quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Mulher de Kaká diz "como é bom não pertencer a denominações"

Questionada pela coluna Zapping do jornal Folha de São Paulo, sobre a possível saída do jogador Kaká e de sua mulher, Carol Celico, da Renascer em Cristo, por causa de descontentamentos com a administração da igreja, a assessoria de Carol disse que ela não dará declarações sobre o tema.
O que podemos afirmar é que desde o início do ano, Carol vem se dedicando exclusivamente aos seus projetos pessoais que não estão ligados a nenhuma denominação religiosa”, afirma a assessoria em um e-mail.
Em menos de três meses, seu CD teve mais de um milhão e meio de downloads em seu site. Uma repercussão que surpreendeu Caroline Celico, que já negocia para levar seu primeiro trabalho como cantora às lojas até o fim do ano, junto com um DVD, que tem participações do marido, o craque Kaká, e da cantora Claudia Leitte. Os rótulos de evangélico e gospel são dispensados por Carol, que tem mais de 100 mil seguidores no Twitter, onde mantém contato diário com os fãs, falando de Deus e dando dicas de beleza. Em entrevista por e-mail ao ‘Ataque’, a mãe de Luca, de dois anos, avisa ainda que quer ter pelo menos mais dois filhos, confirma que não vai abrir igreja.
ODIA: Você esperava essa repercussão em seu primeiro trabalho como cantora?
Caroline: Não esperava, foi algo que realmente me surpreendeu! Eu pensei em um trabalho onde as pessoas tivessem a oportunidade de entender e se aproximar um pouco mais sobre Deus, que, para mim, não está em igrejas e nem em religiões. Ele é muito maior que isso. E como eu queria presentear, liberei o download gratuito pelo site www.carolcelico.com.
Você já fechou contrato com gravadora para lançar o CD comercialmente?
Ainda não, estou em processo de negociação e trabalhando para que até o final do ano o público possa ter acesso ao CD nas lojas e também ao DVD, que ainda é inédito. Tenho recebido convites para divulgar o trabalho em programas de TV, mas não me sinto à vontade.
Quando será o lançamento do DVD? Gravamos no verão de 2010 em São Paulo. O DVD foi finalizado em junho, quando presenteei 500 amigos com uma versão promocional. Agora estamos finalizando um segundo DVD com o mesmo conteúdo, mas em sua edição final para distribuição comercial. Os clipes das músicas gravadas com o Kaká e a Claudia estarão no DVD.
Você não gosta que seu CD seja chamado de ‘evangélico’. Como define sua música?Eu não gosto de classificações. Chamo o meu trabalho de pop, porque quero que chegue a todas as pessoas. Não é evangélico, porque nem eu mesma me considero evangélica. Acredito em Jesus e amo a Deus. Não é gospel, pois gospel é um tipo de música originada nos EUA. As canções falam de amizade, de família, de amor. É uma história com Deus, além de minha, e que pode ser de muitas outras pessoas.
Você pretende seguir a carreira de artista? Tem vontade de trabalhar com moda ou como empresária?
Já abri empresa de eventos em Milão, fiz faculdade de administração de moda (Fashion Business) no Istituto Marangoni. Gosto muito de música, quando pequena fiz curso de piano, canto e tentei tocar violão (sem sucesso). Eu tenho algumas composições minhas que pretendo divulgar no futuro. Mas não me considero uma cantora e, neste momento, não é a carreira que quero seguir. No momento, estou estudando teologia, um curso sem partidarismo e sem religião, para entender ainda mais desse assunto que amo. Vou começar logo um curso de culinária em Madri e seguir com o meu blog (carolcelico.wordpress.com) e com o site (carolcelico.com) e twitter (@cacelico). Só respondendo as centenas de e-mails por dia, mandando recados de incentivo, fé, força e esperança para as pessoas já preenche demais o meu dia. É nisso que mora meu prazer de viver.
Como desempenha seu papel de pastora na Espanha?
Eu costumava fazer um grupo pequeno de leitura da Bíblia, mas, com a correria do CD no Brasil, deixei em ‘stand by’. Pretendo voltar a fazer, mas não tem dia certo, acho que por isso as pessoas gostam tanto. Não é um ritual, é um grupo, uma pequena comunidade para quem quer aprender a estar mais perto de Deus.
Numa pregação em 2009, você comentou a transferência do Kaká para o Real Madrid dizendo que havia aberto uma porta que “acima de tudo, nós vamos poder abrir uma igreja lá”. Numa entrevista recente, você esclareceu que não pretende abrir igreja. Você chegou a pensar nisso ou acha que foi mal entendida na época?
Não, fui mal interpretada, eu realmente não desmenti a suposta abertura de uma igreja em Madri. Mas hoje, meus conceitos mudaram, meus posicionamentos estão amadurecendo. Não pretendo abrir igreja alguma. Estou feliz como estou e acho que já existem muitas abertas. Eu tive meu tempo de estar dentro do dia a dia da igreja, mas hoje vejo Deus muito mais forte fora de doutrinas e pregações cheias de revelações. Ele é mais simples do que eu imaginava, e pode fazer parte dos nossos dias fora de um local ou um templo.
Fonte: O Dia
Em seu twitter, Caroline soltou as seguintes frases recentemente:
As coisas velhas se passam e tudo se faz novo. Gracas a Deus por isso! Ninguém merece ficar aprisionado a nada nem a ninguém! Sou livre!
1 corintios 1:10-17 uns dizem, sou de fulano ou de ciclano, mas eu sou de Cristo!! Tem coisa melhor?
Como e bom nao pertencer a homens, não pertencer a denominacões, mas pertencer somente a Jesus! Eu sou dEle! E você?
Comentário: A decepção do casal Kaká e Caroline com a liderança da igreja é compartilhada por muita gente, que frequenta ou frequentou outras denominações também. A decepção com as instituições religiosas e sua liderança, aliado a uma fome de conhecer mais a Deus e a Bíblia, vem caminhando justamente na direção que o casal acima tomou. São pessoas que dizem quero Jesus, mas não a "igreja". Repito o que já disse aqui no blog, em outra ocasião: se a igreja se tornou tão diferente daquilo que Jesus de Nazaré fez e ensinou é porque ela se tornou anticristã.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Ronaldo Lidório: Apóstolo brasileiro

