sábado, 17 de junho de 2017

Brasil vai receber 13 navios com refugiados muçulmanos e está criando cidade para abrigá-los? Não é verdade!

Circula pelas redes sociais a informação de que começarão a chegar em julho 13 navios vindos da Europa com 1,8 milhão de refugiados muçulmanos e que uma cidade está sendo construída para abrigá-los. Não é verdade.
A mensagem tem sido compartilhada por grupos que se opõem à nova Lei de Migração, sancionada em maio pelo presidente Michel Temer.
 (Foto: Arte/ G1 ) (Foto: Arte/ G1 )
(Foto: Arte/ G1 )
A Agência da ONU para Refugiados (Acnur) no Brasil diz que desconhece tal informação e que ela não procede. O Ministério das Relações Exteriores informa que a notícia é falsa e não tem nenhum fundamento.
A Lei de Migração (e não Lei do Imigrante, como diz a mensagem) regula a entrada e estada no Brasil dos migrantes e visitantes e estabelece diretrizes para as políticas públicas voltadas para esse público. A proposta substitui o Estatuto do Estrangeiro, de 1980.
No próximo dia 20 deste mês, é comemorado o Dia Mundial do Refugiado.
Essa não é a primeira vez que grupos contrários à Lei de Migração atuam em redes sociais para espalhar notícias falsas. Em maio, eles conseguiram viralizar uma mensagem que dizia que a embaixada do Brasil no Paquistão alertava contra a conversão de brasileiras ao islamismo, o que também não é verdade.
Mensagem falsa compartilhada em redes sociais  (Foto: Reprodução/ Facebook)Mensagem falsa compartilhada em redes sociais  (Foto: Reprodução/ Facebook)
Mensagem falsa compartilhada em redes sociais (Foto: Reprodução/ Facebook)
Veja o que diz a falsa mensagem:
"ONU E OS 13 NAVIOS VINDOS DA EUROPA (Lei do Imigrante aprovada pelo Temer).
A partir de Julho começam a chegar no Brasil os navios que trarão cerca de 1 milhão 800 mil refugiados vindos da Europa. O alto comissário da ONU para Direitos Humanos, Zeid Raad al-Hussein, diz que o Brasil é exemplo ao mundo quanto a receber os muçulmanos que ninguém quer, e estão exportando da Europa.
OBS: Vejam o nome da criatura da ONU !!
É verdade mesmo, está sendo construída uma cidade próxima a Anápolis GO para receber esses lixos, já não bastas os nossos...? Em breve estaremos exportando terroristas do molde que Paris vive hoje... LAMENTÁVEL!!!"
No final, a mensagem ainda cita a construção de uma cidade perto de Anápolis para abrigar os imigrantes, o que também não corresponde à verdade. O governo de Goiás, em nota, nega a informação. Veja o comunicado enviado a pedido do G1:
"Acerca da fantasiosa construção de cidade para 'abrigar muçulmanos', o governo de Goiás vem observar que, como é público e notório, existe um movimento emigratório, em diversas partes do mundo, com reflexos ao redor do planeta.
O Brasil acolhe esses cidadãos, segundo critérios definidos pelo Ministério da Justiça. Uma vez autorizados a entrar, esses cidadãos definem livremente onde se instalar. Da mesma forma, o governo de Goiás acolhe esses cidadãos, procurando proporcionar-lhes condições de vida e trabalho dignas.
Entretanto, é complemente falsa e fantasiosa a informação de que está em construção no estado, em Anápolis ou em qualquer outra localidade uma cidade para acolher 'emigrantes muçulmanos'. O governo de Goiás lamenta a propagação deste boato, porque respeita e reconhece todos os povos e credos religiosos e condena veementemente a xenofobia, a discriminação e o preconceito.
De qualquer forma, o critério de acolhimento não é a orientação religiosa, mas a nacionalidad. Diante disso, o governo de Goiás reitera que é completamente falsa a informação de construção de bairro, colônia ou cidade destinada a abrigar refugiados."
É ou não é?’, seção de fact-checking (checagem de fatos) do G1, tem como objetivo conferir os discursos de políticos e outras personalidades públicas e atestar a veracidade de notícias e informações espalhadas pelas redes sociais e pela web. Sugestões podem ser enviadas pelo VC no G1, pelo Fale Conosco ou pelo Whatsapp/Viber, no telefone (11) 94200-4444, com a hashtag #eounaoe (caso prefira, a hashtag pode ser enviada logo após a mensagem também!)
Fonte: http://g1.globo.com/

