SEJA BEM VINDO. Este blog nasceu da vontade de poder compartilhar, pensamentos e reflexões sobre os acontecimentos atuais e a aplicação da Palavra de Deus a nossa vida.A escolha deste título para o meu blog, foi porque acredito que se não for para vivermos o Evangelho de Cristo conforme Ele viveu e ensinou, nada vale a pena. INDIQUE ESTE BLOG A MAIS ALGUÉM E DEIXE UM COMENTÁRIO JUNTO A MATÉRIA QUE PORVENTURA TENHA GOSTADO.
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
MEU TESTEMUNHO - parte 03
Em 1996, comecei a dar seminários ou palestras nas igrejas sobre seitas e heresias. Eram ministrações de dois ou três dias. Fiz uma apostila com o título: A Nova Era e o Espiritismo, e onde os pastores me convidavam eu ia. Em 1997, fiz mais duas apostilas, uma de escatologia e outra onde falava sobre A Nova Era, Mormonismo, Igrejas Unicistas, Testemunhas de Jeová e Catolicismo Romano. Foram três anos de experiência interessantes, porque geralmente eu dava estudos de sexta-feira até domingo pela manhã ou tarde e encerrava com uma pregação à noite. Até hoje, encontro pessoas aqui e ali, que me param na rua ou na igreja e dizem que foram abençoados através destas ministrações. Dou glória a Deus por isso. Em 1999, dei um tempo nos seminários de escatologia e heresiologia, porque fui convidado a fazer parte da equipe de seminários da Semap (nossa secretaria de missões), que havia sido criada naquele ano. Eram seminários de conscientização missionária, e eu falava sobre os blocos religiosos no mundo, dando mais ênfase ao Budismo, Islamismo e Hinduísmo. Viajei pelo Brasil a fora, ensinando e pregando. Foi bom também trabalhar em equipe, pois antes eu ministrava sozinho, agora tinha outros palestrantes junto. Nos meus seminários, eu só pedia as despesas de viagem e o custo da apostila, a igreja ficava livre para me dar oferta ou não. Algumas vezes recebi, outras vezes não. Dormia em hotéis em alguns lugares, em outros na casa de irmãos da igreja, escola infantil em reforma, gabinete pastoral e até numa rádio pirata de uma igreja. É mole? Nos seminários da Semap, eu não recebia nada pelas palestras, pois todas as ofertas eram dirigidas a Secretaria de Missões. Ofertas estas, que muitas vezes garantiram o sustento de missionários no exterior. Portanto, apesar de ter ministrado em vários lugares, nunca me senti um evangelista itinerante, porque nunca tive coragem de pedir hotel cinco estrela, cachê alto e etc. Minhas despesas pessoais sempre foram mantidos pelo meu emprego secular, por isso até hoje, procuro controlar a agenda para ministrações nos fins de semana. Dos 17 até os 24 anos, eu até cheguei a dar uns “pulinhos” na hora da pregação, mas depois eu caí na real, que essa não era minha praia. Pelo conselho sábio da minha esposa, passei a pregar como prego até hoje, ensinando. Aliás por falar nisso, ela me conheceu dando aula na Escola Dominical. Depois casou com o professor. Agora vou desestimular a todos de me convidarem para pregar. Minha pregação não tem pulo, grito, sopração em cima das pessoas, simplesmente falo a Palavra. Confesso que já fui tentado a fazer um sermão “elétrico” (espiritual para muitos), a cobrar cachê estratosférico. Parece que os que cobram valores imorais e fazem um punhado de estripulias no púlpito tem uma agenda cheia. Mas é isso, poderia mentir aqui e dizer que sou conferencista internacional, que tenho todos os dons de cura, fui arrebatado ao céu e depois ao inferno, que sou “ex” isso, gravar um CD ou DVD e sair por aí na maior “cara de pau”, inventando histórias das mais absurdas. Gente que faz isso, não falta, hoje em dia. O triste é que o povo acredita e sustenta esse tipo de gente. E pior, algns pastores gostam, porque essas “celebridades” é sinônimo de “casa cheia”, ou seja templos, e também são bons para tirarem oferta. Acho que falei demais. Gente, por hoje é só, depois eu continuo.
