quinta-feira, 3 de abril de 2008

Uma mensagem do Amor de Deus - Brennan Manning




Brennan Manning, autor dos livros: O Evangelho Maltrapilho, O Impostor que Habita em Mim e a Assinatura de Jesus, fala uma linda mensagem neste vídeo, sobre a importância de entendermos sobre o amor de Deus por nós. Quero contribuir com a sua divulgação na net, por isso incluo ele aqui. Ele que foi postado com legenda em primeira mão no Pavablog. A tradução foi feita pelo Volney Faustini e a legenda foi incluída pelo Ricardo do blog Diversitá.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Vencendo os Estigmas da Vida

O termo "estigma" surgiu na Grécia Antiga, para se referir aos sinais do corpo que os gregos interpretavam como algo mau daquela pessoa. Assim negativamente marcada, a pessoa deveria ser evitada, especialmente em lugares públicos.
Hoje em dia é considerado estigma qualquer marca diferencial, e não somente do corpo de uma pessoa.Estigmatizar é, como colocar um rótulo em alguém. Pode-se rotular uma pessoa a partir de um defeito físico, a gordura ou magreza, a cor da pele, a estatura, o modo de falar, andar, vestir, se é canhota. Qualquer traço que fuja dos padrões "normais", pode levar um grupo social a discriminar, rejeitar ou excluir uma pessoa ou grupo. No livro de Gênesis capítulo 49, o patriarca Jacó, sentindo que estava próximo de sua morte, chama os seus filhos, para pronunciar sobre eles sua benção. Quando chega a vez de Simeão e Levi, em vez de abençoá-los, ele diz as seguintes palavras no versículo 7: "Maldita Cólera que os levou à violência, maldito furor que os conduziu à crueldade! Hei de dispersá-los em Jacó, hei de espalhá-los em Israel". Já pensou nisto? As últimas palavras de um pai para seus filhos. Acredito que aqueles palavras, os marcaram profundamente. Quando lemos o capítulo 34 de Gênesis, entendemos porque Jacó disse aqueles palavras a eles. Simeão e Levi, fizeram um massacre covarde em uma vila, com a justificativa de que, estavam limpando a honra de sua irmã Diná, que havia sido deflorada por moço chamado Siquém. Quando Jacó morreu, toda a sua família estava morando, na terra do Egito, trazidos para lá através de José. Ficaram lá, cerca de 400 anos. Imagine isso. Durante 400 anos, foram passando de pai para filho, geração para geração, através do ensino oral, aquelas últimas palavras de Jacó para aquelas duas tribos. Enquanto outras tribos haviam recebido palavras de benção, eles receberam de maldição. Aquilo certamente era um estima, uma marca negativa na vida deles. Quem sabe, diziam uns para os outros: "Nós somos uma tribo amaldiçoada". Não resta muita espectativa para nós. Quando terminou o cativeiro no Egito, através de Moisés, aconteceu algo. Enquanto Moisés estava no Monte Sinai recebendo as tábuas da lei, o povo adorava um bezerro de ouro. Quando desceu do Monte e viu a cena, ele quebrou as tábuas da lei. No capítulo 32, versículo 26 de Êxodo, está escrito a seguinte frase:" Moisés, pôs-se de pé à entrada do acampamento e exclamou: Venham a mim todos aqueles que são pelo Senhor!". Sabe qual tribo atendeu ao apelo? A tribo de Levi. Está escrito que todos os filhos de Levi se juntaram em torno dele. Pouco tempo depois, uma dentre as 12 tribos, foi escolhida uma para ser a tribo sacerdotal. Sabe qual foi a tribo escolhida? Levi. O estigma havia acabado! Agora, eles não eram mais uma tribo que carregavam o trauma de ser uma tribo de amaldiçoados, antes agora, eles eram uma tribo abençoada, que levaria diante do Senhor a Arca da Aliança. Estou lembrando dessa passagem bíblica, não para dizer que sou a favor da doutrina da "quebra de maldição", em voga no meio evangélico, desde a década de 90. Não, muito pelo contrário. Eu citei esta passagem, para deixar uma mensagem para você, que carrega em seu corpo ou na sua mente, algum trauma, estigma ou marca negativa na vida. Seja ela, resultado de alguma palavra dirigidas a você ou de fatos que lhe marcaram negativamente. Isto não importa mais, você pode e deve se ver livre disto. Mas como? Simplesmente aceitando o que Jesus já fez por nós na cruz. Lembra quando colocaram uma coroa de espinhos na cabeça dele. Espinhos na Bíblia fala de maldição. Quando Adão e Eva foram expulsos do Jardim do Éden, Deus disse que a terra era maldita por causa deles, que produziria a partir daí, espinhos e cardos. Aqueles espinhos na cabeça de Jesus, demonstravam que na cruz do calvário, Ele quebrou todas as maldições. Basta você aceitar, crer e confiar. Não precisa fazer corrente de quebra de maldição. Não precisa entrar na fila do sal grosso. Não precisa ir em sessões de descarrego. Assim, como aconteceu com a tribo de Levi, Jesus nos fez também, reis e sacerdotes. "Está consumado", Ele clamou na cruz. Na língua grega essa palavra significa Tetelestai, ou seja "Está Pago". Você é de Deus. Você é de Jesus. Creia e receba isto. Amém.