quarta-feira, 14 de junho de 2017

Decepcionados com igreja

Durante os últimos meses, li alguns depoimentos, que de fato, me comoveram. Irmãos em Cristo, porém dispersos por aí, alguns ligados a uma igreja, outros não. Pessoas que sinceramente querem viver para Deus, mas a decepção que tiveram com a "igreja" foi grande. Estarei reiniciando uma série de estudos com esta temática.

Nesta primeira parte vou colocar dois depoimentos, de duas pessoas. Um foi postado pela própria pessoa em seu blog, outro foi dado como comentário em outro blog, dando sua opinião sobre disputa eclesiástica. Retirei a identificação pessoal dos depoimentos, em seguida vou colocar meu comentário, que eu dei a uma das pessoas. Acredito que muitos estejam na mesma situação que os depoentes. Faço isso, na esperança de ajudar quem está assim.

DEPOIMENTO I: 
"Qualquer disputa por poder, dentro da Igreja, enfraquece o testemunho, a missão, a pregação do Evangelho, a busca pelos desgarrados, o trabalho na seara... Porque nossa luta não é contra a carne, mas espiritual. Não sou nada, em Igreja nenhuma. Não tenho cargo, não quero ser da liderança, não aspiro a posto nenhum.

Se Deus me abençoar para mostrar e pregar a Palavra e o Amor dEele, defeituosa de nascença como sou, a qualquer pessoa que encontrar pela frente, já vou achar uma honra e um favor. Às vezes me pergunto porque após anos eu não tenho ânimo para ir à Igreja. Oro em casa, leio a Bíblia em casa, canto sozinha, deposito dízimo e contribuiçoes no caixa eletrônico.

É por causa de coisas assim, Congressos, reuniões, publicações, disputas. Eu fico triste com isso, porque fora da Igreja as pessoas estão morrendo sem Deus, e o número dos que morrem sem saber que Ele veio e morreu por nós, por seu imenso Amor, é crescente. Quero ir para onde Ele me mandar, mas peço para ser sempre esse nada, dentro da instituição Igreja".

DEPOIMENTO II: 
"As vezes me pego assim, diante de mim mesma, e a perguntar o porque dos fatos, o que afinal é certo ou errado. Tenho fé, creio em Cristo muito mais do que em mim mesma, conheço Seu Poder e Seu Amor como muitos sequer imaginam conhecer um dia.

Já precisei Dele e fui socorrida e já fui socorrida sem saber que precisava Dele. Iniciei minha vida em Cristo diante do maior dos milagres, diante do milagre da vida - literalmente. Sei que minha própria vida e minha conversão por si só já é um milagre e me alegro nisso, agradeço e adoro por isso.
Vivi anos a fio dentro de uma única igreja, tive um único pastor e me entreguei de corpo e alma a um único ministério.

Esse ministério já não existe mais, esse pastor já não é mais pastor e essa igreja fechou suas portas. O que se chama de pecado, de ira, de inveja, vaidade e adultério (nos dois sentidos da palavra) entraram nessa igreja e tomaram por completo seus líderes, impedindo-os de verem a verdade e consequentemente se libertarem de todas essas coisas.

Vi desmoronar sonhos, dissolverem-se adoradores, dispersarem-se ovelhas, acusarem-se inocentes, mentiras sendo ditas com vozes doces e suaves, acusações atiradas de púlpito sem direito de defesa ou resposta, pastores e apóstolos reunidos e sentados à mesa do café e combinando como atacar e destruir aqueles que supostamente os afrontavam.

Vi usarem a Bíblia e o Nome de Deus para acusar e condenar, enfim, como se diz entre nós, vi o diabo "sentado e rindo" dentro da igreja enquanto os ditos crentes se degladiavam.

Descobri , com o passar do tempo, que amizades que eram declaradas não passavam de interesse pessoal, chacorrices ditas pelas costas de quem se entregava e se dedicava com amor, e o pior, vi roubarem a alegria do rosto de muitas pessoas.