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
E A GUERRA DA GLOBO E DA RECORD CONTINUA
A Globo deu início, em Salvador, às filmagens do seriado "Ó Paí, Ó", que traz, entre os personagens da temporada, um pastor que desvia dízimos de evangélicos em seu benefício. As gravações, iniciadas na semana passada, acontecem em meio a uma guerra com a Record, após extensas reportagens sobre denúncia acatada pela Justiça envolvendo a Igreja Universal do Reino de Deus.
"É um texto visionário, uma coincidência de que só fui me dar conta realmente ontem [anteontem], quando estava filmando. Mas isso foi escrito em abril e deve ser encarado como uma brincadeira, como também brincamos com as novelas da Globo e com o candomblé", explica a diretora-geral da série e do filme homônimo, Monique Gardenberg ("Benjamim").
A Globo diz, por meio de sua assessoria de imprensa, que "Ó Paí, Ó" é uma produção independente que precisou de meses para preparação de roteiro e que esse trabalho antecedeu, e muito, as denúncias. Tentar fazer qualquer correlação de sua trama com os fatos que estão no noticiário é tirar completamente de contexto a proposta da série e de seus personagens".
Depois de ter virado evangélico na última temporada, o personagem Queixão, interpretado por Matheus Nachtergaele, decide fundar a Igreja Evangélica do Tremor Divino. O nome faz referência à ameaça de desabamento do cortiço onde os personagens vivem, tema desta segunda temporada.
De acordo com o roteiro assinado por Guel Arraes, João Falcão e Adriana Falcão, o malandro Queixão, que se tornou o pastor Moisés, passa a desviar parte dos dízimos pagos pelos fiéis em benefício próprio.
"O mundo conspira com assuntos que estão no ar. Mas temos tentado fazer uma coisa livre, divertida", afirma Nachtergaele. Anteontem, a reportagem acompanhou a gravação de uma cena na qual Queixão tenta expulsar, armado, um pastor concorrente para não precisar dividir os dízimos.
"A série foi escrita antes das notícias, mas já tratávamos disso com Joana [personagem evangélica interpretada por Luciana de Souza]. Sobre os dízimos, não fui eu quem escreveu, então é melhor você perguntar para quem escreveu", afirmou o ator Lázaro Ramos.
A reportagem não conseguiu entrar em contato com os autores até o fechamento da edição.
FONTE: Folha Online
MAIS DE 30.000 VISITAS - MUITO OBRIGADO!
Há cinco meses atrás, postei um artigo falando sobre o aniversário de um ano do blog Cristianismo Radical. Me lembro que eram 14.000 visitas, vindas de 48 países e 35 seguidores. Hoje, cinco meses depois, houve um crescimento que muito me alegra, pois chegamos a mais de 30.000 visitas, vindas de 71 países e estamos com 106 amados que nos dão o prazer e a honra de estarem como seguidores deste blog. Foram 179 postagens em um ano e cinco meses. Dos 71 países, os que mais nos visitam são: Portugual, Estados Unidos, Alemanha, Japão, Espanha, Angola, Itália e Reino Unido. Estes números e dados podem não dizer muito para alguns blogues mais visitados, mas para mim, significa muito. Nesse tempo, pude conhecer vários irmãos, interagir com eles, através deste espaço, e também tenho tido a possibilidade de expressar minhas opiniões, reflexões e também deixar mensagens do Evangelho.
MEU MUITO OBRIGADO A TODOS, PELAS VISITAS E COMENTÁRIOS, QUE SÓ ENRIQUECERAM ESTE ESPAÇO!
DEUS ABENÇOE A TODOS.
JUBER
MEU MUITO OBRIGADO A TODOS, PELAS VISITAS E COMENTÁRIOS, QUE SÓ ENRIQUECERAM ESTE ESPAÇO!
DEUS ABENÇOE A TODOS.
JUBER
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
O MOVIMENTO PENTECOSTAL ONTEM E HOJE
“Sois vós tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, acabeis agora pela carne?” Gálatas 3:3. Essa frase do Apóstolo Paulo aos gálatas, bem pode ser aplicado nos nossos dias.
