aviões, com discos voadores. Diz ainda, que a maioria das pessoas que diz ter testemunhado OVNIs, são envolvidas com ocultismo e espiritismo. Por fim, afirma que a existência de seres extraterrestres inteligentes é uma grande mentira.

e)      As visões do livro de Ezequiel não se referem a ETs, contrário ao que disse Erch Von Daniken, no seu livro famoso livro, pois não há base bíblica para isso, sendo essa crença apenas fruto de superstição, coisa que o cristão não deve ser (I Tim 4:7).

MEU COMENTÁRIO:

Há algo na Bíblia sobre ETs, discos voadores e alienígenas?
 
Desde menino que me interesso por tais fenômenos. Já adulto fiquei impressionado com o filme, baseado no livro do mesmo nome "Eram os Deuses Astronautas", de Erich von Däniken, com suas interpretações ovinistas acerca do livro de Ezequiel, dos mitos dos povos, e de todas as divindades antigas. Foi nessa mesma época, ou um pouco depois, que também me impressionei com os desenhos do deserto de Nazca, no Perú. No curso dos anos sempre li e vi alguns materiais sobre o assunto. É inegável que os aparatos que seguem os seres viventes de Ezequiel têm aparência bastante parecida com as descrições da maioria de tais aparições.

Minha opinião sobre o assunto é meramente especulativa. O que não é afirmado categoricamente na Palavra é tratado por mim como pura especulação, até que se mostre como incontestavelmente real.

No entanto, seria bom observar três coisas agora:

1.  É triste ver tanta gente afirmando ter visto e experimentado tantas coisas objetivas, sendo tratadas com tamanho descaso; apenas porque o que elas viram foram avistamentos considerados de “natureza ficcional” pelas “autoridades”; ou, então, de “natureza espiritual” pelos cristãos ocidentais; e, portanto, sendo no primeiro caso tratadas com desdém e no segundo com preconceito espiritual, em razão de que Ufólogos são visto pelos cristãos religiosos como se fossem astrólogos esotéricos. Acho uma pena que seja assim, pois, nenhum outro fenômeno tem sido objeto de tantos testemunhos de avistamento coletivo, ao mesmo tempo em que nenhum outro, com tanta abundancia de testemunhos, é ainda tratado como coisa do “Chupa Cabras”. Ora, se o testemunho humano não serve para mais nada, como então ficam as confissões de fé baseadas no testemunho ocular de pessoas? Com toda certeza nenhum avistamento que corrobore os valores das principais religiões da Terra tiveram tantos testemunhos universais de sua fenomenologia quanto os ÓVNIS vêm tendo, e, no entanto, nunca são levados a serio em nenhuma perspectiva; e aquele que os levar a sério logo será tido como “esquisito” — mesmo que seja uma multidão de pessoas igualmente sérias as que tenham avistado qualquer coisa.
 
- Operação Prato - Em 1977, uma onda de aparições colocou em polvorosa a população do Pará e do Maranhão. Brasília decidiu formar uma comissão para investigar os acontecimentos, numa iniciativa batizada com o código Operação Prato, segundo relato feito pelo coronel Uyrangê Hollanda. Comandados por ele, vários oficiais teriam confirmado as aparições de óvnis a curta distância. Autoridades negam que a iniciativa tenha sido oficial. É só pesquisar esse título na internet.

2.   É perfeitamente possível ler Ezequiel e as descrições feitas pelo profeta acerca dos objetos que ele avistou as margens do Eufrates, e não relacionar sua aparência aos objetos que vêm sendo avistados na Terra desde o inicio do século passado — hoje com arquivos também abertos na China, Índia, Japão e toda a Europa; e agora na América Latina. Portanto, se lá eram avistamentos espirituais, por que julgar que estes também não possam ser? A diferença é que no caso de Ezequiel, somente ele viu, e os que estavam com ele, no máximo experimentaram medo ante ao desmaio de pavor que assombrou o profeta. A diferença também é que os avistamentos atuais não parecem ter boa procedência, visto que as ações a eles atribuídas são de declarada invasividade e busca de domínio sobre as pessoas.

3.        Que Jesus disse que antes de Sua vinda haveria sinais nos céus e sinais dos céus; além de coisas espantosas. Ler em Mateus, Marcos e Lucas.  

 Acredita em E.T.? Vida fora da Terra?