Hoje, coloco em dúvida muitas coisas que aprendi naquele lugar e com aquelas pessoas.
Me martirizo em dúvidas sobre pentecostalismos e doutrinas e já não sei mais o que fazer. São quase 2 anos sem igreja, visitando uma ou outra mas nunca estando em nenhuma.

Sinto uma falta imensa, mas não consigo mais me entregar. Moro numa cidadezinha pequenina e conheço de trás pra frente toda crentolândia desse lugar. Conheço suas histórias, suas famílias, seus atos e desatos, e creio que isso seja o que mais me assusta e me afasta do convívio com eles.

Nessa tal igreja que fechou, eu conseguia ficar sim, porque encontrava lá o amor que era pregado, e durante muitos anos foi verdadeiro e maravilhoso, mas não suportou quando o pecado tomou a cúpula pastoral.

Uma tristeza só. Hoje vejo andando por aí, pastores sofrendo de depressão bipolar profunda e virando a cara para todos nas ruas, odiando com uma força que me assusta e tendo muita vergonha de tudo, vejo pastoras que sustentam as piores mentiras para defender suas crias e que se escondem envergonhadas dentro de casa, invadidas pela solidão e desprezo de grande parte da cidade que conhece seus atos.

Vejo castelos que desmoronaram, vidas retalhadas e tentando mostrar um equilíbrio que não existe e areia espalhada por todos os lados.
Vejo a mentira tomando o corpo da verdade e impedindo a cura, o perdão e o sorriso.
Vejo um apóstolo se vangloriando em cima do fechamento dessa igreja só porque essa o assustava.

Cansei de ver os interesses humanos acima dos interesses de Deus.
Não suporto mais ver inocentes pagando o preço alto pelo que não fizeram.
Não aguento mais mentiras ditas com lágrimas, voz doce, pestanas caídas e com tanta cara de pau.
Me enojo diante de tanta falsidade e hipocrisia, e em resumo, me afasto do convívio denominacional.

É muito simples me dizerem que preciso da igreja , que sem ela não sobrevivo, que preciso estar em comunhão com irmãos , que tenho que olhar para Deus e não para os homens.... é muito simples dizer isso para os outros, eu mesmo já disse muito para pessoas que um dia eu julguei estarem desviadas, mas quando é você quem vive essas dores e dúvidas, fica tudo mais difícil.

Já tive até mesmo vontade de mudar dessa cidade tão lindinha, só pra encontrar uma outra igreja, mas sei que os homens estarão em todas e que encontrarei tudo igual a aqui.
Então, vou ficando nessa em que estou, sozinha, visitando uns e outros, recusando convites para estar com uns e outros, mas nunca negando a Cristo.
Vou caminhando assim, com ELE, mas um dia aqui e outro lá, orando para que esses ditos líderes reconheçam seus erros e sejam curados, pois sei que são pessoas boas e merecedoras da Graça de Deus.
Vou seguindo meu caminho, esperando um dia encontrar as tão famosas águas tranquilas e os tão desejados pastos verdejantes que com tanta alegria eu já experimentei".

MEU COMENTÁRIO
O grande problema da religião é este: Deus só é Deus dentro de suas estreitas paredes! Desse modo, a gente de uma certa maneira, fica “viciado” pela religião, e acreditando que as visitas a um determinado lugar ou endereço equivalem a usufruir a “presença de Jesus”, quando se afasta daquela “congregação”, sempre se sente desviado de Deus.

Trata-se de um poder tão grande esse da religião, que muita gente de fato deixa de orar, de ler a Palavra, de testemunhar a fé, de dizer o que pensa e crê, de ser sal da terra e luz do mundo, de enfrentar o mal, de repreender o diabo, de celebrar o amor de Deus, etc...apenas porque não gosta de um lugar e decidiu que ali não dá. Assim nascem os “desviados”.

Algumas vezes a pessoa deixa o Caminho mesmo. Perde a exultação na esperança e não crê na Graça de Deus. Porém, quem conheceu a Graça de Deus em Cristo se torna indesviável. Pode até não gostar da “cultura de igreja”. Pode até, circunstancialmente, não desejar nenhum envolvimento. Pode até estar vivendo uma estação de desapontamento e falta de alegria no convívio cristão, razões jamais faltarão, como no seu depoimento.