A teologia pentecostal foi formulada por pregadores sem sofisticação acadêmica, limitados na tradição e história do pensamento cristão. Pensadores modernos, preocupados com a racionalidade da fé, foram confrontados por pregadores que reivindicavam dons sobrenaturais que os tornavam habilitados a compreender a Bíblia. Revelações angelicais, profetas e videntes se tornaram comuns.
O pentecostalismo alastrou-se como uma das mais expressivas forças da cristandade no século 20, exatamente por não ser um movimento de teólogos. A experiência com Deus ganhou força conclusiva, obrigando a razão moderna a se dobrar diante da percepção intuitiva, muitas vezes sensorial, que aquecia o coração. Como o pentecostalismo transferiu a fé para a emoção, a vitalidade da igreja do Serviluz, composta em sua maioria por mulheres, é garantida na celebração da vida dignificada.
Os pentecostais afirmam que a experiência com Deus, o encontro místico, transforma. O êxtase pentecostal, tão malcompreendido pelos tradicionais, expressa significados que fogem à razão. A presença de Deus é fonte de vida e de sentido. Destes encontros, o servente da construção civil, a empregada doméstica, o subempregado, se descobrem eleitos de Deus. Cada pessoa capacitada pelo Espírito “sai pelo mundo como mensageira do Senhor”. Anuncia que todos podem ter seus nomes no livro da vida. O batismo no Espírito Santo desperta competência, agilidade e paixão.
Dessa forma, o pentecostalismo mostrou-se um dos segmentos mais ativos, desinstitucionalizados e eficazes do cristianismo nos últimos cem anos. A presença de Deus pode ser sentida, percebida, celebrada, mas sempre como poder para o serviço. A experiência que busca renovação consagra para a missão. Fazer a vontade de Deus autoriza o empreendedorismo. O Espírito Santo lidera, não uma organização, mas pessoas que se sentem revestidas de virtude.
Infelizmente, a teologia da prosperidade aburguesou o movimento. Desfigurado, estou certo que os pioneiros pentecostais nunca pactuariam com a mensagem que gere cobiça. Aliás, denunciariam que o mundo entrou na igreja e que os pentecostais precisam ser renovados. (Ricardo Gondim).
No entanto, nas novas expressões do protestantismo, com seu “crescimento” fragmentado, o velho coronelismo, o antigo espírito oligárquico, o clássico patrimonialismo, o mítico sebastianismo (com seus taumaturgos) do “mundo” cultural político brasileiro fez um caminho inverso: quando nosso Estado nacional e nossa sociedade civil procuravam superá-lo, ele adentrou, avassaladoramente, às novas (e algumas velhas) igrejas e se instalou. A vanguarda protestante foi substituída pelo atraso, ou pela vanguarda do atraso. Se nossos partidos políticos têm vida curta, são carentes de ideologia e programas, centrados, na prática, em um caudilho carismático (Vargas, Prestes, Plínio, Ademar, Brizola, Lula...), nossas novas grandes e pequenas “denominações” começam a girar em torno de nomes, que quando falecem afetam suas instituições (de Melo, MacAlister), ou que estão vivos e ativos (Miranda, Oliveira, Macedo, Soares, Santiago, Hernandes, Milhomens, Rodovalho, Garcia etc.), descendo também ao âmbito local, com os “donos”, caciques, barões, denominados bispos, arcebispos, missionários, apóstolos ou pastores, em um sem-número de igrejas-feudos ou igrejas-empresas. Parafraseando o rei absolutista francês, cada um pode dizer: “A denominação sou eu”, ou “a igreja sou eu”, “essa é a ‘minha’ igreja”, “esse é o ‘meu’ povo”. Em uma inversão em relação ao passado, o dirigente não se subordina à instituição ou às normas; antes, estas vão ao seu reboque, casuisticamente. O poder é vitalício (e, às vezes, hereditário), e seu “espírito” vai atingindo antigas instituições, pela prática de reeleições ilimitadas. Os cidadãos recuam ao “status” de súditos, manipulados, alienados, inclusive como eleitores “de cabresto” dos “candidatos oficiais” nas eleições para os cargos públicos.
Como poderemos superar essa manifestação de atraso e voltar a ser vanguarda? (Robinson Cavalcanti).
Fonte: Revista Ultimato n° 319 – julho/agosto de 2009.