Eu creio em apóstolos. Não creio no moderno movimento apostólico, importado da teologia Mórmon e pregado pelos arautos oriundos da outra América, a “próspera”. Não creio em apóstolos canônicos, cuja Palavra seja autoritativa e inspirada no mesmo grau dos escritos de Paulo, Pedro e os demais escritores bíblicos. Também não creio em apóstolos que fundam igrejas fazendo divisões, que negociam “coberturas” a pastores caídos que foram excluídos de suas denominações, que pregam prosperidade fácil e são presos com dólares na bíblia ou na cueca. Estes eu não engulo!

Contudo, a existência do falso não anula o verdadeiro, antes, o confirma. E considerando o sentido etimológico da palavra apostolo (no grego, “enviado”), posso dizer que ainda existe tal ministério. “Ele mesmo deu uns para apóstolos...”

Diferente dos apóstolos modernos, os verdadeiros apóstolos contemporâneos são humildes, anônimos, e detestam holofotes. Muitos se consideram indignos do título, e preferem ser chamados de pastor ou de irmão. Agem assim porque sabem que o único título de que são dignos é o de “aprendiz de servo inútil”, pois não fizeram tudo o que lhes foi mandado.

Ronaldo Lidório é um líder que tem o dom de converter teologia em práxis, exatamente como deve ser. Ele é um daqueles pastores que enchem nosso coração de esperança, e nos fazem enxergar que a igreja de Cristo transcende aos escândalos, abusos e descalabros tão comuns na igreja contemporânea. Ele (presbiteriano) é a prova de que ser cheio do Espírito Santo não é falar em línguas desconexas pré-aprendidas, mas viver uma vida frutífera para a glória de Deus.

Lidório é o apóstolo Brasileiro. Suas credenciais apostólicas são os convertidos rebeirinhos do Brasil, Makandá e Labuer e mais de 40 pastores Konkombas. Sua carta de recomendação às igrejas? Seis mil convertidos entre aquela etnia.