Acredito que existam outras dimensões no Universo, e que esses seres são chamados na linguagem bíblica de anjos, potestades, governos, tronos. Creio que houve uma invasão extraterrestre na Terra em Gênesis capítulo 6, quando os  “filhos de Deus”, “os Benai-Elohim”, como diz lá no hebraico, possuíram as filhas dos homens, as que mais belas eles achavam, e geraram nelas filhos, que vieram a ser chamados de "Nephilins", ou seja, são a "descendência dos que caíram".
 


O Nephilim então é um híbrido! Angelical-Humano. "Angelical" no sentido que é extraterrestre. Não é desta dimensão. É "anjo" (no sentido da linguagem bíblica) com humanas, e aí teriam nascido os Nephilins, que segundo o livro de Gênesis são os gigantes, que conduziram a antiguidade, que a dominaram. Agora, o que é interessante é que você vê em todas as culturas da Terra, principalmente nas mais adiantadas para a época, como a dos Nazca, Incas, Astecas, Egípcios, Celtas, qualquer outro ambiente e cultura, Índia, China. Você encontra em todas as histórias primitivas, sem falar nos Gregos, que são os pais dos "semi-deuses", dos gigantes, disso tudo, você encontra a mesma narrativa de uma “hibridização" entre seres que vieram de outra dimensão com seres humanos. Isso aí está espalhado na literatura universal.

O dilúvio foi um castigo radical demais para simplesmente ser uma indignação divina contra duas linhagens humanas, de Sem e Caim que se misturaram como afirmam os dispensacionalistas. Outras misturas ocorreram no decorrer da história bíblica envolvendo o povo de Deus e nem por isso, Deus enviou outro dilúvio. Não. O que ocorreu ali, foi algo de uma gravidade que comprometeria o plano de salvação da humanidade (Gên 3:15) - a semente da mulher, com a tentativa de anjos caídos em formar uma nova raça híbrida. Nas epístolas de Judas e 2 Pedro, diz que esses anjos foram condenados a cadeias eternas, por não ter guardado sua habitação e ido após outra carne. Para mim, não há dúvida. Se você ler as notas de estudo da Bíblia de Jerusalém no capítulo 6 de Gênesis, diz que até o século IV da era Cristã, esse conceito era bem aceito. Mudou depois de Agostinho em diante.

O dilúvio matou todo mundo, menos Noé e sua família, para acabar inclusive essa hibridização que deformou a raça humana. O detalhe que fica sem explicação é como depois do dilúvio, ainda aparecem gigantes nos livros de Números, I e II Samuel.

Creio que o que Paulo diz em Colossenses 2, quando afirma Jesus despojou os principados e potestades na Cruz. O apóstolo diz ainda aos Romanos que entre todas as coisas que não podem nos separar do amor de Cristo, há também “qualquer outra criatura”. Assim, mesmo dizendo que se tem de levar a sério o depoimento de gente honesta, conforme diversos vídeos que podem ser achados na internet, além de documentários no canal History Chanel não se deve, no entanto, cair em fanatismo acerca de nada disso. Tem-se que ver e observar; e, sobretudo, ficar vigilante. Porém, nada mais se deve fazer a respeito. Se um dia eu avistar ou for abordado por qualquer dessas coisas, as tratarei como trato a poderes espirituais; ou seja: pondo-os sob o Senhorio de Jesus.


terça-feira, 28 de outubro de 2014

Silas Malafaia é criticado por internautas por comparar Aécio a Jesus Cristo

 
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silasmalafaia
Publicado no Extra, Pavablog.
Grande opositor do PT, o pastor Silas Mafalaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, gerou mais uma polêmica nas redes sociais e despertou a indignação de fieis e internautas, que consideraram que o evangélico comparou Aécio Neves (PSDB) a Jesus Cristo.
Inconformado com a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), o pastor fez uma analogia com um texto bíblico citado nos evangelhos, no qual o povo pede que Pilatos liberte o ladrão Barrabás e crucifique Jesus.
silas.aecio
A reação dos internautas onsatisfeitos com o comentário foi imediata. “Não acredito que o senhor está comparando Aécio com Jesus. Me poupe o senhor, que diz ser um homem de Deus. Sinto vergonha de um dia ter admirado a sua pessoa!”, escreveu uma mulher.
Outra internauta considerou que “É até falta bom senso e respeito comparar o Aécio a JESUS CRISTO que é santo e misericordioso! Pegou pesado, hein”.
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Evangélicos que seguem o pastor pastor no Facebook usaram a própria Bíblia para repelir o comentário de Malafaia. “Toda a autoridade é instituída por Deus, sabia pastor?”, lembrou um internauta, em referência ao versículo de Romanos 13:1.
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segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Uma nação partida ao meio pelo Muro da Discórdia


