sexta-feira, 8 de março de 2013

Subsídio para EBD - Há um milagre em sua casa

A história da multiplicação do azeite da viúva nos ensina várias lições. Mais uma vez somos desafiados não apenas a conhecer os fatos bíblicos, mas a crer e experienciar os mesmos em nossa vida, em nossa abençoada família, em nossa própria casa.
 
A LIÇÃO DAS DÍVIDAS (2 Rs 4:1-2)
Não temos informações sobre a causa do endividamento do marido daquela mulher. Uma possibilidade seria a grande crise econômica que assolara a nação. O que sabemos é que a dívida custaria a entrega dos seus dois filhos ao credor. Não sabemos também se aquela mulher tinha conhecimento da dívida contraída pelo marido antes de sua morte e da cobrança lhe feita. Nos dias atuais há muitas mulheres que desconhecem a situação financeira do seu marido, não sabendo quanto ganham, nem quanto devem. Há outras mulheres que não apenas conhecem, mas também cooperam para o endividamento do marido com gastos desnecessários e exorbitantes. O que sabemos nesta narrativa bíblica é que o marido daquela mulher viúva era temente a Deus. Era um homem temente a Deus e endividado.
 
São várias as causas das dívidas nos dias atuais, dentre as quais: A falta de planejamento e orçamento familiar, o consumismo desenfreado, a tentativa de viver num padrão acima da realidade, crise econômica e desemprego. Dave Anderson, em sua obra A Fé nos Negócios, na página 149, faz a seguinte observação:
 
Ao avaliarmos as crises financeiras que viram o mundo de pernas para o ar de tempos em tempos, vemos que elas normalmente são causadas por dívidas. As pessoas compram casas maiores e carros melhores do que poderiam e, depois, descobrem que não têm como arcar com os pagamentos ou com as taxas de juros cada vez mais altas. Essas questões tomam vulto e criam um efeito dominó na economia que faz os bancos fecharem, empresas declararem falência ou demitirem funcionários e o governo lançar mão de pacotes que geram ainda mais dívidas e déficits. Portanto, é possível cogitar que a dívida pode ser a causa da falta de moradia, do crédito arruinado, dos divórcios, das famílias desfeitas e dos suicídios.
 
A lição que a Bíblia nos ensina sobre a dívida é que ela pode ser resultado da desobediência a Deus (Dt 28:15, 44). Somos exortados a não dever nada a ninguém, a não ser o amor (Rm 13.8).

Algumas perguntas poderiam ser feitas a nós mesmos: Se morrêssemos hoje deixaríamos nossa família em dificuldades? Os credores apareceriam para cobrar o nosso cônjuge ou familiares? A dívida teria como ser paga?

A LIÇÃO DA HUMILDADE E DA FÉ (2 Rs 4:3-4)
Para não revelar nossas situações precárias de endividamento, da falta de suprimentos que disso resulta, deixamos muitas vezes de pedir ajuda aos pastores, irmãos em cristo, familiares, parentes, amigos e vizinhos. Fechamo-nos em nosso orgulho, e na necessidade de mantermos as aparências.
 
A mulher que herdou a dívida do marido começa demonstrando a sua humildade quando clama ao profeta pedindo-lhe socorro. A ordem do profeta foi “Vai, pede para ti vasos emprestados aos teus vizinhos, vasos vazios, não poucos.” Haverá situações onde o milagre somente acontecerá em nossa casa com a demonstração de humildade de nossa parte, a humildade que não se envergonha de pedir ajuda.

A lição da humildade inclui também a disposição em obedecer ao profeta, que foi claro e direto. A obediência ao profeta é um ato de fé, e a fé é a certeza de coisas que se esperam (Hb 11:1a).

A LIÇÃO DA SOLIDARIEDADE (2 Rs 4:3)
A lição da solidariedade quem nos ensina são os vizinhos daquela mulher, que bondosamente lhe emprestam os vasos. Podemos deduzir com isso que aquela família e mulher se relacionavam bem com a vizinhança. Infelizmente há crentes que além do mau testemunho que dão, ainda são péssimos vizinhos. Existem crentes arrogantes (e/ou mal educados), que nem bom dia dão aos vizinhos. Alguns chegam a ser insuportáveis, chatos e inconvenientes. É necessário que nos relacionemos bem com os nossos vizinhos, pois além do bom testemunho que devemos dar, um dia poderemos precisar da solidariedade deles.

A LIÇÃO DO TRABALHO E DA COOPERAÇÃO (2 Rs 4:5)
O milagre foi precedido e acompanhado pelo trabalho da mulher em encher os vasos com o azeite. O milagre exige por vezes atitude, determinação e disposição de nossa parte. Tal verdade pode ser testemunhada em outros milagres narrados na Bíblia, onde foi necessária uma ação humana antes de suas realizações (Js 6:1-5; 2 Rs 5:9-14; Jo 2:7-11; Jo 9:6-7; Jo 11:39-44).
 