segunda-feira, 31 de março de 2008

A busca do Sagrado

Nos dias em que vivemos, muito se tem falado sobre a questão religiosa. Em meio aos temas mundiais, está a busca do sagrado. Um tema controverso, que divide opiniões de pessoas, estudiosos, povos e países. Se para Karl Marx, a religião era o ópio do povo, para Marx Weber era a seiva do capitalismo. Mesmo os que se dizem ateus, fazem do seu ateísmo uma religião. A espiritualidade humana, é um dos fatos mais incontestáveis demonstrados na História. A arqueologia e a antropologia, à medida que pesquisam e fazem incursões nas culturas humanas, sejam elas as mais primitivas, encontram sempre as marcas do sagrado: os signos da adoração, os altares para os rituais, os códigos de ritos e todas aquelas coisas que demonstram o desejo que se projeta do homem, de entender, de integrar o ser cósmico à realidade da sua vida e ao seu cotidiano. 

Focando a visão para o nosso Brasil, vemos que somos um país que sempre foi atraído pela religião. A Igreja Católica, trazida pelos portugueses, durante 500 anos tem sido a religião dominante neste país. Mas, conviveram paralelo à ela, a pajelança dos índios e os cultos afros, trazidos pelos escravos, fazendo de muito católico no Brasil, um caso interessante. Ele vai na missa de manhã e no centro espírita a noite. Fruto da mistura étnica e religiosa que ocorreu nas terras tupiniquins. Quem não se lembra, da figura da benzedeira? 

Apesar de algumas tentativas nos primeiros séculos, após o descobrimento, o protestantismo só foi implantado de forma efetiva no Brasil, no século XIX, com a chegada das igrejas históricas (Luterana, Congregacional, Presbiteriana, Batista, Metodista e outras) através dos imigrantes britânicos, alemães e norte-americanos. Os pentecostais vieram em 1910/1911, com a Assembléia de Deus e a Congregação Cristã. A Quadrangular veio depois na década de 50, Deus é Amor em 1962. 

No fim dos anos 60, saídas das igrejas históricas, surgiam as Renovadas (carismáticas) e a partir de 1977, aparecia no cenário brasileiro, as neopentescostais com a fundação da Igreja Universal do Reino de Deus. Os evangélicos (termo que a partir dos anos 80, passou a designar os protestantes no Brasil), cresceram muito nos últimos 30 anos, saindo de cerca de 3% em 1970 para 18% no presente momento. Em números fala-se em mais de 30 milhões de pessoas. 

Até 1982, praticamente os evangélicos não participavam da política partidária, hoje tem ministra de estado, senadores, deputados federais, estaduais, vereadores, etc. Já teve governador e até candidato a presidente. Na mídia, sua participação não ficou atrás, tendo hoje, concessão de canais de rádios e tv, com destaque para a Tv Record, que já é a segunda maior emissora do país. 

Apesar de todo esse crescimento, é o momento de nos perguntar-mos: qual é o nosso referencial e modelo para viver uma vida para Deus mesmo, neste mundo corrompido e sem esperança? Somos embaixadores de Cristo, como dizia o apóstolo Paulo ou representantes de uma corporação? Seguimos os ensinos do evangelho de Jesus de Nazaré, onde importava o ser, ou os conselhos de Maquiavel, que diz que, basta você parecer que é.

 Nossos pregadores pregam a palavra com a unção do Espírito Santo ou preferem aprender técnicas de neorolinguística para ludibriar o povo. Nosso referencial é a Bíblia ou preferimos buscar a unção de Toronto, Seul, Bogotá, e por aí vai. Os cantores e pregadores de renome, são admirados, idolatrados, cheios de fãs (não tem outro termo), agendas lotadas, chachês altos, são verdadeiros showmans, onde quer que passem. Interessante, é que, seja no palco dos estádios e ginásios ou no púlpito das igrejas, onde quer que se apresentem, dizem que "toda a glória é para Jesus". Que ironia! 

Será que em nossos concílios e convenções, os nossos líderes eclesiásticos podem dizer como os apóstolos ao final do primeiro concílio em Jerusalém, registrado em Atos 15, "pareceu bem ao Espírito Santo e a nós"? Os nossos representantes políticos tem agido como Daniel e seus companheiros, que não se contaminaram com o manjar do rei, ou seus nomes estão arrolado em CPIs de corrupção. 

Em 1965, Billy Graham escreveu um livro chamado "Mundo em Chamas". Em 1983, adolescente recém-convertido li aquele livro pela primeira vez. Ele dizia que naquela época (1965), muitos americanos estavam decepcionados com Igreja (instituição) e estavam deixando de ir à mesma, e se reunindo em grupos nos lares, para estudo da Bíblia e oração. Hoje, isto já está ocorrendo em nosso país também. 

Ao mesmo tempo, a busca do Sagrado é enorme no mundo e no Brasil. Isto significa que há uma fome de Deus. Mas, se o nosso modelo não for o do Evangelho de Cristo, estaremos com igrejas grandes e ricas, mas Jesus estará batendo à porta, como na Igreja de Laodicéia do Apocalipse. Terá nome de cristã, mas não terá Cristo, terá grife de Jesus, mas receberá um "não vos conheço", ainda que expulse demônios e profetize, conforme está escrito em Mateus 7:21-23. Pense nisto.