A teologia pentecostal foi formulada por pregadores sem sofisticação acadêmica, limitados na tradição e história do pensamento cristão. Pensadores modernos, preocupados com a racionalidade da fé, foram confrontados por pregadores que reivindicavam dons sobrenaturais que os tornavam habilitados a compreender a Bíblia. Revelações angelicais, profetas e videntes se tornaram comuns.
O pentecostalismo alastrou-se como uma das mais expressivas forças da cristandade no século 20, exatamente por não ser um movimento de teólogos. A experiência com Deus ganhou força conclusiva, obrigando a razão moderna a se dobrar diante da percepção intuitiva, muitas vezes sensorial, que aquecia o coração. Como o pentecostalismo transferiu a fé para a emoção, a vitalidade da igreja do Serviluz, composta em sua maioria por mulheres, é garantida na celebração da vida dignificada.
Os pentecostais afirmam que a experiência com Deus, o encontro místico, transforma. O êxtase pentecostal, tão malcompreendido pelos tradicionais, expressa significados que fogem à razão. A presença de Deus é fonte de vida e de sentido. Destes encontros, o servente da construção civil, a empregada doméstica, o subempregado, se descobrem eleitos de Deus. Cada pessoa capacitada pelo Espírito “sai pelo mundo como mensageira do Senhor”. Anuncia que todos podem ter seus nomes no livro da vida. O batismo no Espírito Santo desperta competência, agilidade e paixão.
Dessa forma, o pentecostalismo mostrou-se um dos segmentos mais ativos, desinstitucionalizados e eficazes do cristianismo nos últimos cem anos. A presença de Deus pode ser sentida, percebida, celebrada, mas sempre como poder para o serviço. A experiência que busca renovação consagra para a missão. Fazer a vontade de Deus autoriza o empreendedorismo. O Espírito Santo lidera, não uma organização, mas pessoas que se sentem revestidas de virtude.
Infelizmente, a teologia da prosperidade aburguesou o movimento. Desfigurado, estou certo que os pioneiros pentecostais nunca pactuariam com a mensagem que gere cobiça. Aliás, denunciariam que o mundo entrou na igreja e que os pentecostais precisam ser renovados. (Ricardo Gondim).
No entanto, nas novas expressões do protestantismo, com seu “crescimento” fragmentado, o velho coronelismo, o antigo espírito oligárquico, o clássico patrimonialismo, o mítico sebastianismo (com seus taumaturgos) do “mundo” cultural político brasileiro fez um caminho inverso: quando nosso Estado nacional e nossa sociedade civil procuravam superá-lo, ele adentrou, avassaladoramente, às novas (e algumas velhas) igrejas e se instalou. A vanguarda protestante foi substituída pelo atraso, ou pela vanguarda do atraso. Se nossos partidos políticos têm vida curta, são carentes de ideologia e programas, centrados, na prática, em um caudilho carismático (Vargas, Prestes, Plínio, Ademar, Brizola, Lula...), nossas novas grandes e pequenas “denominações” começam a girar em torno de nomes, que quando falecem afetam suas instituições (de Melo, MacAlister), ou que estão vivos e ativos (Miranda, Oliveira, Macedo, Soares, Santiago, Hernandes, Milhomens, Rodovalho, Garcia etc.), descendo também ao âmbito local, com os “donos”, caciques, barões, denominados bispos, arcebispos, missionários, apóstolos ou pastores, em um sem-número de igrejas-feudos ou igrejas-empresas. Parafraseando o rei absolutista francês, cada um pode dizer: “A denominação sou eu”, ou “a igreja sou eu”, “essa é a ‘minha’ igreja”, “esse é o ‘meu’ povo”. Em uma inversão em relação ao passado, o dirigente não se subordina à instituição ou às normas; antes, estas vão ao seu reboque, casuisticamente. O poder é vitalício (e, às vezes, hereditário), e seu “espírito” vai atingindo antigas instituições, pela prática de reeleições ilimitadas. Os cidadãos recuam ao “status” de súditos, manipulados, alienados, inclusive como eleitores “de cabresto” dos “candidatos oficiais” nas eleições para os cargos públicos.
Como poderemos superar essa manifestação de atraso e voltar a ser vanguarda? (Robinson Cavalcanti).
Fonte: Revista Ultimato n° 319 – julho/agosto de 2009.
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