Então se pergunta: Para o que serve a igreja como ajuntamento humano? Bem, para mim ela é Fundamental, embora não seja Essencial. Cristo é Essencial. Sem Ele não há salvação! A Igreja é Fundamental. Sem ela não se cresce em maturidade e comunhão! Sem Jesus não há nada. Sem a Igreja não há muitas coisas boas. A Carta aos Hebreus diz que não devemos deixar de nos congregar com os irmãos. A saúde humana demanda convívio.

Bem, dizendo isto não estou desencorajando você a deixar de ir a uma igreja. Ao contrário: penso que você precisa muito congregar. E também não estou dando nenhum pouquinho de força para você ficar onde está, ou seja: lugar nenhum. O pior é que quanto mais esse pensamento se instala, mais a pessoa se “sente” longe de Deus mesmo. Trata-se, portanto, de um afastamento psicológico de Deus, e baseado na culpa de não gostar da representante de Deus na terra: a “igreja”. Assim, quanto MENOS a pessoa gosta da “igreja”, MAIS julga que está longe de Deus.

Ora, o caminho é justamente o inverso: eu tenho que ter uma relação muito forte e firme na Graça de Deus com Deus, a fim de suportar a “igreja”. Ou seja: eu tenho que ser Igreja a fim de poder conviver com a “igreja”. Do contrário, aconteceria comigo o que acontece com milhares: quando não agüentam mais a “igreja”, deixam a fé; e assumem seu desvio de Deus, indo de mal a pior.

Portanto, o que aconselho nesses casos é pegar sua Bíblia e lê-la. Reiniciar a vida oração (isto quando a pessoa parou com essas duas atividades). Saiba que Deus é seu Pai. Creia em Jesus e saiba que se você é Dele ninguém e nem nada a tirarão de Suas mãos. E, por último, procure um lugar leve, legal de estar, e freqüente sem neurose. A Palavra faz o resto do trabalho. No mais você é livre para ficar onde for bom. Simplesmente abrace o seu chamado em Cristo

Postado originalmente em 06/08/2008.

terça-feira, 13 de junho de 2017

Carência material e por serviços faz eleitores aceitarem o ‘rouba mas faz’