Que a vida de Ronaldo e Rossana sirva de desafio para mais jovens serem missionários e lingüistas entre povos não-alcançados!
Fonte: Blog Púlpito Cristão

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Bancada pró-gay tem 154 deputados, evangélicos somam 64 e católicos apenas 21




Enquanto o foco da discussão política atual está no segundo turno da campanha presidencial, cresce o apelo aos eleitores cristãos. Tanto Serra quanto Dilma modificaram algumas de suas posições e se pronunciam contra questões controversas como aborto e reconhecimento da união homossexual. O que muita gente ignora é que esse tipo de mudança de legislação precisa ser discutido e aprovado na Câmera e no Senado, não é atribuição do novo presidente, seja ele ou ela quem for. Duas matérias veiculadas no dia (8/10) mostram qual é a tendência para os próximos anos.

1) Denise Madueño, em O Estado de S.Paulo

O novo Congresso terá uma bancada de, pelo menos, 154 deputados e 24 senadores defensores dos direitos dos homossexuais. A Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) considera esse levantamento ainda preliminar. A partir de agora, a entidade começará os contatos com os deputados e senadores eleitos em busca de mais adesões para a causa.
Foram definidos como “aliados”, os parlamentares que já integram a Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT, os candidatos que assinaram o Termo de Compromisso da ABGLT nas eleições de 2010, Voto contra a homofobia, defendo a cidadania, e os deputados e senadores que já fizeram declarações públicas e atuaram a favor dos direitos humanos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.
“Aumentou muito (a bancada). Estão citadas as pessoas que temos certeza que são aliadas. Essas pessoas já se posicionaram publicamente e ainda vamos conversar com as outras que foram eleitas”, afirmou o presidente da associação, Toni Reis. Ele considera que, depois dos contatos com os novos parlamentares, não será difícil ultrapassar a bancada deste mandato de 220 parlamentares aliados.
Embora a concentração de aliados esteja entre os partidos chamados de esquerda, os apoiadores da causa LGBT estão em várias legendas. “Nós temos estabelecido muitas pontes com pessoas que não são fundamentalistas evangélicas e que concordam conversar. Não queremos fazer uma guerra santa e ficar batendo boca com os fundamentalistas que não nos respeitam”, disse Reis. “Não queremos destruir a família de ninguém nem afrontar os dogmas da igreja. O que nós queremos é um País em que não haja discriminação.” A associação considera relevante o fato de parlamentares apoiadores da causa estarem entre os eleitos em primeiro lugar. “Em dez Estados pessoas que nos defenderam como aliados ou como integrantes da Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT foram campeãs de voto nas eleições para deputado federal. Isso mostra que não é uma maldição”. Entre eles estão Manuela D”Ávila (PC do B-RS), ACM Neto (DEM-BA), Gastão Vieira (PMDB-MA) e Reguffe (PDT-DF).
Na nova bancada parlamentar, estará Jean Wyllys (PSOL-RJ), considerado o primeiro gay ativista eleito para a Câmara. O ex-deputado Clodovil Hernandes, morto em março do ano passado, apesar de ser homossexual assumido não era considerado ativista da causa pela associação. O levantamento da associação mostra que dez governadores, entre os 18 já eleitos, também são aliados da causa.
Entre as principais reivindicações do movimento LGBT estão a aprovação do projeto de união civil entre pessoas do mesmo sexo, a aprovação de leis que combatam a violência e a discriminação contra a comunidade LGBT e a adoção do nome social para as pessoas transexuais.

2) Ana Paula Grabois, no Valor Online.

