quarta-feira, 27 de julho de 2016

QUAL A IGREJA QUE JESUS EDIFICOU? O QUE NÓS TEMOS DELA?

Estamos vivendo um mundo conturbado, cheio de perigos e que se transforma numa velocidade assustadora. Enquanto isso, a igreja, no caso a igreja evangélica num sentido geral parece que continua com sua mentalidade fechada de gueto. Olhando seus probleminhas internos como se fossem as coisas mais importantes do mundo.

Enquanto o terrorismo avança de uma forma terrível, sobre vários países, usando qualquer coisa que possa matar as pessoas, e agora sendo utilizados não apenas os terroristas treinados mas também os “chamados lobos solitários”, que são pessoas simpatizantes da causa deles e revoltados com tudo. O irônico é que aqueles que dizem lutar contra a globalização, acabam por globalizar o crime em suas várias facetas e nomes seja o narcotráfico, a corrupção e o terrorismo.

Somado a isso, vemos a luta contra contra novas e velhas doenças, sejam elas físicas ou psicológicas, como a depressão.

Há menos de 30 anos, assistimos a queda de alguns muros, hoje outros muros estão sendo erguidos novamente. E nós como igreja, como estamos nos comportando diante desse cenário?

Nos fechando em nossos templos e selecionamos quem entra ou sai do nosso clube, decidindo através de nossos “sinédrios”, quem é pecador, quem pode ser ou não salvo.

Será que a igreja que nos tornamos tem alguma coisa a ver com aquela que Jesus disse que estava edificando? Ou resolvemos formar uma igreja a nossa imagem e semelhança?

Criamos “Talmudes doutrinários” e por causa deles brigamos, expurgamos pessoas em nome daquilo que chamamos de “sã doutrina”, definindo quem é herético.

No próximo ano, a Reforma Protestante irá completar 500 anos. Nesse meio milênio, em nome da “defesa da verdade e da fé”, cismas e a criação de novas igrejas foram e são até hoje uma constante no meio protestante evangélico. Tanta coisa já foi e continua sendo motivo para disputas, divisão e abertura de novas siglas religiosas: a forma de batismo, vestimentas, predestinação, livre-arbítrio, soberania divina, escatologia, falar em línguas e os dons do Espírito Santo, liturgia de culto, uso de instrumentos musicais, uso do rádio e da televisão, ordenação ministerial, disputas de poder eclesiástico e financeiro. A lista pode ser quase interminável.

Se o apóstolo Paulo ressurgisse em carne e osso agora e visse as teologias sistemáticas que foram formuladas  desde a era patrística até os nossos dias, usando como base suas epístolas, principalmente a carta aos Romanos, ele provavelmente diria: “Puxa vida, como foram criativos, eu nunca havia pensado em todas essas questões quando escrevi as epístolas!”

Se Jesus em vez de voltar em Glória em seu Segundo Advento, fosse reiniciar seu ministério terreno em pleno Século XXI, acredito que muita gente ficaria chocada com Ele, assim como ficaram a dois mil anos atrás. Não consigo vê-lo abraçado com políticos inescrupulosos nos púlpitos, nem aprovando projetos milionários de construção de templos suntuosos. Passaria longe de muitos Concílios e Convenções ministeriais, abominando conchavos que em nada ficam a dever a política partidária secular.

Nos evangelhos, vemos Jesus tocando, conversando, comendo, com as pessoas que eram desprezadas, odiadas, de quem ninguém queria se aproximar seja por temer pegar alguma doença, ou por não ser visto perto de alguém que era mal falada. No entanto, ele toca os leprosos, se permite ser tocado e conversa com prostitutas, adúlteras, come com publicanos e pecadores. Não compactuava com o pecado das pessoas, mas as amava, as recebia e as devolvia a vida.

Em Atos dos Apóstolos, eu vejo uma igreja que era muito mais aberta, inclusiva e de certa forma mais pós-moderna do nós hoje. Em uma mesma igreja, tinha gente que guardava o sábado e a lei mosaica, enquanto outros não. Muitos do mundo grego-romano, praticavam o homossexualismo, outros eram bígamos e vieram a se tornar cristãos. Não vejo a igreja em Atos negando o batismo a ninguém, a única exigência era que a pessoa confessasse que cria em Cristo. Segundo Paulo, os pecados sexuais descritos em I Cor 6:9, não eram maiores nem menores do que os outros listados lá, estavam no mesmo patamar. A igreja é que só considera na prática pecado os que são de cunho sexual.

Os critérios se tornam mais exigentes quando era para se separar alguém para ser líder na igreja (bispos e diáconos), aí Paulo diz que não dava para ordenar um bispo bígamo, mas apenas quem era marido de uma só mulher, porque ele seria modelo da comunidade.


Concluindo, diria que vivemos num mundo fragmentado e globalizado ao mesmo tempo, com muita gente com as vidas completamente esfaceladas sejam fora ou dentro do movimento evangélico. Portanto, a igreja que eu vejo em formação nos evangelhos, no livro de Atos e nas epístolas, é uma comunidade que não era perfeita, mas que atuava mais de forma terapêutica, acolhedora do que a gente hoje.

terça-feira, 26 de julho de 2016

Morre Tim LaHaye, autor de “Deixados para Trás”

Nesta segunda-feira (25) morreu Tim LaHaye, o escritor americano autor da série “Deixados para Trás” em co-autoria com Jerry B. Jenkins.
 
 
Aos 90 anos, LaHaye sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) e foi levado para o hospital em San Diego, Califórnia (EUA) e após alguns dias entrou em óbito.
 
Em sua página oficial, a equipe do autor escreveu sua biografia, a forma como LaHaye conduziu seu ministério como pastor de uma igreja batista e como se tornou um dos 25 líderes evangélicos mais influentes dos Estados Unidos segunda a revista Time em 2005. O anúncio foi feito pela família na página oficial do autor no Facebook.

Ele vendeu 62 milhões de cópias da série que teve início há 21 anos. A série “Deixados para Trás” usa a ficção para falar sobre os “últimas dias” com base na compreensão pré-tribulacionista.

LaHaye escreveu mais de 45 livros sobre uma grande variedade de assuntos, como a vida em família, temperamentos e profecias bíblicas. Ele era casado com Beverly LaHaye desde 1947, com quem teve quatro filhos: Linda, Larry, Lee e Lori.
 
A série “Deixados para Trás” é seu maior sucesso e o seu amigo e co-autor desse best-seller (que já foi filmado e ainda hoje é vendido em DVD em todo mundo) deixou uma mensagem nesse momento de despedida.
“Ele está no lugar onde ele sempre quis estar, sua partida deixa um vazio na minha alma”, disse Jenkins. “O Tim LaHaye que eu conhecia tinha um coração de pastor e viveu para compartilhar sua fé”, completou.
 
 
Meu Comentário: Triste notícia, a partida desse famoso escritor evangélico. Apesar de não concordar com Tim LaHaye no tocante a escatologia dispensacionalista sensacionalista dos livros "Deixados Para Trás", vou sempre lembrar de seu nome com carinho porque para mim, ele sempre será o autor de excelentes livros na área de temperamentos e de o ensino de uma sexualidade equilibrada do ponto de vista cristão, como: "O Ato Conjugual", "Temperamentos Transformados" e "Por que agimos como agimos".