ELEITORES CARENTES E PRAGMÁTICOS

O Instituto de Pesquisa Uninassau realizou pesquisa qualitativa entre os eleitores das classes C e D residentes no Recife. A pesquisa aconteceu em 24 de maio de 2017. A metodologia qualitativa tem o objetivo de identificar as visões de mundo dos eleitores sobre diversos temas. Em seguida, o analista da pesquisa procura encontrar convergências de opiniões entre os entrevistados. Por fim, as convergências são interpretadas.
A referida pesquisa utilizou o instrumento metodológico focus groups, grupos focais. Quatro grupos focais foram montados. Os grupos foram divididos por renda e faixa etária. Os eleitores residiam em diversos bairros da capital de Pernambuco. Temas conjunturais foram expostos aos entrevistados.
Os resultados da pesquisa são relevantes. Entretanto, opto por destacar alguns deles. Indagou-se aos participantes da pesquisa se eles prefeririam governantes que “rouba, mas faz”, ou governantes que “não rouba, mas não faz”. Os eleitores, inicialmente, independente dos grupos, foram enfáticos em afirmar que preferem os governantes que “rouba, mas faz”. Em seguida, contudo, diversos eleitores reagiram e disseram não perdoar “políticos corruptos”.
Após a reação, o debate intenso foi observado. Para os adeptos do “rouba, mas faz”, é muito melhor “um governante que atenda às nossas demandas, do que um que não atenda”. A explicação posta é pragmática e mostra carência dos eleitores. Tal carência surge em razão de que os entrevistados, sem exceção, não acreditam em governos e nem em políticos. Segundo eles, os governos não atendem as demandas dos eleitores e os políticos são “sanguessugas”, “cheios de privilégios”.
Portanto, encontro a explicação para a tolerância com os governantes que “rouba, mas faz”. A tolerância advém da carência que eles têm. O Estado, ou melhor, o governo, não está presente para atender as suas demandas. Por isto, quando algum atende, mas rouba, é melhor tolerar o governante que comete deslizes do que o que não comete e que não atende às demandas.
A descrença com os políticos também explica a tolerância com o “rouba, mas faz”. Para os participantes da pesquisa, “todos os políticos estão no mesmo saco”. Eles não são diferentes, são iguais. A existência de um político que “olha para o povo” possibilita que eles tolerem a corrupção pública.
Destaco, contudo, que os eleitores apoiam a operação Lava Jato. Segundo eles, a Lava Jato está “mostrando a verdade do Brasil”, “prendendo poderosos”. Ao se referirem a Lava Jato, eles expressam o desejo de justiça e de vingança contra os políticos. Os eleitores maduros qualificam a Lava Jato como uma novela, onde cada dia tem um capítulo. E indagam: “Quando esta novela acabará?
A curiosidade pelo fim da Lava Jato tem uma explicação. Diversos eleitores maduros associam a Lava Jato às crises política e econômica. Entendem, portanto, que a superação das referidas crises dependem do fim da novela Lava Jato. Ressalto que os eleitores ao mostrarem apoio a Lava Jato revelam sentimentos de justiça e contrariedade com a corrupção pública.
Os eleitores não têm ideologia. Eles não sabem, em sua maioria, definir o que é ser de esquerda ou direita. Os que se arriscam, qualificam a esquerda como preocupada com o povo “ou ser de esquerda é fazer oposição”. Os eleitores descartam a discussão ideológica. A ideologia não orienta as suas escolhas. Um governo atuante e eficaz no atendimento às suas demandas é o que importa.
A conclusão da pesquisa é instigante. Eleitores condenam a corrupção, mas a toleram, caso o governante acusado de corrupção esteja atendendo as suas demandas. Os eleitores apoiam a Lava Jato. Contudo, indagam quando ela irá acabar. Pois desconfiam que ela esteja, em parte, provocando crises econômica e política. A única ideologia dos eleitores é o desejo por um governo que faça por eles. Portanto, os eleitores das classes C e D são carentes e pragmáticos.
Fonte: http://www.poder360.com.br/



segunda-feira, 12 de junho de 2017

Gilmar Mendes diz que TSE quer controlar influência das igrejas nas eleições


O Tribunal Superior Eleitoral estuda uma cláusula para bloquear o uso do poder econômico e a influência das igrejas nas eleições, disse à Reuters o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes.

"Depois da proibição das doações empresariais pelo Supremo Tribunal Federal (STF), hoje quem tem dinheiro? As igrejas. Além do poder de persuasão. O cidadão reúne 100 mil pessoas num lugar e diz 'meu candidato é esse'. Estamos discutindo para caçar isso", disse o ministro em entrevista.

O ministro afirma que há um uso da religião para influenciar as eleições, contando ainda com os recursos das igrejas, não apenas material, mas a própria estrutura física.

"Outra coisa é fazer com que o próprio fiel doe. Ou pegar o dinheiro da igreja para financiar", afirmou. "Se disser que agora o caminho para o céu passa pela doação de 100 reais, porque eu não vou para o céu?"

De acordo com Gilmar Mendes, há um potencial para abuso de poder econômico de "difícil verificação", e existe a necessidade do TSE agir.

Na Câmara dos Deputados, a bancada evangélica vem crescendo a cada eleição. De acordo com dados do TSE, em 1998, eram 47. Em 2014, foram eleitos 80.

No entanto, a Frente Parlamentar Evangélica do Congresso tem 181 deputados e quatro senadores participantes --que incluem, além dos próprios deputados ligados às igrejas, simpatizantes e outros parlamentares que defendem as mesmas pautas, normalmente bastante conservadoras.

Na população em geral, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, os evangélicos representam 22 por cento dos brasileiros.
Meu Comentário: Embora não concordo com algumas decisões que o ministro Gilmar Mendes tome seja no STF ou TSE, devo dizer que ele não está errado no que concerne ao abuso de poder econômico das igrejas em períodos de eleição e até fora dele. O triste é que seja um tribunal que tome essa decisão sendo que o correto seria as próprias igrejas decidirem por sí próprias e acabar com o abuso.