Os evangélicos ganharam peso nas eleições deste ano. A bancada de deputados federais saltou de 39 deputados eleitos em 2006 para 64 e já representa 12,5% da Câmara. Por outro lado, a bancada católica encolheu para 21 representantes. “Um dos fatores é o crescimento do número de fiéis evangélicos pelo país”, diz o deputado João Campos(PSDB-GO), presidente da Frente Parlamentar Evangélica e pastor da Assembleia de Deus.
O pastor estima que os evangélicos já correspondam a 25% da população brasileira. No último Censo feito no país, em 2000, os evangélicos eram 15,4% da população. Os católicos correspondiam a 73,6%. “Houve crescimento forte com grande renovação dos deputados eleitos com o voto da igreja”, diz a pesquisadora do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) Viviane Sena.
Os partidos que mais representarão os evangélicos na Câmara serão PSC, PR e PRB. O PSC é quase todo ligado à Assembleia de Deus. O partido ganhou força nas eleições de 2002 ao apoiar o então candidato a presidente da República do PSB, o ex-governador do Rio Anthony Garotinho, da Igreja Presbiteriana, campeão de votos no Rio como deputado federal pelo PR. Todos os oito deputados do PRB são da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd).
Outros partidos pouco associados à religião fizeram alguns de deputados entre os religiosos. É o caso de Gabriel Chalita, carismático da Igreja Canção Nova, do PSB de São Paulo. Chalita foi o segundo deputado mais votado do país, com 550 mil votos, perdendo apenas para o comediante Tiririca (PP-SP).
Outro caso de sucesso eleitoral é Bruna Furlan (PSDB-SP), da Igreja Cristã do Brasil, da ala pentecostal dos evangélicos. Filha do prefeito de Barueri (SP), Rubens Furlan, Bruna foi a terceira deputada mais votada no Brasil. Recebeu 269 mil votos. Os evangélicos elegeram ainda cantores gospel, como Marcelo Aguiar (PSC-SP), da Igreja Renascer, e Lauriete Almeida (PSC-ES), da Assembleia de Deus, com 24 CDs gravados.
Numerosa, as bancada evangélica promove, às quartas-feiras, culto em plena Câmara com música e até deputado tocando acordeão. Cantores gospel de passagem por Brasília dão canja no culto que chega a reunir 200 pessoas de diferentes denominações. A bancada católica reza missa toda quinta-feira.
A maior bancada eleita em 2010 entre todas as denominações foi a Assembleia de Deus, que passou de 9 deputados em 2006 para 19 representantes em 2010. “As lideranças estão sendo mais ousadas para orientar o povo. É importante que tenhamos nossa representação, independentemente de citar o candidato. É um trabalho de conscientização”, diz o deputado João Campos.
Entre os católicos, a bancada encolheu de 30 para 21 de 2006 para 2010. A redução foi acompanhada do aumento de deputados eleitos da renovação carismática. Se na eleição de 2006 os carismáticos contavam com apenas um representante, terão a partir do ano que vem Gabriel Chalita, Eros Biondini (PTB-MG) e Salvador Zimbaldi (PDT-SP) na Câmara. Zimbaldi deve presidir a bancada católica do movimento pró-vida, que milita radicalmente contra o aborto.
O PT tem cinco representantes dos católicos. Três deles são ordenados – padre Luiz Couto, reeleito na Paraíba; padre João, de Minas Gerais e padre Tom, de Roraima. Outro que já faz parte da Frente Católica é o padre José Linhares (PP-CE), reeleito.
De diferentes partidos, a Frente Evangélica se une contra questões como aborto, eutanásia, infanticídio em áreas indígenas, casamento gay e legalização das drogas. Para outras questões além da discussão de temas ligados ao que chamam de valorização da vida e de valores da família, cada parlamentar segue a orientação de seu partido na hora de votar no plenário. “Os evangélicos estão presentes em diversos partidos. Não há interesse em ter alinhamentos partidários”, diz o pastor João Campos.
Entre os católicos, a divisão política é mais nítida. O candidato a deputado derrotado Paulo Fernando Costa, do PTB do Distrito Federal, assessor da Frente Católica e do movimento pró-vida, diz haver um viés “contra Dilma, contra o PT” na bancada católica. “Fomos contra o presidente Lula”, diz. Os deputados do PT, no entanto, não fazem oposição em questões fora do espectro dos valores defendidos pela frente.


Edição: Jarbas Aragão
Parece que ao concentrar fogo nos presidenciáveis perdeu- se de vista que Câmara e Senado são muito mais importantes na discussão e votação dessas questões que assombram católicos e evangélicos.


Fonte: Pavablog