A lição da cooperação quem nos dá são os filhos da mulher, que lhe traziam os vasos para serem cheios de azeite. Todos na família devem cooperar para o bem comum, para a superação das dificuldades. Batalhemos por uma maior união e cooperação da família em meio às crises e calamidades. A unidade na família coopera para que milagres aconteçam.
 
A LIÇÃO DO MILAGRE (2 Rs 4:6)
Há situações das quais não sairemos, a não ser que Deus trabalhe em nosso favor, e que em graça e soberania intervenha com um milagre. O milagre de Deus beneficia os necessitados e glorifica o seu nome.
 
O milagre de Deus não deve servir para promover igrejas, pastores, pregadores ou quem quer que seja. O milagre não deve ser utilizado como meio de exploração daquele que o recebe, como se fosse preciso “pagar” pelo mesmo com ofertas in-voluntárias, e sob ameaças de maldições. Quem mercantiliza milagres, quem negocia com os dons de Deus, a seu tempo colherá os frutos de sua iniquidade (Mt 7:21-23).
 
A LIÇÃO DA PROVISÃO ABUNDANTE (2 Rs 4:7)
O Senhor cuida de seus filhos, e garante o suprimento de suas necessidades básicas através de todos os meios e recursos que dispõe:
 
Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos ou que beberemos ou com que nos vestiremos? (Porque todas essas coisas os gentios procuram.) Decerto, vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas essas coisas; Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas. Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal. (Mt 6:31-34)

Na vida daquela mulher e naquela casa, Deus fez mais do que se pedia ou se pensava (Ef 3:20). Ele não apenas proveu as condições necessárias para a quitação da dívida, mas também para a subsistência daquela família.

O pão nosso de cada dia ele provê diariamente (Mt 6:11).
O Pai celestial cuida de mim e de você. Ele nos ama.
 