 
Adoraria poder comemorar o resultado das urnas. Independente dele, venceu a democracia brasileira que vem se consolidando desde o fim da ditadura militar. Em vez disso, sinto um profundo pesar. Não pelo resultado em si, mas pela reação de muitos. Jamais poderia imaginar que o povo brasileiro fosse capaz de tão grande demonstração de xenofobia. Entre as propostas ventiladas durante os ânimos alterados, o Coronel Paulo Telhada, vereador do PSDB por São Paulo, propôs que o Sul e o Sudeste se separassem do resto do Brasil, inclusive do Rio e de Minas Gerais, pois teriam contribuído decisivamente pela reeleição de Dilma Rousseff.

O delegado Romeu Tuma Júnior, desafeto do PT, propôs que se construísse um muro que separasse o Brasil do Norte e do Nordeste, do país do Sul e do Sudeste. Vindo deles, eu até relevaria. Mas o que mais me causou estranheza foi ver manifestações semelhantes por parte da população, incluindo, muitos cristãos. Alguns chegaram a referir-se aos nordestinos como porcos e burros. E eu que sempre acreditei que o Brasil fosse um país livre deste tipo de preconceito.
Até admitia algumas ocorrências pontuais, mas nunca poderia supor que a coisa alcançasse este patamar. Li gente que disse que 48% dos que trabalham terão que carregar nas costas os 51% dos vagabundos e preguiçosos do nordeste. Que lástima! Outra comentou que os nordestinos vêm para o Sudeste só para sujar nossas cidades. Argumentei com ela que sujeira é o que fazemos em suas praias paradisíacas quando passamos nossas férias lá. Ela em respondeu que era educada e prezava pelo meio-ambiente e que, portanto, jamais faria algo assim. Respondi-lhe que se ela é exceção, temos que considerar que haja inúmeras outras exceções, tanto lá, quanto cá. Não se pode generalizar.
Resolvi, então, postar uma série de fotos das capitais nordestinas, para mostrar aos meus amigos nas redes sociais o quão próspera e desenvolvida é aquele região. Infelizmente, o povo brasileiro prefere viajar para Miami ou para o Caribe, e, por isso, desconhece seu próprio país.
Levando para o lado do Evangelho, pela cruz de Cristo, todos os muros ruíram. Compete aos cristãos como expressão do Corpo de Cristo transitar livremente entre os povos, ignorando qualquer que seja o muro que os separe. Em Cristo a humanidade foi reunificada. “Desta forma”, conclui Paulo, “não há judeu nem grego (acabou a distinção nacionalista e cultural), nem servo nem livre (distinção social), não há macho nem fêmea (distinção sexista), pois todos vós sois um em Cristo Jesus” (Gl.3:28). A Igreja é, por assim dizer, a nova sociedade humana em estado embrionário.

O problema é que em vez de investir pesado neste revolucionário e subversivo conceito, a igreja preferiu alienar-se da sociedade e investir seu tempo e recursos na construção de novos muros, e na reconstrução dos que já foram derrubados. Não temos o direito de costurar o véu do templo! Mas é isso que fazemos quando objetivamos levantar igrejas que se ocupem exclusivamente com certas camadas sociais. Reconstruímos muros quando erguemos bandeiras e nos entrincheiramos contra qualquer seguimento da sociedade.

Trabalhemos, não na reconstrução de velhos muros, mas na edificação de uma nova sociedade, cujo fundamento seja o amor revelado em Cristo Jesus. Amor que acolheu prostitutas no passado, e que pode acolher homossexuais hoje (ainda que não endossemos qualquer tipo de promiscuidade, inclusive a praticada por heterossexuais). Amor que acolheu os excluídos de então, e continua a fazê-lo hoje. Que une oprimidos e opressores de um mesmo lado, jogando por terra aquilo que os separava, reconciliando as classes sociais sob a égide da justiça, da verdade e do amor. Afinal, quem ama Bartimeu, também ama Zaqueu. E o desejo de Cristo é que se reencontrem numa Jericó sem muros, sem capas que sirvam para esmolar, ou árvores que sirvam para camuflar.

E não digam que pareço estar em cima do muro em se tratando de alguns temas polêmicos. Não! Absolutamente. Pelo simples fato de não haver mais muro. Sou pela verdade, seguida em amor.