quarta-feira, 6 de março de 2013

Pastor Marco Feliciano nega ser homofóbico e diz que sofre ameaças de morte

 
Indicado para a presidência da comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, o pastor Marco Feliciano (PSC-SP) se diz perseguido por um grupo de “meia dúzia de parlapatões”, e afirma estar sofrendo ameaças de morte. Ele refuta as acusações de homofobia e racismo, e defende sua posição contrária aos movimentos e ONGs LGBT. Marco Feliciano diz que quer conquistar apoio para que a comissão analise a reforma do Código Penal que, segundo ele, fere os direitos básicos do seres humanos. Confira abaixo a entrevista concedida ao jornal O Globo:
Quais serão as suas prioridades à frente da comissão?
O meu primeiro ato, se for efetivado de fato como presidente da comissão, vai ser o levantamento de projetos que estão parados. Parece que há 320 proposições e, dessas, só 17 estão encaminhadas. Ou seja: 313 estão lá paradas. Tem projetos, requerimentos, pedidos ... então eu quero levantar todo o histórico da comissão para saber o que está acontecendo. O meu segundo ato é chamar (os parlamentares) para uma presidência democrática. Pedir aos membros da mesa e a todos os deputados da comissão para que possamos juntos definir as pautas de votação. Para mostrar isonomia e para mostrar para todo mundo que não existe nenhum monstro que vai assumir a presidência da comissão. Em terceiro lugar, é trabalhar arduamente para limpar essa sujeira que fizeram com o meu nome, me chamaram de racista e homofóbico. E racismo e homofobia são crimes. Um é você achar que existe uma raça superior à outra. E o outro é você usar a violência . E eu nunca fiz uma coisa nem outra. Sou cristão, aprendi com Cristo. Fui achincalhado.
O deputado Jean Wyllys, outros parlamentares e ONGs LGBT já protestaram contra a sua indicação...
Se fosse só um protesto, tudo bem. Mas achincalhamento, xingamentos, isso é inaceitável de um homem com cargo político. Isso é, no mínimo, falta de decoro. Acusação sem causa e crime. Então, eu poderia juridicamente interpelá-los, mas este não o meu perfil, não é o meu espírito. Qualquer parlamentar que me conhece sabe que eu sou uma pessoa carismática. Sou uma pessoa de posicionamentos fortes. De minha ideologia, não abro mão. Todavia, minha ideologia não pode seguir o princípio dos outros. Então, a comissão de Direitos Humanos vai ser tratada como sempre foi, com o direito das minorias. E existem assuntos muito mais sérios no nosso país do que simplesmente ficar aí debatendo questões tão pequenas.
Por que o senhor acha que há essa reação?
Em princípio, porque represento a frente parlamentar evangélica e fui autor de alguns requerimentos, como o projeto de lei para sustar a decisão do Supremo sobre união estável de pessoas do mesmo sexo. Não por ideologia apenas, mas para poder preservar a Constituição brasileira. O que tem acontecido é que a Constituição está sendo rasgada. Artigo 226, parágrafo 13: está escrito lá que casamento civil é entre um homem e uma mulher. Então, enquanto não se faz uma PEC, enquanto não se altera a Constituição (o STF não pode decidir sobre o assunto). Eu, pessoalmente, sou guardião dela (Constituição).
O senhor já afirmou que amor entre pessoas do mesmo sexo leva ao ódio, ao crime e à rejeição?
O que eu afirmei, na verdade, foi que um estudo feito aponta que boa parte das pessoas que tem orientação sexual diferente da regra acabam sofrendo mais, acabam entrando mais em depressão. E isso cria neles um sentimento de rejeição às pessoas. Só de olhar para as outras pessoas, eles querem norteá-las. Então, afirmei isso sim em uma oportunidade, mas em momento algum citei o ódio, a ira e algumas outras coisas que dizem.
O senhor disse que está sofrendo ameaças de morte...
Ameaça de morte, sim. Entre no meu site e veja lá a petição pública que você vai ver um cidadão dizendo que eu deveria estar no céu com um tiro bem dado no meio do peito. Isso tudo pelo Twitter. Então eu sofro demais com a comunidade (da internet). Quando na verdade a comunidade é meia dúzia de parlapatões que não tem o que fazer e ficam aí o tempo todo na mídia tentando destruir pessoas.
E a acusação de racismo...
Já falei tanto sobre esta situação. Eu não sou racista. O caso foi simplesmente um texto que eu citei e, como sempre, as pessoas me interpretaram errado, e fizeram uma caveira ao meu respeito. Eu sou de matriz negra. O meu cabelo é cabelo negro e a minha família, tenho orgulho dela, saiu da pobreza. E eu não sou racista, até porque sou cristão.
O senhor escreveu 18 livros, dentre eles “Ouse sonhar”, que aparece com destaque no seu site. Do que trata a sua literatura?
Eu falo sobre possibilidades, sobre você poder nascer em uma família sem estrutura, mas você ter sonhos. E batalhar pelos sonhos sem parar para ouvir pessoas que não acreditam nisso. Eu digo neste livro que a pessoa tem que acreditar nela, porque a maior força neste mundo, que é o poder de Deus, acreditou nela e lutou por ela. Mas esse livro é a menina dos meus olhos, porque eu escrevi depois que eu perdi um filho. Mesmo que você perca aquilo que você achava que seria um sonho, Deus pode te dar outro.
O senhor é contra a revisão do Código Penal?
Sou contra. Já falei sobre a questão da descriminalização das drogas, a questão do relaxamento da pena das pessoas que praticam aborto, tudo isso eu acho que fere a vida.
O senhor vai tratar disso na comissão?
Se for possível. Se eu conseguir apoio de parlamentares que querem falar sobre este assunto. Quem sabe nós montamos uma comissão permanente para analisar a reforma de forma que não se possa ferir os direitos básicos já conquistados pelos seres humanos?
Espera uma presidência tranquila ou grupos de pressão vão atuar contra o senhor?
Os radicais vão dificultar os trabalhos. Mas se forem dificultar, vão prejudicar eles mesmos. Toda vez que forem bloquear votações, vão bloquear propostas que, ou são em benefício dos índios ou em benefício dos negros, ou em benefício de pessoas com necessidades especiais. Se eles fizerem isso, será mostrado o nível de intolerância deles. O maior dos pastores do mundo era Martin Luther King, e era um pastor pentecostal. Então, se me derem uma chance, eu vou poder apagar as histórias que estão contando sobre mim.
 
Meu Comentário: A candidatura do pastor assembleiano à presidência da comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados foi cercada de polêmica e protestos por parte do ativista e deputado federal Jean Wyllys (Psol), além de campanhas contrárias encabeçadas pelo apresentador do CQC Marcelo Tas e pelo movimento cristão Rede Fale. O PT tentou articular, de última hora, uma troca do nome do candidato do PSC, porém, sem sucesso.
Marco Feliciano concedeu uma entrevista ao site da revista Veja na segunda-feira, 04 de março, e afirmou que “a comissão [de Direitos Humanos] discute exatamente como garantir melhores condições para setores considerados excluídos. Existe um protecionismo exacerbado com o movimento LGBT. O medo deles é que eu comece a revirar a caixa de Pandora e ver onde as verbas foram investidas, se houve direcionamento”.
 
A acusação de racismo, teve como causas, as declarações polêmicas do pastor/deputado, quando na sua página no Twitter soltou as seguinte frases: "Africanos descendem de ancestral amaldiçoado pr Noé. Isso é fato. A maldição que Noé lança sobre seu neto, Canaã, respinga sobre o continente africano, daí a fome, pestes, doenças, guerras étnicas!"
 
É brincadeira gente! Uma pessoa que se diz mestre em estudos bíblicos e faz uma declaração desastrada dessas, mostra que lhe falta conhecimento histórico e teológico. Espero estar enganado, mas caso seja confirmado na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, é bem possível que falar um punhado de besteiras, como tem feito em várias pregações por aí.
 
Reconheço que ele é deputado federal, porque foi eleito legitimamente com 211 mil votos, ou seja teve muita gente que acreditou nele. Mas até o momento não me parece que o Pr. Marco Feliciano tenha preparo para estar à frente dessa Comissão da Câmara dos Deputados.